Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

VIDA FEIRENSE, NOS TEMPOS IDOS

 “FOLHA DO NORTE” EDIÇÃO DE 28 DE AGOSTO DE 1943.
 NO DIA 28 DE AGÔSTO DOS ANOS ABAIXO


Estamos lançando esta série, começando com a data acima, pela importância histórica. Com o correr dos dias esperamos sincronizar com a data do Blog.

1700 — Embarca para Lisbôa d. João Franco de Oliveira, 4º arcebispo da Baia, que vai tomar posse da igreja episcopal de osse da igreja episcopal de Miranda, para onde !ol removido.
D. João Franco visitou o sertão, administrando o sacramento da confirmação a mais de 40.000 almas (Fulviano, Ephemerides Nacionaes) e, “conhecendo ocu­larmente, por essa visita, a ex­tensão da freguezia de Santo Antonío da Jacobina, separou della os curatos de N. Sra. do Bomsuccesso, e Santo Antonio do Pambú. e erígio em paro­quias os lugares da Madre de Deos da Corurupeba, S. Gonçalo da Villla do S. Francisco, N. S. do Rosário da villa de Cachoeira, S. Domingos de Saubara, S. José das Itupororocas, N. Sra. de Nazareth de Itapicuru de cima, Santo Luzia do Pagui, S. Gonçalo do rio de Sergipe del-rei, e a de Santo Antonio e Almas de Itabaiana (Acioli, «Memórias Históricas».)
A criação desta freguezia, com séde na matriz de São José das Itapororoca, fe-la d. João Franco era 1696.
1768—No arraial de São José, séde desta freguezia, Maria Ma­dalena de Sé e Melo, «senhora e administradora» de uma sorte de terras pertencente ao patri­mónio da capela de São Fran­cisco Xavier, que se erigiu «collateral na igreja matriz», também sob sua administração, faz lavrar «escrito de venda», ao vigário licenciado Miguel B. da Cunha, da aludida sorte do terras. Esta pertenceu ao pai da vendedora. Francisco de Sá Peixoto, dividindo-se com «ter­ras do Vinculo do Morgado que instituirão seus avós». João Pei­xoto Viegas e Joana de Sá Pei­xoto. terras igualmente sob sua administração;

1840—Chega ao porto da Baía onde se demorará muitos dias o príncipe de Joinville, chefe da expedição francesa que, por influencia de Thiers, o rei Luis Felipe consentiu em mandar a Santa Helena para recolher os restos mortais do Napoleão 1.
O príncipe de Joinville visitará algumas localidades do  reconcavo e do interior baiano inclusive esta vila.

1844 - 0 dr. Francisco Olegario Rodrigues Vaz. juiz municipal e delegado de Santo Amaro, empenhado na organização de feiras semanais naquela cidade dirige ura oficio ao seu colega deste termo, solicitando-lhe o concurso para esse fim.

1847 - A camara munlcipal desta vila agradece ao cons. presidente da província a comunicação oficial do «Nascimento de uma Princesa que Sua Majestade a Imperatriz deo á luz em 13 do p. p.» e acrescenta que imediatamente se publicou o fato «para sciencia de todos os Munícipes e para as demonstrações de regosijo, fazendo-se illuminar a Casa das Sessões».

1859 - Falece Manoel José de Freitas, proprietário da fazenda «Saco do Limão».

1864 - E’ promotor publico e curador geral dos orfãos nesta cornarca o bacharel Antonio Aidano Gonçalves de Almeida. E’ solicitador dos resíduos o cidadão Inácio José F. Sarmento.

1866 - Terça-feira. O comercio da vila ainda apresenta sensível movimento, do que o povo chama «restos de feira».

1870 - Domingo. Grande afluencia de fieis ã missa na matriz desta freguezia.

1880 - Falece o prof. Joaquim Alves de Lima Júnior, regente da escola publica de Bento Simões, desta comarca.

1881 — Chega a esta cidade o «Diario da Bahia», que estampou, na capital da provincia, datado de 25, o manifesto do conselho geral do Partido Liberal, cuja primeira assinatura é do dr. José Luis de Almeida Couto.

1882 - Decorre animada a feira semanal nesta cidade.

1886 — Procede-se à apuração geral das eleições realizadas, para cinco vereadores, em 2º escrutinio, nas diferentes paroquias deste município, com o seguinte resultado: cap. Joaquim Antonio Simões 76 votos, cap. Joviniano José de Cerqueira 65, Alfredo Carneiro da Silva 58 e em separado, Hermilo Alves Carneiro 25, Francisco Urbino da Costa 20. Miguel Ribeiro de Oliveira 1. Anula-se a eleição de Humildes e em consequência. o quociente eleitoral, sendo, por Isso, considerados eleitos em 1º escrutínio os srs. cap. Silvino Prudente de Jesus, dr. Joaquim dos Remedios Monteiro, Estanislau Alves Barreto. Hermilo Alves Carneiro. Antonio Ferreira da Sllva e advogado Miguel Ribeiro de Oliveira. Consiaderam-se eleitos em 2º escrutínio Joaquim Antonio Simões. Joviniano José de Cerqueira e Alfredo Carneiro da Sillva.

1889 — Noticia-se a camara municipal vai «prolongar a rua Almirante Barroso[1] e transforma-la em uma larga e longa avenida», coadjuvando-a, em vista da escassez dos seus recursos, o «Jockey Club Felrense» cujo hipodromo é ali situado.

— Edição n. 18 d’«A Epoca».

— Lei provincial n. 2.735 isenta da decima urbana a casa pertencente ao património da matriz desta freguezia.

1890 — Toma assento no conselho municipal o cel. José Pedro de São Leão, nomeado para preencher, ali, a vaga aberta com a nomeação do cel. José Freire de Lima para intendente.

1891 - Na imprensa local o cel. Antonio Alves de Freitas Borja reclama contra o cerco da tua fazenda “Candeal” e violências ali cometidas pela tropa que a cercou.

1892 — Às 7 hs. da manhã, quando parte desta cidade, o trem regular da «Central», no lugar denominado Olhos d’Agua, a locomotiva alcança duas rezes que atravessavam a linha. Por milagre não se registou um descarrllamento.

     Noticia a imprensa local que na vizinha cidade de Santo Amaro «o sr. Julio de Lima Valverde tem fabricado pão de mandioca, o qual tem tido muita acceitação.

— O dr. José Carlos Junqueira Aires de Almeida assume o cargo de juiz preparador deste termo.

— Informa «O Município» que. por um calculo feito agora pela seção de estatística da secretaria do governo, tendo-se tomado por base o recenseamento de 1872. consta a população deste Estado, presentemente, de 1.870.099 almas.

1893 — Já octogenário, falece nesta cidade Francisco José da Costa e Almeida Pedra (Chiquinho Forrel).
Seminarista, na mocidade, deixou os estudos para se alistar nas fileiras do exercito. E quando se declarou a guerra do Paraguai, ainda luton e foi ferido nos campos do sul.

- A preços entre 65 e 85 mil réis, são expostas à venda, nesta cidade, 1010 cabeças de gado bovino.

1896 — Prorroga-se o prazo para a construção do ramal que ligará esta cidade á E. de F. do São Francisco.

1898 — Circula a edição n. 98 do semanario «O Propulsor».

1903—Enterramento, no cemiterio local, de Domingos José de Souza.

1904 - Edição n. 105 d’ s. “O Propulsor”.

— Espetáculo do “Grémio DramaticoTaborda”. no teatro local com o drama Uma vitima e a comedia Tentativa de rapto matutino.

1908 - Falecida aos cem anos, sepulta-se no cemiterio local Juliana, natural desta cidade.

1909 — Circula a edição d'«O Propulsor» n. 601.

1910 — Publica-se a edlção n 50 da «Folha do Norte».

1915 - É publicada, sob n. 256 mais uma edição da «Folha do Norte».

1919 -Enterramento, As 16 hs . de Luis de Verney Campelo, primeiro gerente da agencia do Banco do Brasil nesta cidade.

1920 — Noticia a «Folha do Norte»:
O sr. Cel. Intendente municipal vai, em breve dias, submetter à apreciação do respectivo concelho uma exposição de motivos, relativo à construção de um edifício amplo e de typo moderno, que será destinado à edilidade, bem como à abertura definitiva da grande avenida, em seguimento à praça da João Pedreira, que medirá a mesma largura desta e de futuro attingirá a estrada das boiadas.
Consideramos o plano de alta concepção[2].

1932 — A bordo do  «Masilia», em viagem para o Brasil, onde vinha assistir As festas comerativas do primeiro centenário da independencia. é acometido do súbito mal, A hora do jantar, e falece, em poucos instantes. reclinado ao hombro de d. Maria Pia, viuva do príncipe d. Luis, o Conde d’Eu. viuvo da princêsa d. Isabel O Conde d’Eu visitou esta cidade em 1889.

1926—«Folha do Norte» n. 894.

1933 — Publica-so a edição n. 257 da «Folha da Feira».

— Após a visita que faz à feira de gado, o dr. Getullo Vargas, chefe do governo provisorio, acompanhado de numerosa comitiva, segue desta cidade para Santo Amaro, de automovel.

1934 - No concelho consultivo do município a comissão de que é relator o sr. Manoel Matias de Azevedo assina parecer favoravel à proposta da prefeitura para o ornamento de 1935 e manda seja ela remetida ao poder competente para a necessária aprovação.

1937 — Telegramas aqui recebidos informam ter sido ouvida nitidamente, em varios pontos do paiz, a irradiação do grande comício realizado nesta cidade, na noite de 26. na praça de Sant’Ana. em favor da candidatura do sr. José Américo do Almeida A presidência da Republica.

— Edição n. 1568 da «Folha do Norte».

1939 - Decreto n. 17 da profeitura municipal considera de utilidade publica os terrenos situados a leste da cidade, opós a rua Barão de Cotegipe.

1942 — São gerais as reclamações, contra o fato de permanecer, ha dias, estenida num dos passeios do Mercado Municipal, à rua Bejamin Constant, uma pobre mulher doente.



[1] Antiga ABC, hoje av. Sampaio
[2]  Abertura da av. Maria Quitéria, hoje Getúlio Vargas, e construção da Prefeitura Municipal.

domingo, 30 de agosto de 2020

NAIR DE TEFÉ, UMA SINGULAR PRIMEIRA-DAMA

Nair de Tefé

CONSUELO PONDÉ DE SENA

Presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia Membro da Academia de Letras da Bahia

“A única coisa que gosta da cozinha é a comida”  - Nair de Teffé






Na galeria das primeiras damas do País, uma se destaca pela ousadia e irreverência - Nair de Tefé, a primeira caricaturista brasileira.
Filha do almirante Antônio Luis Von Ploonholtz e de D. Maria Luísa Dodsworth, Nair de Tefé nasceu a 10 de junho de 1886 à rua Mata - Cavalos, hoje Riachuelo, em prédio demolido durante a administração do prefeito Pereira Passos. Era seu pai prestigiosa figura do Império que, pelos relevantes serviços prestados à pátria, recebeu o título de Barão de Tefé. Sua mãe, Maria Luiza, era a caçula do casal Jorge-Maria Leocádia Dodsworth, ele um escocês inteligente e culto, que havia se radicado no Rio de Janeiro, logo após a independência.

Com, apenas, um ano e meio de idade Nair viajou com os pais para a França. Muito viva e graciosa, chamava atenção de tantos quantos a observavam. A medida em que se desenvolvia, mais interessante se tornava, encantando as pessoas das relações dos Tefés que proclamavam, alto e bom som, seus indiscutíveis e inúmeros atrativos.

Aos sete anos revelou o seu talento para a caricatura ao desenhar madame Carrière, amiga de sua mãe, de quem queria vingar-se por ter que abandonar suas bonecas, seus livros de história, e seus lápis, toda vez que aquela senhora visitava sua família, visto que sempre revelava gostar muito da menina. Foi naquela oportunidade que Nair manifestou seu talento para a caricatura.
Seis meses depois dessa proeza, iniciava os estudos na Fidèle Compagne de Jesus, em Nice, onde permaneceu até os nove anos de idade, quando a matricularam no colégio 'Sainte Ursule' dirigido por piedosas freiras. Ali aconteceu outro fato marcante de sua vida. Foi quando fez a caricatura da professora, tendo o desenho passado de mão em mão até chegar às mãos da caricaturada, o que lhe custou o isolamento num quarto escuro e um dia inteiro sem qualquer espécie de refeição.

Apesar de a caricatura ser para ela um atrativo irresistível, Nair se aplicava, com interesse, ao estudo dos idiomas, à música, à história natural, às ciências físicas, tudo em obediência aos desejos paternos. Mal havia completado quinze anos, já apresentava o traço de caricaturista-vigoroso, pessoal e irreverente. Além disso, possuía o segredo de descobrir nas pessoas o traço cómico da máscara ou das atitudes
.
Caricatura de autoria de
Nair de Tefé, assinado com
 o pseudônimo de Rian


Tão fortemente se impressionou o Barão de Tefé com a vocação da filha que, em 1901, conduziu-a à professora de pintura, Louise Laumot, pedindo-lhe que aproveitasse melhor o seu talento. Com aquela mestra aprendeu Naira pintura, a ponto de produzir sugestivos óleos. Em 1905, passou a estudar na Academia Julian, nas proximidades dos Campos Elisios, não lhe arrefecendo, contudo, o entusiasmo inato da exímia caricaturista que era.


Aos dezenove anos Nair desabrochou. Mulher culta, que falava corretamente vários idiomas estrangeiros, sabia sentar-se ao piano e interpretar clássicos, declamava, com muita graça e personalidade e conversava sobre vários assuntos com muito talento e vivacidade
Com efeito, bastava ver qualquer pessoa uma só vez para representá-la caricaturalmente no papel. Em Lausanne traçou a caricatura da rainha Olga, da Grécia e do seu filho; em Paris as dos marqueses de Arcicollar e o conde Penemacor, da Espanha, trabalhos que foram apreciados o aprovados por famosos artistas europeus.

Era uma bela mulher: Rosto de boneca, com seus cabelos louros, bouclés de modo bizarro, com os olhos de faiança azul, com sua cútis de finíssimo biscuit, conforme foi descrita na revista Fon Fon.

Ao regressar ao Brasil, no apogeu da sua mocidade e beleza, passou a divulgar seus "portrait-charges", que se tornaram famosos no Rio de Janeiro, assinando-os sob o pseudónimo de Rian, trabalhos que a tornaram conhecida de todos. Com efeito, seus estudos expostos na vitrine da Chapeiam Watson, na Av. Rio Branco, esquina com Ouvidor, atraíram a atenção do tantos quantos por ali passavam.

Ao mesmo tempo, passou Nair a participar das reuniões elegantes, do Rio e de Petrópolis, das festas de caridade, em cujas ocasiões declamava e cantava com graça e talento, impondo-se à admiração dos assistentes.

Em 8 de dezembro de 1913, casa-se com o circunspecto presidente da República, Mal. Hermes da Fonseca, viúvo de D. Orsina da Fonseca, que contava 58 anos de idade, enquanto a noiva tinha apenas 28 anos. Além de viúvo, possuía o presidente sete filhos nascidos do primeiro matrimônio, que não lhe aprovaram o casamento com apenas um ano de viuvez, motivo pelo qual não compareceram às ruidosas bodas do pai.

O comentado romance com o presidente fora objeto de muitas críticas, não só pela diferença de idade, dos consortes, mas pelo fato de ser a noiva alta, bonita e exuberante, enquanto o noivo era baixinho, calvo e bigodudo.


Consta que para "amansar" o marido, Nair procurou adotar comportamento mais discreto, compatível com sua posição de primeira-dama, chegando inclusive, a renunciar a arte da caricatura. Recolhendo-se à vida palaciana, ficou na história do Palácio do Catete como cuidadosa e eficiente dona de casa, além de uma dama desembaraçada e possuidora de singular presença de espírito.

Favorecida por forte personalidade e singular desenvoltura, possuía a bela jovem inflexível capacidade de decisão. Tão destemida que embora sabendo que iria enfrentar os comentários da sociedade da época, abriu as portas do Palácio do Catete, sede do governo federal, para que, num dos seus salões fosse executado o "maxixe", ritmo marginal àquela época, possibilitando ainda fosse soado o Cortajaca, lançado pela não menos irreverente compositora, Chiquinha Gonzaga
.
Vale mencionar que, consoante definição do folclorista Câmara Cascudo, corta-jaca é uma "dança ginástica", solta, com coreografia individual como nos frevos do Recife. Dançavam-na no Rio de Janeiro, Bahia, etc. Segundo o mesmo autor, denominou também, "uma espécie de tanguinho", composto por Chiquinha Gonzaga, em 1897, que teria sido dançado em todo o país por mais de uma dezena de anos.

Contra tal fato também se posicionou o Cardeal Arcoverde, chefe da Igreja Católica na capital da República, em janeiro de 1914. Este arcebispo do Rio de Janeiro considerava o maxixe uma dança altamente licenciosa e sensual, além de sugerir o próprio ato amoroso. Todavia, a conhecida irreverência carioca deu ao fato um tratamento compatível com o espírito gozador daquela gente, divertindo-se com o espírito jovem e avançado da primeira dama.

Indignado com tal situação, o baiano Rui Barbosa, senador da República que, em 1910, perdera a disputa presidencial para o marido de Nair de Tefé, verberou contra o episódio em indignado discurso pronunciado no Senado: (...) "aqueles que deveriam dar ao país o exemplo das maneiras mais distintas e dos costumes mais reservados elevaram o corta-jaca à altura de uma instituição social. Mas o corta-jaca de que eu ouvia falar há muito tempo, que vem a ser ele, Sr. Presidente? A mais baixa, a mais chula, a mais grosseira de todas as danças selvagens, a irmã gêmea do batuque, do cateretê e do samba'.

Desabrisada, reagiu Nair de Tefé com menoscabo à crítica do ilustre baiano, divulgando impiedosa caricatura de Rui.

"Certas mocinhas" retrucou o grande baiano, "se divertem fazendo gracejos à custa de homens sérios".

Nair não se melindrou com aquele desabafo, pois, era pouco mais que uma trêfega adolescente quando seus desenhos passaram a circular na imprensa carioca e parisiense, sob o pseudónimo de Rian - Nair ao contrário, mas também alusão ao verbo rir.

Por isso, gostava de narrar suas peraltices nos salões da sociedade carioca, onde algumas damas dela se afastavam receosas de serem caricaturizadas.

Além do temperamento, a educação liberal recebida em casa de seus pais, o Almirante Antônio Luís Von Hoonholtz e Maria Louise Dodworth, gente de mentalidade superaberta, contribuíra para o seu desembaraço, incomum àquela época, temporada passada na Bélgica, na Itália e na França, onde chegara bebé e vivera até os 17 anos.

Findo o mandato do Mal. Hermes, em 15 de novembro de D M, foi ele eleito senador pelo Rio Grande do Sul, seu Estado Natal, cargo que renunciou por não lhe interessar manter-se no País. O casal retirou-se para a Europa, de onde regressou ao Brasil a 4 de novembro de 1920. Ao retomar ao Brasil, envolveu-se, o Marechal, na política, sendo responsabilizado pela situação criada em Pernambuco. Fechado o Clube Militar que ele presidia, foi recolhido à prisão como responsável por esses tumultos e pela Revolta de 5 de julho em Copacabana e no Realengo. Denunciado e pronunciado pela justiça, a voltou para sua casa em Petrópolis onde faleceu em 1923.

Embora contasse 51 anos, Nair permaneceu viúva até o fim da vida, "fiel" à memória do esposo inesquecido, a quem se referia sempre como "o marechal".

Aliás, no tempo em que o violão não ora escutado em ambientes requintados, sendo o instrumento associado a boémia plebeia, ela própria, Nair de Tefé, dedilhava o seu instrumento, para espanto o comentário malicioso da sociedade do Rio de Janeiro.

Mulher de têmpera, dominava o marido, tido o havido como intransigente. Tão rigoroso que, em 1907, como Ministro da Guerra do governo Afonso Pena, proibira que as bandas militares tocassem o maxixe.

Tendo exercido o poder de 1910 a 1914, Hermes da Fonseca foi, certamente, o mais ridicularizado de todos os governantes do País, vítima das chacotas da opinião pública e da imprensa brasileira, conforme amplo anedotário sobre a sua pessoa, apelidado de Dudu, a quem se atribuía azar ou urucubaca.

Câmara Cascudo em seu Dicionário Folclore Brasileiro assevera que o termo urucubaca, com tais sentidos, teria surgido precisamente em 1914, no Rio de Janeiro, quando Hermes da Fonseca concluiu o seu governo, sendo-lhe aplicado para escarnecê-lo.

A partir do casamento com o presidente da República a vida daquela fascinante dama foi muito agitada não lhe faltando energia para atender aos inúmeros compromissos sociais.

Entretanto, esse fato, como talvez tantos outros, inofensivos e ingénuos, deu margem a um sem número de críticas e comentários maliciosos. De igual modo, os passeios a cavalo - o esporte de sua preferência - eram censurados com malícia. A irreverência dos caricaturistas não a poupou nem ao Marechal que, superiormente, jamais tomou qualquer atitude contra eles, nem deles se queixou publicamente.

Eleito senador pelo Rio Grande do Sul, seu estado Natal, o Mal. Hermes renunciou ao mandato, em 15 de novembro de 1914.
O casal retirou-se para a Europa, de onde regressou após permanência de cinco anos, chegando ao Brasil a 4 de novembro de 1920. O Marechal, contudo, envolveu-se, mais uma vez, na política, sendo responsabilizado pela situação criada em Pernambuco. Fecharam-lhe o Clube Militar, do qual era presidente, e recolheram-no à prisão como responsável por esses tumultos e pela Revolta de 5 de julho em Copacabana e no Realengo. Denunciado e pronunciado pela justiça, pouco tempo teria de vida. Ao deixar a prisão, voltou para a casa de Petrópolis, onde veio a falecer em 10 de setembro de 1923. Nair de Tefé contava então 37 anos de idade; tendo permanecido viúva até o fim da vida, 'fiel' à memória do esposo querido, a quem se referia sempre como o 'marechal'.
Após a morte do esposo, continuou a viver naquela cidade serrana, em companhia dos velhos pais. Conta-se que, todas as tardes, saía em sua charrete para passear pelas ruas de Petrópolis, ao lado do Barão de Tefé, até que, no dia 7 de fevereiro de 1931, morreu-lhe o estremecido genitor.

Nos anos 30 construíra o cinema Rian, na Av. N. Sa de Copacabana, que teve que vender posteriormente para vencer dificuldades financeiras.

Três anos depois da morte do Barão de Tefé, a 8 de novembro de 1934, falece a baronesa, deixando a filha única sozinha em meio às suas recordações. Mais tarde decidiu Nair adotar uma criança, l.ysette, que iluminou sua vida e encheu de alegria aquela mansão e a sua proprietária. Tendo-a como filha, a ela dedicou-se inteiramente.

No final dos anos 70, embora fosse muito idosa, participou das comemorações do Dia Internacional da Mulher.

Nair de Tefé faleceu a 10 de junho de 1981, aos noventa e cinco anos de idade, legando a todas as mulheres do Brasil uma legenda admirável - a de uma mulher destemida, que enfrentou o tempo e a sociedade.
Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana Ano I nº 1 2004  




sábado, 29 de agosto de 2020

AS FOTOS MAIS ANTIGAS DO BRASIL

ANIVERSÁRIO DE ZÉ COIÓ E MARIA JOSÉ

Comemorando data de nascimento os santanopolitanos, do signo de Virgem, sob proteção de Abaluaiê, José Carlos Pedreira (Zé Coió) e Maria José Quintela Oliveira.  
Hoje é uma data especial, pois você completa mais um ano de vida. Feliz Aniversário e curta o dia com alegria!

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

A MAIOR PONTE FERROVIÁRIA DA AMÉRICA LATINA

GRANDE OBRA GOVERNAMENTAL PARA O BRASIL E PRINCIPALMENTE PARA BAHIA

Evandro J.S. Oliveira

Meu tio Zuza, como era conhecido, formou-se em Engenharia Civel no início da década de 40 e logo foi trabalhar na “Viação Férrea Federal Leste Brasileiro (VFFLB)”, única empresa em que trabalhou até sua aposentadoria. Homem muito inteligente e apaixonado por ferrovias, era um feroz crítico aos governantes brasileiros, principalmente Juscelino Kubchek, na posição preferencial pelo modal rodoviário em detrimento ao ferroviário.

Eu o admirava, e apesar de garoto ouvia fascinado suas explicações sobre transportes, vantagem como por exemplos e desvantagens dos sistemas comparativo das rodovias, ferrovias, cabotagem, fluvial... tudo que explicava me convencia pela lógica, ele era muito didático. Perdia (?) tempo com explanações detalhadas, algumas premunições se realizaram, ex; a crise do petróleo de oitenta, dizia que os combustíveis fósseis iam ficar tão caro que voltaríamos a usar gasogênio, álcool e outros como no tempo da guerra.

Entre outros detalhes: todo pais com a extensão como Brasil o transporte ferroviário é o mais viável por ktu (tonelagem por quilometro útil) transportada.

O argumento político é que o investimento em ferrovias era dez vezes mais elevado que os rodoviários, enquadrando-as, por conseguinte, aos grupos como educação e sanitarismo de retornos permanentes, mas desfavoráveis quanto ao cronograma eleitoral. Daí as opções pelas “obras de fachada” em detrimento às mais necessárias.

Fui educado neste tema pela visão de meu tio, inclusive quando viajei para o exterior quis ver a linha ferroviária PML (Paris, Marseille, Lyon), em que os produtos eram carregados no campo em caminhões e estes embarcavam em vagões plataforma com os motoristas. Chegando a cidade desciam, distribuíam a mercadoria de porta e porta. Vantagem sobre o trem nesta etapa.

O vídeo acima e os textos abaixo, demonstram tudo que meu Tio preconizava: custo da construção, passando por vários governos desde 2011, como catedrais antigas difícil definição de autoria, mas vemos o quanto mudará a economia do Brasil e principalmente da Bahia. Esperamos que os próximos governantes continuem esta obra.
09/10/2017 17h26. Atualizado há 2 anos

Seis anos após início, obras de construção da FIOL no oeste da BA não chegam a 30% do previsto,

Custo da ferrovia no estado é de R$ 6,4 bilhões, segundo informações da Valec, empresa responsável pela construção da Ferrovia Oeste Leste.

Após seis anos, obras da Ferrovia Oeste-Leste
 não chegam nem a 30% do que está previsto

As obras de construção da Ferrovia Oeste Leste (FIOL), que começaram em 2011, ainda não chegaram a 30% do previsto para os lotes do oeste da Bahia, seis anos após início das obras. A informação é da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, responsável pelo empreendimento. Ainda segundo a empresa, a construção não foi concluída por falta de verbas.



A Fiol vai ligar Figueirópolis, no Tocantins, ao porto de Ilhéus, no sul da Bahia. Conforme o projeto, serão 1.526 km de extensão. Na Bahia, as obras da Fiol são divididas em FIOL 1 (Ilhéus/ Caetité) e FIOL 2 (Caetité/ Barreiras).


Dos 12 lotes da obra, oito passam pela Bahia, sendo três deles na região oeste, onde a ferrovia é uma esperança para o escoamento de grãos. Conforme a Valec, aprevisão do custo total da ferrovia na Bahia é de R$ 6,4 bilhões. Os outros cinco lotes se dividem entre as cidades de Caetité, no sudoeste do estado, e Ilhéus. Nesse trecho, a obra já chegou a 71,8% do total.

No canteiro de obras no oeste da Bahia, muitas máquinas e tratores estão parados. O trabalho feito na região tem sido de terraplanagem e compactação do solo. Em 2011, quando a ferrovia começou a ser construída, mais de 500 funcionários trabalhavam no local, enquanto hoje só tem 100.

Em 2013, em um seminário de lançamento da Ferrovia, em Barreiras, a Valec e o governo do estado anunciaram que a obra toda estaria pronta em 2014. Contudo, com a falta de dinheiro, a obra praticamente travou e o ritmo de construção foi diminuindo.

O término da construção do lote sete, que possui 160 Km de extensão e passa por São Desidério, Barreiras e Santa Maria da Vitória, estava previsto para agosto deste ano. Contudo, apenas parte da terraplanagem foi feita e, mesmo assim, segundo a empresa responsável, o serviço não passa de 23% do previsto.

Canteiro de Obras da Fiol no oeste da Bahia
 Foto: Imagem/ TV Oeste
Quando concluída, a FIOL deve reduzir os custos de transporte de grãos, álcool e minérios destinados ao mercado externo. Quanto ao mercado interno, segundo a Valec, a ferrovia deve provocar estímulos, à medida que oferecerá custos menores para as trocas dos produtos regionais.

A Fiol é uma obra do Governo Federal, e o Governo da Bahia é agente fomentador do processo de concessão da ferrovia. Por meio de nota, o governo da Bahia informou que vem trabalhando no sentido de mobilizar e encontrar soluções para continuar as obras na Bahia.

Enquanto ferrovia não fica pronta, grãos ainda
 são transportados apenas por caminhões até os
 portos da Bahia — Foto: Imagem/TV Oeste
Sem a construção da ferrovia, todos os anos um comboio de caminhões passa por Barreiras, em direção ao Porto de Cotegipe, em Aratu. Só na última safra, segundo a Polícia Rodoviária Federal, por dia saíram da cidade do oeste da Bahia dois mil caminhões levando mais de quatro toneladas de soja que foram exportadas para países como China e Estados Unidos.
Pela estrada, além do perigo de tantos caminhões nas rodovias, há perdas significativas de grãos, que vazam das carrocerias dos caminhões. Isso sem falar nos gastos com combustíveis, pneus e manutenção dos caminhões. Um custo com transporte que, segundo os agricultores, está entre os mais caros do mundo.

"Passa de R$ 180 a tonelada hoje transportada para Salvador. A gente teria uma redução com a ferrovia. Além disso tiraríamos muitos caminhões das estradas por ano", explicou o assessor da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Luiz Stalke.
Além disso, uma grande quantidade de caminhões carregados com grãos acaba provocando gargalos e transtornos no trânsito. Para chegar ao porto de Cotegipe, em Aratu, por exemplo, os caminhões têm que esperar a hora de descarregar duas vezes. A primeira em Feira de Santana, onde um enorme pátio abriga dezenas de caminhões por dois ou três dias. Depois, na entrada do porto, onde também há fila de espera. Tempo parado, sem rodar, certamente é prejuízo para as transportadoras e motoristas. Inevitavelmente, também provoca transtornos no tráfego das áreas onde os caminhões circulam.

Informações do projeto.
Este empreendimento foi qualificado na 1ª Reunião do Conselho do PPI, por meio da Resolução nº 2, de 13/09/2016, convertida no Decreto nº 8.916, de 25/11/2016.
A Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL (EF-334) tem extensão de 1.527 quilômetros, entre Ilhéus/BA e Figueirópolis/TO. O empreendimento está dividido em três trechos:
a.Trecho I: Ilhéus/BA – Caetité/BA, com extensão de 537 km, dos quais mais de 73,6% de execução física da obra (jul/2019). Este é o trecho que foi qualificado para subconcessão.
b.Trecho II: Caetité/BA – Barreiras/BA, com extensão de 485 km, dos quais cerca de 36% das obras estão executadas (jul/2019).
c.Trecho III: Barreiras/BA – Figueirópolis/TO, com extensão aproximada de 505 km, em fase de estudos e projetos.
O investimento total atual previsto para as obras dos trechos 1 e 2 da FIOL (Ilhéus/BA – Caetité/BA e Caetité/BA – Barreiras/BA) é da ordem de R$ 6,4 bilhões.
A FIOL constitui-se em importante corredor de escoamento de minério do sul do estado da Bahia (Caetité e Tanhaçu) e de grãos do oeste baiano. Há ainda a possibilidade de integração futura com a Ferrovia Norte-Sul, indo ao encontro do objetivo de integração das malhas ferroviárias e melhora das condições logísticas do país.
O escoamento das cargas será feito por meio dos terminais do Complexo Portuário Porto Sul, localizado na região de Aritágua, município de Ilhéus, com retro área de 1.224 ha, ponte de acesso marítimo e píer com quebra-mar a 3.500 metros da costa. 
O objetivo do empreendimento é o de viabilizar o escoamento da produção de minério de ferro produzido na região de Caetité, através do Porto Sul. Está previsto também o transporte de granéis agrícolas, granéis líquidos e carga geral.
As obras do empreendimento, atualmente a cargo da VALEC, apresentam avanço físico de mais de 73,6%. Estima-se que sejam necessários R$ 3,3 bilhões para a conclusão das obras remanescentes e demais investimentos necessários à operação do Trecho I;
Várias obras-de-arte encotnram-se concluídas ou em execução, incluindo pontes, viadutos e o túnel de Jequié, destacando-se a ponte sobre o Rio São Francisco, no Trecho II, com 2,9 km de extensão, a maior ponte ferroviária da América Latina. 
·                     Situação atual do projeto
O processo foi protocolado no TCU em 25/11/2019. Processo TC 039.356/2019-1. O Relatório de Desestatização foi concluído em 04/06/2020. A publicação do Acórdão deverá ocorrer no 3º trimestre de 2020.
À esquerda projeto nacional e
à  direita detalhe da parte baiana



ANIVERSÁRIO DE ALMIR


Ipirá em festa, todo mundo junto, mas fisicamente sepatados, por causa "da marvada", pelo aniversário do santanopolitano, do signo de Virgem, sob proteção de Abaluaiê, Almir Miranda Fernandes.
Desejo que seu aniversário lhe traga uma felicidade imensa e que você possa realizar todos seus desejos nessa nova etapa de vida. Parabéns!

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

MARTINIANO E FILHOS

Evandro J.S. Oliveira

Algumas pessoas têm pedido para contar os casos de Martiniano Carneiro e sua família. Criei um marcador no Blog “Martiniano e filhos”, facilitando busca sobre o mesmo assunto:
         Nas primeiras duas décadas de minha vida fui vizinho, de quarteirão, da família de Martiniano, isso cimentou uma amizade muito forte com todos. Sou compadre de Issinho (Wilson), segundo filho do clã.

         Conheci dois Martinianos, o primeiro, quando morava na Marechal, rua do meio[1], homem severo tradicional rígido na educação dos filhos. De vez em quando almoçava na casa dele, e os meninos, principalmente, Tonton, Mirinho e Waltinho, almoçavam e merendavam lá em casa.

Martiniano Carneiro
         Enquanto na minha casa, não se obedecia nenhuma formalidade, lá em Martiniano tudo tinha um protocolo: no almoço ninguém podia servir a Seu Martiniano, passar o prato era exclusividade de Dona Semi. Ninguém poderia ser servido antes de Martiniano, fazer brincadeira na mesa, só com permissão...

         Adulto, ia muito na “25 de Março”, onde tinha um jogo de baralho frequentado pela elite masculina de Feira de Santana. Lá conheci o outro Martiniano, hilário, foi ator amador do elenco teatral “Taborda”, Grupo teatral "Taborda"  das décadas 20, 30 e 40. Contava casos representando, a maioria sobre ele como participante, todo mundo caia na risada.

         Já postei neste Blog o Perfil de Martiniano, ver Perfil de Martiniano e estilo de jornalista postando uma “Querela Literária” ver Querelas Literárias , daí me restringir aos casos interessantes, como o já postado Quem foi o Alcaguete? 
Filhos homens de Martiniano, da esquerda para
 direita: Welington (Etinho), Wilson (Issinho),
 Washington (Tonton), Waldomiro (Mirinho)
 Walter (Waltinho) 
      .
         Para fixar o estilo das histórias da família Martiniano:
         Martiniano colocava todos os dessedentes com nomes começados com a letra W: filhos por ordem cronológicas: Welington (Etinho), Wilson (Issinho), Washington (Tonton), Waldomiro (Mirinho) Walter (Waltinho) e Wilna.

Lembro que minha mãe deu de presente a dona Semi, um livro de nomes próprios com significado, muitos começado com W.

Aí Tonton foi suspenso do Feira Tênis Club por um ano, o motivo, ter entrado de lambreta no rinque do clube em plena festa. O caldo entornou, Martiniano botou para fora de casa. Tonton passou uns dias, acho que na casa do avô, no Cruzeiro. Como acontecia, D. Semi passava a quebrar o temperamento de Tino, como ela chamava Martiniano, voltando tudo ao normal.

Tonton não se esqueceu facilmente e então quando nasceu o primeiro filho, quebrou a tradição, colocou o nome em homenagem ao sogro Álvaro.
Muito complicado, primeiro que Tonton gostava muito do Sr. Álvaro Boaventura, a homenagem era legítima, Martiniano também tinha muita estima a Seu Álvaro, mas...

Wilker um dos netos
 de Martiniano, forneceu fotos
e momes dos descendentes
Os filhos, ainda orientados pelos pai, seguiram a tradição: Wilker, Williane, William, Wilna, Wania, Welter, Walber, Wilmene, Wellem, Welce, Weine.

Bisnetos – Willy, Wayze e Walquiria.

Houveram alguns netos e bisnetos de Martiniano, que não seguiram o costume, mais aí Martiniano não estava mais entre nós.

   



[1] Rua Marechal Deodoro, antiga Conde D’Eu, conhecida popularmente rua do Meio. Com a continuação da rua ultrapassando a antiga praça do Comércio, atual praça da Bandeira, dividiram com outro nome Sales Barbosa, prevalecendo o nome popular rua do Meio. Como a Sales Barbosa na sua extensão após Praça do Remédios, virou uma mescla de casas comerciais e casas de prostituição, inclusive um Cabaré chamado “Bola Cheia”. O marco divisório desta atividade era o Cassino Irajá de Oscar Marques (Oscar Tabaréu).   

Filme do Santanopolis dos anos 60