Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

domingo, 31 de maio de 2020

CINE TEATRO SANTANA SAUDADES DO CINEMA DA RUA DIREITA



Foto da Fachada do cine-Teatro Santana extraída do livro
Memória Fotográfica de Feira de Santana. Fonte GAMA,
 Raimundo Memória Fotográfica de Feira de Santana:
 Fundação Cultural de Feira de Santana, 1994.



Nossa história começa num passeio corriqueiro entre dois personagens que caminham na Rua Conselheiro Franco: Arlindo e Henrique. Arlindo havia ido buscar seu neto Henrique no curso de teatro no prédio do CUCA - Centro Universitário de Cultura e Arte. Henrique estava intrigado, pois o seu professor havia lhe contado um pouco da história do prédio que, no passado, sediara a Escola Normal. Este, quando encontrou seu avô, começou a contar as histórias que tinha ouvido na aula de teatro. Com um sorriso caloroso, Arlindo virou-se para seu neto e falou:
— Eu sei, foi aqui que sua avó estudou. Já vivi tantas coisas nessa rua, que todas as vezes em que passo aqui não consigo esquecer.
Henrique, tomado por uma grande curiosidade, pediu para seu avô lhe contar um pouco dessas histórias. Arlindo, então, convidou seu neto para caminhar pela Conselheiro Franco e começou a narrar o que lhe vinha à memória:
—Meu querido neto, a memória é um livro antigo mágico, o qual eu não me canso de ler; é como se eu pudesse me transportar para suas páginas, para a Feira de Santana da minha mocidade. Inicialmente, tudo acontecia na Rua Conselheiro Franco, “a rua movimento”, antiga Rua Direita. Ao longo desta via, localizavam-se as sedes das filarmônicas, a Escola Normal, o Grêmio Rio Branco, a Pensão Universal, o Clube Coreográfico Dois de Julho e o Cine-Teatro Santana. Seguindo a direção sul, chegava-se à Igreja Matriz e à grande praça ajardinada com seu coreto, palco de diversas manifestações; ao norte, o destino seria a Igreja dos Remédios. Apesar de fazer fronteira, de um ponto ao outro, com grandes marcos religiosos da cidade, tal espaço, em seus passeios e prédios, era cenário para diversões, diferentes bailes, espetáculos teatrais, sessões de filmes, folias de Momo, palestras e saraus, além, é claro, dos próprios festejos religiosos. Assim era a Rua Direita, que, nas três primeiras décadas do século XX, concentrava as agremiações culturais da urbe feirense.
Seu Arlindo continuou:
— Mas foi na porta do Cine-Teatro Santana que eu vi sua avó Antônia pela primeira vez: ela estava acompanhada da tia solteirona, Izabel, e da sua prima Sofia. Ai, aquele Cinema! Tantas recordações... tantas alegrias... lugar que me fazia viajar sem sair das poltronas. Na década de 1920, havia também o Cine Brasil, porém era o Santana que causava furor nos jovens da cidade. Até onde minha mãe, Dona Arlinda Sampaio, me contava, o Teatro Santana datava mais ou menos do início da década de 1840 do século XIX, quando foi mencionado “em uma correspondência oficial endereçada à Câmara local, a orientação para que fossem realizadas, no referido teatro, as sessões legislativas”, visto que, nesse período, a Câmara não tinha local específico para realizar seus trabalhos. Em 1919, passou a ser o sucessor do Cinema Vitória, sendo chamado de Cine-Teatro Santana, porque, além dos espetáculos teatrais, foram incorporadas as exibições de filmes. Situado na esquina da antiga Rua Direita (atual Rua Conselheiro Franco) com a Rua 24 de Maio, num terreno pertencente à Santa Casa de Misericórdia, que arrendava o prédio para quem quisesse explorar as funções comerciais do estabelecimento. Posso citar como arrendatários do Cine-Teatro Santana: Raul Ferreira da Silva, José Calmon de Siqueira e Elziario Santana.

Nova fachada do Cine-Teatro Santana
Fonte: acervo particular do santanopolitano
Carlos Alberto Mello 
Arlindo prosseguiu:
— Segundo a senhora minha mãe, na década de 1920 quem tomava conta do saudoso Santana era o senhor Raul Ferreira da Silva, que na época era diretor do jornal Folha do Norte, irmão do político Arnold Silva. Pelo que se soube na cidade, o senhor Raul F. da Silva enfrentou algumas dificuldades, a exemplo de problemas técnicos com os cinematógrafos. Antes que você me pergunte o que é um cinematógrafo, eu lhe explico, Henrique. O cinematógrafo era a máquina que projetava a imagem na tela. Mas, voltemos ao senhor Raul: este ainda tinha que enfrentar a concorrência com o Cine Brasil, pertencente ao Sr. Francisco Soares Bahia, sobrinho do Cel. Bernardino Bahia - o que teria contribuído para que as finanças do Cine-Teatro Santana nesse período fossem conturbadas. Essa disputa acabou por fechar os dois estabelecimentos, tanto o Cine Brasil quanto o Cine-Teatro Santana, o que fez seu Raul F. da Silva passar o arrendamento do Santana para outra pessoa. No início da década de 1930, o Cine-Teatro passou a ser arrendado pelo Sr. Calmon de Siqueira, que realizou uma reforma das instalações, trocando seu mobiliário e instalando equipamentos, justamente para as exibições dos filmes falados, uma novidade naquela época, visto que os filmes exibidos antes, eram mudos.
Divulgação de um filme,
Fonte:Museu Casa do Sertão
Henrique, com uma cara de espanto, interrompeu seu avô:
—Fala sério, vô! Eu não acredito! Filmes mudos!
    Dando uma risada, Arlindo retomou a fala:
—Sei que para você, que vive no meio dessas parafernálias que a modernidade inventou, é difícil acreditar. Um dia desses vamos assistir a um filme mudo de um dos maiores atores do cinema, Charlie Chaplin. Voltemos à historinha do Cine-Santana, que, na década de 1930, reinou pleno. O Sr. Calmon, entretanto, acabou sendo nomeado para o cargo de escrivão do Tribunal de Contas em Salvador, o que o impossibilitou de continuar administrando o Cine-Teatro Santana, que, mais uma vez, mudava de mãos. Em 1938, quando eu comecei a frequentar as matinés do cinema, quem o dirigia era o Sr. Elziario Santana, membro do Grêmio Dramático Salles Barbosa. Eu me lembro bem que no anúncio de reinauguração tinha o filme O Rei e a Corista, e nas semanas seguintes Cleópatra (1938) e Robin Hood (1938). Nas sessões destinadas às crianças, aconteciam sorteios de brindes; aos domingos, havia uma sessão chique onde se exigiam os melhores trajes, e, algumas vezes, o público era recepcionado com uma banda musical - diferentemente das sessões ocorridas nas segundas- feiras populares. Henrique, nas segundas-feiras é que era diversão, pois era o dia em que, geralmente, passavam as sessões dos meus filmes prediletos: os de faroeste, ou melhor, de dizer, de cowboys, com o ator Tom Mix, e os de terror com Bela Lugosi. Eram sessões lotadas e agitadas, com uma verdadeira gritaria na plateia, que torcia pelo mocinho. Mas confesso que nas minhas idas ao Santana, o que mais me marcou foi assistir às séries de Flash Gordon, com os foguetes e as pistolas; eu ficava fascinado, viajando naquela ficção. Henrique interrompeu-o novamente:
—Vô, esse tal de Flash Gordon é tipo um super-herói, como o Homem de Ferro?

 Arlindo acenou com a cabeça, afirmando que sim. A caminhada dos dois termina. Henrique, com os pensamentos fervilhando após tantas informações, perguntou:
—Um dia desses me mostra onde fica esse Cine-Teatro Santana?
Arlindo, com os olhos emaranhados pela tristeza, respondeu:
—Já estamos de frente para ele.
Henrique, confuso, disse:
—Vô, está ficando maluco? Aqui não tem nada, a não ser o estacionamento de carros.
Arlindo respondeu:
—Pois é, antigamente ele ficava aqui, mas já não existe mais, a não ser na minha memória. A máquina da modernidade, há muito tempo, vem demolindo pedaços da nossa história.
Henrique:
—Que triste, eu queria explorar o lugar em que você conheceu a vovó, saber qual era o filme que estava passando na época.
Arlindo:
—Não foi numa sessão de filmes, foi em uma apresentação do grupo dramático Taborda. Só que essa história é para outro dia; vou deixar que a sua avó lhe conte, afinal, ela era uma das fãs do Taborda.

Foto interna do Cine-teatro Santana. Fonte acervo particular
do santanopolitano Carlos Mello provavelmente
se refere a década de 40.
Aline Aguiar Cerqueira dos Santos












ANIVERSÁRIO DE LURDECA

Hoje é o aniversário da santanopolitana, do signo de Gêmeos, sob proteção de Ibejis, Maria de Lourdes Tavares Carneiro (Lurdeca).
Guarde na memória tudo que foi bom, e aprenda com o que foi menos bom. Agora começa mais um ciclo, aproveite e desfrute dele o melhor que conseguir.

sábado, 30 de maio de 2020

PERFIL DE DIONÍSIO PEREIRA

DIONÍSIO MACHADO PEREIRA – Nasceu em 26 de dezembro de 1933 (o cartório errou e consta no registro 1935); em Feira de Santana. Filho de Leopoldo Souza Pereira e Ambrozina Machado Pereira.
         Estudou o primário na Escola Agostinho Froes da Motta, cursou o curso ginasial e o curso Técnico em Contabilidade de 1952 a 1958 no Colégio Santanópolis.
         Aprendeu o ofício de relojoeiro com seu tio Antônio Paim Pereira e seu sócio Gumercindo Alves na loja “A Hora Certa”, que vendia também artigos para presentes e bijuterias, situada junto a antiga Farmácia Agrário, na praça João Pedreira.
         Abriu uma lojinha “O Classic Joias”, mas incentivado por amigos foi prestar serviço militar na Base Aérea em Salvador.
         Liberado da Base Aérea, reativou sua loja à rua Sales Barbosa, depois foi para a rua Comendador Targino. Decorrido quatro meses retornou para a rua Sales Barbosa, para o número 150, aí conheceu a garota Marla que de paquera, namoro, noivado e casamento, até hoje juntos, percorrendo todas as etapas como era o correto naquele tempo. Também, eu Evandro, fiz o mesmo périplo com Baby, na mesma época.
         Outra mudança da loja “Classic Joias”, para a av. Senhor dos Passos, em frente à Prefeitura, aí mudando o nome para “Óticas Classic”.
         Construiu uma galeria colocando o nome de “Galeria Marla”, em homenagem a sua esposa, e transferiu a loja “Óticas Classic”, para o novo prédio, na av. Senhor dos Passos, ao lado
da “Lojas Americanas”.
Casado com Maria do Livramento Pessoa Pereira, Marla como gosta de ser chamada.
O casal teve quatro filhos: Maria das Graças Pereira Pimenta, Jair Pessoa Pereira, também empresário no ramo de ótica “Ótica Vip”; Luciano Pessoa Pereira, hoje responsável pela “Ótica Classic” e Ana Cíntia Pereira Ottan.

ANIVERSÁRIO DE TÂNIA


Completa mais uma etapa na estrada da vida a santanopolitana, do signo de Gêmeos, sob proteção de Ibejis, Tânia Carneiro Franco.
Aniversário não é apenas aumentar um número à idade, devem se alegrar e celebrar por completar mais um ano de vida. Feliz aniversário!

sexta-feira, 29 de maio de 2020

ALUNOS DA DÉCADA DE 50


Turma do Colégio Santanópolis na década de 50. Reconheci poucos, espero que os que virem o retrato, principalmente os que estão presente na foto, citem os outros: A terceira na fila da direita para a esquerda, é Lúcia Sampaio de Oliveira, também tinha de reconhecer, minha irmã; junto a ela Luiz Assis; o que está com a espingarda, Una Petinga de Sousa Guimarães Sobrinho - coloquei o nome completo por vaidade da minha memória de 83 anos -; à esquerda de Una, Reginaldo Caribé; com o rosto abaixado na direção do cano da espingarda Dora Ferreira; e finalmente, o primeiro agachado à esquerda, dono do arquivo da foto, Elnando Simões.

Quem reconhecer outros citem: por comentário, ver ao lado o passos a passo; por ZAP - 75-99732564; por email - oevandro @uol.com.br.

EVENTO PARA OS CONFINADOS

O santanopolitano José Emanoel Moreira de Freitas
 nos brinda, com uma excelente diversão,
 nesta é poca de pandemia.

ANIVERSÁRIO DE LÍCIA E LINA









Comemoram mais um ano de vida os santanopolitanos, do signo de Gêmeos, sob proteção de Ibejis, Lícia Maria Cotrim  Rizério de Souza e Maria Lina de Souza Carneiro. Nosso desejo é o replei deste evento por muitos anos com saúde.







quinta-feira, 28 de maio de 2020

FORMATURA DE 1958

 Fotos do albo de formatura do curso Técnico em Contabilidade do Colégio Santanópolis em 1958.

ANIVERSÁRIO DE CÍNTIA


Comemorando aniversário hoje a santanopolitana, do signo de Gêmeos, sob proteção de Ibejis, Cíntia da Silva e Souza. 
Feliz aniversário! Este dia é sempre uma boa data para parar, refletir sobre tudo o que se passou e elaborar planos para o futuro.


quarta-feira, 27 de maio de 2020

ANTES E DEPOIS DE DEMA

À esquerda, Oydema Torres Ferreira (Dema), formando em 1956.
Abaixo à direita atualmente


ANIVERSÁRIO DE SELMA E VANJA

Selma
Hoje é festa, a distancia física mas juntos na internet,  as santanopolitanas, do signo de Gêmeos, sob proteção de Ibejis, Selma Seixas da Cruz e Vanja Dias Falcão.
Vanja
 Hoje é uma data especial, pois você completa mais um ano de vida. Feliz Aniversário e curta o dia com alegria!


terça-feira, 26 de maio de 2020

PERFIL DE FERNANDO RAMOS


Fernando Sousa Ramos, nasceu em Feira de Santana em 25 de outubro 1931, filho de Hildebrando Ramos dos Santos e Celina de Souza Ramos.
Estudou o curso primário na Escola João Florêncio, no Colégio Santanópolis cursou os dois primeiros anos do curso de ginasial (1944-1945), advogado; jornalista, tinha uma coluna de crítica musical no jornal “Folha do Norte”; escritor, grande romancista premiado.
Os dois principais livros do escritor feirense Fernando Ramos, são os romances "Os Enforcados" e "O Lobisomem de Feira de Santana", edições de 1970 e 2002. As duas publicações têm capa do artista plástico Juraci Dórea (foto ao lado).
Em "O Lobisomem de Feira de Santana", o escritor Fernando Ramos coloca o povo de Feira de Santana como protagonista do romance, que se passa em 1945, sendo ele próprio um dos personagens, Fernando Espírio, assim como sua irmã, Hortênsia Ramos, a Hortencinha das Tranças.
No round (capítulo) 14, está contido: "Dizem que Fernando Espírito tem esse apelido dado pelo inquieto estudante João Macêdo (botador de apelido), porque o pai era espírita, acomodando pessoas numa sala, incluindo o coletor Maneca Ferreira, em sessões noturnas. O filho, com 13 anos, nem queria saber de sessões, mediunidades, tempestuosos perturbados. (...). Fernando recebeu o apelido de Raimundo Cordeiro, na Escola João Florêncio, do curso primário, que dizia ser ele "o Espírito de Will Eisner, espetacular desenho americano das histórias em quadrinhos".
Prêmio literário da Secretaria de Educação e Cultura do Estado da Bahia, Prêmio Jorge Amado, ano 1968, "Os Enforcados", foi editado em 1970. O escritor baiano (de Itajuípe) Adonias Filho (1915-1990), um dos participantes da comissão julgadora, considerou (como está na contra-capa do livro): "Este romance é de alta qualidade literária, e há muito tempo não vejo obra de tão grande valor".
Na apresentação de "Os Enforcados", o autor Fernando Ramos diz: "Este romance com protagonistas fictícios se passa em Santa Brígida e localidades circunvizinhas ao Nordeste da Bahia, onde cavalgaram Lampião e seus cangaceiros. A ação decorre de 2 de setembro a 7 de outubro de 1966 (Santa Brígida não tinha ainda luz elétrica), obedecendo a um tempo cronológico e a uma coincidência de fatos, na caatinga".
Ele finaliza a apresentação, afirmando: "Antes de tudo, é um romance dramático e irreal num ambiente real".
Tem verbetes inclusos no Dicionário Aurélio. Está registrado na "História Crítica da Literatura Brasileira: A Nova Literatura”, do romancista piauiense Assis Brasil, Companhia Editora Americana do Rio de Janeiro, 1970.
Em 1969, seu romance "O Demônio" recebeu o Prêmio Jorge Amado, do Governo da Bahia. Em 1996, lançou o romance "Uauá, Glória, Tramas e Pistoleiros", pela Editora BDA Bahia. Na revista "Sertão", em 1955, com seleção de Olney São Paulo, teve o conto "O Clunâmbulo de Monte Santo" publicado.
Em 1969, participou da antologia "Doze Contistas da Bahia", com seleção e introdução de Antônio Olinto, pela Editora Record. Em 1978, participou da antologia "Dezoito Contistas Baianos", edição da Prefeitura da Cidade do Salvador.
Fernando Ramos também foi ator - fez um "homem sinistro" - no primeiro filme feirense e do interior da Bahia, o curta-metragem "Um Crime na Rua", realizado em 1955, por Olney São Paulo. Também atuou como assistente de direção deste filme e de "Grito da Terra", em 1964, primeiro longa-metragem de Olney São Paulo.
Fernando Ramos foi ainda um dos fundadores da Associação Cultural Filinto Bastos, em 1956, junto com Olney, que contava que ele "saía se escondendo (das reuniões) para comer 'passarinha' com pimenta". Nessa época, ele chamava Olney para contar uma idéia de um romance, "O Chamado das Longínquas Caatingas", que mais tarde virou conto e que ele esperava virar filme. Tempo também em que se reuniam em noites de prosas, contando sonhos e projetos, em um bar em frente do prédio da Prefeitura.
Quando o jornalista Dimas Oliveira editava o jornal "Feira Hoje", entre 1992 e 1993, publicou capítulos do livro (ainda inédito) "Meu Nome É Vargas", escrito em 1982 em folhetim.
No capítulo 177 (publicado no "Feira Hoje" em 7 de fevereiro de 1993), o romancista trata sobre o Cine Santana e faz referência aos "cinéfilos Dimas Oliveira e José Elmano Portugal":
"(...) Relampeou que dávamos atenção a filme de segunda, ele (José Elmano) precipitava a visão para os de primeira, para a magia do claro-escuro: Otelo, O Gabinete do Dr. Caligari. Nada de Charlie Chan. Gostava do filmaço moderno 2001: Uma Odisséia no Espaço, e da atmosfera irreal da imagem conjugada com o monólogo interior: Hamlet. No entanto, Dimas Oliveira, grande entendido, se internava no Cidadão Kane de Welles, o maior filme, com que a montagem galopou bem".No capítulo 224 (publicado em 4 de abril de 1993) , outra referência a Dimas Oliveira:
"A luz cega-me os olhos, me magnetiza, quando tento decifrar palimpsesto da Idade Média, pertencente ao metteur-en-scène Dimas Oliveira, o maior conhecedor da sintaxe do filme de arte desta cidade. Execro luz forte, que atrai mariposas. Prefiro o abajur de luz fraca ao escrever, como este aqui. (...)".
Quando Fernando Lysesfrank Sousa Ramos ainda morava em Feira de Santana - estava residindo em Salvador -, tinha muito contato com ele, em encontros no casarão da família, na então praça da Matriz, hoje praça Monsenhor Renato de Andrade Galvão, para falar de Feira de Santana, literatura e cinema - gostava muito ("Não sei o que seria de minha infância se não fosse o Cine Santana. Ele foi tudo para mim. Eu não tinha para onde ir").
Fernando faleceu em falecido no dia 23 de março de 2008, com 76 anos.


Fonte: a principal parte deste perfil, foi publicado no "Blog Demais", 23 de junho de 2017, Dimas Oliveira, 


ANIVERSÁRIO DE ANA

Comemorando data de nascimento a santanopolitana, do signo de Gêmeos, sob proteção de Ibejis, Ana Maria de Oliveira. 
Desejo que seu aniversário lhe traga uma felicidade imensa e que você possa realizar todos seus desejos nessa nova etapa de vida. Parabéns!

segunda-feira, 25 de maio de 2020

ANIVERSÁRIO DE ELY



À aniversariante a santanopolitana, do signo de Gêmeos, sob proteção de Ibejis, Ely Motta. Parabéns!
Feliz aniversário!
Que o sol, a lua e as estrelas brilhem mais vezes por ti.

HISTÓRICO DA AV. GETÚLIO VARGAS V

Evandro J.S Oliveira
Feira de Santana sempre foi parcimoniosa em cavoucar (epa), sua história e estória. Mas recentemente tem havido uma reversão destas atitudes. Algumas boas publicações, produzidas pela UEFS; "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino; Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana, recentemente “Memorial da Feira” e tantos outros... Também vários historiadores, pesquisadores, e pessoas que viveram ou tinham conhecimento de eventos antigos, os quais não citarei para não cometer o pecado de esquecimento. Mas, listarei os que colaboraram no esclarecimento de detalhes importantes, principalmente do casarão cemitério e capela; como Amorim, Carlos Brito, Clovis Ramayana, Cleber UEFS CEDOC,
que viveram e ou sabem de acontecimentos de antes em nossa região. A democratização da mídia, com o surgimento da informática, propiciou milhares de informações, nos Blogs, Face, WhatsApp, Instagram...
Foto 1 - Capela, cemitério e casarão
Vendo uma postagem sobre a criação da av. Getúlio Vargas, houve dúvidas sobre quem fez o empreendimento do casarão, cemitério e capela (foto 1). Brito achou o documento que se fez o desmanche destas propriedades, para a abertura da av. Maria Quitéria, hoje av. Getúlio Vargas, como já postada anteriormente.
Destrinchamos não só este casarão como também outros dois, faltando apenas confirmar a casa construída por Carlos Valadares - ex-prefeito de Feira de Santana e primeiro feirense governador da Bahia – onde hoje é um edifício de apartamento vizinho a Prefeitura. Então vamos aos esclarecimentos:

         Igreja Senhor dos Passos –Sua capela primitiva data de 1850. Foi construída por Felipe Pedreira de Cerqueira para culto doméstico de sua família com a permissão do Arcebispado da Bahia. Quando o casal imperial Dom Pedro e D. Tereza Cristina esteve em Feira de Santana fez-lhe uma visita. Mais tarde ela passou a pertencer à Paróquia de Sant’Ana. Em 1921, sob a administração do coronel Francisco de Macedo, foi iniciada a construção do novo templo (notícia da pedra fundamental, ao lado), o atual, cuja inauguração se deu em 1936, sem as torres (Foto 2 ) que foram construídas e 
         

Foto 2 - Igreja Senhor dos Passos em construção
inauguradas depois. Em estilo neogótico. No interior em escariole e na parte externa uma mistura de vidro e cimento o que dá a ela um brilho único. Com reformas, esse revestimento foi retirado.
Esta narrativa é o senso comum. 
. Acredito que João Pedreira de Cerqueira não tenha como ter construído a citada casa. 
 Não se constrói a capela para depois se construir a casa.
Esta casa foi construída por Felipe Pedreira de Cerqueira. (Brito)


Foto 3 - Casarão, foi Câmara, Prefeitura,
 Biblioteca,"Filarmônica Euterpe".

Comendador Felipe Pedreira de Cerqueira, primo do Coronel Joaquim Pedreira de Cerqueira, que era pai do João Pedreira, que foi o construtor do sobrado em frente à igreja Sr. dos Passos (Foto 3).

Quem edificou o casarão para receber o imperador, em 1859, foi o Coronel Joaquim Pedreira, e não o seu filho, este só veio a herdar o imóvel por morte de seu pai em 1873 (Foto 4). 

Foto 4 - Casarão que foi comprado para ser
 Hospital D. Pedro, nome em homenagem ao
Imperador que contribuiu com 2 contos de réis.
O Casarão custou vinte contos, barato na época
Casarão este que não ficou pronto a tempo de receber suas augustas majestades, razão pela qual o casal imperial ficou hospedado na casa do Coronel, onde hoje é o prédio Centro Comercial Mandacaru (foto 5).
Foto 5  Casarão que foi de Georgina Erismann
Libânia Pedreira Gomes Pereira, filha de Joaquim Pedreira de Cerqueira Júnior e dona Adelaide Edeltrudes Bacelar Pedreira, neta, portanto, do Coronel Joaquim Pedreira, e que foi casada com o Doutor Gabriel Gomes Pereira, esse que realmente deixou uma biblioteca riquíssima quando morreu. Tiveram apenas uma filha que se casou e teve apenas um filho. Libânia deixou a casa que herdou do seu pai (e que tinha sido do seu avô), em testamento para seus parentes pelo lado materno, razão pela qual esta casa veio a pertencer a Georgina Erisman, filha de Leolinda, prima carnal da Libânia.



Ler também:
História da av. Getúlio Vargas IV
História da av. Getúlio Vargas III
História da av. Getúlio Vargas II
História da av. Getúlio Vargas I

domingo, 24 de maio de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 24/05



“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo.


1866 - Morre heroicamente na batalha de Tuiuty, o bravo feirense capitão Augusto Cesar Guimarães.

1919 - Conferência da prof. Amélia Britto no Grêmio Rio Branco sobre o Descobrimento do Brasil.

PERFIL DE ANA MARIA OLIVEIRA


ANA MARIA OLIVEIRA

Nasceu em Feira de Santana, no dia 26 de maio de 1931. Filha de Armando Oliveira e da Profª Edelvira de Oliveira, Delegada Escolar e Diretora do Colégio Santanópolis em Feira de Santana.
Em 1946, estudou no Colégio Santanópolis, cursou o ginásio, o 1º cintífico e Contabilidade, de propriedade da família, que foi uma referência na educação de Feira de Santana.
Fez o curso Pedagógico na Escola Normal, formando-se na turma de 1948.
Tem graduação em Licenciatura em Letras Neolatinas, pela Universidade Federal da Bahia, concluindo em 1952. Nesta mesma Universidade fez Mestrado em Educação, no ano de 1977.
Exerceu o cargo de professora de Io e 2o Graus no Colégio Santanópolis (1953-1960), lecionando Português, Francês e Latim. Período em que Prof.a Ana Maria foi minha professora de Francês, com quem aprendi o gosto por línguas estrangeiras.
Ensinou Francês no Colégio Estadual de Feira de Santana, entre 1955 a 1967.
Transferiu sua residência para Salvador e lecionou no Colégio Estadual da Bahia (Colégio Central) Francês, Espanhol e Italiano (1968-1975).
Trabalhou também no Centro Interescolar Estadual de Nazaré, onde ensinou Francês de 1976 a 1979.
Ensinou na Universidade Federal da Bahia (UFBA), francês.
Ensinou na Universidade Estadual de Feira de Santana (UFBA), francês.
Foi Conselheira de Educação do Estado da Bahia 1987-1991.


sábado, 23 de maio de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 23/05


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo.

1919Falecimento do conhecido industrial pham. Agrário Barbosa de Carvalho.

AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO GINÁSIO SANTANÓPOLIS



Aula de Educação Física. Na época, 1934 todos os ginásios tinham a obrigatoriedade orientada para o militarismo. A trave maior era para subir em cordas, no fim da década de 40 e cinquenta ainda existia este equipamento, era de feita de trilhos, mas não se usava mais para aulas. A trave do meio, já não existia em 1950 e a barra ao fundo continuava intacta até 1965, mas não tinha mais uso. Eu conhecia desde 1945, não alcancei a trave do meio. 


ANIVERSÁRIO DE MÉRCIA E NEUZA


Aniversaria hoje as santanopolitanas, do signo de Gêmeos, sob proteção de Ibejis, Mércia de Araújo Costa e Neuza Maria Sampaio dos Santos. 
A vida é um milhão de novos começos movidos pelo desafio sempre novo de viver e fazer todo sonho brilhar. Feliz Aniversário!


sexta-feira, 22 de maio de 2020

GUEDES DE BRITO E AS TERRAS DE ITAPOROROCAS


MILTON PEREIRA DE BRITTO, advogado,filósofo, escritor, poeta, músico, cantor, membro do IHGS, AFL, ACAFSA, ARLJFSA, Comendador da Ordem de Mérito de Feira de Santana



Antônio Guedes de Brito nasceu em Salvador em 13 de fevereiro de 1627 tendo falecido em Morro do Chapéu em 1692 ou 1695 (não se sabendo ao certo a data), e, segundo alguns historiadores, o seu falecimento se deu em campanha pelo sertão da Bahia, talvez nas imediações de Morro do Chapéu, acompanhado de inúmeros capangas, combatendo e expulsando grileiros e índios que ocupavam as suas terras.
Vale destacar que Antônio Guedes de Brito foi um mestre de campo, Governador Interino na Bahia, Juiz Ordinário mais velho da Junta Govemativa, Provedor da Santa Casa de Misericórdia em 1663, Cavaleiro da Ordem de Cristo, rico fazendeiro sendo um dos homens de grande projeção da Bahia seiscentista e o maior proprietário de terras, depois de Garcia D’Ávila, podendo-se dizer que o sertão da Bahia pertencia praticamente a essas duas famílias.
Dentre as terras recebidas por Antonio Guedes de Brito tem-se a “Sesmaria dos Tocós”, recebidas por doação à sua mãe Maria Guedes, às suas tias Ana Guedes e Sebastiana de Brito, ao seu tio Padre Manoel Guedes Lobo, pelo então Governador Geral Dom Diogo de Menezes por Carta 14 de dezembro de 1612.
Na mesma região dos Tocós, recebeu em doação doze léguas em quadra por Carta de 02 de março de 1655 e outra área de terra entre os rios Jacuípe e Itapicurú, sendo que parte das terras dos Tocós correspondia aos campos das Itapororocas. e, somente, decorridos alguns anos, as vendeu para João Lobo Mesquita, que as vendeu para.
João Peixoto Viegas, e este as teve confirmadas por Carta de 09 de julho de 1653 e ainda por Carta de 10 de abril de 1655.
Alguns historiadores registram que mesmo antes do século XVII as terras do sertão baiano, que inclui as terras onde hoje ocupa o Município de Feira de Santana que teve início em São José das Itapororocas, atual Distrito de Maria Quitéria e adjacências, pertenceram ao sesmeiro Antonio Guedes de Brito, filho de Antonio de Brito Correia e de Maria Guedes, descendentes do célebre Diogo Alves Correia o “Caramurú” pela linha paterna e ao sesmeiro Francisco Dias D’Ávila que transmitiu por herança a Garcia D’Ávila Pereira. Tais sesmarias foram denominadas - CASA DA TORRE, com duzentas e sessenta léguas, representada por Francisco Dias D’Ávila herdeiro do Iº Garcia D’Ávila que viera para a Bahia com o primeiro Governador Geral do Brasil Tomé de Souza, e seu herdeiro Garcia D’Ávila Pereira e a CASA DA PONTE, com cento e sessenta léguas representada por Antônio Guedes de Brito.
Desta forma, não se pode negar a importância da presença de Antonio Guedes de Brito por estas terras, inclusive por ter sido ele considerado o segundo maior sesmeiro da Bahia e do Brasil, tendo atuado no domínio das terras dos sertões baianos, ora como desbravador, mesmo considerando o domínio sobre os povos indígenas e negros escravos, que embora tenha sido uma página negra na nossa história, era o que se vivia naqueles idos como
parte da conquista e exploração das terras brasileiras sob o comando português.

Brasão da família Brito
Pesquisando as origens mais remotas de Guedes de Brito encontramos no ano de 1033 a presença do Dom Hero de Brito, Senhor de muitas Herdades em Oliveira, Carrazedo e Subilhões, todas situadas entre o Rio Ave e Portela dos Leitões, muito rica Região, onde se encontra o Solar dos Brito, fundador do Mosteiro de Oliveira, Conselheiro do Rei de Castela e Leão, Dom Afonso VI e por este foi feito Par do Reino sendo-lhe concedido o seu Brasão de Armas em 1072.

Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana nº 16 



Filme do Santanopolis dos anos 60