Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

A COPA DO MUNDO QUE EU VI

EVANDRO JOSÉ SAMPAIO DE OLIVEIRA

Sempre fui vidrado em esportes, qualquer um que aparece, procuro entender o jogo, as regras, as estratégias, as táticas, os atletas que praticam as organizações envolvidas... vejo comentários entrevistas, estatísticas, leio livros sobre o assunto etc.

Vi alguns analistas esportivos dizendo a performance do Brasil na Copa do “Catar coquinhos”, não pude deixar passar a frase.

Fiquei preocupado com minha televisão, parece que assisti outros jogos, felizmente não chamei técnico para concerta-la, em entrevista na TV colocaram três ex-técnicos mundiais, que falaram a mesma toada da minha visão.

O torcedor tem direito de exprimir sua decepção e dizer o que bem entender, elegi como a melhor assistida, na rádio Sociedade no programa de Luiz Santos. um garotinho sentenciou “o Brasil perdeu porque os jogadores não comeram ovo com cucus”.

O analista, tem que demonstrar conhecimento do esporte. Como vi muita incoerência dita e escrita, senti liberdade de dizer as minhas.

Torneio eliminatório de futebol, tem no máximo 50% de lógica. Um esporte em que uma partida cada equipe tem  dez oportunidades de fazer um gol, em média, contra centenas de possibilidades no Vôlei ou Basquete, erro ou acerto é fatal. Portanto, para os analistas os resultados não são preponderantes e sim a atuação das equipes nos jogos.

Até hoje não conseguiram uma forma de decidir um ganhador no caso de empate, já tentaram prorrogação, “morte súbita” – o Brasil teria ganho para a Croácia -, decidir na moedinha até tendo uma partida no interior em 1948, número de corner (escanteio).

O técnico de futebol - não gosto da terminologia, ideia de ciência exata, o que neste esporte está longe de ser, treinador mais adequado – esta ressalva foi necessária para inviabilizar treinadores como Guardiola (o melhor do planeta atualmente) e Fernando Diniz, são treinadores que precisam de tempo de treinamento, o que não existe em uma seleção.

Diante deste resumo, considero as quatro melhores seleções: Argentina, Brasil, Espanha, França (por ordem alfabética).

As três maiores revelações: Corea, Japão e Marrocos.

Os melhores treinadores: Ralid de Marrocos, Scalloni da Argentina, Tite do Brasil.

Justificativa para escolha acima, também por ordem alfabética:

Ralid, montou uma defesa sensacional, só tinha tomado um gol (gol contra), até perder a dupla de zagueiros titular, na semifinal. E não possuía os melhores defensores do mundo;

Scalloni, se não bastasse ter dado estabilidade a seleção da Argentina, matou taticamente a França no primeiro tempo, enquanto pode contar com Di Maria, já com certa idade não conseguiu fazer a mesma função no segundo tempo, desmanchando a defesa francesa. Colocou Di Maria na esquerda, um bom meio de campo livre. A defesa, como se esperava concentrou o posicionamento em Messi na direita, o meio de campo livre lançava para a direta de primeira par Messi lançava para Di Maria. Variação de Enzo Fernandes (grata surpresa) e Mac Alister, soltos eram mortais.

Tite, em todas as Copas, temos uma revolução no futebol, coincidentemente nem sempre resultou em campeões. Hungria em 1954, a equipe que fazia 2 gols nos primeiros dez minutos, perdeu na final para a Alemanha (3x2), entrou de sapato alto como se diz no palavreado do meio futebolístico; Holanda, o carrossel perdeu para Alemanha; 1982, Brasil de Telê, o time que Guardiola se encantou, como revelou em entrevista, desclassificada na mesma etapa da atual seleção; finalmente a Alemanha, sem ter um Maradona, um Pelé, um CR7, Neymar... na Copa do Brasil.

Tite inovou o futebol colocando uma excelente defesa com seis atacantes, com uma mágica recuperação de bola, a famosa G5, quando perde a bola tem que recuperar em 5 segundos. O treinador da Sérvia quando viu a escalação do Brasil, disse que era um deboche. Daí em diante todos os times que enfrentaram o Brasil, jogaram na retranca, com exceção da Coreia, tomando 4x0 no primeiro tempo.

Tite foi um dos dois melhores treinadores do Brasil em todos os tempos, o outro foi Telê, muita semelhança, não ganharam a Copa treinaram o brasil em duas Copas, bateram recordes de vitórias, pouquíssimas derrotas, só que fatais. Acho o fato de terem tempo para treinar é que fizeram grandes equipes.

Para corroborar necessidade de tempo para treinar seleção. Joachim Löw foi auxiliar de Jürgen Klinsmann, na seleção alemã, com a saída desse assumiu em 2008, chegando até a 2014, na Copa do Brasil e aplicou 7x1 no brasileiro, famoso por saber armar uma defesa, Felipão.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme do Santanopolis dos anos 60