Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

domingo, 31 de outubro de 2021

DOCUMENTO DA INTENDENCIA MUNICIPAL AO CONSELHO MUNICIPAL


 Fábio Nunes, encontrou este antigo documento - datado de 16 de novembro de 1917 - de importância histórica para Feira de Santana, do Sr. Agostinho Fróes da Mota, comunicando ao Conselho Municipal a intenção de concorrer para invidualmente construir o coreto (foto abaixo), texto acima: “Desejando concorrer individualmente para o aformoseamento da cidade, solicito do ilustre Conselho autorização para erigir um corêto permanente na Praça General Argolo[1].

         Sirvo-me da oportunidade para ainda uma vez reiterar-vos as seguranças do meu maior apreço e consideração.

Saudações

Agostinho Fróes da Motta"

 




[1] Atual Praça Fróes da Motta.

 


ANIVERSÁRIO DE TOTINHO E LÚCIA

Comemoram mais um ano de vida os santanopolitanos, do signo de Escorpião e sob proteção de Nanã, Eratósthenes Bezerra de Brito (Totinho) e Maria Lúcia da Silva Cerqueira.


 Nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.

 

MARTINIANO CARNEIRO- Primeiro Presidente da AFL



 


       Se fosse vivo, o jornalista Martiniano da Silva Carneiro, nosso primeiro presidente, estaria completando 118 anos. Cidadão dos mais tradicionais de nossa cidade, fundador do Jornal Folha da Feira, recebe nossa homenagem através da reprodução de artigo publicado, em 2004, na Revista número 1 do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana, assinado pelo acadêmico Milton Pereira de Britto. Além disso, após o artigo, reproduzimos cabeçalho da primeira página de n. 4 do jornal FOLHA DA FEIRA, datado de 13 de outubro de 1928. Martiniano, aos 25 anos, foi seu fundador e proprietário. 
 

MARTINIANO (*)

Milton Pereira de Britto – Procurador Jurídico do IHGFS

    Nascido em 19 de outubro de 1903, na Cidade de Feira de Santa- Bahia, filho de Cirilo da Silva Carneiro e Maria Carneiro, residiu em sua cidade natal até o seu falecimento em 12 de Maio de 1984. Após frequentar a escola primária e ter uma formação estudantil básica, notabilizou-se pela formação autodidata, acumulando amplo conhecimento cultural, intelectual e profissional, exercendo as profissões de tipógrafo e jornalista, tendo trabalhado durante muitos anos no Jornal Folha do Norte, do que tinha imenso orgulho, principalmente, por ter trabalhado, sob a orientação do Cel. Arnold Silva, figura das mais ilustres deste Município, com quem aprendeu a profissão de jornalista. Foram seus irmãos: Virgílio da Silva Carneiro, Inocêncio da Silva Carneiro, João da Silva Carneiro, Etelvina Carneiro, Lídia da Silva Carneiro, Joana da Silva Carneiro e Luiza da Silva Carneiro. Do seu casamento com Semírames Cerqueira Carneiro, nasceram seis filhos – Wellington, Wilson, Washington, Waldemiro, Wilma e Walter. Após trabalhar durante anos na Folha do Norte, fundou o Jornal FOLHA DA FEIRA, de linha ideológica apolítica, onde contou com a gloriosa e sábia colaboração de Gastão Guimarães, escrevendo e publicando neste, matérias de relevância e reconhecimento nacional, a exemplo de diversos artigos sobre o líder político, carioca e brasileiro, Carlos Lacerda, no Jornal Folha do Norte e outras, a exemplo do que escreveu sobre a peste bubônica, que assolou Feira de Santana, de forma intrépida e ousada, como se pode verificar pela manchete – “Enquanto os governos viajam e descansam e a saúde pública dorme, a peste bubônica pretende devorar a população da Feira pouco a pouco”. – “Na madrugada passada morreram só na Praça Fróes da Mota, quatro pessoas. Lamentavelmente sua Excelência, o Presidente da República (Getúlio Vargas) encontrava-se em Petrópolis; o Eminente Interventor da Bahia (Juraci Magalhães) na Ilha de Itaparica e os Ministros da República e o Secretário de Saúde, em suas Fazendas e casas de campo”. Após e por consequência destas matérias, vieram à Feira de Santana, decorridos três dias da publicação, equipes da saúde pública com médicos e enfermeiros, momento em que os Gestores Públicos solicitaram a Martiniano para acabar com a campanha que entendiam denegrir o Poder Público, obtendo a resposta de que o Jornal era apolítico e apenas divulgava notícias de fatos concretos com responsabilidade profissional.

    De cultura vasta, oriunda de incansáveis leituras de autores clássicos, dominava bem a língua portuguesa, expressando-se castamente, sendo elogiado por tal postura por seus contemporâneos, inclusive por Gastão Guimarães e Arnold Silva. Tinha excelente oratória, apesar do seu comportamento introspectivo, sendo de rica memória, decorava com facilidade os discursos do velho caudilho Getúlio Vargas, repetindo os seus pronunciamentos com postura de voz semelhante ao do Presidente, muitas vezes repetidas no Prédio da Filarmônica 25 de Março, reproduzindo os discursos IPSIS LITTERIS, sendo bastante aplaudido, motivando risos em momentos de descontração. Residiu durante quase toda a sua existência numa casa na Rua Mal. Deodoro, localizada no imóvel que se encontra hoje vizinho ao prédio dos Correios.

    Amante da boa música, ali em sua residência, podia-se ouvir os melhores discos de música popular brasileira, sendo fã ardoroso do elegante Carlos Galhardo, de quem ouvia repetidamente as músicas – Salão Grenar e Fascinação.

    Participou de diversas instituições, a exemplo da Maçonaria, Rotary Club e Euterpe, participando da reconstrução desta, sob o comando do saudoso João Pires. Nunca faltou aos Eventos Culturais promovidos em sua Cidade, convidado, por muitas vezes, pela Academia Feirense de Letras e pela Academia de Letras e Artes, de Feira de Santana.

    Repetindo referências do nobre professor Oscar Damião de Almeida, pode-se dizer deste – “Cidadão dos mais urbanos e dignos, conhecido em toda a Feira de Santana à qual ele consagrou seu trabalho e amor do seu iluminado viver”.

______________________________

[*]Esta matéria foi colhida através de uma Entrevista Informal, com o filho de Martiniano, Washington Carneiro (TONTON), que conta com orgulho da existência do seu saudoso pai.


Publicado na Academia Feirense de Letras em 24 de outubro de 1921.


sábado, 30 de outubro de 2021

ANIVERSÁRIO DE ZÉLIA E NELMA

Zélia

Hoje é festa na residência dos santanopolitanos, do signo de Escorpião e sob proteção de Nanã, Mara Zélia Freitas Martins e Nelma Luiza Oliveira Santos.

Nelma


Feliz aniversário! Este dia é sempre uma boa data para parar, refletir sobre tudo o que se passou e elaborar planos para o futuro.

 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

ANIVERSÁRIO DE ANDREA, ELIANA E EVANDRO

Andrea

Comemorando aniversário hoje os santanopolitanos, do signo de Escorpião e sob proteção de Nanã, Adrea Daltro, Eliana de Carvalho Silva e Evandro Antonio Ferreira de Matos.

Eliana
 Hoje é uma data especial, pois você completa mais um ano de vida. Feliz Aniversário e curta o dia com alegria!
Evandro

 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

RITA LEE- MAIS UMA VEZ DIZENDO MUITO!

Antonio Edson
Santanopolitano
    Recebemos excelente texto de Rita Lee enviado por nosso colaborador Antonio Edson. 


    “Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais Virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos Bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.

    Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente, esqueceu, morrendo tuberculosa.

    Estes episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E, com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima.

    Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composto de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.

    Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas.

    Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.

    É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas.

    São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.

 

Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda.

 

(Rita Lee.)

 

LANÇAMENTO DO LIVRO


    Esta Nova Antologia de Cordelistas Baianos evidencia que há uma tendência para publicação do já denominado “Cordelivro”, uma das formas que a camaleônica Literatura de Cordel assume agora para fazer frente aos desafios e aos meios atuais…

Franklin Maxado, o Nordestino
Março 2021

 

 

ANIVERSÁRIO DE HÉLIA

Completando mais um ano de vida a santanopolitana, do signo de Escorpião e sob proteção de Nanã, Hélia Xavier dos Santos.

Parabéns!

Feliz aniversário!

Que o sol, a lua e as estrelas brilhem mais vezes por ti.

 

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

"A NAMORADA DA VAN GOGH"

MÁRIO GOMES MOREIRA, santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis, advogado e colaborador do Blog Santanópolis.

Mário mandou o excelente ZAP, postagem abaixo:



    “A namorada” de Van Gogh - “Jeanne Louise Calment” bateu o recorde de longevidade: 122 anos e 164 dias.



Ao que parece, o destino gostava de como a madame Calment vivia. Ela era francesa, nascida em Arles, no sul da França.

Quando estavam construindo a Torre Eiffel, tinha 14 anos e nessa época dizia-se “namorada” de Van Gogh.

“Ele era sujo, andava sempre mal vestido e era sombrio“, disse a senhora sobre o pintor durante uma entrevista em 1988, quando celebrou seus 100 anos de vida.

Aos 85 anos, praticava esgrima, e aos 100 ainda andava de bicicleta.

Jeanne Louise apareceu num filme quando tinha 114 anos, aos 115 foi submetida a uma cirurgia no quadril e aos 117 parou de fumar.

E não foi por se sentir mal pelo vício, mas sim porque, como estava quase cega, se incomodava em ter de pedir isqueiro aos outros.

Quando tinha 90 anos Jeanne Louise, que já não tinha herdeiros, firmou com André-François Raffray (um advogado de 47 anos) um contrato estipulando que ele herdaria sua casa desde que lhe pagasse uma renda mensal de 2500 francos. O valor original da casa estava pago após 10 anos, mas o destino tinha outra carta dentro da manga: Raffray não apenas pagou a Madame Calment durante 30 anos, como também morreu antes dela, aos 77 anos, e sua viúva continuou pagando a ’renda’ até a morte da proprietária.

Até seus últimos dias, Madame Calment esteve lúcida e teve sagacidade para pensar.

Quando, em seu aniversário de número 120, perguntaram sua opinião sobre o futuro, ela deu uma resposta incrível: ”Vai ser muito curto“.

Frases e regras de vida da Madame Calment:

A juventude é um estado da alma, não do corpo; por isso eu continuo sendo uma garota.

Nunca pareci tão bem como nos últimos 70 anos.

Tenho uma única ruga, e estou sentada em cima dela.

Todos os jovens são maravilhosos.

Sou apaixonada pelo cinema.

Sorrir sempre. Creio que essa seja a causa da minha longevidade.

Se não há nada que você possa fazer sobre algo, não se preocupe por isso.

Tenho uma grande vontade de viver e um bom apetite, especialmente para as guloseimas.

Nunca uso rímel porque dou risada até chorar com muita frequência.

Enxergo mal e escuto mal e me sinto mal, mas isso tudo é uma bobagem.

Acho que vou morrer de tanto rir.

Tenho pernas de ferro, mas, para ser sincera, elas começaram a enferrujar um pouco.

Sempre aproveitei de quase toda situação.

Respeitei os princípios morais e não tenho nada do que me arrepender.

Sou sortuda.

Em uma entrevista, um jornalista lhe disse: “Nos vemos! Quem sabe no ano que vem...”. E Madame Calment respondeu: ”E por que não? Você não parece estar tão mal, apesar de tudo!"[1]



[1] Nota do Blog: alguém esteve plagiando: ”E por que não? Você não parece estar tão mal, apesar de tudo!" – já li a mesma referência a Winston Churchill…



 

PASSAMENTO DE JOSÉ GIVALDO LIMA MELO

 

Faleceu na manhã desta segunda-feira, 25, José Givaldo Lima Melo. Ele era bancário aposentado. Trabalhou na agência local do Banco do Nordeste do Brasil. Cearense de Lavras da Mangabeira, em Feira de Santana ele estudou no Colégio Santanópolis. Era filho da professora Gilza Melo e irmão do cantor Marcelo Melo e do também bancário Giberval Melo.


 Repeteco do Blog Demais 

Pane na internet não conseguimos noticiar ontem. Vale o registro extemporâneo.



ANIVERSÁRIO DE DEJAZET

Mais uma etapa na estrada da vida completa hoje a santanopolitana, do signo de Escorpião e sob proteção de Nanã, Dejazet de Almeida Vasconcelos.

Que todos os seus sonhos sejam realizados e todos os seus desejos sejam alcançados. Feliz aniversário!



 

terça-feira, 26 de outubro de 2021

INDÚSTRIA - PRIMEIRO PASSO PARA O DESENVOLVIMENTO DE FEIRA DE SANTANA - II

Lélia V. F. Oliveira
Santanopolitana
    LÉLIA VITOR FERNANDES OLIVEIRA (PERFIL)

     INDÚSTRIA - PRIMEIRO PASSO PARA O DESENVOLVIMENTO DE FEIRA DE SANTANA - I

    

    ... botas, jaleco, luvas, chapéus, etc. (Manoel Ribeiro de Macedo & Irmão -1877), outros materiais como: sabão, panelas de barro, moringas, potes, cestas de palha, sacos, tapetes, cordas de caroá, colchões, vassouras, utensílios de madeira, carvão vegetal.

Também se fabricava carros de boi, transporte usado nas fazendas, para carregar mercadorias e até passageiros, nas cidades onde a civilização ainda não tinha chegado. 

Surgiram os alambiques para fabricação de cachaça. Em 1877, já existia o Alambique do Vallado, onde havia tanoeiros encarregados de consertar as pipas e barris. Ainda nesta mesma data já se fazia propaganda da Padaria da Fé, com fabricos de pães, bolachas, broas, queijadinhas, bolos "Pão de Ló", etc. Já existia a Photographia Nacional de Pedro Gonçalves da Silva.

Em 1880, surgiu a indústria gráfica "Typographia do Motor" (ortografia da época), onde eram impressos convites, jornais, recibos, cartazes, avisos, cartas para convites, folhetos, cartão de visita, etc.; Typographia do Jornal da Feira (1884)



Em 1882, foram surgindo pequenas fabriquetas como a MEURON & C.- que fabricava o rapé Areia Preta, proveniente do fumo (O Progresso - 18 de agosto de 1882).

Pharmacia Costa (1882).

Café Moído de João Henrique d' Oliveira.

As fábricas de beneficiamento de fumo, com a Criação do Instituto Baiano de Fumo, instaladas na BR-116 e no distrito de Bonfim de Feira, onde exportava o fumo para a Europa, destacando-se a Alemanha.

Os Currais Modelo na Rua Geminiano Costa na década de 30.

No início do século 20 já se destacavam as seguintes fábricas, armazéns e indústrias de pequeno e médio porte:

® Café Aromático de Aguinaldo Soares, foto ao lado (1921);

Agnaldo Soares Boaventura
Foi prefeito de Feira de Santana

       Fábrica Trindade de vinhos e vinagre de Emygdio Chrisóstomo Trindade;

® Fábrica Floresta de Gabriel Correia Ramos de vinho e vinagres;

       Móveis Celta indústria e comércio de móveis;

       Fábrica Leão do Norte do químico Paulo Costa Lima, criador do Depurativo 43 e Vinho Jurubeba Composto, instalada em 1920, em Feira de Santana. Em 1927, recebeu o Diploma de Bronze, no Rio de Janeiro; o Diploma de Honra do Instituto Agrícola Brasileiro, no Rio de Janeiro. Transferiu-se para Simões Filho, como Indústria Leão do Norte (logo marca abaixo, que até hoje a família administra; 

Logomarca da Leão do Norte

® Os maiores comerciantes do fumo eram: Cel. Agostinho Fróes da Motta, Heráclito Dias de Carvalho, João Mamona. Exportadores e armazéns de fumo: Francisco Maia, Bartolomeu Santos, Alexandre Falcão Farias, Estefânio Souza, Zelito e Raimundo Maia, Adalberto Pereira; 

Heráclito Dias de Carvalho
(Seu Lolô)





Agostinho Froés da Motta 

       Usina de Algodão - 1938 - no Governo de Landulfo Alves. O maior plantio de algodão era em São José das Itapororocas, seu diretor era Dr. Asclepíades Negrito de Barros. Criou o Instituto do Fumo da Bahia e a Fazenda Mocó de raças bovinas.


Dr. Asclepíades Negrito
 de Barros
Foto- PorSimas
Na década de 50 surgiram muitas fabriquetas, indústrias de grande porte tais como:


       A extração e o tratamento de óleos vegetais. O preparo do óleo de dendê; óleo de oliva, óleo de rícino, óleo do caroço do algodão (1950); 


Usina de Algodão - foto do Jornal Grande Bahia

       Destilarias e alambiques. Eram mais de dez: Boa Esperança, Água Fria, São Pedro, Itamar, Alambique da Barrigada, Jurema Ibicaraí, Destilaria de Genésio Alves Moreira, Leolindo, Destilaria Rio Seco, Cachoeirinha e Cruzeiro: (continua na 3ª postagem).

Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana nº 17

ANIVERSÁRIO DE NICE E MARA

Nice

Comemorando aniversário hoje as santanopolitanas, do signo de Escorpião e sob proteção de Nanã. Adenice Ferreira Nascimento (Nice) e Maroelba Ferreira (Mara). 

A vida é um milhão de novos começos movidos pelo desafio sempre novo de viver e fazer todo sonho brilhar. Feliz Aniversário!

 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

CONHEÇA FEIRA DE SANTANA NA BAHIA A MAIOR CIDADE DO INTERIOR DO NORDESTE!

ANIVERSÁRIO DE ANA, CEZAR, SHIRLEY E ROSE

Ana

 O grupo aniversariante de hoje é composto dos santanopolitanos, do signo de Escorpião e sob proteção de Nanã, Ana Maria Araújo Borges (Ana), Cezar Fernando Oliveira Neto (Cezar Cão). Maria Shiley da Silva Ferreira e Rosenilda Pimentel Schuenemann (Rose). 
Shirley

Cezar
Todos os grandes desejos começam no coração. E de coração eu te desejo: feliz aniversário! 

Rose





domingo, 24 de outubro de 2021

Canudos - Documentário raríssimo 1978 Dirigido por Ipojuca Pontes


SERGIO ARAS - Santanopolitano

Mandou o vídeo acima sobre Canudos, episódio marcante da história brasileira, tema de dezenas de livros sobre a guerra acontecida neste lugar.

Entre teses e escritos acadêmicas sobre o assunto, destacamos “Os Sertões” do excelente escritor nacional Euclides da Cunha e “Guerra do Fim do Mundo” do escritor peruano Vargas Llosa, além do filme de Glauber Rocha - Deus e o Diabo na Terra do Sol.

         Temos a satisfação de oferecer aos nossos leitores este raríssimo documento, ainda mais pelo relato de um grande pesquisador que está radicado com a família nesta cidade, desde o princípiodo sec. XX: JOSÉ FERREIRA SOARES ARAS, muito conhecido por José Aras. Teve vários descendentes Santanopolitanos.


sábado, 23 de outubro de 2021

INSTRUMENTOS MÉDICOS ANTIGOS - IX



 

ANIVERSÁRIO DE ÂNGELO

    Hoje é o dia do anivrsário do santanopolitano, do signo de Escorpião e sob proteção de Nanã, Ângelo Pitombo.

Guarde na memória tudo que foi bom, e aprenda com o que foi menos bom. Agora começa mais um ciclo, aproveite e desfrute dele o melhor que conseguir.
 

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

HISTÓRIA DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE FEIRA DE SANTANA - VIII

JOÃO BATISTA CERQUEIRA 

Santanopolitano, Médico, Professor Adjunto de Urologia, Mestre em Ciências Morfológicas. Vice-Provedor da Santa Casa de Misericórdia.

HISTÓRIA DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE FEIRA DE SANTANA - VII

A SANTA CASA DA VILA DE FEIRA DE SANT’ANNA NO CONTEXTO DA
FORMAÇÃO DE UMA REDE ASSISTENCIAL, NO RECÔNCAVO BAIANO,
DURANTE O PERÍODO IMPERIAL.

1.   INTRODUÇÃO

As terras do Recôncavo baiano, nas quais correm as águas dos rios Subaé, Guaí, Paraguaçu e Jaguaripe, na agricultura, com base no trabalho de povos escravizados de origem indígena e/ou africana, foram utilizadas, principalmente, para o cultivo de cana- de-açúcar, fumo e mandioca. Nessa região em que se propagou a linha sul do povoamento, foram instaladas as primeiras vilas da Capitania da Bahia: Jaguaripe (1697), Cachoeira (1698), São Francisco da Barra de Sergipe do Conde (1698), Maragogipe (1724), Purificação e Santo Amaro (1727) e Valença, em 1799. Ademais, no período imperial, em 1831, foi criada a Vila de Nossa Senhora de Nazaré, territorialmente desmembrada de Jaguaripe e Feira de Sant’Anna, em 1832, separada que foi do território da Vila da Cachoeira.

No campo econômico, em função da variedade de solos que permitia diferentes cultivares, foram instaladas manufaturas para processamento de produtos agrícolas destinados à exportação e abastecimento do mercado interno: Engenhos para a moagem de cana e produção de açúcar, “casas de farinha” para processamento de mandioca e “armazéns” para estocagem de fumo que era manufaturado, inicialmente, no ambiente doméstico. A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) era cultivada, principalmente, nos terrenos de solos mais pesados, com maior teor de argila, conhecidos por massapês, presentes nas vilas de São Francisco do Conde, Santo Amaro e no Iguape, território da Vila da Cachoeira. (MILTON, 1979, p. 16; BARICKMAN, 2003, p. 36).

A cultura de mandioca (Manihot esculenta) se desenvolveu nos solos leves e arenosos das vilas de Maragogipe, Jaguaripe, Nazaré e também em parte do território de Cachoeira. De forma diferente do sistema plantation, o cultivo e processamento de mandioca nas “casas de farinha”, quase sempre realizado por rendeiros ou pequenos proprietários rurais, prioritariamente, destinava-se ao abastecimento interno, uma vez que a farinha era um produto básico na alimentação regional. Segundo Barickman (2003), firmou-se no Recôncavo baiano um mercado urbano e rural bem desenvolvido para viveres básicos: “O aumento da oferta de farinha, por sua vez, possibilitou uma expansão maior e mais rápida da produção de açúcar nos engenhos da região na primeira metade do oitocentos”. (BARICKMAN, 2003, p. 30).

    Por sua vez, a cultura do fumo (Nicotiana tabacum), usado pelos indígenas brasílicos, exportado e popularizado na Europa como remédio, e utilizado como moeda de troca por africanos escravizados, no Recôncavo baiano, também se desenvolveu nas “areias” das vilas de Maragogipe, Jaguaripe, Nazaré e na parte arenosa de Cachoeira.     produção e o processamento inicial do fumo eram basicamente domésticos e envolviam os membros da família e os poucos escravos, alugados ou de propriedade, do quase sempre pequeno produtor. Tal qual o cultivo de mandioca, a lavoura da “erva santa” foi também uma alternativa econômica ao sistema de plantation:

Na estrutura fundiária, no uso da terra, no recrutamento da mão de obra, no abastecimento e nas técnicas agrícolas, o açúcar e o fumo exibem diferenças significativas e fundamentais. Assim, a lavoura de fumageira não representava um mero exemplo a mais na monocultura de exportação... O que a produção de tabaco no Recôncavo demostra é que no âmbito da agricultura escravista de exportação havia alternativas viáveis àplantation. (BARICKMAN, 2003, p. 31).

O atual município de Feira de Santana, cuja sede foi elevada à cidade em 16 de junho de 1873, atualmente, é um polo urbano dominante de um conjunto de regiões, abrangendo parte do Nordeste da Bahia, de Irecê, do Piemonte da Chapada Diamantina, do Litoral Norte, do Paraguaçu e do Recôncavo baiano. Anteriormente, quando a Província da Bahia era presidida por Joaquim Pinheiro de Vasconcelos, Visconde de Montserrat, através do Decreto de 13 de novembro de 1832, o atual município ganhou autonomia político-administrativa e com o nome de Vila de Feira de Sant’Anna foi, geográfica e politicamente, separado do Termo da Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira.

Empossada a primeira Câmara Municipal em sessão realizada na Igreja Matriz de Santana, em 18 de setembro de 1833, territorialmente, passaram a fazer parte do Termo da Vila de Feira de Sant’Anna, as freguesias de S. José das Itapororocas, Santa Anna do Comissão e Santíssimo Coração de Jesus de Pedrão. Entretanto, quanto à assistência hospitalar da população, muito embora no início dos anos cinquenta do século XIX, o Juiz Antônio Luiz Affonso de Carvalho, tenha se mobilizado para solucionar a carência local, a alternativa mais próxima para todo e qualquer atendimento nosocomial era o Hospital São João de Deus, situado em Cachoeira.

1.    O SISTEMA DE APOIO SOCIAL: AS SANTAS CASAS DE MISERICÓRDIA

No campo da assistência social, a partir do modelo implantado em Portugal no final do século XV, desde o Brasil colonial, passou a ser da responsabilidade das Santas Casas de Misericórdia a assistência aos necessitados. Laurinda Abreu (2003), ao abordar as estratégias de intervenção social, no período entre os séculos XVI e XVIII, apresenta uma visão do conjunto das confrarias lusitanas, bem como da importância das Misericórdias para a assistência médica e hospitalar portuguesa:

Fundadas no contexto de um processo de reforma da assistência desencadeada pela Coroa num momento em que o Ocidente atravessava profundas mudanças, estas confrarias apresentavam-se como parte integrante de um conjunto maior de ações que lançam os alicerces de um sistema de apoio social, relativamente uniformizado, assente numa explicita lógica de divisão de funções, que ambicionava abranger os presos, as crianças, desprotegidas, os pobres e os doentes. (ABREU, 2004, p.12).

Além disso, o estudo aborda as especificidades da assistência em Portugal e amplia suas análises sobre a política de expansão das Misericórdias lusitanas para o além- mar, ou seja, para os domínios ultramarinos do império português. Ademais, Charles Boxer (1969), ao abordar o tema e objetivando compreender de que forma os portugueses expandiram sua cultura nos domínios do reino, concluiu que as Misericórdias, juntamente com os Conselhos ou Senado da Câmara das vilas ou cidades, cada um no seu espaço, eram elementos de coesão política e social no vasto império lusitano e um dos sustentáculos da monarquia portuguesa. (ABREU, 2001, p.591; BOXER, 1969, p.263). (Continua na próxima postagem da série)

 

Filme do Santanopolis dos anos 60