POLÍTICA DE ANTÃO - V

MARCOS PÉRSICO – Santanopolitano, cineasta, teatrólogo, escritor.

POLÍTICA DE ANTÃO - IV
 

DE COMÍCIO EM COMÍCIO 2

    Na primeira urna aberta e eleição estava empatada. O serviço de alto-falante instalado para este fim anunciou o placar. O povo que estava na praça vibrou com o resultado. Os correligionários do delegado, reunidos no bar de seu Zeca, mostraram preocupação com o resultado da primeira urna. Tudo demonstrava ser uma eleição dura.

Às 10 horas da manhã já haviam sido apurados trinta por cento dos votos do Município e o placar estava a favor do delegado Gilberto. Uma pequena frente se abriu, mas nada que o deixasse tranquilo.

Ao meio-dia, o serviço de alto-falantes informava:

- Da boca da urna para o ouvido do povo:

Todos ficaram atentos.

Até agora foram apuradas 62 urnas. Vamos ao resultado:

Urnas apuradas - 62 urnas.

Total de votantes - 4.563 eleitores

Votos nulos - 101 votos

Votos em branco - 96 votos

Delegado Gilberto - 2.192 votos

Coronel Salustiano - 2.174 votos

No bar de seu Zeca, a euforia era total, muito embora a diferença fosse apenas de dezoito votos.

No comité do coronel, o silêncio era absoluto. Algumas conversas isoladas davam conta de que a apuração ia virar, afinal de contas o coronel estava lá dentro, fiscalizando as apurações e ninguém se ousaria a fraudar as apurações.

O delegado Gilberto foi pra casa ao meio-dia. Estava ainda com muita diarréia e, vez em quando, tinha que sair do meio do povo e se isolar no banheiro. Já bastava o vexame da praça onde todo mundo viu o que aconteceu e ele teve ainda que confessar que comera da comida do coronel.

Os grupos estavam divididos. Os que apoiaram e votaram no coronel Salustiano estavam concentrados na praça à espera do resultado final. Os que apoiaram e votaram no delegado Gilberto se concentraram no bar do seu Zeca e imediações. O momento era só de expectativa, porque o resultado final estava indefinido. A turma do delegado, é bem verdade, estava mais animada. Alguns até arriscavam a dar uns gritos de vitória. Os eleitores do coronel estavam mais contidos.

Quatorze horas.

Novo boletim estava por sair.

O locutor anunciava.

- Da boca da urna para o ouvido do povo!

- Resultado parcial transmitido diretamente da junta apuradora.

- Com oitenta por cento dos votos apurados.

Urnas apuradas - 102 urnas.

Total de votantes - 6.157 votantes.

Votos nulos - 163 votos.

Votos em branco - 117 votos.

Delegado Gilberto - 2.897 votos.

Coronel Salustiano - 2.980 votos.

Foi uma gritaria total. Os correligionários do coronel começaram a comemorar. A praça virou uma festa. Soltaram foguetes. O coronel saiu de dentro da Pharmácia e acenou para o povo.

No bar do seu Zeca, fez-se silêncio. Ficou um clima de suspense no ar. O que realmente estava dando errado?

Será que a população de Nossa Senhora das Dores havia mudado de partido?

Alguns mais entendidos comentavam:

- Isso é fruto de gente nova na cidade.

- Essa juventude não quer saber de mais nada a não ser mascar chicletes, ouvir radinho de pilha tocando essas músicas infernais. O fim do mundo não demora a chegar.

Andando meio que se esgueirando pelos cantos das paredes, eis que surge em direção ao bar do seus Zaca, o delegado Gilberto.

Meio cabisbaixo é verdade, mas queria acompanhar de perto o final das apurações.

Um puxa-saco qualquer apareceu de repente no bar com a seguinte conversa:

- Alguém comentou que houve urnas fraudadas, por isso o coronel passou à frente nos votos.

O delegado se inflamou.

- Se teve algum filho da puta que fez isso eu vou mandar matar. Deixa só eu descobrir. Isso deve ser coisa daquele coronel da bota suja de bosta.

Dezesseis horas.

A apuração estava quase terminando. Faltavam apenas três urnas e o locutor anunciou.

- Da boca da urna para o ouvido do povo.

- Penúltimo boletim... Dentro de mais alguns instantes, estaremos dando o resultado final da apuração. Até agora já foram apuradas 99% dos votos, faltando apenas três urnas para a conclusão dos trabalhos.

-       Atenção para o resultado parcial.

Urnas apuradas - 159 urnas.

Total de votantes - 8.134 votantes.

Votos nulos - 202 votos.

Votos em branco - 148 votos.

Delegado Gilberto - 3.889 votos.

Coronel Salustiano - 3895 votos.

- Portanto a diferença em favor do coronel Salustiano é de apenas seis votos.

O povo ainda assim comemorava a frente que o coronel tinha diante do delegado Gilberto.

Mais uma vez o coronel saiu até a porta da Pharmacia e acenou para o povo pedindo calma.

No Zeca's Drink's percebia-se algum sorriso desconfiado. A verdade é que só se iria saber quem realmente tinha sido eleito prefeito depois da contagem do último voto.

O delegado Gilberto estava visivelmente nervoso com aquela indefinição, afinal, mesmo sendo por pouco, ele ainda continuava perdendo e isso o incomodava muito.

Já tinha gente bêbada em ambos os lados. Qualquer que fosse o resultado eles já tinham comemorado antecipadamente.

D. Catuta e Maria Flor só faziam rezar, esperando que tudo acabasse bem.

Na casa do coronel Salustiano havia muita agitação, pois a notícia só chegava lá com mais de meia hora de atraso.

Dezessete horas.

O coronel sai apressado, entra no Jeep e sai em disparada com destino à fazenda.

O locutor anuncia:

- Da boca da urna para o ouvido do povo!

- Atenção para o resultado final das apurações em Nossa Senhora das Dores.

- Foram apurados 100% dos votos.

O povo inquieto gritava palavras de ordem.

-       Vamos ao resultado final.

Urnas apuradas - 162 urnas.

Total de votantes - 8.218 votantes.

Votos nulos - 211 votos.

Votos em branco - 152 votos.

Delegado Gilberto - 3.949 votos.

Coronel Salustiano - 3.906 votos.

- Portanto, com uma diferença de 43 votos, o novo prefeito eleito de Nossa Senhora das Dores é o delegado Gilberto.

Mal deu tempo de anunciar 0 vencedor e o delegado já apareceu carregado nos braços do povo. O foguetório agitou a cidade e a festa foi noite adentro. 

PERFIL DE ADROALDO DE OLIVEIRA DÓREA

ADROALDO DE OLIVEIRA DÓREA

     Nasceu em Feira de Santana no dia 18 de fevereiro de 1927. Filho de Miguel da Fonseca Dórea e Srª Maria de Oliveira Dórea.

    Logo cedo foi matriculado na Escola João Florêncio (na épo­ca só para alunos do sexo masculino); depois na escola particular com a renomada Prof.^a Helena Assis Suzart. Cursou dois anos no Ginásio Santanópolis, foi transferido para o Colégio Salesiano, em Salvador (onde ficou interno durante três anos) e depois para o Co­légio da Bahia, permanecendo aí para se submeter ao vestibular (para Odontologia, à época, curso anexo da Faculdade de Medici­na da Bahia) na Faculdade de Odontologia da UFBA, colando grau na turma de 1951 como Cirurgião-Dentista.

    Concomitante ao curso de Odontologia foi convidado para servir ao Exército Brasileiro Militar, onde cursou o Centro de Pre­paração de Oficiais de Reserva (CPOR), saindo com a patente de 2^o Tenente.

    Logo após a formatura, de volta à sua terra natal, formou parceria com Dr. Expedito Bastos, onde já estagiava no período acadêmico.

    Fundou o Clube dos Treze, juntamente com 12 amigos, uma associação filantrópica, sem fins lucrativos, com o objetivo de prestar serviços à sociedade. Foi membro atuante e presidente do Rotary Clube de Feira de Santana; irmão da Santa Casa de Misericórdia; sócio remido do Clube de Campo Cajueiro; do Feira Tênis Clube; da Filarmónica 25 de Março; da Filarmónica Euterpe Feirense e da Sociedade Montepio dos Artistas Feirenses.

    Participou ativamente em prol do Fluminense de Feira, fazendo parte do Departamento Odontológico do time por muitos anos.

    Após a morte de seu genitor, em 1957, passou a acumular a profissão de Cirurgião-Dentista e Pecuarista.

    Casado com a Srª Zélia Fernandes Dórea, há 61 anos, com a qual teve os filhos: André, Engenheiro Agrimensor; Miguel, Engenheiro Civil; Maria Ângela, Odontóloga; Cristina, Psicóloga e da segunda geração tem 9 netos: Renata, Sofia, Fernanda, Manuela, André, Victor, Hugo, Adriano, Flávia e 7 bisnetos.

    Recebeu as homenagens: Comendador da Ordem Municipal do Mérito de Feira de Santana, outorgada pelo Prefeito, Dr. Tarcízio Suzart Pimenta Júnior, no dia 11 de julho de 2011; registro no Jornal Noite e Dia com uma página focalizando sua trajetória de vida; Troféu Imprensa Noite e Dia, em 2012; Comenda Maria Quitéria, pela Câmara Municipal de Feira de Santana; Placa de Reconhecimento do Conselho do CRO/BA por serviços prestados à comunidade feirense, em 31 de agosto de 1981; homenageado pela UNIODONTO nos 10 anos da instituição, em 25 de outubro de 1997; homenageado no “Dia do Dentista”, 25 de outubro de 1991; homenagem do Jornal Tribuna da Bahia “Quem é quem?”, em 2016; denomina a Unidade de Saúde da Família, no Feira X.

    Tem como divertimento leitura, jogar “buraco” com os netos c dama pelo computador, para ativar a memória.

    Dr. Adroaldo, um cidadão incansável no seu ofício de dentista, trabalhou até aos 84 anos e só parou por questão de saúde, passando seu consultório, como legado de família para sua filha, Drª. Maria Ângela Fernandes Dórea Marques, também odontóloga.

    Ele confessa que tudo que fez durante a sua existência, fez por amor e que sempre procurou viver em paz com a própria vida.

    Tem uma frase postular, que sempre repete nas horas das vicissitudes próprias da vida, transmitindo aos seus filhos para que eles a reflitam: “A vida é uma sucessão de acontecimentos inevitáveis”.

Inauguração da UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA FEIRA X
DR. ADROALDO DE OLIVEIRA DÓREA
Na foto acima Dr. Adroaldo e

Fonte: Promotores do SORRISO - da santanopolitana Lélia Vitor Fernandes de Oliveira
2019

ANIVERSÁRIO DE CHRISTINA

Hoje é festa na residência da  santanopolitana, do signo de Peixes e sob proteção de Iemanjá, Thereza Christina Almeida.

 

Parabéns!

Feliz aniversário!

Que o sol, a lua e as estrelas brilhem mais vezes por ti.

 

PESQUISAS AMBIENTAIS: O USO DE ÁLGEBRA PSEUDO REAL EXATA EM CIÊNCIA I (b)

CARLOS PEREIRA DE NOVAES

 Professor de Hidráulica, e hidrologia do Departamento de Tecnologia da Universidade Estadual de Feira de Santana - Ba Mestre em Hidráulica e Saneamento pelo Departamento de Hidráulica  e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos - USP

carlospdenovaes@gmail.com

PESQUISAS AMBIENTAIS: O USO DE ÁLGEBRA PSEUDO REAL EXATA EM CIÊNCIA I (a)

 

PASSAMENTO DE LÚCIA MARIA SILVA CAMPOS LAGO

Após vários dias hospitalizada, infelizmente faleceu hoje às 16 horas a santanopolitana, Lúcia Maria Silva Campos Lago.

Nos juntamos aos familiares neste momento de dor.

 

1951-2022

POLÍTICA DE ANTÃO - IV

MARCOS PÉRSICO – Santanopolitano, cineasta, teatrólogo, escritor.

POLÍTICA DE ANTÃO - III

DE COMÍCIO EM COMÍCIO

[...] Em respeito ao leitor, não vou narrar o que houve em cada comício. Foi muita baixaria durante a campanha toda. Troca de insultos, brigas, teve até tiroteio, mas só houve um ferido de raspão, portanto como tudo isso é lixo vamos aos fatos da eleição. [...]

07 DE OUTUBRO ESTAVA chegando. Os ânimos estavam alterados de ambos os lados. Todo pessoal do PSD estava com medo da eleição, pois detectaram que havia um empate técnico. O delegado Gilberto continuava um pouco à frente, mas com uma vantagem muito pequena. A maioria dos cabos eleitorais já estava pegando as suas credenciais nos comitês de campanha. O comité dc delegado era vizinho à delegacia, numa casa que fora emprestado por seu Zeca. Já o comitê de campanha do coronel era colado com a Pharmácia do Senhor Florentino.

A cidade de Nossa Senhora das Dores estava fervendo. O delegado arrumou para o dia das eleições quatro marinetes, a fim de conduzir o pessoal da zona rural que votava na sede. Quando o coronel soube, tratou de contratar caminhões pau-de-arara e ônibus para também fazer o mesmo. Na verdade, tinha mais transporte que passageiros no dia da eleição, de forma que ficou confortável passear dos distritos pra cidade e vice-versa.

Cada partido procurava espionar as atitudes e estratégias do concorrente. Soube-se que houve até transferência de eleitores de outros municípios. Fato comum em terra de coronéis e cacique políticos.

Já estava tudo pronto. Um juiz eleitoral foi designado para cuidar das eleições na cidade. Vieram mais dois soldados para reforço policial no dia da votação. Duas escolas municipais foram arrumadas com cabines de votação, um posto médico, a delegacia serviria de local de votação também. Nenhum local dos distritos foi escolhido e nem tampouco da zona rural. Todos teriam que vir votar na cidade.

Chega o grande dia.

Amanhece o dia 07 de outubro de 1962. A sorte estava lançada.

O coronel Salú amanheceu nervoso, tomou logo seu café da manhã e saiu acompanhado de alguns correligionários que já o esperavam na varanda.

Sorriso forçado no rosto roupa bem leve e colorida, chapéu de palha na cabeça, para parecer um homem do povo, o coronel entra no seu Jeep acompanhado de Elias Roncolho. Atrás dele vinha uma kombi com Zé Bijí como motorista, Aristides e Anacleto Capanico na frente.

Aristides e Anacleto eram candidatos a vereador pela primeira vez, e estavam animados com o pleito.

No banco do meio, estavam: Deoclécio, que mesmo não votando ainda, queria estar ao lado do pai, acompanhando o movimento; seu Roberto, todo bem vestido para a votação; e Victória Régia, no seu vestido floral, com babados e um chapéu de palha, que segundo ela, era “mode protegê do sol”. No banco de trás, estava dona D. Emengarda, toda orgulhosa por estar se preparando para ser Primeira Dama. No bagageiro da Kombi, havia uma panela enorme com mininico de carneiro, outra com arroz cozido e mais uma com pirão de farinha de mandioca pra acompanhar a refeição. Tudo aquilo estava cheirando dentro do carro, de forma que quando chegaram ao comité, todos que vieram na Kombi tinham o cheiro da mistura de vários odores, inclusive dos perfumes e talcos colocados antes de embarcarem. Ficou uma coisa estranha, insuportável. Mas não havia mais tempo a perder.

As panelas foram levadas para os fundos da casa onde havia uma cozinha suja e fedida. Dona Carmem apareceu para emprestar solidariedade e ajudar no que fosse preciso. Dr. Silas estava ocupado com a eleição, pois era presidente de secção eleitoral.

Por ironia do destino, o comité do coronel ficava em frente ao comité do delegado Gilberto, de sorte que cada um espionava o trabalho do outro.

Oito horas da manhã!

Inicia-se a votação. O corre-corre na cidade era intenso. Gente bem vestida estava nas várias filas que começavam a se formar para o pleito. Os vários candidatos a vereança do município e seus correligionários andavam pelas ruas e escolas onde aconteciam as votações. Tudo transcorria normalmente.

Por volta do meio-dia, como a justiça eleitoral atrasou com as refeições dos que estavam trabalhando, D. Emengarda resolveu mandar para os correligionários e mesários, alguns pratos com a comida que viera para ser servida aos partidários do coronel.

Mas houve um problema, o arroz que fora cozido um dia antes, azedou.

Com o cheiro do mininico de carneiro e do pirão, o arroz azedo passou imperceptível e muita gente comeu. Comeu quem era do lado do coronel e quem era do lado do delegado também, Inclusive o candidato Gilberto se fartou na comida, por ser muito guloso e ter a fama de comilão.

A eleição transcorria normalmente até que um mesário sentiu forte contração na barriga e teve que sair correndo para o sanitário. Minutos depois, o presidente da segunda secção soltou um peido irresponsável. Pra quem não sabe, peido irresponsável é aquele que você está com diarreia, pensa que é peido e não é. Pois bem, a secção eleitoral teve que ser interditada por alguns momentos, enquanto alguns voluntários ajudaram a limpar a sala.

Aquela tarde do dia 07 de outubro entrou para a história. Quem comeu do mininico de carneiro não escapou da diarréia precedida de cólica.

O fato mais hilário do dia foi o delegado ter feito gozação do coronel por ter levado a comida para o comité, e quando seguia pela praça, sentiu forte dor na barriga e não deu tempo de correr para lugar nenhum. Sentou-se num banco da praça e lá mesmo arriou o barro dentro das calças.

Por volta das 17 horas, a votação estava encerrada. Não tinha ninguém mais pra votar.

Como a delegacia era um lugar suspeito para guardar as urnas, foi escolhida a Pharmacia do seu Florentino, desde que os dois guardas montassem sentinela a noite toda. Para evitar suspeitas, cada partido designou um correligionário, a fim de dar plantão junto com os soldados. E assim, aquela noite foi movimentada. As urnas estavam bem guardadas até o dia seguinte, quando seriam contados os votos e o juiz anunciaria quem fora eleito naquele pleito.

Dia 08 de outubro.

A cidade amanheceu nervosa.

De um lado, o coronel tinha a certeza da vitória e do outro, o delegado já se anunciava o prefeito eleito. O povo logo cedo ocupou a praça e a contagem seria feita na própria Pharmacia. Os escalados pela justiça para as apurações já se movimentavam na praça. Às 07 horas, o juiz chegou à porta da Pharmácia, acompanhado de seu Florentino. Apenas uma banda da porta foi aberta. O juiz entrou acompanhado dos dois soldados, que fizeram juntos a conferência dos lacres. Em seguida, foram chamados os escrutinadores que receberam as instruções de como seriam as apurações.

Às 8 horas da manhã, inicia-se a contagem dos votos. Os candidatos, nervosos e atentos, acompanhavam a abertura das urnas, uma a uma, voto a voto. A primeira urna aberta foi de secção de número 49 e por incrível que pareça, deu empate. Nessa secção eleitoral tinham inscritos 74 eleitores.

O locutor do serviço de alto-falante pigarreou e disse com a voz empostada:

- Da boca da urna para o ouvido do povo.

O silêncio tomou conta da praça.

- Saiu o resultado da primeira urna apurada. Secção de número 49.

Votos nulos - 03

Votos em branco - 08

Abstenções - 03

Delegado Gilberto - 30 votos

Coronel Salustiano - 30 votos

(continua: De comício em comício 2)

HÁ CERTO TEMPO

GIL MÁRIO DE OLIVEIRA MENEZES

Gil Mário, enviou a foto abaixo em que o fundador do Colégio Santanópolis, Áureo de Oliveira Filho, na época Deputado Estadual, inaugurando prédio "Colégio Estadual  Áureo Filho". O prefeito Senhor Vitor, também na foto, o homenageou em agradecimento ter conseguido a criação desta unidade de educação, junto ao governo do estado.

Hoje existe cinco unidades de educação na Bahia com o nome Áureo Filho.

  
 

Na foto, da esquerda para a direita: o 3º Áureo Filho e o 4º Sr. Vitor. 

ANIVERSÁRIO DE NOEL E MARIAMELIA

Os aniversariantes de hoje são os santanopolitanos, do signo de Peixes e sob proteção de Iemanjá, Emanuel Brito Portutal (Noel) e Mariamelia Dórea Sena.

Que todos os seus sonhos sejam realizados e todos os seus desejos sejam alcançados. Feliz aniversário!

 

ANIVERSÁRIO DE GODOZINHO E CID

Godozinho

Cumpre hoje mais uma etapa do caminho da vida os santanopolitanos, do signo de Peixes e sob proteção de Iemanjá, Godofredo Navarro da Silva Filho (Godozinho) e Cid Daltro.

Cid

Que todos os seus sonhos sejam realizados e todos os seus desejos sejam alcançados. Feliz aniversário!

 

CARICATURAS MPB - VII

Antonio Edson, Santanopolitano.

Enviou Geniais caricaturas MPB de Ulisses Araújo, com a identificação. O Blog colocou fotos correlatas.

Como sabemos a caricatura não é um retrato e sim o autor capita traços marcantes da figura.

CARICATURAS MPB - VI

Caricatura de Arnaldo Antunes
Autor Ulisses Araújo

Em 1978 ingressou na FFLCH da USP, onde seguiria o curso de Linguística, mas abandonou o projeto devido ao sucesso dos Titãs.

Em novembro de 1985, foi preso por tráfico de heroína após a polícia encontrar 128mg da droga em seu apartamento em São Paulo. As autoridades chegaram ao local após prenderem seu colega de banda Tony Bellotto que foi flagrado com 30mg num táxi após sair da casa de Arnaldo. Devido à quantidade de que Arnaldo dispunha, ele foi autuado como traficante, enquanto que o colega respondeu apenas por porte. Na delegacia, ficou preso em uma cela individual, após o delegado julgar imprudente colocá-lo em uma outra cela com 90 assaltantes perigosos.

Permaneceu durante dez anos na banda, desligando-se em 1992 por divergir dos rumos musicais dele. O desligamento foi oficializado em 15 de dezembro de 1992. Apesar de sua saída, Arnaldo continuou compondo com os demais integrantes do grupo e várias dessas parcerias foram incluídas em discos dos Titãs, assim como em seus discos solo.

Arnaldo Antunes  - Foto

Em 1997, fez participação especial no álbum Acústico MTV, dos Titãs. Na ocasião, Antunes cantou a faixa "O Pulso", música originalmente gravada no álbum Õ Blésq Blom (1989).

No ano de 2002, formou, em parceria com os amigos Marisa Monte e Carlinhos Brown, o trio Tribalistas, pelo qual lançaram o álbum homônimo. O álbum foi sucesso de público e crítica e vendeu, até 2009, mais de 2 100 000 cópias no Brasil e na Europa. Foi também indicado a cinco categorias do Grammy Latino em 2003, ganhando o prêmio de Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro. O grupo só viria a gravar um segundo álbum, também chamado Tribalistas, em 2017, mas segundo Antunes continuaram compondo em seus encontros, com o resultado entrando nos trabalhos solo dos três cantores.

Arnaldo ainda atuou como ensaísta na Folha de S.Paulo, quando deixou evidente o substrato teórico que transparece no seu trabalho estético. Lançou no final do ano de 2007 o primeiro DVD de sua carreira, o premiado Ao Vivo no Estúdio, que passeia por toda sua carreira e que conta com as participações especiais do ex-titã Nando Reis, do titã Branco Mello, do Ira! Edgard Scandurra e dos tribalistas Marisa Monte e Carlinhos Brown.

Em 2008 fundou a banda Pequeno Cidadão, que integrou até 2012. Dela fazem parte Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto, além de seus filhos e sobrinhos. Fonte: Wikipédia

 

 

HOJE UMA DATA ESPECIAL

VIVALDO LAURINDO LIMA
 

Ecce Homo

Autorretrato - Vivaldo Lima

Acrílica sobre tela

ANIVERSÁRIO DE MARGOT

Adiciona mais um ano em sua vida a  santanopolitana, do signo de Peixes e sob proteção de Iemanjá, Margarida Jesus Valverde (Margot).

A vida é um milhão de novos começos movidos pelo desafio sempre novo de viver e fazer todo sonho brilhar. Feliz Aniversário!

 

PESQUISAS AMBIENTAIS: O USO DE ÁLGEBRA PSEUDO REAL EXATA EM CIÊNCIA I (a)

 

Continua: PESQUISAS AMBIENTAIS: O USO DE ÁLGEBRA
 PSEUDO REAL EXATA EM CIÊNCIA I (b)

PERFIL DE JUAREZ RIBEIRO FERNANDES DE OLIVEIRA

JUAREZ RIBEIRO FERNANDES DE OLIVEIRA

   Nasceu em Santanópolis/BA no dia 16 de junho de 1938. Fi­lho de Tibúrcio Fernandes de Oliveira e Maria Ribeiro de Oliveira.

    Fez seus estudos primários e o ginásio na Escola Anexa da Escola Normal, em Feira de Santana e o Científico no I^o ano no Colégio Santanópolis, no turno noturno e o 2^o e 3^o anos, no Colégio Estadual Central da Bahia, em Salvador.

    Diplomou-se em Odontologia pela UFBA em 13 de dezem­bro de 1964.

    Em 1965, montou um consultório no Ed. Timbira, na Ave­nida Sr. dos Passos, depois no Edifício Carmarc, transferindo-se definitivamente, para a Galeria Mandacaru, onde está até hoje.

    Em 21 de dezembro de 1968, casou-se com a odontóloga Suzana Mercês Santos Fernandes de Oliveira, com a qual teve três filhos: Ângela, (Psicóloga) Paloma (Turismóloga e Advogada) e Daniel (Prof. de Educação Física). Por extensão da família tem três netos: Ian e Theo Portugal Fernandes, filhos de Daniel e Thor Fer­nandes, filho de Paloma.

    Exerceu a função de diretor e dentista da Cooperativa dos Rodoviários e da Polícia Militar. E sócio fundador da Associação Brasileira Odontológica, ABO, Seção Feira de Santana e da Coope­rativa Odontológica - UNIODONTO. Foi fundador da Associação de Endodontia da Bahia, em Salvador.

    É membro fundador, em 1970, do Rotary Club Feira Leste, onde exerceu o cargo de presidente (1975 a 1976 e 2005 a 2006), quando nesta última gestão foi comemorado o Centenário do Ro­tary Internacional, no dia 23 de fevereiro de 2005 e Governador do Distrito 4390, que abrange os estados de Sergipe, Bahia e Alagoas, de 1995 a 1996.

    Foi Secretário Municipal de Desenvolvimento Social no go­verno de Clailton Mascarenhas (1997 a 2000).

    E membro da Academia de Odontologia da Bahia, sedia­da em Salvador, ocupando a Cadeira n° 30, tendo como patrono o odontólogo Pedro Paulo Penido, Ex-Ministro da Educação e Cultu­ra e Ex-Ministro da Saúde.

    Especializou-se em Metodologia Científica do Ensino Su­perior e Clínica Integrada e Mestre em Saúde Coletiva pela UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana).

    Fez concurso público no cargo de Professor Titular de Clí­nica Integrada, para a UEFS, em 1989; onde foi membro e vice-diretor do Conselho de Extensão e Pesquisa (CONSEP) em duas gestões, membro do Departamento de Saúde e Coordenador da Clínica Odontológica do Centro Social Urbano (CSU), professor e coordenador do Departamento de Prótese.

    Recebeu da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, no “Dia da Consciência Rotária” a Medalha de Mérito Rotário, indi­cação do Vereador Maurício Carvalho, uma homenagem àqueles rotarianos que se dedicam ao Club de Serviço.

    Ainda hoje exerce a profissão em seu consultório particular.

 Fonte: Promotores do SORRISO - da santanopolitana Lélia Vitor Fernandes de Oliveira 2019 

ANIVERSÁRIO DE LIA

A aniversariante de hoje é a santanopolitana, do signo de Peixes e sob proteção de Iemanjá, Elice Passos da Costa (Lia).

Todos os grandes desejos começam no coração. E de coração eu te desejo: feliz aniversário!

 

“FELICIDADE SE ACHA É EM HORINHAS DE DESCUIDO“

Antonio Edson, Santanopolitano.
 

A frase que dá título a este texto está no conto "Barra da Vaca", do livro "Tutameia, de 1967 – o último publicado por João Guimarães Rosa.

No aroma do café bem fresquinho

Guimarães Rosa

Na manteiga pura que derrete no pão

No cheiro de mato molhado do orvalho

Na ducha fresca, no verão

Andando descalço pisando no chão

No céu, num dia ensolarado 

No beijo enamorado

Vendo estrelas, na madrugada

Na gargalhada da amiga

Numa chuva inesperada

Reunindo a filharada

Relembrando uma cantiga de roda ou de ninar

No álbum, na foto antiga

Olhando o mar se quebrar na praia

No sofá, ou na rede lendo e, ou escutando músicas

Ouvindo o cantar dos passarinhos

Pondo bolo para assar

Cantando uma canção

No silêncio da meditação

Ao fim da ginástica ou da corrida

Na mesa posta com carinho

Na casa organizada e florida

No abraço da pessoa querida

Nas taças de bom suco natural

No aroma do café fresquinho e do pãozinho quente.

Na manteiga da roça que derrete no pão

Basta apenas perceber

Em cada pequena ação

Tem diferente emoção,

pontinha de prazer

São momentos como esses que nos deparamos com ela

A felicidade!