Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

terça-feira, 30 de abril de 2019

ANIVERSÁRIO DE GUTO E RAYMUNDO

Guto
 CNa data de hoje comemoram mais um ano de vida os santanopolitanos, taurinos, sob proteção de Iemanjá, Antonio Augusto Boaventura (Guto) e Raymundo Raymundo Antonio Carneiro Pinto. Parabéns e boa sorte no caminho da vida.

Raymundo

segunda-feira, 29 de abril de 2019

PERFIL DE MARCELO DE SOUZA CARVALHO


Nasceu em 14 de setembro de 1946, em Salvador, Bahia, seguindo, ainda com um mês de nascido, para Santa Bárbara, onde viveu seus três primeiros anos, na companhia de seus pais, Jonathas Telles de Carvalho e Cecília Gomes de Souza Carvalho.
Chegou a Feira de Santana, para onde seus pais se mudaram em 1949 e, em 1950, seu irmão, Luiz Humberto de Souza Carvalho, chegou para completar o quadro familiar.
Em Feira de Santana, cidade que assumiu como sua terra natal, viveu sua infância e a maior parte da adolescência. Foi alfabetizado pela professora Maria José Martins (professora Zezinha) e fez o curso primário na Escola Kalilândia, com professora Zenaide Porto. O ginásio cursou no Colégio Santanópolis onde constituiu incontáveis amizades que até hoje fazem parte de sua vida. Destaca a Professora Edelvira Oliveira (Professora Catuca) como marcante no seu caminhar de santanopolitano.
Transferiu-se para Salvador, aos 15 anos, para cumprir o curso cien­tífico, interno no Colégio 2 de Julho e, posteriormente, após aprovado no vestibular, cursar Medicina na Faculdade da Universidade Federal da Bahia.
Revela sua dedicação e empenho ao estudo universitário, e no con­vívio da UFBA, constitui outras sólidas amizades com estudantes contem­porâneos e de turma, dentre elas, radicados também em Feira de San­tana, a exemplo de: Dr. Luiz Carlos Silva Santos (ortopedista), Dr. Deraldo Cerqueira (radiologista), Dr. José Neto (neurologista), Dr. Mário Sérgio (car­diologista), dentre outros.
Ao concluir medicina, Dr. Marcelo foi para São Paulo, a fim de reali­zar sua residência que, por forte influência de dois professores, Dr. Renato de Carvalho e Dr. Waldir Medrado, definiu a especialidade que escolheu seguir: Anestesiologia.
Em São Paulo, permaneceu durante todo o período de residência
médica até realizar a titulação e publicar seu primeiro trabalho científico: uso de lorazepan como medicação pré-anestésica. Na sua permanência em São Paulo teve a oportunidade de estudar, praticar e adquirir grande conhecimento clínico e específico na área de Anestesiologia, frequentando os hospitais Albert Eisten, Beneficência Portuguesa, Instituto Dante Pazzanese, Heliópolis, Hospital Santa Catarina e Maternidade São Paulo, todos esses hospitais conveniados pelo Centro de Estudos da Clínica de Anestesia São Paulo, chefiado por Dr. Kentaro Takaoka. Nesse período teve o privilé­gio de operar com Dr. Euclides Zerbini e Dr. Adib Jatene. Ainda em São Pau­lo, recebeu convites e propostas sedutoras para fixar-se profissionalmente por lá, mas o coração e o desejo de retornar às suas raízes falou mais alto e ele volta cheio de sonhos e expectativas à sua terra, à sua família.
Chega em 1974 em Feira de Santana, retornando ao Hospital D. Pedro de Alcântara, onde cumpriu parte do seu estágio quando estudante.
Casou-se em 1977, com a também feirense, Célia Christina Silva Carvalho, Licenciada em Letras pela antiga Faculdade de Educação, atual UEFS, também Bacharela em Direito pela UCSAL, e que preza ser nominada com o título que mais gosta, de professora, opção profissional que abraça com determinada paixão. Desta união teve três filhos: Márcio Silva de Carvalho (médico otorrino), Vinícius Silva Carvalho (designer gráfico) e Felipe da Sil­va Carvalho (odontólogo).
Atualmente, junto a toda a família, especialmente com a avó Célia, vive a alegria de compor a segunda geração da família, sendo avô de três netinhos: Pedro, Maria Clara e Mariana.
Sua atuação como anestesista se realizou em todos os hospitais par­ticulares de Feira de Santana, especificamente nos centros cirúrgicos do EMEC, Casa de Saúde Santana, São Matheus, Santa Cecília, Estela Gomes, Hospital Mater Dei. Permaneceu dos anos 70 aos 90 estendendo sua atua­ção de anestesista em hospitais de outras cidades vizinhas, como: Cachoei­ra, São Félix e Riachão de Jacuípe. Fez parte do quadro da UEFS, exercendo no serviço de saúde universitária (SESU) o atendimento clínico a alunos, professores e servidores, de 1978 a 2011. Compõe a Sociedade de Aneste­siologia de Feira de Santana (SAFS) e integrou, durante 27 anos, a Socieda-
de do Grupo Mater Dei, onde continua atuando como anestesista.
Bem humorado, religioso e perseverante, Dr. Marcelo sente-se rea­lizado nos seus sonhos e utopias e encara o trabalho com responsabilidade profissional e social, reconhecendo que a Medicina lhe concedeu régua e compasso para construção de uma vida dignificada pela história, que se compõe de importantes realizações, sob as bênçãos de Deus.
Exercendo há mais de quatro décadas a missão de servir pela Me­dicina e por seu jeito generoso de conviver, atendendo prioritariamente à população menos favorecida, pois se volta para mais de 90% da clientela do Sistema Único de Saúde-SUS.
Dr. Marcelo Carvalho divide atualmente seu tempo entre o trabalho, a família, seus amigos, seus fuscas, suas viagens, e, de forma especial, de­dica-se à sua mais nova missão: curtir seus netinhos.

Fonte: Oliveira, Lélia Vitor Fernandes de “Anjos de cabeceiras”.

ANIVERSÁRIO DE BEÍCA


Comemora mais um ano de vida os santanopolitana, taurina, sob proteção de Iemanjá, Maria José de Oliveira (Beíca). Parabéns, queremos replei deste evento por muitos anos com saúde.

domingo, 28 de abril de 2019

RECLAMES ANTIGOS

Carlos Brito
 Como Brito não indicou a data, o Blog tenta localizar a época do impresso. Duas propagandas, bem antigas, entre o fim dos anos trinta e o início da década quarenta.
"O ALFAITE", no impresso era na Sales Barbosa, mudou-se para a esquina da praça da Bandeira com a rua Conselheiro Franco, com o nome de "CASA ARMANDO".

CINCO ANIVERSARIANTES HOJE

Ademir
 O quinteto de  santanopolitanos, taurinos, sob proteção de Iemanjá, Ademir Esperidião Santos, Luiz Silvany Regis Sampaio, Nilzete Moraes Portugal, Sônia Maria Teixeira de Freitas (Soninha) e Vilma Maria Costa Barreto. Parabéns, nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.

Nilzete
Soninha

Vilma




sábado, 27 de abril de 2019

ANIVERSÁRIO DE MARY





Haja festa no dia de hoje para Marivalda, Carvalho Couto (Mary), santanopolitana, taurina, sob proteção de Iemanjá, faz aniversário e é micareta. Parabéns e muita alegria.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

ANIVERSÁRIO DE ROQUE


Roque Aras, santanopolitano, taurino, sob proteção de Iemanjá, completa mais um ano de vida. Parabéns.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

BIRA ANTES E DEPOIS

 Ubirajara Ribeiro da Silva (Bira), à esquerda aluno do curso de ginásio, no Santanópolis, sem um dente da frente. Em compensação, no III ENCONTRO DOS SANTANOPOLITANOS, em 2012, já com o dente, mas perdendo os cabelos.

LUIZ, NILDA, PEDRO E ROSÁRIO SÃO OS ANIVERSARIANTES

Luiz
Rosário

Comemoram mais um ano de vida os santanopolitanos, taurinos, sob proteção de Iemanjá, Luiz Fernando Assis, Nilda Moraes, Pedro Costa Filho e Rosário Pinto Marques. Nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.


Pedro

MORREU DEAN FORD (1946-2019)

quarta-feira, 24 de abril de 2019

AÔNIA E AURÉLIO OS ANIVERSARIANTES

 Pré micareta nas residências dos santanopolitanos, taurinos, sob proteção de Iemanjá, Aônia Brito do Vale e Aurélio José Mascarenhas Bastos, aniversariantes de hoje. Parabéns e muita animação.

terça-feira, 23 de abril de 2019

ANIVERSÁRIO DE GERALDO E JORGE

Geraldo

Comemoram mais um ano de vida os santanopolitanos, taurinos, sob proteção de Iemanjá, Geraldo Leite e Jorge Cezar da Paixão Mascarenhas. Nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.
Jorge

segunda-feira, 22 de abril de 2019

O FLUMINENSE NA DIVISÃO PROFISSIONAL - 1954

Adilson Simas
Santanopolitano, jornalista,
escritor, Blogueiro
Em 1954, no dia 6 de junho, que caiu num domingo, o Fluminense de Feira F. Clube foi a Salvador e estreou na primeira divisão do futebol baiano, no antigo Estádio Otávio Mangabeira, que, em tempos idos, foi a Fonte das Pedras, depois Fonte Nova e nos dias atuais, Arena da Fonte Nova.
Enfrentou a poderosa equipe do Esporte Clube Vitória, os “Leões da Barra”, que, no Estado, dividia com Bahia e Ipiranga a preferência dos amantes do esporte das multidões. O rubro-negro baiano colocou em campo sua força maior, assim constituída:
Nadinho, Valvir, Alírio, Porunga e Eloi; Joel e Tombinho; Quarentinha, Juvenal, Antônio e Ciro. A imprensa da capital criticou a atuação do árbitro Francisco Moreno, prejudicando o Fluminense, mas mesmo assim o placar ficou em 1 x 1.
Hosanah, Maneca, Pelúcio, Elias II, e Zezinho
Elias I, Eduardo, Ioiô goleiro, Tutu e Edinho
O gol que garantiu o surpreendente empate do tricolor aconteceu aos 36 minutos do segundo tempo. Foi feito pelo atacante Alfredo, pai do radialista Jair Cezarinho, num tiro direto de fora da área.
Durval Cunha, o primeiro treinador do Fluminense como clube profissional, colocou em campo, como diria o saudoso Ligoza, a seguinte “onzena”:  Batista,
Augusto, Júlio, Elias I e Edinho; Zezinho e Hosannah; Maneca,
Pelúcio, Alfredo e Elias II.
Coube ao diretor Osvaldo Torres representar o Fluminense na reunião do Conselho Arbitrai da Federação, que serviu para formular o convite ao tricolor para participar como representante do interior no campeonato baiano de profissionais.
Na volta, Osvaldo Torres anunciou que aFBF (Federação Baiana de Futebol) sugeriu uma espécie de fusão dos clubes amadores da cidade, e o Fluminense com as mesmas cores passaria a ser Feira de Santana Futebol Clube. Não vingou porque alguns clubes, especialmente o rival Bahia de Feira não aceitou. Mas Enádio Morais, que presidia o Flamengo, passou a formar entre os tricolores.
O clube ingressou no profissionalismo, reunindo no seu Conselho Deliberativo os mais diversos segmentos, tendo na presidência Manuel Contreras, que na cidade era o gerente da Souza Cruz. Já na presidência do Conselho Diretivo estava o médico e vereador Wilson da Costa Falcão, filho de João Marinho, que era o prefeito da Feira.
A reação contrária do Bahia tinha uma explicação: naquele ano, os dois clubes decidiram o título do certame feirense de amadores, tendo o Fluminense chegado ao tri campeonato ao vencer o “Bicho Papão” pelo placar de 3 x 1.
Fluminense de Feira 1961
Aquela disputa mexeu com a cidade. No dia da partida, domingo, 2 de janeiro, houve verdadeira romaria, tanto na ladeira da Barroquinha como na descida do Nagé, com os torcedores se dirigindo para o antigo Estádio Almáchio Boaventura, na divisa do Alto do Cruzeiro com Sobradinho.
Antes, durante e depois do embate em campo, houve, como se dizia na época, sururu entre as duas torcidas. “Guarda-chuvas”, também chamados de “guarda-sóis” foram quebrados na cabeça de torcedores, sem falar nos chapéus-palhinha voando pelos velhos alambrados do campo.
O Fluminense conquistou o tri ao vencer a partida, que os cronistas chamavam de refrega, pelo escore de 3x1. O primeiro tempo terminou com a vitória parcial de 2x0, gols de Pelúcio aos 3ó minutos e Zequinha aos 42. No segundo tempo, aos 22 minutos, Mário Porto de cabeça diminuiu o placar, mas com outro gol de Zequinha, novamente aos 42 minutos, o Fluminense deu número final à partida.
O “bicho papão” colocou em campo: China, Lipinho e Bueiro, Valter, Tote e Juvenal; Alegre. Dário, Jorge de Barros, Mário Porto e Guri. Já o ‘Touro do Sertão” escalou Batista, Tutu e Juarez;Elísio, Edinho e Elias; Zequinha, Alfredo, João Macedo, Pelúcio e Alberto.
A exemplo dos dias atuais, o protesto foi geral ao se anunciar, com o estádio Almáchio Boaventura completamente lotado, uma arrecadação de 25 mil cruzeiros. O extinto Diário da Feira comentou na edição seguinte:
“Registrar uma renda desta em jogos como este, é prejudicar o esporte local, é fechar as portas ao interesse de clubes de fora para a realização de amistosos”.
Na preliminar do clássico envolvendo os dois tricolores, o Bahia chegou ao título da segunda divisão, os “aspirantes” como se dizia, ao vencer o Vasco da Gama pelo escore de 5x0.


         Como profissional, logo em 1956, o Fluminense foi vice-campeão e em 1959 foi eleito pela ABCD (Associação Baiana de Cronistas Desportivos) o melhor plantei da temporada. O invencível time de aspirantes foi bicampeão em 1960/1961 e em 1963 chegaria afinal ao primeiro título de campeão baiano, numa disputa melhor de três jogos com o Esporte Clube Bahia. 
FLUMIENENSE DE FEIRA FAIXA DE CAMPEÃO-1969
Nadinho, Sapatão, Mário Braga, Delorme, Noroel e Luiz Alberto
Pinheirrinho, Freitas, João Daniel, Medrrinho e Marcos Chinês
O clube feirense foi o único representante do interior na divisão de profissionais até 1967. Naquele ano o presidente da FBF, advogado Carlos Alberto de Andrade, estadualizou o campeonato. Inicialmente convidou outro clube local, o Bahia de Feira, que viraria Feira Esporte Clube, e mais Conquista, Itabuna, Colo-Colo, Flamengo e Cruzeiro da Vitória, estes três últimos da cidade de Ilhéus.
No seu primeiro período de grandes conquistas, que vai até 1963, ano do título de campeão baiano, além de Durval Cunha, também passaram pelo comando técnico Ariston Carvalho, Enaldo Rodrigues, Pedrinho Rodrigues, Sotero Monteiro, Fernando Lopes, Manoel Mesquita - Maneca, Antônio Conceição e outros.
             A segunda fase, trambém de outras glórias, como título inédito de 1969, durou até 1971. Sem fralar no regra três Geraldo Pereira, foram técnicos do tricolor, entre outros, Paulo Emílio, Zé Maria, Carlos Volante, João Paulo - o Pinguela, JoubertMeira e principalmenteWalter Miráglia e Evaristo Macêdo.
             Após a grande campanha de 1971, sob o comando de Evaristo Macedo, logo no ano seguinte o clube entrou em crise e, abandonado por alguns figurões, terminou baixando na UTI. O óbito só não aconteceu graças a ação de meia dúzia de abnegados torcedores como Alcione da Prefeitura, Adolfo da Dislar, Xavier contador, Gersinho da Chevrolet, Gileno da livraria e outros.
             A partir daquele ano, em que pese algumas participações no Campeonato Nacional, quase todas bisonhas mesmo quando integrando as séries inferiores, o Fluminense deixou de ser o bravo touro pioneiro, alegria da torcida tricolor.
             Mesmo assim muitos ainda sonham de novo no estádio, empenhando a bandeira, estufando o peito e brandando como nos velhos tempos: "Avante, avante Fluminense, é hora, é hora, queremos mais um gol..."

Transcrito da revista "História e Estórias dos Séculos XIX e XX (Escritas a cinquenta mãos).
Edição Especial do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana





domingo, 21 de abril de 2019

DENE É A ANIVERSARIANTE DE HOJE


Adenil Santana Sobral (Dene) é a santanopolitana, taurina, sob proteção de Iemanjá, que comemora mais um ano na estrada da vida. Havemos replei por muito tempo deste evento, nosso desejo.

sábado, 20 de abril de 2019

ANIVERSÁRIO DE ANGÉLICA


Comemoram mais um ano de vida a santanopolitana, ariana, sob proteção de Iemanjá, Maria Angélica Pereira Bastos. Nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

FEIRA DE SANTANA NOS SÉCULOS XIX E XX

Antonio Lajedinho
Historiador feirense

Como o PROSEDE (Movimento em PROL da construção da SEDE do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana) deseja e vai contribuir para conservar a memória de Feira de Santana, aceitei colaborar com as minhas lembranças, os livros antigos, com as coisas mais simples dos idos que servirão para os nossos descendentes conhecerem um pouco dos nossos costumes em épocas do pretérito. Para tomar a leitura menos cansativa, dividirei em assuntos, haja vista a diversidade de interesses, inclusive entre homens e mulheres.
Assim a lembrança primeira que me acudiu à mente foi sobre as residências do fim de um século XIX, e início do XX, que se dividiam entre sobrados, casas com sótãos, casas de “cachorros” as de “eira” e casas de “beira”.
Os sobrados eram de famílias tradicionais, as casas com sótãos eram de elite, as casas com eirada classe média, e as casas de beira da classe mais pobre. Uma explicação: Casas de “cachorro” ou de eira eram aquelas que tinham um ripão com a ponta entalhada ( e o entalhe parecia a cara de um cachorro) no lugar do caibro que vinha até a parede. Nas casas mais humildes os caibros ficavam à mostra. Daí o velho provérbio: “Fulano não tem nem eira nem beira” (nota do Blog, origem da Exprssão; Fulano não tem eira nem beira, ou seja: não tem onde cair morto. A expressão veio de Portugal, de navio. A palavra eira vem do latim "area", significando um espaço de terra batida, lajeada ou cimentada, próximo às casas, nas aldeias portuguesas, onde se malhavam, trilhavam, limpavam e secavam cereais. Depois da colheita, os cereais ficavam ao ar livre e ao sol, a fim de serem preparados para a alimentação ou para serem armazenados),
Os três modelos de residências antigas: da esquerda
para a direita, casas com eira sobrado e duas casas de beira.
Iluminação a lampião

Nos sobrados e nas residências com sótão, tinha ainda os porões que serviam de moradia para os escravos. Em todas as residências mais sofisticadas, havia uma fechadura e por trás uma “tranca” e nas demais usavam uma taramela com um cordão para o lado de fora ou uma portinhola para facilitar a entrada de amigos e parentes que não precisavam ser convidados a entrar.
Ainda sobre as residências, os donos gostavam de criar animais c aves das mais diversas espécies, com destaque para papagaio, gato, cachorro e galinhas e que era quase comum em todas as casas; ainda criavam-se macacos, araras, cágado (jaboti) e outros. Destes, 3 tinham um nome comum em quase todas as casas: Cachorro (chulinho), gato (pixane) e papagaio (meu louro). Os pássaros em gaiolas bonitas era o criatório mais comum em todas as residências, sendo que um tipo especial de canário e de galo, também eram criados para brigarem sob apostas.

        Para homens os tecidos mais comuns e conhecidos eram os brins brancos, mescla e cáqui, sirouco, caroá, carrapicho, linhos em cores e branco SS120, casimiras, flanela, gabardine, estes para calça, colete e paletó; e para camisa, algodãozinho, opaline, tricolina, seda e cambraia de linho. A moda masculina,  embora conservando as ocasiões, só mudaram os jaquetões, colete, ombreiras e modas de calças boca de sino, enfim, poucas alterações.
            Somente com a chegada das calças vaqueiras dos EUA, “jeans”, famosas pela sua rusticidade, aqui, por ser produzidas pela Fábrica Coringa, ficou conhecida pelo nome da fábrica, ou seja, CALÇAS CORINGA. Posteriormente o nome “jeans”, se firmou. Esse tipo de roupa trouxe uma mudança quase total nas vestes masculinas.
            Quanto aos calçados, os borzeguins (rangedor ou não) foram os primeiros nos pés dos homens civilizados,  seguidos pelas botas e sapatos, estes últimos para os dois sexos.
                Dos tecidos para as mulheres havia madrasto (ou morim), cretone, organdi, cetins e cetinetas, zefir merinó, chitas, talagarça, popelina, cassa bordada, entre outras. Mas havia também os complementos, como o indispensável xale, principalmente para cobrir a cabeça à entrada das igrejas, como indispensáveis luvas e o chapéu feminino para as cerimonias. Mas a moda mesmo, prossegue na mudança embora as mulheres já estejam aderindo totalmente ao “jeans”.
        Mas não podemos esquecer-nos daquelas modas de saias plissadas, volante, volante duplo, tubinho, bolero, saia de nesga, de babado, corpo inteiro com saia franzida e (a caminho das mini saias) as revolucionárias saias justas.
        Agora minha memória levou-me para o seu espaço onde guardou um monte de palavras usadas há mais de um século... Vamos ver: ”VELHACO”, hoje caloteiro. “CHISPOU” saiu rápido, correndo. MINCHO”, pequeno, sem valor, mixo, mixuruca. “RETADO” já foi palavra imoral. Hoje tem vários significados, virou gíria. “AMIGO URSO”, que traía a amizade. “ESCROTO” era pessoa sem escrúpulo. "FULEIRO” um ninguém, atoa. “LANÇANDO” era nome que se dava a quem estava vomitando. ABERTEIRO” e “MARRETEIRO” eram os nomes que chamamos hoje o vigarista, ou trapaceiro. "PAR1CEIRO (a)” era como se dizia de duas pessoas de classe inferior. “ARENGUEIRO (a)” era quem não guardava o segredo ou o denunciava. “MOGANGA” estar escondendo-se para não trabalhar. "AMIGO DO ALHEIO” e “GATUNO” era qualquer tipo de ladrão.
        Por falar em ladrão, lembrei-me que antigamente não tínhamos, aqui em Feira, as atuais algemas. Tanto que quando um ladrão era preso, a polícia tirava-lhe o cinto e suspensório e o colocava na frente segurando as calças, o que não lhe permitia correr. Já imaginaram, se fosse hoje, observar grandes ladrões que foram presos ultimamente, segurando as calças?
          “PATAQUADA” tentando tirar a atenção de outrem com danças, caretas, gestos engraçados. “LENGA-LENGA” conversa inútil comprida demais. “NECAS DE PITIBIRIBA” não ter nada de valor. “ESPARRAMADO”, dormindo de qualquer jeito. “BUCHO, BOFE e OSSO” era como se chamava a mulher muito feia (os homossexuais se apoderaram da palavra bofe). “LOROTA”, era mentira com humor. “VEADO, BICHA, BAITOLA, FRANGO, FRESCO E FRUTA” eram nomes que usavam para designar o homossexual.
             A palavra “MUFINO” era o nome que se dava ao covarde que fugia de uma briga de meninos. “MACUMUNHADOS”, parceiros em tramoias. “SOU ESPETO”, pessoa que se vangloriava da sua bravata. "CANALHA" era uma pessoa sem moral, o mesmo que "SAFADO", "CAPADÓCIO" igual a "VAGABUNDO". "CAPITÃO DE AREIA", menino de rua. "CARÃO ESBREGUE" era o mesmo que repreensão. "XAVECO" era enrolação, malandragem. "ESTRAMBÓLICO OU ESCALAFOBÉTICO"  siginificava coisa estranha, desconhecida, sem sentido.
“REBARBADO” (LINGUAGEM MARINHEIRA) revoltado, bruto (pavio curto). “LAMBANÇA” era briga de palavras, confusão; lambanceiro. “RELAXADA” era a pessoa que não se cuidava. “ARRAIA” não é era só peixe, era o que hoje se chama de pipa.
Por falar em peixe, quando se via uma moça muito bonita, dizia-se : que PEIXÃO! Hoje se diz AVIÃO. “URUPEMBA” era como se chamava peneira. “CHARLAR” era contar falsas façanhas. “CARTEIRO” era como se chamava o “ESTAFETA” dos Correios. “BALZAQUIANAS” mulher depois dos 35 anos. “CARITÓ OU BARRICÃO” era mulher que não havia se casado e já estava nos 40 anos. “ALCOVITEIRA”, quem dava guarida a um casal que namorava escondido. “COCADA”, quem levava recados entre namorados. “BAGA” era o resto, a parte já fumada do cigarro. “FECHAR A MATRACA”, mandar que parasse de falar. “MÔCO”, surdo. "LEVOU ABRECA”, sumiu, desapareceu. “MEXERICO” ou “FUXICO” significavam intriga, fofoca. “LAVEI A JEGA” É como se dizia do que fez bastante e gostou: almoçou bem, dançou muito... Agora mesmo vou dizer; “LAVEI A JEGA...”. Revirei meu baú do passado e lembrei dos velhos tempos... “Iiiiiiiiiiiiii FIAU” (isto não foram aplausos pelo meu trabalho; o pessoal do meu tempo sabe que foi uma vaia à antiga).
Não foram só as coisas corriqueiras que guardei nesses quase 90 anos de vida. Na época havia uma tradição de amizade, carinho, consideração, mesmo nas últimas horas de um morador. Por exemplo: os sepultamentos em Feira de Santana, a partir de 1915, embora o cemitério tenha sido construído em 1855; vez que o nosso propósito é falar dos sepultamentos após a construção das torres da Igreja Matriz, onde foram assentados vários sinos, inclusive um relógio de grande tamanho e que, além das horas marcadas pelos ponteiros, batia de meia e meia hora, cujas batidas eram ouvidas até a praça do comércio no silêncio da noite.
Os outros sinos, com sons diferentes, faziam chamadas para missas e tinha “dobres” diferentes para anunciar o falecimento de uma pessoa, jovem, adulto e criança com batidas especiais e conhecidas por todos os moradores. Quando se “FINAVA” alguém, (era a palavra usada para faleceu) todos tomavam conhecimento e a notícia boca aboca completava o noticiário com identidade, hora do sepultamento e tudo mais. Os sinos eram uma espécie de veículo de comunicação auditiva.
Foto de um cortejo a caminho do
Cemitério Piedade.
Quando havia velório, todos sabiam pela hora do falecimento e, automaticamente, a hora do sepultamento (24 horas depois).
Na hora aprazada o cortejo saía comum sacristão carregando uma imagem de Jesus Crucificado, seguido pelo padre, depois o “urneiro” (aquele que carregava uma urna na cabeça e a depositava no chão a cada 50 metros para troca das pessoas que carregavam o caixão) depois o povo.
Um costume que bem traduzia o espírito de solidariedade, entrosamento social e respeito mútuo, era a grande presença de pessoas em velórios, nos sepultamentos e, principalmente, o reconhecimento do povo aos seus benfeitores, como aconteceu no sepultamento de Dr. Gastão Guimarães, entre outros. Nessas ocasiões as Órfãs do Asilo N. S. de Lourdes, alunos da Escola Normal, do Ginásio Santanópolis, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia e outras irmandades religiosas, acompanhavam em filas ao lado do povo, enquanto as filarmônicas se posicionavam atrás do caixão e se revezavam tocando marchas fúnebres.
Nobre Cidade sempre foi Feira de Santana: acolhedora, amiga e solidária com todos que aqui mourejam. Que revivemos o passado, para um feliz futuro, terra querida!!!
Transcrito da revista "História e Estórias dos Séculos XIX e XX (Escritas a cinquenta mãos).  

quinta-feira, 18 de abril de 2019

ANIVERSÁRIOS DE JORGE, JURACI,ZÉ RAIMUNDO E BIBI

Jorge
Juraci
Um quarteto de santanopolitanos, arianos, sob proteção de Iemanjá, Jorge Ferreira, José Juraci Pedra Braga, José Raimundo Azevedo (Zé Raimundo) e Nantes Belas Vieira (Bibi), comemoram aniversário hoje. Parabéns.


Bibi

Zé Raimundo

quarta-feira, 17 de abril de 2019

ANIVERSÁRIO DE OILA


Maria Odilia Lima (Oila), santanopolitana, ariana, sob proteção de Iemanjá, completa mais um ano de vida. Queremos replei deste evento deste evento por muitos anos com saúde.

PERFIL DE LINDAURA FALCÃO DE AZEVEDO

Nasceu em Feira de Santana, Bahia, no dia 15 de dezembro de 1927, na Rua Conselheiro Fran­co, nº 01. Filha de Manoel Matias de Azevedo e D. Eufrozina Falcão de Azevedo, cresceu junto com os irmãos Lício Falcão de Azevedo, Líbio, Lisete e Lealdina Falcão de Azevedo.
Estudou, inicialmente, numa escola pública, na antiga Rua do Fogo, com a Profa. Isabel Alexandrina de Carvalho. O ginásio fez no Colégio Santanópolis e o Curso Complementar, que correspondia ao Ensino Médio, mas que era somente dois anos, no Colégio da Bahia, em Salvador.
Cursou Medicina, na Faculdade de Medicina da Bahia, quando era o seu diretor, o Dr. Edgar Rego dos Santos. Formou-se em 1949, sendo co­lega de Dr. Roberto Santos, ex-governador da Bahia. Fez residência médica no Hospital das Clínicas por um ano. Um fato importante na vida de Dra. Lindaura Falcão de Azevedo é que ela é a primeira mulher feirense formada em Medicina.
Ainda como doutoranda fez parte de uma embaixada que visitou os países Argentina e Uruguai, para observar os modernos hospitais e os últimos progressos da Medicina, em março de 1949.
Retorna à Feira de Santana no ano de 1950 e foi clinicar juntamente com Dr. Wilson da Costa Falcão, seu primo em primeiro grau, exercendo Clínica Geral e Ginecologia. Juntamente com Dr. Geraldo Leite, Dr. Pirajá da Silva e Dr. José Maria Anchieta Santana trabalhou no Posto de Puericultura e Higiene na condição de funcionária do Estado da Bahia.
Dos casos interessantes que ouviu ao consultar seus pacientes foi o de uma gestante, que estava fazendo o pré-natal e ela lhe perguntou quem era o pai da criança e ela lhe respondeu: "Não sei, não, doutora. Ele era um "careta".
Clinicou na Santa Casa de Misericórdia quando funcionava ainda no casarão que hoje intitula "O Palácio do Menor", época em que trabalhavam também: Dr. Wilson Falcão, Waldy Pitombo, Mário Lustosa, Renato Santos Silva e outros, na década de 50.
Tem três filhos: Ana Tereza Brito (engenheira, auditora, fiscal do estado, advogada, Licenciada em Letras com Inglês) Pedro Brito (médico, residente nos Estados Unidos, em Washington) e Cíntia Azevedo de Brito (engenheira, funcionária da CERB -Companhia Elétrica Rural da Bahia) e já tem uma neta, acadêmica de Biologia.
Em 28 de fevereiro de 1969, transferiu-se para Salvador e foi traba­lhar no Pronto Socorro do Hospital Getúlio Vargas, depois no 5º Centro de Saúde, situado na Av. Centenário, onde exerceu a Pediatria. Aposentou-se em 1980, com 39 anos de serviços prestados à medicina baiana.

Fonte: Oliveira, Lélia Vitor Fernandes de “Anjos de cabeceiras”.


terça-feira, 16 de abril de 2019

MARLIZETE ANIVERSARIA


Marlizete Moura Gonçalves, santanopolitana, ariana, sob proteção de Iemanjá, comemoram mais um ano de vida. Nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

ANIVERSÁRIO DE CÉLIA


Comemorando aniversário hoje a santanopolitana, ariana, sob proteção de Iemanjá, Célia Gabriel Lima. Parabéns.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

CARNAVAL DE 1934 II


Passou breve, fugaz como todas as coisas que proporcionam prazer, o Triduo da Folia.
Os i folguedos dos primeiros dias do reinado do Momo Único decorreram algo frios pesar da elevada temperatura ambiente. Fizeram-se notadas inconveniências e falhas.
O movimento comercial da tardinha e da noite do sabbado afigurara-se a muitas pessoas promissor de extraordinária animação e inffluencia de foliões á “Avenida da Alegria” (denominação dada por experimentado carnavalesco às ruas Cons. Franco e a dos Remédios, onde a circulação avulta em dias de Carnaval); o que, no entanto, não ocorreu.
O baile anunciado para a Pensão Central effecttuou pela ausência de dançarinos, principalmente do sexo bonito.
0 Domingo Gordo
Dois pequenos grupos cantantes fizeram a alvorada carnavalesca, tendo sido sensível a ausência das “Bohemias” que tão assíduas vinham sendo às folganças matinaes em louvor de Momo.
O “Casamento na Roça” em que o casal era precedido de dois bebês em braços de nutrizes pretas teve admiradores e aplausos.
         O excessivo calor parece haver amedrontado os foliões que só tarde muito avançada animaram a pervagar as ruas.
Um magote funambulesco, arremedo do préstito da Lavagem tradicional da festa de Sant’Anna, com as bandeiras, danças a músicas características da usança festiva, foi o primeiro bando a surgir, porém não conseguiu agradar a todos, por inoportuno, deslocado da quadra própria.
Exhibiu-se depois, o espirituoso Bloco dos Duvidosos, com seu expressivo estandarte, suas choréas e música originaes, concorrendo grandemente para a animação do povo, que o seguiu por toda parte.
  Os Duvidosos que em 1933, formava um grupo matinal, devem consttuir-se em associação organizada para futuro Carnaval, que não prescindirá do concurso desses foliões, segundo pensa a Guarda Velha, disposta, já, por alguns de seus membros, a assumir a função de orientadora dos festejos de Momo em 1935.
         A jovialesca dezena feminina travestidas de Malandros, (calças brancas, camisas listradas e loups negros) com as suas graciosas braceiras, num figurino muito chic, deram a nota da elegância carnavalesca.
         Foram também devidamente apreciadas as dezesseis figurinhas do outro planeta (meninas e mocelinhas entrajadas de saias, corpetes e gôrros alvi-negros) que levavam alegria quer que arraiassem.
         Também fez-se credor de sinceros gabos – Zé Matuto conduzindo ante si seus quatro filhos, “tão grande... e tão bobos,” dispostos em monômio.
         À noite, um “assustado” de improviso attraiu aos esplendidos salões da “25 de Março” fervorosos cultores de Terpsicore, que, aos rithimos de musica moderna, lindamente regional, executada por afinado jazz-band, dançaram até de madrugada.
Segunda-Feira de Zé Carêta
A intensificada labuta comercial em vários pontos da urbe onde se faziam feiras, empolgando inteiramente a população e mesmo forasteiros feirantes, não permitiu folgas aos próprios foliões.
Pode-se dizer que o Carnaval em 12 do fluente foi todo interno, tendo transcorrido animadíssimo o baile de máscaras effectuado nos salões da sociedade “Euterpe Feirense”.
O terceiro dia de Mômo confirmou plenamente sua denominação vulgar de
Terça-feira Gorda
         À madrugada, ainda escuro, Zé-Pereira realizou uma ronda ligeira, porém assaz eficiente, despertando os folgazões menos fatigados para início da almejada fuzarca.
         De facto, três grupos de mascarados em que predominava o elemento feminino encheram as ruas de alacridade e de acordes excitantes, induzindo muita gente retraída a dispor-se para o sarabandeio vespertino.
         Tal seccedera no domingo, ia muito avançada a tarde, quando começou a folgança, renovando-se a cavalgada em andadura demasiado larga, o que causára reparos e extranhêsa, principalmente de forasteiros, no primeiro dia. Essa extranhêsa estendeu-se à ausência de quaisquer ornatos em automóveis particulares em côrso na “Avenida da Alegria.”
         A parodia de lavagem foi o bando que se exibiu mais cedo.
         Seguiram-se os impagáveis “Duvidosos,” quiçá em maior número, e os alegres “Farristas” vestiam uniformes vistosos, em cores vivas, e modulavam canções, marchas e sambas, aos sons de boa oschestra, entre as quaes Zizi, versos de Aloisio Resende musicados pelo professor Estevam Moura, propositalmente feita para o novo cordão carnavalesco.
         A juventude “...do Outro Planeta” e os elegantíssimos “Malandros” timbraram em prodigalizar contentamento a seus administradores, que eram incontáveis.
         O baile a fantasia na sede da sociedade “25 de Março” foi animadíssimo, prolongando até 3 horas da madrugada de quarta-feira de Cinzas.
         Foi-se o Carnaval de 1934 mais querido do que quando chegou e é possível tenha deixado saudades.
         Os momophilos feirenses querem ressarcir-se da relativa frieza do carnaval citadino e da quarentena nesta de abstinência, promovendo festa álacres em o sábado de aleluia e no domingo de Páschoa.
         O novo promissor “Blóco dos Farristas” realizará festas campestres, inclusive a queima de um Judas, na praça Matriz, que fica próxima a sede, e fará passeatas pealas principaes urbes.

Publicado na "Folha do Norte" edição de 17 de fevereiro de 1934.


Filme do Santanopolis dos anos 60