Aproxima-se o Natal - o nascimento de Jesus - e esta cidade comercial Feira de Santana renova seus estoques de mercadorias e ensaia os seus locutores de portas de loja e seus velhinhos Papais Noeis para ajudar a vender mais, Isso tudo depois de outubro quando as autoridades aproveitaram o feriado de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira (ou seria madroeira?) para criar o dia da criança a fim de vender mais brinquedos sem esperar o Natal.
Ainda, nesse mês de outubro, o comércio importou mais a influência
ianque do "Helloween," ou dia das bruxas, para vender mais
fantasias e artigos de festa. E, chega novembro com a influência das liquidações
¨Black Friday “que aqui não é de um só dia e na sexta-feira. Nem também são liquidações muitas
das vezes.
Dezembro é Natal, festas, confraternizações, amigo secreto,
formatura, casamentos e já os gritos de Carnaval e mais motivos para vendas de artigos.
Não queremos falar de outros meses como o de Micareta, Páscoa (do antigo
bacalhau, vinho e azeite doce) quando o comercio e a indústria criaram a
venda de chocolate chegando ao cúmulo de pregar que coelho bota ovo, festas
juninas e outras mais que motivam vendas de produtos e o seu maior consumo.
Mas, voltando a dezembro, o comercio também aproveita para vender
mais e substituir Cristo Jesus pelo Papai Noel com seu saco de brinquedos para
distribuir com as criancinhas,
Tudo isto cai bem para significar a Feira de Santana, uma
cidade que nasceu dum ponto comercial em torno de uma capela em homenagem à
avó de Jesus, Santana.
Assim, é esta cidade que aproveita tudo para vender. Até bosta e lixo
pois eles secos ou reciclados viram adubos. E, já estamos nos tempos onde tudo
é aproveitável ante a escassez de matérias primas com o esgotamento de reservas
naturais. E... a maior procura de recursos para uma população que só aumenta.
Nesta Feira de Santana, a religião também pode ser comércio e
muitos iniciados abrem igrejas como se abre negócios com a vantagem de não
pagar impostos nem formar estoques de mercadorias, A palavra divina é
interpretada ao bel-prazer e vira uma mercadoria dentro dos próprios templos,
embora Jesus tenha expulsado os vendilhões a chibatadas numa feira
que se forma na entrada desses empórios quase sagrados.
E o feirense prático segue os ensinamentos de fazer caridade
alardeando os atos de doação e de rezar nas esquinas ou lugares públicos para
ser visto pelo público, bem como jejuar para ficar com rosto de apenado e
sentido. Ainda, mais jurar o nome de Deus em vão ou ter o senso de
aproveitamento e fazer do seu púlpito comício indicando abertamente nomes de
candidatos políticos, cujas obras, figura e conduta interpreta livremente pelas
Escrituras e atualiza exemplos de figuras bíblicas com atos de figuras de sua eleição.
Por tudo isto, achamos que de fato Feira deve mudar seu nome.
Devemos acatar a sugestão de "Feira de Jesus" e assumirmos
nossos interesses materiais e nossa hipocrisia. .
Vem ai, o Natal do peru, do vinho, do queijo, dos brinquedos, das
viagens, dos presentes, da roupa nova, do veraneio em praias e da comilança de
mais dívidas.
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