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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

O NATAL

FRANKLIN DE CERQUEIRA MAXADO

(franklinmaxado@gmail.com)
 

   Aproxima-se o Natal - o nascimento de Jesus - e esta cidade comercial Feira de Santana renova seus estoques de mercadorias e ensaia os seus locutores de portas de loja e seus velhinhos Papais Noeis para ajudar a vender mais, Isso tudo depois de outubro quando as autoridades aproveitaram o feriado de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira (ou seria madroeira?) para criar o dia da criança a fim de vender mais brinquedos sem esperar o Natal.

Ainda, nesse mês de outubro, o comércio importou mais a influência ianque do "Helloween," ou dia das bruxas, para vender mais fantasias e artigos de festa. E, chega novembro com a influência das liquidações ¨Black Friday “que aqui não é de um só dia e na sexta-feira. Nem também são liquidações muitas das vezes.

Dezembro é Natal, festas, confraternizações, amigo secreto, formatura, casamentos e já os gritos de Carnaval e mais motivos para vendas de artigos. Não queremos falar de outros meses como o de Micareta, Páscoa (do antigo bacalhau, vinho e azeite doce) quando o comercio e a indústria criaram a venda de chocolate chegando ao cúmulo de pregar que coelho bota ovo, festas juninas e outras mais que motivam vendas de produtos e o seu maior consumo.

Mas, voltando a dezembro, o comercio também aproveita para vender mais e substituir Cristo Jesus pelo Papai Noel com seu saco de brinquedos para distribuir com as criancinhas,

Tudo isto cai bem para significar a Feira de Santana, uma cidade que nasceu dum ponto comercial em torno de uma capela em homenagem à avó de Jesus, Santana. 

Assim, é esta cidade que aproveita tudo para vender. Até bosta e lixo pois eles secos ou reciclados viram adubos. E, já estamos nos tempos onde tudo é aproveitável ante a escassez de matérias primas com o esgotamento de reservas naturais. E... a maior procura de recursos para uma população que só aumenta.

Nesta Feira de Santana, a religião também pode ser comércio e muitos iniciados abrem igrejas como se abre negócios com a vantagem de não pagar impostos nem formar estoques de mercadorias, A palavra divina é interpretada ao bel-prazer  e vira uma mercadoria dentro dos próprios templos, embora Jesus tenha expulsado os vendilhões a chibatadas  numa feira que se forma na entrada desses empórios quase sagrados.

E o feirense prático segue os ensinamentos de fazer caridade alardeando os atos de doação e de rezar nas esquinas ou lugares públicos para ser visto pelo público, bem como jejuar para ficar com rosto de apenado e sentido. Ainda, mais jurar o nome de Deus em vão ou ter o senso de aproveitamento e fazer do seu púlpito comício indicando abertamente nomes de candidatos políticos, cujas obras, figura e conduta interpreta livremente pelas Escrituras e atualiza exemplos de figuras bíblicas com atos de figuras de sua eleição.

Por tudo isto, achamos que de fato Feira deve mudar seu nome. Devemos acatar a sugestão de "Feira de Jesus" e assumirmos nossos interesses materiais e nossa hipocrisia. .

Vem ai, o Natal do peru, do vinho, do queijo, dos brinquedos, das viagens, dos presentes, da roupa nova, do veraneio em praias e da comilança de mais dívidas. 

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