Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

sábado, 31 de dezembro de 2016

GOVERNANTES DA FEIRA DE SANTANA DE 1890 A 1929

Dos primeiros anos de governo na Feira de Santana, logo após a criação da Câmara pouco se sabe, apenas conhecemos os componentes da 1ª Câmara que são os abaixo citados, na criação da Vila, em 18/09/1833: Capitão Manoel da Paixão Bacelar e Castro - Presidente, Joaquim Caribé Morotova, Padre Manoel Paulino Maciel, Antônio Manoel Vitório, Antônio Honorato da Silva Rego, Padre Luiz José Pinto da Silva Sampaio e o Capitão Joaquim José Pedreira Mangabeira - Secretário. Depois da Feira se tornar cidade, sabemos que de 1887 a 1890, Dr. Joaquim Remédios Monteiro geriu os destinos de nossa cidade como Presidente da Câmara e simultaneamente exercendo funções de executivo.
Com o advento da República mudou-se a maneira de governar a cidade. Apareceu a figura dos Intendentes. Alguns deles foram nomeados e depois, no mesmo mandato, eram eleitos pelo povo, O primeiro deles foi o Cel. Português, Joaquim de Melo Sampaio, querido nesta terra e nomeado intendente, em 1890, tendo a oportunidade de governar apenas poucos meses - janeiro a julho de 1890 - por motivo de saúde, não dispondo de tempo para realizar grandes obras, entretanto duas (02) foram executadas e de grande monta. A 1ª foi mandar fabricar na França uma estátua de Pe. Ovídio de São Boaventura em reconhecimento pelo muito que ele realizou na Feira de Santana,
www.padreovidio.com.br/300anos/historia_padreovidio.pdf . A 2ª obra de valor e de 1ª necessidade ao povo foi inaugurar a 1ª Biblioteca Municipal que serviu de inspiração para a municipal Arnold Ferreira Silva, reformada no governo municipal atual, sua memória está lembrada no antigo ABC, hoje, Avenida Sampaio[1], assim chamada em sua homenagem.
O Cel. José Freire de Lima foi o seu substituto, também, por nomeação e depois por eleição. Governou longo tempo - 13 anos - de 1890 até 1903. Faleceu no exercício do cargo, sendo substituído pelo Cel. José Antunes Guimarães.
Do governo deste intendente, apesar de longo, pouca realização foi encontrada. Apenas se sabe que foi ele quem mandou colocar, na praça Pe. Ovídio, a estátua que chegou no seu governo; calçamento da Praça João Pedreira com paralelepípedo, em substituição pedras ditas “irregulares”; colaboração na guerra de Canudos e Fundação da Guarda Municipal.
Tito Ruy Bacelar governou de janeiro de 1904 a abril de 1907. E mais um intendente que não completou o mandato. Desta vez, o motivo foi a renúncia para se candidatar a deputado estadual, sendo eleito. Coube, mais uma vez, ao Cel. José Antunes Guimarães, a substituição, de abril a dezembro de 1907. Era jornalista e um dos fundadores do “Jornal Folha do Norte”.
Dentre os seus feitos, destacamos doação de uma área de terra para o Asilo Nª Sª de Lourdes e o favorecimento às artes teatrais e ao esporte.
Como consequência benéfica desta atitude, surgiram o grêmio dramático Taborda e a 1ª liga de futebol.
Na caminhada sucessória dos intendentes, encontramos o Cel. e militar, Abdon Alves de Abreu governante por quatro (04) anos, de janeiro de 1908 a 1912. Na eleição, concorreu com Bernardino da Silva Bahia e foi derrotado. Inconformado com a derrota e escudado na influência do governo, ambos tomaram posse. Abdon, na intendência e Bernardino, em outro local, no mesmo dia e na mesma hora, já que fora o intendente vitorioso e legítimo. O município se viu, surpreendente e simultaneamente, com 02 intendentes para governá-lo. Isto aconteceu, por alguns meses, até que o governador se dispôs a dar uma solução, estabelecendo um acordo entre ambos. O Cel. Abdon ficaria como intendente, de 1908 a 1912 e Cel. Bernardino de 1912 a 1915, na gestão posterior.
Esta simultaneidade de governo está descrita num documento existente na Biblioteca Municipal, com cópia em meu poder[2].
Não apresentei realizações do governo do Cel. Abdon a não ser a abertura da Av. Senhor dos Passos, naquele tempo chamada de Araújo Pinho, segundo a Tribuna Feirense de 1º/04/2004, na pena de Adilson Simas. Veja algo mais sobre o Cel. Abdon, no Dicionário Personativo, Histórico, Geográfico e Institucional do autor deste trabalho.
O Cel. Agostinho Fróes da Mota[3], nomeado para o quatriênio de 1916 a 1919. A Feira viveu um período de grandes realizações, tais como: calçamento das ruas Conselheiro Franco e Cônego Tertuliano Carneiro; construção de 02 escolas, de bom porte: Maria Quitéria, destinada às moças da época, funcionando até o presente para ambos os sexos, na Praça Agostinho Fróes da Mota. A João Florêncio Gomes, reservada aos rapazes. Faz muito tempo, perdeu sua finalidade e já serviu para Delegacia, Escola, Coordenadoria e agora, após uma reforma, do governo atual, 2004, está destinada ao Arquivo Público e ao Instituto Histórico e Geográfico, criado em 20/08/2003, o grupo escolar J.J. Seabra adaptado, mais tarde, para acolher a Escola Normal, posteriormente.
Sediou a Faculdade de Educação, hoje, abriga o Cuca - Centro Universitário de Cultura e Arte; construção do Coreto e Praça da Matriz.
Como ocorrências relevantes de sua gestão, lembramos a conclusão da Ponte do Rio Branco, sobre o Jacuípe, hoje em ruínas o advento do Banco do Brasil (1919); visita do eminente jurista baiano, Ruy Barbosa a esta cidade (1919) do qual recebeu o generoso e nobre epíteto de Princesa do Sertão.
Esgotado o ubertoso mandato do Cel. Agostinho Fróes da Mota, desfrutamos da grata oportunidade de receber, mais uma vez, um operoso administrador para Feira de Santana, o Cel. Bernardino da Silva Bahia, nomeado por 02 anos, e eleito pelo voto popular, por mais dois anos - 1920 a 1923. Suas realizações são estas: continuação e conclusão das estradas vicinais para Santa Bárbara, Tanquinho e Bonfim de Feira; calçamento da rua Filinto Bastos, antiga Rua de Aurora; restauração da Praça Dr. Joaquim Remédios Monteiro, antigo Largo Nossa Senhora dos Remédios; as primeiras providências para instalação da rede elétrica e como ato mais importante, aconteceu o início da construção do paço Municipal ou Prefeitura, denominado, atualmente, Maria Quitéria, a fundação da Sociedade Filarmônica Euterpe Feirense, em 17/21/1921.
A era dos intendentes teve a dita de encontrar homens de boa cepa para governar o município, à semelhança do mais jovem intendente, Cel. Arnold Ferreira Silva - 1924 a 27.
Teve como obra de envergadura a conclusão do Paço Municipal, iniciado pelo seu sogro e antecessor no cargo; continuação da instalação da rede de energia e outras obras de menor significado.
Registramos algumas relevantes ocorrências no seu governo, a saber: a vinda do governador Góes Calmon para inauguração do Paço Municipal, em 1926 com indescritível exultação popular; inauguração da primeira estrada, ligando Feira de Santana a Salvador, obra de grande monta para o comércio entre Salvador e toda a região do interior da Bahia, instalação da Escola Normal, de utilidade inestimável para a grande região que circunda a Feira de Santana.
Foi o 7º intendente a gerir os destinos do município e o mais jovem dos intendentes, com apenas 29 anos de idade.
O último intendente e primeiro prefeito da Feira já não foi mais coronel e sim um advogado e promotor. Assumiu em 1928 e governou até dezenove de janeiro de 1931, quando foi afastado pela revolução de 1930. Seu nome era Dr. Elpídio Raimundo da Nova que viveu duas (02) situações políticas diferentes. Até 1929 era intendente e daí até 19/09/1931 exerceu o cargo de Prefeito, nome aplicado aos governantes municipais. Participou da Velha República até 1929 e da Nova República, com Getúlio Vargas a partir de 1930.
Vejamos, agora, as realizações de sua gestão:construção da 2ª cadeia pública, na rua Visconde do Rio Branco, em 1930, que serviu ao município até 1982, quando o Dr. João Durval, então governador, construiu o Presídio Regional e os presos foram transferidos para lá, A cadeia pública recebeu reforma e adaptação para abrigar os edis e se tornou a Câmara Municipal ou Casa da Cidadania, no governo do Prof. José Raimundo Pereira de Azevedo e em 2002 o prédio foi novamente reformado pelo seu presidente, Antônio Carlos Coelho e Governo Municipal.
Sua gestão foi pingue em ocorrências: Mudanças do nome de Intendente para Prefeito; formatura da primeira (1ª) turma de professores da Escola Normal; Canto do Hino à Feira de Santana pela primeira (1ª) vez, em 1930; instalação do serviço telefônico e da 2ª rede elétrica para receber energia da hidrelétrica de Bananeiras; extinção da república velha, exórdio da nova.
Finalizando este trabalho, podemos afirmar que foram nove (09) os intendentes, contando com a assunção dupla de Bernardino Bahia à Intendência. Houve também, por duas vezes, a figura do Cel. José Antunes Guimarães, substituindo o Cel. José Freire de Lima e Tito Ruy Bacelar, cada qual, por uma razão diferente. De modo geral, as gestões foram positivas, com destaque para Bernardino da Silva Bahia, Agostinho Fróes da Mota, Arnold Ferreira Silva e Dr. Elpídio Raimundoda Nova.
Ruy Tito Bacelar
Antiga Escola João Florêncio
Atual Arquivo Público
Cel. José Freire Lima
Escola Normal Rural
Hoje CUCA
Cel Joaquim Melo Sampaio
Fonte: Oscar Damião de Almeida
Transcrito da revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana - Ano I nº 1 2014 p. 40/41/42/43





[1]  A nossa ignorância sobre os homenageados com nomes de rua, nos levou a pensar que a homenagem se devia ao Sr, Silvaninho Sampaio, morador na casa grande da esquina da rua ABC, hoje “Mesa de Renda.”. Já tinha esclarecido no Blog.

[2] SANTANÓPOLIS: FEIRA DE SANTANA GOVERNADA POR DOIS ...

ginasiosantanopolis.blogspot.com/2016/01/feira-de-santana-governada-por-dois.html
  1.  
29 de jan de 2016 - O Cel. Militar Abdon Alves de Abreu governou por quatro (04) anos, de janeiro de 1908 a 1912. Na primeira eleição para Intendente o Cel.

[3] [PDF]agostinho fróes da motta - Uefs

www2.uefs.br/pgh/docs/Dissertações/DissertaçãoWagner.pdf







sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

ANTES E DEPOIS DE ÂNGELO MÁRIO DE CARVALHO SILVA

Joca antes, estudante do curso de ginásio do Santanópolis, atualmente em seu consultório médico.

ANIVERSARIANTES DE HOJE

Se perguntarem o ano de nascimento, respondam o ano e o mês, para não pensarem estarem um ano mais velhos. Quando compram um carro no fim do ano, dizem o ano da compra com o modêlo do ano seguinte. A vantagem é que no outro dia são saudados com a apoteose de fogos. Parabéns a Maria Aparecida Morais Falcão (Cida) e Othongip Souza,

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

ANOS SANTANOPOLITANOS XVII

Ismael S. Bastos
Nossa Banda Marcial I

A primeira banda marcial do interior
Não devíamos às da capital nenhum favor
O Colégio Santanópolis sempre vanguardista
Para Feira de Santana mais uma grande conquista

Para desfilar em sete de setembro o ano inteiro ensaiava
O maestro Evandro Oliveira os ensaios com garra comandava
Suas belas evoluções perfeitas eram exaustivamente treinadas
Ao entrar na avenida era esfuziantemente pela multidão aplaudida

Tamanhas eram suas musicalidades, evoluções e muita harmonia
Uma emoção sem precedentes que o carismático toque transmitia
Desfilando com segurança a todos encantava, passo a passo evoluía
A plateia falava é a melhor banda sem cansar por todo desfile repetia

No ritmo do surdo, com seu grave som fazia a marcação o trombone
Foram introduzidos instrumentos dentre os quais eu destaco o xilofone
No forte toque do bombo, no repique das caixas, das cornetas os agudos
Quando a banda do Santanópolis passava encantava deixava a todos mudos

Na frente desfilava com galhardia e encantamento, nossa elegante baliza
As suas acrobacias interagiam com a banda, e encantavam pela sua destreza
É inenarrável a emoção que nós sentíamos um espetáculo de raríssima beleza

Banda do Santanópolis na
Abertura dos JAI

domingo, 25 de dezembro de 2016

ANIVERSARIANTES DESTA DATA

Juca
No mesmo dia e mês Dele, aniversariam os Santanopolitanos, Joaquim Manoel Sampaio de Oliveira (Juca), Jailson Bittencourt de Andrade e Messias Almeida Portugal. Parabéns.
Jailson

sábado, 24 de dezembro de 2016

ANIVERSARIANTES DE HOJE

Data bonita estas duas santanopolitanas comemoram aniversário, Maria Hilda Cerqueira  Alves (Hildinha) e Francelina Daltro de Castro. Parabéns.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

REVISTA SERPENTINA XII

A. D. BAHIA DE FEIRA
Na Revista Serpentina, noticia de jogo de futebol em 1941.
Reparem as terminologia da época: "Team", "score". Este campo não conheci, o mais antigo que vi jogos foi o "Campo do Vitória", hoje praça que tem o nome do Santanopolitano "Jakson do Amaury", onde existe enorme monumento em homenagem ao caminhoneiro, de autoria do Santanopolitano, artista plástico Gil Mário de Menezes.

OS ANIVERSARIANTES DE HOJE

 Hoje é o aniversário dos Santanopolitanos, Carlos Antônio de Lima (Carlinhos) e Marise Carvalho Mota. Esperamos que estejam com ótima saúde atualmente e nos anos vindouros.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

ANTES E DEPOIS DE MARIA RITA CARNEIRO SUZARTE

Maria Rita Carneiro Suzarte
Antes
Maria Rita no
V Encontro dos
Sanatanopolitanos
20/08/2016


ANIVERSARIANTES DE HOJE

Gal
 O trio de aniversariantes, Maria das Graças Nogueira Soares (Gal), Marly Caldas e Milma Carvalho Sampaio (Bibi), esperamos estejam como nas fotos, com sorriso largo. Parabéns.
Marly
Bibi


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA CIDADE

Adilson Simas
Santanopolitano
"Blog por Simas"
Arlindo Pitombo
Santanopolitano
Aluno e Professor
 Professor, atleta, compositor, estudioso da vida feirense, primeiro diretor do Departamento de Turismo de Feira de Santana (1971/1972) quando ainda não existia na estrutura organizacional da prefeitura um órgão com status de secretaria, em 1976, há 40 anos Arlindo da Silva Pitombo deixou para os historiadores o que ele denominou “Subsídios para a História de Feira de Santana”. Vale a pena lembrar:

- A História de nossa Feira, tão cheia de lacunas e equívocos, está a merecer reparos inadiáveis a fim de que as gerações presentes possam ter uma visão ampla e profunda do nosso verdadeiro passado, para bem construírem o nosso presente, e estruturarem o futuro. 

De tais considerações concluo que ninguém tem o direito de guardar para si mesmo quaisquer elementos que possam contribuir para elucidar fatos relacionados com o nosso passado, sejam quais forem os motivos existentes. 

Estas são as razões que me animam a trazer esta modesta contribuição, na esperança de que outros possam seguir o meu exemplo, permitindo a sedimentação de um acervo de informações precisas e  suficientes para uma revisão fecunda da nossa historiografia.

Creio, entretanto, não ser necessariamente preciso começar aqui do princípio.isto é: informar quais foram exatamente os proprietários, habitantes brancos ou grupo indígena que antecederam a Ana Brandão na sua fazenda dos Olhos d’Água, pois estou certo que, muito breve, tais esclarecimentos virão.

Quero, apenas, neste primeiro esforço, situar informações de caráter genealógico sobre o casal Ana/Domingos, ela erroneamente, chamada de Brandoa, e ambos considerados, por muitos, portugueses.

Desde modo aqui vão, secamente, as informações colhidas nas fontes autorizadas e abaixo mencionadas, que diluem as dúvidas sobre a completa baianidade das famílias citadas, o verdadeiro nome  de Ana e, possivelmente, encerram elementos de relevante importância para o estudo genealógico da família feirense.

Ana Brandão era filha de Sebastião Brandão Coelho e Inês de Novais. Seus outros irmãos chamavam-se Francisco Brandão, Joana e Antonio Coelho Brandão. Foi batizada em 10 de janeiro de 1656 e casou-se com Domingos Barbosa de Araújo a 25 de fevereiro de 1706, contando, portanto, mais  de cinqüenta anos de idade.

O pai de Ana chamava-se Sebastião Brandão Costa; era filho de Belchior Brandão Coelho e Maria Pestana. Faleceu em 6 de abril de 1675.

Belchior, avô de Ana, além de Sebastião, teve, com Maria Pestana, mais três filhos: Miguel Brandão Coelho, Isabel Brandão e Francisco Brandão Coelho. Depois da morte de Maria Pestanha, em 8 de agosto de 1653, casou-se com outra mulher, chamada Ana Beltraite e teve mais uma filha que deu também o  nome de Ana Brandão – tia da nossa Ana – que se casou com Manoel da Rocha Rego.

O tio de Ana (a nossa Ana) Francisco Brandão Coelho casou-se com Antonia Soares e tiveram os seguintes: Miguel Ferreira Brandão, Belchior, Maria, Antonio, Izabel e Francisco Soares Brandão.

A tia, Izabel Brandão, casou-se com Brás Ribeiro Falcão, tendo os seguintes filhos: Vasco Marinho Falcão, Belchior Brandão Pereira, Francisca de  Miranda Brandão, Isabel Brandão, Maria Falcão e Tomé Pereira Falcão. Seu casamento ocorreu em 29 de setembro de 1659 e faleceu em novembro de 1680.

Domingos Barbosa de Araújo, esposa de nossa Ana, era filho de Pedro Correia e Margarida Barbosa deAraujo.

Todas as pessoas citadas aqui foram baianos natos e elementos distintos da sociedade soteropolitana.

Sabe-se que a nossa Ana era muito bondosa e trouxe para sua fazenda muitos parentes a quem doou terras. Não será difícil identificar através dos arquivos dos  serviços públicos ou religiosos desta cidade, de Cachoeira ou de Salvador os atuais descendentes de tais famílias.

Fontes históricas: Catálogo Genealógico – Frei Jaboatão ;  Achegas Genealógicas – Afonso Costa; Revista do Instituto Histórico da Bahia de nº 61, ano de 1935
(Adilson Simas)

Fazenda de Ana Brandão 

ANIVERSARIANTES DE HOJE

Nita
Miguel
 Comemoram data de nascimento hoje os Santanopolitanos,Josenita Moreira Araujo Nunes (Nita) e Miguel Ângelo Nery Boaventura. Parabéns.
 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

V ENCONTRO DOS SANTANOPOLITANOS XVII

 A turma de 79 rivaliza com a turma de 70, em atuação, número de participantes nos encontros, nos contatos do grupo...vou deixar para que eles nominem os participantes das fotos nos comentários.
Obs: consideramos o ano da turma no seu término no Colégio Santanópolis.






ANIVERSÁRIO DE ADAUTO FRANCO

Adauto fazia, não pretendemos fazer mais os ENCONTROS,parte da Comissão Organizadora dos Encontros. Santanopolitano dos mais presentes. Parabéns pela data de hoje.

sábado, 17 de dezembro de 2016

ANIVERSARIANTES DE HOJE

Cohim
Gerson
 Trio aniversariantes de hoje, Gerson Sales, José Carlos Cohim e Raimundo Melo. Ótimo axé para vocês.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

ANOS SANTANOPOLITANOS XVI

Ismael S. BastoS
Vida Porreta!

A maioria andava a pé
Muito chique chupar picolé
Moças chupavam o quadrado
O pai falava o redondo é ousado

Moça não andava de bicicleta
Era coisa só para homem e atleta
Rapaz era marginal se usava costeleta
Garotas resolvidas chamavam de espoleta

Era proibido ler uma determinada revista
Passavam pelo crivo do pai que tinha a lista
A garota que muito namorava era progamista
Se andava no carro com o namorado era mal vista

Um escândalo ver garota na garupa de lambreta
Era coisa de mulher da vida, não para moça direita
Lábios Pintados com batom vermelho era prostituta
Namorar na porta ela podia, se na rua era má conduta

Mesmo com todas estas proibições, melhor se vivia
Nossos pais eram mais rigorosos e do seu jeito nos protegia
Tempos que podíamos brincar na rua e nos clubes a micareta

Saudades desta maravilhosa época! Ah! Como a vida era porreta!

ANIVERSÁRIO DE LUIZETE ANDRADE GOES

Parabéns à Santanapolitana Luizete, que completa hoje mais um ano de vida. Desejamos que esta data se repita por muitos anos, com saúde e felicidade.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

FOLHA DO NORTE

Tito Ruy Bacelar
O primeiro número do jornal Folha do Norte surgiu em 17 de setembro de 1909, fundado por ‘Tito Ruy Bacelar, Anold Ferreira da Silva como secretário aos 15 anos, Dálvaro Ferreira da Silva, e teve como redator, até 1910, João Carneiro Vital e passou a contar com diversos colaboradores, começando a circular semanalmente, e como os demais jornais, foi criado para servir de escudo político. Naquela época, circulava nesta cidade, o jornal ”O Município”.
Quando da fundação do jornal, a cidade era pequena, com uma população estimada em 68.887 habitantes, distribuidos pela zona urbana e rural, e era composta de dez distritos. Mas já em desenvolvimento comparando-se com outros municípios da região, e sua economia movimentava com a pecuária e a agricultura, era Intendente, o Coronel Abdon Alves de Abreu.
Participaram da redação no novo semanário, em seus primeiros anos de vida, o Prof. Fernando São Paulo, Prof. Geminiano Costa, Profª. Eulina Miranda, Padre Gomes Loureiro, Dr. Auto Reis, Tenente Virgílio Gomes de Almeida, Dr.Thiers de Abreu Chagas, D. Eugenia Miranda, Dr. Mário Portugal, Profª. Estefânia Menna, Dr. Barros Porto, Raul Gordilho e outros. Foram seus redatores o Prof. Antônio Augusto da Silva Garcia, o poeta Aloísio Resende e o Prof. Edgard Erudilho Suzart.
A Folha do Norte era, a princípio, editada na Rua Dr. Manoel Vitorino, no 112 (atual Rua Marechal Deodoro). Na sua primeira edição, a Folha do Norte filia-se à corrente que apoia as candidaturas de Hermes da Fonseca, para a Presidência e de Wenceslau Braz para a vice-presidência da República, lançando-se no combate ao situacionismo local.

Fez publicação de agradecimento do Dr. Jacinto Ferreira. Juiz de Direito, às pessoas que participaram da campanha da casa Ramos & Irmão, em favor do Asilo de Nossa Senhora de Lourdes, que rendeu cinquenta e cinco mil, trezentos e quarenta e sete reis, com a venda dos cupons em beneficio das criancinhas órfãs; publicidade do café moído, por Pedro Brito Sobrinho; da Emulsão de Scott; da loja “Inah, a barateira e vantajosa”; de João Regis Martins do cirurgião dentista e farmacêutico J.Mutti; da Clínica Médico Cirúrgica do Dr. Auto E. Reis; de tintas e artigos de fogueteiro, vendidos por Francisco Garrido; Saúde da Mulher; Bromil e pomada Boro Borácica.
Divulgou, ainda, anúncio da loja M. da Silva Ramos, de Salvador, que mantinha variado sortimento de pianos americanos e máquinas de escrever Blickensderfer; A Bola de Ouro; Antero Lima. que compra ouro e prata em obras velhas, moedas de ouro, prata e brilhantes, e da alfaiataria de Raphael Costa e Lima, da capital do Estado. Publicou o conto “A Caipora”, de Sérgio Cardoso; “Cronicando”, seção assinada por Aristeu Nemésio (pseudônimo de Arnold Silva) e o poema de Anibal Arnorim “Regresso à Terra Natal”.
Na madrugada do dia 3 de maio de 1911, os sinos da igreja repicam anunciando que algo de sinistro estava ocorrendo na cidade; o povo acorda em pavorosa e se desloca ao centro da cidade, e para surpresa, olham todos estarrecidos, as instalações da tipografia do jornal Folha do Norte em chamas; diversas pessoas trabalhando para evitar que o incêndio se propagasse para os prédios vizinhos, e tentam de alguma maneira debelar o fogo, o que torna impossível combater as chamas que rapidamente destruíram todas as instalações da oficina gráfica, causando uma grande perda, e interrompendo a circulação do jornal por três meses.
No dia seguinte, após o incêndio considerado criminoso e proposital, pelos adversários políticos de Tito Ruy Racelar e Arnold Ferreira da Silva, á aberto um inquérito policial para avaliar a causa, tendo as investigações ficadas a cargo do Tenente Delegado de policia Antônio Bacelar Guimarães. E os peritos nomeados; farmacêutico José Alves Boaventura, Coronel José Antunes Guimarães, escrivão Aurélio de Vasconcelos e as testemunhas, Domingos Soriano de Macedo e José Vieira de Carvalho. Concluída a perícia e avaliados os danos causados pelo fogo, para a reconstrução do prédio incendiado, móveis de escritório, material tipográfico o consertos dos três prédios vizinhos, foi calculado o prejuízo em quinze mil réis.


A reabertura do jornal ocorreu em 10 de agosto de 1911, com distribuição de jornais realizada com festa e foguetório; presentes autoridades e pessoas da sociedade feirense. discurso do Juiz de Direito da Comarca, Dr. Jacinto Ferreira da Silva e com as bênçãos do prédio e das máquinas pelo pároco Tertuliano Carneiro da Silva.
Com o falecimento deTito Ruy Bacelar. e como dele não houvesse descendente, tampouco surgisse alguém interessado na aquisição do jornal, Arnold Silva, que
já vinha participando desde a sua fundação. demonstrou vontade de adquirir a propriedade do semanário e da Tipografia Progresso, que o editava com todos os seus mecanismos, tipos e pertences.
No dia 5 de abril de 1922, no Tabelião de João Carneiro Vital, com a presença da viúva deTito Ruy Bacelar, a escritura foi assinada e a propriedade da Folha do Norte foi transferida para os irmãos: Arnold, Dálvaro e Raul. Logo após a regularização documental, a firma foi registrada com a denominação de, “Silva & Irmão”, e publicada uma nota no jornal, informando ao público a nova razão social.
Festejando-se a fundação do jornal Folha do Norte, que completou 100 anos de atividades no dia 17 de setembro de 2009, não poderiam silenciar os que acompanham e assistem à sua trajetória. É o mais antigo órgão de imprensa em circulação no Estado da Bahia. E fazendo repercutir e engrandecer o nome e a tradição da Feira de Santana por todas as regiões, como a maior relíquia e o maior feito que a nossa história registra. Vê-se uma Feira de Santana diferente da terra em que nascemos, com uma população estimada em 600.000 habitantes. Somos, agora. uma cidade industrial, comercial, universitária com ares de capital, a se estender, imensa e incontrolável pelo planalto. As ruas tornam-se apertadas e sitiadas: os veículos e motos a circular desordenados diminuem suas ruas e avenidas, atestando cada vez mais em movimentos perturbadores e poluentes. Uma multidão compacta a disputar os espaços nas calçadas, com barracas e carros-de-mão, que dificultam a passagem dos pedestres e que às vezes são impedidos de trocar cumprimentos. O comércio cresceu e sofisticou-se, mostrando que vai longe o tempo dos comerciantes que se reuniam em frente das lojas. em longos comentários. Mas somos ainda, gente trabalhadora e sofredora, talvez mais ligada às coisas materiais e mais afastada da vida política e de sentimentos solidários.
Desde a sua fundação, a Folha do Norte nunca mudou de nome. Têm sido seus diretores Tito Ruy Bacelar, de 17 de setembro de 1909 a 13 de janeiro de 1922; Arnold Ferreira da Silva assumiu a direção em 14 de janeiro de 1922 até 17 de novembro de 1923: Raul Ferreira da Silva passou a trabalhar nas oficinas, cuja direção assumiu em 17 de novembro de 1923 a dezembro de l968 Oyama Pinto da Silva dirigiu a Folha do Norte de janeiro de 1969 a dezembro de 1971; Dálvaro Ferreira da Silva foi diretor de dezembro de 1971 a dezembro de 1972; José Luiz Navarro da Silva assumiu como diretor e redator chefe, em janeiro de 1973 a outubro de 2003.
A Folha do Norte, nos tempos da tipografia da Rua Sales Barbosa, era o mais importante ponto de reuniões da cidade. Ali podiam ser encontrados, quase  diariamente, Honorato Bonfim, Clóvis Amorim, Quintor Café, Manoel da Costa Ferreira, Arnold Silva, Vicente dos Reis, Dival Pitombo, Pedro Matos, Áureo Filho, João Paschoal dos Santos e muitos outros jornalistas. literatos e representantes de todas as classes sociais.
No decorrer do tempo. trabalharam e corroboraram com o jornal, grandes nomes do jornalismo feirense: o escritor Clóvis Amorim, Oydema Ferreira, Dílson Barbosa, Madalena de Jesus. Manoelito Guimarães, Dr. Vicente dos Reis, Marivaldo Bastos, Ilza Porto, Dr.  Milton Marinho, Zito, Adílson Simas, Olney São Paulo, Deolindo Checcucci, Luiz Gonzaga Ferreira, José Henrique de Cerqueira, Rossini Souza, Franklin Machado. Juventino Pitombo, Elô Santiago, Antônio Ramos da Silva. Dr. Osvaldo Requião, Antônio José Laranjeira, Dr. Honorato Manoel do Bonfim Filho, Pofª. Ana Maria Oliveira, Cid Daltro. e diversos outros nomes de comprovado valor.
A impressão do Jornal sempre ocorreu nesta cidade e em oficinas próprias, a principio pelo sistema tipográfico com a utilização de tipos para composição, clichês e xilogravuras para ilustrar, a impressão era através de máquinas manuais. Em 5 de março de 1976. inaugurou a sua primeira publicação em off-set, com a aquisição de uma máquina impressora Abdick 380, até hoje em funcionamento e maquinas de composição IBM, substituídos que foram pelo computador para digitar e diagramar. Foi o primeiro jornal do interior  a ser impresso em off-set, e durante algumas semanas interrompeu a sua circulação, quando teve de modernizar o seu sistema de impressão, passando a circular diariamente até dezembro de 1979. voltando a ser semanário, devido a questões financeiras. O jornal resiste e se mantém até hoje, sendo o órgão de comunicação mais velho do interior, é uma das fontes mais rica dos registros da história Feira de Santana e região, onde tem servido aos pesquisadores , professores e estudantes.

Surgiu na Folha do Norte, em 30 de julho de 1955, a primeira coluna social intitulada “Sociedade” assinada por HD (Hélio Dórea), que iniciava o colunismo social no interior da Bahia. Devido uma viagem, na sua ausência assumiu Ana Maria Oliveira, que assinava com o pseudônimo de Monique. Em 7 de janeiro de 1956, assumindo a coluna social, HD, no seu retorno, escreveu somente uma crônica. O terceiro colunista surgiu na Folha do Norte, em 10 de novembro de 1956, e assinava Eme Pê (Emanoel Simões Portugal), também com o título de “Sociedade”, considerado um dos maiores colunistas sociais da vida feirense. Em 23 de fevereiro de 1957, passou a assinar “Eme Portugal”.
Acervo Evandro: Irmãos Silva
No primeiro Plano Arnold
Atrás Raul

Autor: Carlos Alberto
Almeida Mello
 Feirense, Santanopolitano,pesquisador, professor, historiador,
escritor e pesquisador:
Arquivista do Jornal Folha do Norte,
 Autor de livro sobre a vida e a obr a de Georgina Erismann
 Organizador, de coletânea de memorias Periódicos Feirenses
Santanópolis
- 1954 a 1955 e jornal O Coruja -1955 a 1957. 
A Folha do Norte tem feito cobertura de todos os acontecimentos da Feira de Santana e região, como o episódio político na eleição de 1911, para Intendente, as divergências partidárias, as fraudes nas eleições e os dois governos paralelos e a posse. Registrou com detalhes, a primeira tentativa de roubo de casa bancária, em 1938, quando dois ladrões tentaram arrombar o cofre da Caixa Econômica Federal, que tinha sede na Rua Monsenhor Tertuliano Carneiro, em frente à Praça Dr. Remédios Monteiro, e publicou vastas reportagens sobre o fato criminoso mais famoso do século XX, nesta cidade, quando a rapaziada de classe média invadiu, à noite, o Cemitério Piedade, violando e depredando túmulos e levando três ou quatro caveiras para farra no Cassino Irajá, célebre e sofisticada casa noturna que funcionou na Praça Dr. Remédios Monteiro, na década de quarenta.
Atualmente são seus diretores: o Dr. Hugo Navarro Silva (*) e o Dr. Antônio Navarro Silva. Na parte gerencial, Gilberto Navarro Lopes; editor, o jornalista Zadir Marques Porto; colunistas: Lícia Freitas Silva, Mário Leal, Reginaldo Pereira (Tracajá), Dom Itamar Vian e dentre outros, atuam na Folha do Norte: Suzana Cardoso, Luanda, Raimundo de Jesus, Adílson Cavalcante, Eliomar Rios e Carlos Melo. O Jornal em formato tabloide circula às sextas-feiras, com tiragem média de 2.000 exemplares, com número variável de páginas a partir de dez. Na edição especial de aniversário são 3.000 exemplares com a média de sessenta a oitenta páginas. O Jornal mantém linha editorial conservadora, dando relevo aos fatos locais, principalmente os culturais e esportivos.
(*,) O Dr. Hugo Navarro Silva deixou de fazer parte do Jornal Folha do Norte, por falecimento, em 29.03.2015.

Transcrito da revista "História e Estórias dos Séculos XIX e XX (Escritas a cinquenta mãos).
Edição Especial do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana - 2015 p. 41,42,43 e 44.

Filme do Santanopolis dos anos 60