Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

sexta-feira, 31 de julho de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 31/07

“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo:
1898 - A “Gazeta do Povo” anuncia que se está exibindo “entre nós o fotocopio admirável aparelho que pela primeira vez apreciou o público feirense” e no qual se vêem “belíssimos quadros, muito perfeitos, representando as diversas senas da vida de Cristo”. O “fotocopio é exibido no edifício do “Montepio dos Artistas”, juntamente com o fonográfico sem auditivos”.

30
1920 - É festivamente recebido o Dr. Barbosa de Souza, secretario da agricultura, indústria, comércio e obras públicas do Estado.

1922 - Inaugura-se o estádio de Sapucaia, construído pelo maj. Leolindo dos Santos Ramos.

31
1845 - A câmara despendeu, durante o mês que finda, com o asseio da Praça do Comércio, RS. 1$600.

1874 - O padre Ovídio Alves de S. Boaventura é nomeado vigário encomendado desta freguesia em vista de se achar monagenario e invalido o antigo pároco.

1922 - Morre, na Villa de Capivary, o coronel Antonio Silvany Ribeiro Sampaio*proprietário nesta cidade e ex-conselheiro municipal.
Luiz Silvany

* O santanopolitano Luiz, a pedido do blog, fez uma sintese da história da construção e morada do seus avós do casarão abaixo.

Esta casa foi construída pelo meu Avô Paterno, Coronel Antonio Silvany Ribeiro Sampaio. Ele inaugurou a Casa em 1919 e faleceu  em 1922. A Viúva dele, minha Avó Paterna, Lybia Pacheco Sampaio, que me criou, morou lá até 1948. Naquele ano, ela vendeu a Casa ao Governo do Estado da Bahia e foi morar em uma casa menor, na Rua Dr. Miguel Ribeiro, 1,esquina com a Rua Marechal Deodoro. Minha Avó Lybia faleceu em 1968. Eu e Milma, nos casamos em 28 de setembro de 1968 e ela faleceu em 28 de novembro de 1968. Qualquer outra informação, estou às suas ordens. Abraços sinceros do Amigo, Luiz Silvany
     
Nota do Blog: Este Casarão situado na esquina da avenida Sampaio, antiga ABC, e a av. Senhor dos Passos. Sempre pensei que a mudança do nome da rua,  fosse em homenagem ao Coronel Antonio Silvany Ribeiro Sampaio, por ter sido Conselheiro Municipal de Feira de Santana. Pesquisando, surpreso, o homenageado é um político de São Paulo, acho que CANTIDIO NOGUEIRA SAMPAIO.
Quando acabar a pandemia, vou à Câmara destrinchar esta homenagem.

VAN GOGH E BEETTHOVEN

quinta-feira, 30 de julho de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 30/07


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.




Dia de hoje no tempo:

1920 - É festivamente recebido o Dr. Barbosa de Souza, secretario da agricultura, indústria, comércio e obras públicas do Estado.

1922 - Inaugura-se o estádio de Sapucaia, construído pelo maj. Leolindo dos Santos Ramos.


DOIS PREFEITOS GOVERNANDO FEIRA DE SANTANA AO MESMO TEMPO


Na nota ao lado, do jornal "Folha do Norte" de 1908, registra o local da posse de Bernardino Bahia ao mesmo tempo, da posse de Abdon Alves Almeida.
O historiador Oscar Damião escreve:
Na eleição, concorreu com Bernardino da Silva Bahia e foi derrotado. Inconformado com a derrota e escudado na influência do govrno, ambos tomaram posse. Abdon, na intendência e Bernardino, em outro local (ao lado local da posse de Bernardino, que o Blog encontrou) no mesmo dia e na mesma hora, já que fora o intendente vitorioso e legítimo. O município se viu, surpreendente e simultaneamente, com 02 intendentes para governá-lo. Isto aconteceu, por alguns meses, até que o governador se dispôs a dar uma solução, estabelecendo um acordo entre ambos. O Cel. Abdon ficaria como intendente, de 1908 a 1912 e Cel. Bernardino de 1912 a 1915, na gestão posterior.

ANIVERSÁRIO DE DUAS ANAS

Ana Celeste
 Hoje é dia de festa, fisicamente separadas mas contatos virtuais, as santanopolitanas, do signo de Leão, sob proteção de Xangô, Ana Celeste Freitas Bastos e Ana Maria Sampaio Miranda. 
Parabéns!
Ana Maria
Feliz aniversário!
Que o sol, a lua e as estrelas brilhem mais vezes por ti.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 29/07

“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo


1898 - A “Gazeta do Povo” anuncia que se está exibindo “entre nós o fotocopio admirável aparelho que pela primeira vez apreciou o público feirense” e no qual se vêem “belíssimos quadros, muito perfeitos, representando as diversas senas da vida de Cristo”. O “fotocopio é exibido no edifício do “Montepio dos Artistas”, juntamente com o fonográfico sem auditivos”.

DECISÃO JUDICIAL COMPLICADA


LAGRIMAS DE CRISTAL

Ana Pires – in memória
Santanopolitana, poetiza, blog “Fragmentos de Ana Pires”. Para ver outras poesias da autora, nos sites recomendáveis ao lado.


Lagrimas de cristal,
retidas nos olhos,
petrificadas
que não deslizam
pela face
para aliviar
a solidão.

ANIVERSÁRIO DE BERTININHO, LUIZ E NEUZA

Bertininho
Comemorando aniversário os santanopolitanos, do signo de Leão, sob proteção de Xangô, Bertino Simões Portugal Neto (Bertininho), Luiz Augusto Oliveira e Maria Neuza de Souza Menezes.
Luiz
A vida é um milhão de novos começos movidos pelo desafio sempre novo de viver e fazer todo sonho brilhar. Feliz Aniversário!

terça-feira, 28 de julho de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 28/07

“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo:
1838 - Em sessão da câmara o Sr. Joaquim José Pedreira Mangabeira propõe a inspeção e trabalhos necessários na fonte desta Villa “única pública e de tanta precisão à abastança dos Povos”

1869 - Assume o cargo de delegado deste termo o tenente coronel Leonardo José Pereira Borges.

Tanquimho, hoje cidade
1907 - Vem a esta cidade, em passeio de recreio, a Phil. “Amantes da Lyra” de Itaparica.

1906 - A carne verde está sendo vendida dia-riamente na cidade a 320 reis o kilo, segundo publicam os jornais desta data.


1907 - Vem a esta cidade, em passeio de re¬creio, a Phil. “Amantes da Lyra” de Itaparica.

OS ALMEIDAS - PECUARISTAS

Evandro J.S. Oliveira

No dia 20 deste mês, nos deparamos com uma nota, na postagem da série de Memórias de Arnold Silva, neste Blog,
 “1914 - Conferencia do cel. Teopompo Almeida, durante a feira de gado, sobre a pecuária baiana, precedendo um leilão de bois de raça zebu”. Ver: Teopompo Almeida - Palestra sobre pecuária

Esta nota me levou a pensar em escrever sobre Os Almeidas, muito importantes para a pecuária baiana e particulamente à região de Feira de Santana no século passado até a década de sessenta.
Teompompo não era um grande selecionador de bovinos como o era Jairo, mais um dos mais entendidos em pecuária, citado por Rollie E. Poppino em seu livro “Feira de Santana” - ... a ampla aceitação do Zebu na Bahia data de cerca 1920 e deve-se, na realidade, aos esforsos de dois criadores, o coronel Teopompo Almeida, de Poções e o coronel Jairo de Almeida, de Mundo Nôvo – o reconhecimento de Teopompo fica evidente também no nome do Parque de Exposição da cidade de Vitória da Conquista “Teopompo Almeida”.
Mas o meu conhecimento maior é do coronel Jairo Almeida, via seus filhos, principalmente Nivaldo Almeida, que foi meu colega de administração da Coperfeira, e meu vizinho de fazenda, herdada do pai, uma das seis fazendas, esta destinada a solta.
Conheci a importância de Jairo, quando eu era minimo e meu avô gostava de alardear quando vendia os bezerros, do valor da genética do Indubrasil de Jairo: “todos os meus touros vieram das Piabas, fazenda principal de Jairo Almeida”.
Vi nas Piabas o orgulho de Seu Jairo mostrando uma carta recebida do Governador do Estado de São Paulo, pedindo para cede-lo umas novilhas Indubrasil[1] com o objetivo de melhorar a genética do rebanho paulista.
Jairo Almeida construiu, possivelmente a primeira estrada de rodagem entre cidades da Bahia. A  história deste empreendimento foi me contada em detalhes por Nivaldo Almeida:
Selim que D. Sidoca montava.
Este saiote é longo vai até
os estribos. Aí é para mostrar
a posição das perna direita
Mundo Novo só tinha um veículo, Ford T (forbica), só rodava na rua, imaginemos quanta ruas tinha Mundo Novo no Princípio do seculo passado. Quando de vigem para Feira de Santana, o carro levava os passageiros e a bagagem até os limites da cidade e lá já estavam os cavalos para continuar a viagem que durava cinco dias. O que me encabula as vezes que iam também senhoras, montando de lado nas celas especias, figura ao lado, para madame, uma capa longa. Nivaldo conta que D. Sidoca, montava em uma égua e galopava, com o vento esvoaçando a saia. Esta imagem ficou marcada na fazenda quando um vaqueiro fazia uma corrida esbaforida, gritavam lá vai D. Sidoca.
Voltemos a ideia de construir uma estrada. Coronel Jairo estava em uma exposição de Uberaba, em Minas Gerais, foi convidado por um grande selecionador para ir sua fazenda ver seus animais. Tudo acertado, o motorista foi apanhá-lo no hotel, ele certo de que chegando nos limites da cidade haveria montarias para seguir ao destino. Para surpresa o carro continuou por um caminho, a cidade sumindo atrás poucas horas depois chegou a fazenda. Ficou tão apaixonado pela viagem que resolveu fazer a estrada Mundo Novo – Feira de Santana.
Jairo Almeida era filho do Coronel Tertuliano Almeida, que construiu e morou em Feira de Santana no belo Casarão, posteriormente, Hotel Solar Santana, infelizmente destruído para ser um edifício comercial.  



[1] cruzamento entre as raças Gir e Guzerá, mas também com participação de outras raças importadas da Índia, como o Ongole, Hissar, Mewati e Sindi (Santiago, 1986).


ANIVERSÁRIO DE MANOEL


O aniversário de hoje é do santanopolitanos, do signo de Leão, sob proteção de Xangô, Manoel Pereira Filho.
Guarde na memória tudo que foi bom, e aprenda com o que foi menos bom. Agora começa mais um ciclo, aproveite e desfrute dele o melhor que conseguir.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 27/07


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo:
1922 - Morre o cel. José Antunes Guimarães.

ESCADA E ANUNCIO CULTURAL


Escada da residencia do designer Vivaldo
Laurindo Lima


Recomendado pelo Blog Santanópolis

ANIVERSÁRIO DE MÁGNO, ORLINS E SÍLVIA

Mágno
 Comemora data de nascimento os santanopolitanos, do signo de Leão, sob proteção de Xangô, Luiz Mágno Queiroz Neves, Orlins Santana de Oliveira, Sílvia Mascarenhas. 
aniversário não é apenas aumentar um número à idade, devem se alegrar e celebrar por completar mais um ano de vida. Feliz aniversário!

domingo, 26 de julho de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 26/07


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo:
1884 - Assume o cargo de delegado de policia do termo o capitão Joviniano José de Cerqueira.

1913 - Lei n. 9978, creando, neste município, o districto de paz de São Vicente.

AS REVOLUÇÕES DE SEU ARQUIMEDES


EMANOEL FREITAS – Santanopolitano, jornalista, advogado, editor do Blog “Viva Feira”, recomendado ao lado, pelo Blog Santanópolis,



  
    Era década de 70, viver no Rio de Janeiro, apesar do momento conturbado da história que o Brasil passava, era extremamente prazeroso. Foi uma época de tomada de consciência,  estávamos lutando para recuperar a democracia e a liberdade perdida e, de certa forma éramos como naus a deriva buscando um porto qualquer, uma vez que até a informação era censurada pelos órgão oficiais, as notícias mais confiáveis tínhamos através da imprensa alternativa e as mais comprometedoras eram passadas verbalmente, razão pela qual valorizávamos por demais encontros e bate-papos informais, onde quer que fossem.
    Encontrar Seu Arquimedes era sempre muito divertido e instrutivo, ele vivia nas mesmas imediações que eu, ali nas proximidades da Rua Machado de Assis, Rua Almirante Tamandaré, por ali, no Flamengo. Não sei exatamente em que prédio ou em que Rua ele morava, nos encontrávamos na Padaria ou bar localizado no térreo do prédio onde eu residia ou simplesmente andando pela praia do Flamengo. Nas cidades grandes isso é muito comum, é possível fazer amigos por encontrá-los sistematicamente no ponto do ônibus na ida para o trabalho ou para faculdade, outros quando estamos voltando para casa, no balcão do cafezinho do boteco ou padaria próximo de onde moramos e que costumamos frequentar, os vezeiros do futebol na praia, e de mais uma infinidade de situações, sem saber realmente  quem são, e qual a verdade de cada um deles. Algumas poucas destas amizades sedimentam com o tempo, outras desaparecem “sem que, nem pra que1”.
    Seu Arquimedes era um aposentado da Petrobras, com muitas histórias de conspirações políticas para contar e, apesar da época difícil que a ditadura militar impunha, se declarava sem fazer segredo, ser um comunista convicto, e mantinha vivo, quando expressava seu ódio pelo regime militar, dentre outras argumentações a de uma conspiração, no mínimo engraçada, na qual afirmava, com convicção, que havia um movimento homossexual para tomar o controle do mundo inteiro e que era fortíssima no Brasil. Fora este devaneio, que apesar de engraçado não havia nenhuma evidência de realidade, suas demais opiniões não demonstrava sinais de insanidade e, os dados históricos e fáticos que citava conferiam com a realidade, de modo que não poderíamos descartá-lo como completamente louco, apenas como paranoico e homofóbico, expressão que não era usada à época, até porque a sociedade tinha muito de homofóbica naquele momento histórico.
    Sempre havia uma lição qualquer nas opiniões de Seu Arquimedes, para cada situação uma ponderação, da maioria podíamos até gargalhar, mas não poderíamos nunca, de modo algum, rir da “teoria da conspiração2” de que o mundo estava sendo ocupado por homossexuais, que alias nosso amigo achava por bem de denominá-los de “veados”, de forma contundente e acintosa. Quanto maior o cargo, maior a difamação do indivíduo, pois o adjetivo também ia para o aumentativo, "(…)ah esse aí é um veadão(…)", afirmava Seu Arquimedes em relação a alguns membros da ditadura e do governo de então, e ainda tinha "(…)é um veadão dos mais perigosos(…)", para o caso de cargos de grande importância. Ai de quem ousasse discordar, certamente faria um inimigo, e poderia até ganhar a fama de estava do lado dos conspiradores ou de ser no mínimo um simpatizante. Ninguém se arriscava. O máximo que chegávamos era na indagação: “Será Seu Arquimedes, o homem tem mulher e filhos?”; ao que ele respondia sem vacilar: "É pra disfarçar, eles são perigosíssimos, querem tomar conta do mundo e de tudo farão para enganar os bobos".
    Envelhecer e aposentar-se faz dos mais inteligentes contadores de histórias (e estórias), e este era o traço mais interessante da personalidade de Seu Arquimedes. A sensação que nós tínhamos nos encontros com ele era de que ele havia vivido tanto quanto Matusalém, pois sempre tinha alguma (hi)estória para contar, a cerca da maioria das nossas experiências. Normalmente acompanhadas de alguma lição, que em regra eram extremamente plausíveis e geralmente continha alguma graça. Apesar da sisudez que lhe era comum ao referir-se a  conspiração homossexual que tomaria conta do mundo, suas demais lições eram carregadas do bom humor típico dos cariocas.
    Um outro amigo nosso, de nome Ubirajara, que no Rio vira "Bira", destes que encontramos comumente na hora do cafezinho, costumava lamentar e reclamar sobre tudo. Até quando seu Vasco ganhava, pra ele tinha jogado mal. Nada era satisfatório. Um verdadeiro pessimista, que tinha o hábito de normalmente se queixar de suas relações amorosas. Vivia a lamentar-se e ofender a ex-mulher e mãe de seus dois filhos, em função das brigas sobre pensão alimentícia. Não poupava ofensas a pobre mulher, que embora nós não a conhecêssemos, mantínhamos uma certa desconfiança de suas afirmações, em virtude de só surgirem, quando das discussões sobre a pensão. Invariavelmente Seu Arquimedes afirmava pra Bira: “Nunca fale mal da mãe dos seus filhos, pois se você ficar afirmando que ela era descarada, você era corno e, a bem da verdade, de mulher descarada tem um bocado de gente que gosta, ao passo que corno fica desmoralizado a vida inteira. Tem sempre alguém pra dizer que o cara é incompetente, por isso mesmo, é melhor você elogiar sempre a mãe de seus filhos, e nunca se esqueça de afirmar que ela sempre foi uma santa e da maior confiança. Se perguntarem porque você se separou, diga que o adultero foi você. Te garanto que a fama de machão é muito melhor que a de corno prá gente carregar o resta da vida, meu filho.”
    Sábio Seu Arquimedes!

NOTAS:
1 – Sem que, nem pra que: expressão muito usada em diversas regiões do Brasil, que da uma certa ênfase para dizer que aconteceu alguma ou algum fato ou alguma coisa sem motivo algum.

2 – Teoria da conspiração (também chamada de conspiracionismo) é qualquer teoria que explica um evento histórico ou atual como sendo resultado de um plano secreto levado a efeito geralmente por conspiradores maquiavélicos e poderosos,[1] tais como uma “sociedade secreta” ou “governo sombra”

Da série: Pelo mundo afora…
Publicado em: 10/07/2020 - no Viva Feira

ANIVERSÁRIO DE DAPHNIS, ESTER E IARA

Comemorando data de nascimento os  santanopolitanos, do signo de Leão, sob proteção de Xangô, Daphnis Oliveira, Ester Carvalho Miranda e Iara Margarida Ribeiro Santana.
Parabéns por hoje, mas felicidades sempre.


sábado, 25 de julho de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 25/07


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo:
1920 - Vêm a esta cidade, em excursão recreativa, os officiaes do couraçado italiano “Roma” e do brasileiro “Minas Geraes”, surtos no porto da capital do Estado. Chegam em trem especial, à noite, acompanhando-os o general Aché, cons. Secretario do interior, cel. Intendente da capital e a banda de musica do 2º batalhão de policia. Offerece-lhes um banquete o maj. Leolindo dos Santos Ramos, presidente do conselho municipal.

REGISTROS HISTÓRICOS DE 21/07


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.


Dia de hoje no tempo:

Por questões técnica, deixei de postar no dia correto. Vale o registro.😬
1838 - A câmara designa oficialmente o lugar denominado “Campo da Gamelleira, situado em terreno devoluto da antiga fazenda Gamelleira, ao norte da vila em direção aproximada de “estrada dos sertões” para as feiras de gado vacum e cavalar, que, há muitos anos, já se fazem ali*.

1907 - Está na cidade, com sua exma. família, o capitão corveta Francisco de Mattos.

1911 - O governador do Estado sanciona o projeto de lei que manda construir uma ponte sobre o rio Jacuípe, neste município.

* 
O terreno citado acima foi a segunda Feira de Gado, em 1943 parte dela foi construido os “Currais Modêlo” pelo Prefeito da época Herácito Carvalho (Seu Lolô).
A área compreende atualmente  desde a rua Riachuelo até Colégio Municipal, Forum Filinto Bastos, pç. João Barbosa de Carvalho, Praça 2 de Julho (praça nordestino), Feira Tenis Clube antigo Cine Íris etc.

ANIVERSÁRIO DE CHICO


Comemoram mais um ano de vida os santanopolitanos, do signo de Leão, sob proteção de Xangô, Francisco Antônio S. Catapano (Chico). Nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 24/07


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo

1845 - O juiz municipal e criminal, Dr. Vicente Ferreira Alves dos Santos, manda proceder ao necessário exame no cadáver de José Francisco Caboclo, assassinado, na véspera, em sua roça, próxima a esta Villa, pelo salteador Lucas Evangelista.


1903 - Está em exercício do cargo de intendente do município, vago por fallecimento do cel. José Freire de Lima, o presidente do conselho, cel. José Antunes Guimarães.:

HISTÓRIA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA - II

João Batista Cerqueira

3. A SANTA CASA DA VILA DE FEIRA DE SANT’ANNA

As fontes creditam ao Juiz de Direito Dr. Luiz Antônio Pereira Franco transferido da Vila de Nossa Senhora de Nazaré para a nova Comarca de Feira de Santana, em 1855, a liderança do movimento em prol da fundação de uma Santa Casa na Vila de Feira de Sanf Anna. O magistrado, em 1851, quando residente em Nazaré, foi Provedor da Santa Casa de Misericórdia da vila, portanto, conhecia os propósitos de uma instituição assistencial que, fundamentada nos princípios da caridade cristã e da filantropia, administrada por uma irmandade de leigos, desde os primórdios foi colocada sob proteção régia.
Um evento marcante para a história política e social da Vila de Feira de Sant’Anna viria a acontecer no final do ano de 1859. Na viagem em direção às províncias do Norte do Brasil, o Imperador D. Pedro II, acompanhado da Imperatriz Tereza Cristina e uma grande comitiva visitaram a Província da Bahia, onde, num primeiro momento, permaneceram entre 6 de outubro a 19 de novembro.
Recebida em Feira, com pompa e festas, a Corte imperial que permaneceu na vila nos dias 5 e 6 de novembro de 1859, após instalação do Paço Imperial na residência do Coronel Joaquim Pedreira de Cerqueira, situada na Rua Direita, atual Rua Conselheiro Franco, se dirigiu ao Te Deum na Igreja Matriz de Senhora Santana. No tumo da tarde, o diário do Imperador D. Pedro II, registra outro compromisso:
Nesse dia à tarde S. M. admitiu a sua presença uma comissão composta pelos Srs: Dr. Pereira Franco (relator), Dr. Comandante superior Sinfrônio Bacelar, Tenente-coronel M. J. Pedreira Sampaio, Presidente da Câmara Borges, Coronel Pedreira de Cerqueira, Dr. Juiz Municipal Japiassu, Dr. Promotor Antero Assis, Padre José Cupertino, Cidadão Vitorino Gouveia. Esta comissão suplicou a S. M. a graça de tomar sob sua Imperial Proteção, um asilo de Enfermos, que se pretendia criar na vila, dignando-se S. M. permitir que fosse dado a esse o nome de - D. Pedro II. (D. PEDRO, 1959, p. 276).
O pleito, apresentado pela comissão, foi bem recebido pelo soberano que, além de permitir que o estabelecimento fosse designado com o seu nome e para demonstrar o seu efetivo apoio à iniciativa, fez doação de um óbolo, no valor de 2:OOOSOOO (dois contos de réis). Demonstrando interesse, o Imperador D. Pedro II visitou um terreno e determinou ao Dr. Bonifácio de Abreu, médico que acompanhava e assistia a Corte na viagem, que ele, além de vistoriar a área, designasse nessa, o exato local onde se deveria construir o nosocômio da Villa de Feira de Sant’Anna, a ser denominado de Imperial Asilo de Enfermos D. Pedro II.
Um fato relevante é que, anteriormente à visita do imperador brasileiro, desde 25 de março daquele ano, esse mesmo grupo de cidadãos havia fundado a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia da Villa de Feira de Sant’Anna. Conforme destacado no Compromisso da fraternidade, o objetivo da instituição era exercer a caridade:
Fazendo curar em seu hospital os enfermos pobres e desvalidos, e prestando-lhes os soccorros espirituaes de que precisarem como também dando sepultura no Cemitterio, que tratará de estabelecer, quando não possa obter o que já existe nesta Villa, a cargo da Câmara Municipal, os cadáveres, não só dos enfermos de que trata o $ antecedente, mas também de quaesquer indivíduos absolutamente miseráveis e desamparados. (FEIRA DE SANTANA, 1860, p. 2).
Após a aprovação do Compromisso da Santa Casa pelo Arcebispo D. Romualdo Seixas Dórea, em 19 de abril de 1860 e pelo Presidente da Província, Desembargador Dr. Antônio da Costa Pinto, em 13 de maio de 1860, foi dada a largada em prol da construção do hospital. Inicialmente, o provedor Dr. Luiz Antônio Pereira Franco solicitou ao Governo Imperial, em conformidade com a Lei n°. 1099 de 1º de setembro de 1860, a concessão de quatro loterias destinadas a arrecadar fundos objetivando a construção do edifício cuja planta foi elaborada pelo engenheiro Trajano da Silva Rego. De acordo com a proposta apresentada, os custos estimados com a construção eram da ordem de 26:905$780 (vinte e seis contos, novecentos e cinco mil e setecentos e oitenta de réis).
O pedido ao Governo Provincial, entretanto, não obteve o resultado esperado, uma vez que na lei n°. 844 de 3 de agosto de 1860 que aprovou o orçamento da província, destinou apenas a quantia de 2:000$000 (dois contos de réis) para a construção do hospital da Villa de Feira de Sant’Anna. Em vista do fato, preocupados coma saúde da comunidade, os dirigentes da entidade insistiram em encontrar alternativa. Finalmente, concluíram que o mais viável era fazer adaptações em uma casa em ruínas, situada na área da antiga Fazenda Cerca de Pedras, já pertencente à Irmandade, por doação do Governo Imperial.
A velha casa, em mau estado de conservação, era uma construção de adobes, coberta de telha, subdividida, intemamente, em duas salas e cinco quartos e com uma fachada de frente na qual foram colocadas quatro janelas e uma porta. Para instalar o hospital, que foi festivamente inaugurado no dia 25 de março de 1865, foram realizadas obras de ampliação e reforma que, ao final, custaram 956$269 (novecentos e cinquenta e seis mil, duzentos e sessenta e nove réis) a Santa Casa. O imóvel passou a ter uma fachada com 88 palmos, aproximadamente 20 (vinte) metros, na qual foram instaladas seis espaçosas janelas e duas portas simetricamente colocadas. Intemamente, a casa passou a dispor de uma sala para as reuniões da Mesa Administrativa, um Oratório e duas enfermarias, uma masculina e outra feminina, cada uma com três leitos.
Externamente, a primeira sede da Santa Casa e do Hospital D. Pedro também recebeu melhorias para propiciar bem-estar e “um lugar de recreio aos pacientes em estado de convalescência”. Para tal, por um custo de 77$100 (setenta e sete mil e cem réis) foi anexado ao edifício um amplo quintal com cerca de 850 m2. Esse espaço foi incorporado ao hospital por um cercado de madeira, que, por sua vez, foram retiradas, sem custos, das matas da Fazenda São João mediante autorização e apoio do Prior do Convento do Carmo de Cachoeira. Das cercas construídas para formar o quintal as que eram paralelas às paredes laterais do prédio tinham “93 palmos de frente afundo e as que eram paralelas à frente do prédio, em direção ao oeste, alcançava uma largura de 170 palmos”.
Início do séc XX  - primeira sede da Santa casa e do Hospital
D.Pedro (Fonte Gama, R.G.(cord) livro memóriaa Fotográfica de Feira
de Santana-1994. *N.B. seta 1 em vermelha 1ª sede da Santa Casa e
foto 2 seta em azul  a que seria a segunda sede da antana casa
Dr. Esvão Vaz Ferreira (acervo Cerqueira,
J.B.  Memorial Histórico)
Inaugurada a primeira sede da Santa Casa e do Hospital D. Pedro, o grupo envolvido com o projeto não arrefeceu os ânimos para atender as necessidades sociais da população. Há época, em decorrência da estratégica posição geográfica, a Vila de Feira de Santa’Anna já despontava na condição de polo regional. Assim, após uma frustrada tentativa de construir uma sede definitiva, em quatro de maio de 1879. na provedoria do Dr. Estevão Vaz Ferreira, deu-se início as negociações para compra de um Casarão de propriedade do Coronel João Pedreira de Cerqueira. Entretanto, a compra do prédio que se tornou a segunda sede da confraria e do nosocômio, somente ocorreu em 10 de agosto de 1884, na provedoria do Dr. José Lustosa de Souza, mesmo provedor responsável pela inauguração, festivamente realizada no dia 29 de fevereiro de 1886. (CERQUEIRA, 2009. p. 125, 2009).
Por cerca de três décadas, conforme demostrado no quadro 3, foram os? agentes públicos que implantaram e se revesaram à frente da Santa Casa de Feira de Santana. Além disto, após receberem do Governo da Província a Fazenda Cerca de Pedras, estes representantes governamental com as ajudas económico-financeira do orçamento provincial, através de uma irmandade devocional, foram os responsáveis por reformar e inaugurar o prédio que passou a ser a primeira sede da Santa Casa de Misericórdia e do Hospital D. Pedro, bem como comprar o transferir a confraria e o nosocômio para a segunda e definitiva sede própria.

Fonte CERQUEIRA (20090

Até o ano de 1957, data em que foi inaugurada a sede atual da Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana e do Hospital d. Pedro de Alcântara, a comunidade loco-regional foi amparada pelas obras assistenciais destes pioneiros.
Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana em 1929
(Acervo do autor)

5. CONCLUSÃO
A Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, que em 25 de março de 2019 comemorou 160 anos de fundação, fez parte do contexto da política de assistência social do Estado Imperial brasileiro. Por conseguinte, desde a fundação até a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, a exceção da Provedoria de Bernardo Martins Catharino, todas as Mesas Diretivas foram presididas por agentes do governo que, concomitantemente, ocupavam cargos públicos na Comarca local. Assim, o Governo Imperial brasileiro iniciou a sua intervenção na assistência, deslocando-a da perspectiva pessoal da caridade cristã para a beneficência do Estado.
Por sua vez, o marco inicial desta política assistencial, após a independência de Portugal, está assentado na fundação da Santa Casa de Misericórdia da Vila da Cachoeira. A época, atendendo os pleitos do Juiz de Direito da Comarca de Cachoeira, Dr. Antônio Vaz de Carvalho, em 20 de abril de 1826, D. Pedro I determinou a publicação da Resolução Imperial que transformou o Hospital São João de Deus na Santa Casa de Misericórdia. Em vista do acontecido, a Misericórdia cachoeirana detém a primazia de ser a primeira e única Santa Casa diretamente autorizada a funcionar por D. Pedro I, além de marcar o início da política governamental de assistência social, continuada no governo regencial e no período do Segundo Reinado brasileiro.
Ao final, conclui-se que, no período imperial, o movimento em prol da fundação das Santas Casas no Recôncavo baiano, sinaliza em favor da importância da região no contexto político e econômico da Província da Bahia. Ademais, diante do apoio político e econômico-financeiro do governo e do envolvimento direto de agentes do Estado monárquico, na fundação de cinco das seis Misericórdias do Recôncavo Baiano, inclusive a Santa Casa de Misericórdia da Vila de Feira de Santa’Anna, é razoável admitir que o atual sistema de proteção social do Estado brasileiro, tem os seus primórdios assentados nos governos do período imperial.



Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana nº 16 





Filme do Santanopolis dos anos 60