Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

domingo, 31 de julho de 2022

POLÍTICA DE ANTÃO - XXII

MARCOS PÉRSICO – Santanopolitano, cineasta, teatrólogo, escritor.

POLÍTICA DE ANTÃO - XXI


A MISSA DA VOLTA

[...] não preciso dizer que foi a missa mais bonita que já celebraram na cidade [...]
 

A IGREJA ESTAVA LOTADA. Os fiéis se acotovelavam até do lado de fora. Veio gente de todos os lugares. Já passavam das sete horas da manhã e não parava de chegar gente. Vinha de Kombi, caminhonete, pau-de-arara, montado a cavalo, enfim, veio gente que gerou um tumulto enorme na porta da igreja. Até que seu Raymundo apareceu e deu a feliz ideia de transferir a missa para a praça.

Foi um corre-corre tremendo. Vários fiéis se ofereceram para ajudar a montar tudo em cima do coreto. As mulheres ajudaram na ornamentação, os homens carregavam as coisas mais pesadas e em menos de meia hora estava tudo pronto e decorado para a santa missa dominical celebrada pelo padre José.

Um pequeno coral ensaiava dentro do centro paroquial. Algumas barracas já se armaram em volta do coreto e a festa estava pronta.

O único sino começou a badalar cinco minutos antes das oito horas, chamando os fiéis para a missa. O povo começou a se aglomerar em volta do coreto.

O locutor oficial de todos os eventos anuncia:

- Senhoras e senhores, dentro de instantes, estaremos transmitindo direto da Praça da Matriz, a Santa Missa dominical, celebrada pelo querido padre José que retorna a nossa paróquia. Pedimos aos presentes que abram um corredor na direção da igreja da Matriz, para que o cortejo possa passar.

Padre José vem à frente do cortejo segurando a imagem de Nossa Senhora das Dores, padroeira da cidade. Atrás dele vem seu Raymundo segurando o turíbulo, incensando o caminho. Logo após, vem o Prefeito e a primeira dama da cidade, seguido por vários puxa-sacos, e por último, como sempre, o povo.

Pra não ficar diferente das outras cidades e das outras festas, havia na frente do padre José, um louco sambando e puxando o cortejo. Perecido com um bobo da corte da época medieval, o insano dava piruetas e gritava palavras de ordem. Ninguém ousou a retirá-lo. Era o seu grande momento.

Cada um tem a sua forma de ser bobo da corte. Uns dão piruetas na frente de cortejos, outros se fantasiam de autoridade e fazem até discurso. O pior de tudo isso é que o povo aplaude.

O padre subiu as escadas do coreto acompanhado dos ministros da eucaristia e o restante ficou na parte de baixo do coreto, inclusive o prefeito.

Quando o padre José anunciou, “O senhor esteja convosco”, a multidão respondeu em couro “Ele está no meio de nós”, fez-se um silêncio absoluto e a missa iniciou.

Padre José fez todos os rituais e a grande expectativa era a homilia.

Quando iniciou o cântico para o anúncio do Evangelho, algumas pessoas se preocuparam com o que viria pela frente.

O padre anuncia: - “Anúncio do evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus”.

O povo num só coro:

-    Glória a vós, Senhor.

-    Naquele tempo, um anjo do senhor apareceu em sonhos a José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matar”. São palavras da salvação.

E o povo mais uma vez:

-    Gloria a vós, Senhor!

A expectativa era geral. O silêncio tomava conta da praça. Todos queriam ouvir a homilia daquele dia.

E o padre começou:

-    Meus irmãos em Cristo. Assim como José recebeu a visita de um anjo que mandou que ele fugisse levando consigo o menino e sua mãe, para que Herodes não matasse a todos, eu também recebi a visita de um anjo que me pediu para me afastar da cidade, a fim de fugir da tirania dos homens. A princípio, confesso que fiquei confuso com aquela situação, mas depois, entendi perfeitamente os desígnios de Deus. Nada foge à vontade de Deus Pai. Tive que me afastar um pouco do meu rebanho e viver na clandestinidade até que as coisas se acalmassem por aqui. Hoje, estou de volta e agradeço a Deus por me colocar de novo no seio do meu povo que tanto amo. Por isso, não quero incomodá-los com mais discursos nem com muitas palavras. O momento é de oração. O momento é de reflexão, de luta, de sabedoria, de saber interpretar o que existe por trás de tudo que está acontecendo. Não deixemos baixar nossas cabeças. Olhemos sempre pra frente, com a cabeça erguida, voltada para o nosso respeito e para a nossa dignidade. Os esporões hão de cair. Sobreviverá a verdade. Lutemos até a morte sem nos esquecer que Jesus morreu por nós por acreditar que existe uma única verdade. Agora de mãos dadas, todos, rezemos com fé a oração que Jesus nos ensinou.

Nesse momento, todos se deram as mãos e rezaram o Pai Nosso mais forte que já se rezou naquele lugar. Muitos choravam enquanto rezavam tamanha era a emoção e a força do povo junto, acreditando que um dia todo esse pesadelo iria acabar.

A fila da comunhão era tão grande que tiveram que fragmentar as hóstias para dar pra todos os fiéis. Cada um recebeu um fragmento e todos ficaram servidos.

Foi a missa mais linda que Nossa Senhora das Dores já celebrou em todos os tempos.

Ao término, o sino badalava bem forte e o povo cantava junto, numa única voz. O cortejo se retirou em procissão até o centro paroquial e o padre José foi ovacionado com gritos e fogos.

A festa durou o dia inteiro.

No coreto, só restou o bobo.

Da corte. 

sábado, 30 de julho de 2022

SANTANOPOLITANO PREMIADO EM MARATONA INTELECTUAL DA BAHIA - 1939

Folha do Norte, edição de 29.07.1939 nº 1568 


Aluno do Gymnasio Santanópolis é premiado em Marathona Intellectual no Estado da Bahia.


ANIVERSÁRIO DE ONTEM E HOJE

Bertininho

Motivos técnicos, deixamos de postar os aniversariantes de ontem, mas registramos hojeo os  santanopolitanos, do signo de Leão e sob proteção de Xangô, Bertino Simões Portugal Neto (Bertininho), Luiz Augusto Oliveira, Maria Neuza de Souza Menezes.

Luiz
E hoje aniversaria Ana Celeste Freitas Bastos.

Feliz aniversário! Que sua vida seja cheia de bons e felizes momentos. Parabéns



 

quinta-feira, 28 de julho de 2022

ANIVERSÁRIO DE MANOEL

 Hoje é o aniversário do santanopolitano, do signo de Leão e sob proteção de Xangô, Manoel Pereira Filho.

Desejo muita paz, alegria, sorte e sucesso para você sempre! Feliz aniversário!

quarta-feira, 27 de julho de 2022

NO "TIMES", FEIRA DE SANTANA - 1966



O jornalista Wilson Mário enviou matéria do "Feira Hoje", outubro de 2017, transcrevendo reportagem do famoso jornal americano "The New York Times" sobre a feira de gado de Feira de Santana na década de sessenta. 

ANIVERSÁRIO DE MÁGNO, ORLINS E SILVIA

Mágno

Comemorando data natalícia os santanopolitanos, do signo de Leão e sob proteção de Xangô, Luiz Mágno Queiroz  Neves , Orlins Santana de Oliveira e Silvia Mascarenha.

Aniversário não é apenas aumentar um número à idade, devem se alegrar e celebrar por completar mais um ano de vida. Feliz aniversário!

 

terça-feira, 26 de julho de 2022

PREÇO DA ARROBA DO BOI FEIRA DE SANTANA

Preço para a semana de 25/7 a 29/7

 

EM 1930, NESTA DATA NA HISTÓRIA

João  Pereira Cavalcanti de Albuquerque

João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (Umbuzeiro, 24 de janeiro de 1878 — Recife, 26 de julho de 1930) foi um advogado e político brasileiro. Era sobrinho de Epitácio Pessoa, presidente da República (1919-1922). Foi auditor-geral da Marinha, ministro da Junta de Justiça Militar, ministro do Superior Tribunal Militar e presidente da Paraíba (1928-1930). Foi candidato em 1930 a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, mas perderam para a chapa governista, encabeçada por Júlio Prestes.

 

Seu assassinato, na Confeitaria Glória na Rua Nova, em Recife, por João Dantas, enquanto ainda era governador, é considerado uma das causas da Revolução de 1930, que depôs o presidente Washington Luís e levou ao poder Getúlio Vargas. Apesar de não ter sido por motivos políticos, mas sim passionais, sua morte acabou sendo usada pelos apoiadores de Getúlio Vargas contra seu opositor Júlio Prestes, que havia ganho as eleições em março, deflagrando vários protestos políticos. Segundo Getúlio, as eleições haviam sido ganhas por Prestes de forma fraudulenta. Essa situação política, somada à crise financeira decorrente da depressão econômica mundial iniciada em 1929, terminaram por desencadear a Revolução de 1930.

 

Foi em sua homenagem que a partir do dia 4 de setembro de 1930, a capital do estado da Paraíba, antes denominada de "Cidade da Parahyba", passou a se chamar João Pessoa.

Fonte: Wikipédia

ANIVERSÁRIO DE DAPHNIS, ESTER E IARA

Iara

Completa hoje mais uma etapa no caminho da vida os santanopolitanos, do signo de Leão e sob proteção de Xangô, Daphnis Oliveira Ester Carvalho Miranda e Iara Margarida Ribeiro Santana.

Ester
Parabéns por hoje, mas felicidades sempre.

Daphnis


 

segunda-feira, 25 de julho de 2022

CARICATURAS MPB - XVI


Antonio Edson, Santanopolitano.

Enviou Geniais caricaturas MPB de Ulisses Araújo, com a identificação. O Blog colocou fotos correlatas.
Como sabemos a caricatura não é um retrato e sim o autor ressalta traços marcantes da figura.

 CARICATURAS MPB - XV




Caricatura de  Gal Costa
Autor Ulisses Araújo

Gal Costa é filha de Mariah Costa Penna, sua grande incentivadora, falecida em 1993, e de Arnaldo Burgos.[2] Sua mãe contava que durante a gravidez passava horas concentrada ouvindo música clássica, como num ritual, com a intenção de que esse procedimento influísse na gestação e fizesse que a criança que estava por nascer fosse, de alguma forma, uma pessoa musical. O pai de Gal, morto quando ela tinha quatorze anos, sempre foi uma figura ausente, vazio plenamente preenchido pelo amor de sua mãe, além dos parentes. Por volta de muito tempo se torna amiga das irmãs Sandra e Dedé (Andreia) Gadelha, futuras esposas dos compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente. Em 1959 ouviu pela primeira vez o cantor João Gilberto cantando Chega de Saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais) no rádio; João também exerceu uma influência muito grande na carreira da cantora, que também trabalhou como balconista da principal loja de discos de Salvador da época, a Roni Discos. Em 1963 foi apresentada a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, iniciando-se a partir uma grande amizade e profunda admiração mútua que perdura até hoje.

Vida e Carreira

Gal Costa - foto

A cantora é discreta quanto a sua vida pessoal. Durante sua vida manteve relacionamentos estáveis, mas nunca foi oficialmente casada. De 1991 a 1992 viveu junto com o empresário Marco Pereira. Gal Costa é assumidamente bissexual, e ao longo dos anos ficaram conhecidos seus relacionamentos afetivos com mulheres anônimas e famosas, dentre elas a cantora Marina Lima[2] e a atriz Lúcia Veríssimo.[2]

Em entrevistas revelou nunca ter conseguido engravidar devido a obstrução nas trompas, doença que surgiu ainda na adolescência, e que tentou o processo de fertilização, mas não obteve êxito. Seguindo os conselhos de sua mãe, decidiu entrar na fila de adoção, mas só quando tivesse emocionalmente certa deste passo. Em 2007, conseguiu adotar um menino de dois anos de idade, que sofria de raquitismo devido às condições de miserabilidade extrema na qual vivia em uma favela carioca antes de ir para o abrigo. Ela o batizou como Gabriel. Em entrevistas, informou que o processo de adoção foi rápido, pois a criança não contemplava as características físicas que a maioria dos adotantes procurava.[2]

Vivendo no Rio de Janeiro desde os anos 60, voltou a viver em Salvador nos fim dos anos 80, e em 2014 mudou-se com seu filho para São Paulo, vivendo em uma mansão nos Jardins. Revelou para a mídia gostar de viver na Capital Paulista, tendo se adaptado rapidamente a grande metrópole, e que tornou-se um ser humano melhor após a chegada de seu filho. A artista está solteira, e eventualmente é vista na mídia acompanhada de homens e mulheres anônimos.[2]

ANIVERSÁRIO DE CHICO

É hoje o aniversário do  santanopolitanos, do signo de Leão e sob proteção de Xangô, Francisco Antônio S. Catapano (Chico).

Desejo que seu aniversário lhe traga uma felicidade imensa e que você possa realizar todos seus desejos nessa nova etapa de vida. Parabéns!

 

domingo, 24 de julho de 2022

A CONTEMPORANEIDADE DA DOUTRINA ESPÍRITA

RAYMUNDO LUIZ DE OLIVEIRA LOPES

e-book, clique em cima e-book em letras diferentes e abre toda a "Revista MESTRAS HOLÍSTICAS E OUTRAS CRÔNICAS".

“Jamais deixei de existir, nem tu, nem estes condutores de homens: nenhum de nós deixará jamais de existir no futuro” (Bhagavad-Gitâ)


homem em sua rota terrena, tem sido constantemente inquietado por dilemas existenciais geradores de graves conflitos de ordem individual e/ou coletiva. Inteligências brilhantes marcam presença no quadro dos que se podem considerar predestinados para a abertura de sendas libertadoras. A Ciência, a Tecnologia, a Arte, a Religião, a Filosofia vêm contribuindo para entendimento de que a vida tem sentido. A evolução do conhecimento humano resultou em verdadeiro boom – com base no passado, o homem lançou setas do presente para o futuro, algumas, lamentavelmente, contra ele próprio. Se de um lado, estabeleceram-se modelos e práticas, reducionistas/separatistas, de outro, o gênero humano, mesmo que uma parcela, enveredou por trilhas mais conjuntas, o que possibilitou, posteriormente, um adentramento na espiral holística. O século XIX traz paradigmas, alguns já ultrapassados – pilares rígidos e imediatistas, outros, vanguardeiros, seguindo o fluxo cósmico/social. O Positivismo (August Comte) marca, sobremaneira, as elites culturais. O Marxismo (Karl Marx), com a teoria da luta de classes, mostra a desigualdade entre o capital e o trabalho. Freud, com a psicanálise, revoluciona os estudos sobre o psiquismo humano; mais tarde, superado, em algumas de suas posições, por Jung, que avança no conhecimento da alma humana, inclusive, trazendo novas questões sobre o inconsciente pessoal e a tese do inconsciente coletivo. Einstein traz a teoria da relatividade, ampliando a visão do universo. Helena Blavatsky, iniciadora da Teosofia, condutora para a compreensão da relação homem/divindade, Charles Darwin alarga os horizontes da Biologia. A Revolução Industrial provoca transformações sociais e O econômicas. Nesse caldeirão efervescente de idéias, em 03/10/1804, nasce o professor Hipollite Léon Denizard Rivail, em Lion/França. Posteriormente, Allan Kardec - O Codificador da Doutrina Espírita – nome adquirido com o advento do Livro dos Espíritos, em 1857. A obra de Kardec veio confirmar a antiga tese da vida após a morte, mostrando que, nem os espíritos, nem os fenômenos mediúnicos, nem a reencarnação são frutos da Codificação. O que diz respeito ao universo da matéria e do espírito, à sobrevivência da alma em suas várias dimensões e existências está delineado nos corredores da humanidade. Numa (re)leitura do espiritismo, podemos afirmar que ele conduz uma verdade que não exclui as demais. Nossa vivência leva-nos a crer que o conhecimento espírita abre perspectivas para a evolução consciente com o outro, sem abandonar alternativas diversas que privilegiam posturas de (re)ligação, de inclusão. O espiritismo é um novo olhar sobre o mundo, a vida terrena e extraterrena. Revela a todos, através de fatos/fenômenos, “a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal”. Não tem dogmas, nem rituais. Há, sim, princípios que o sustentam, tendo como base a Ciência, a Filosofia e a Religião: Existência de Deus, Imortalidade da Alma, Reencarnação, Esquecimento do Passado, Comunicabilidade dos Espíritos, Fé Raciocinada, Lei da Evolução, Lei Moral. Confirmados os princípios, a revelação espírita mantém-se firme, de pé, apesar de tentativas inquisitoriais. Atualizando o Evangelho, sugere ao homem mudança de atitude com uma proposta de reforma íntima, caminho para a melhoria da sociedade. Por isso, a necessidade de otimização das condições evolutivas da alma encarnada e vivente no seu meio social é uma questão crucial. A Doutrina apresenta valores permanentes da vida, sempre atuais, construtores de uma satisfatória democracia, com base na liberdade responsável e consciente que é, em outras palavras, o exercício pleno do livre arbítrio. Nesse caminho, conhecimento e moral devem andar juntos, de mãos dadas. Ser espírita é não aceitar o rótulo de conformista, sofredor feliz com sofrimento, passivo diante dos desajustes sociais, mas, Ser Consciente na superação de provas e expiações, usufruindo do dom da vida, utilizando da melhor forma a oportunidade reencarnatória, criando momentos de felicidade (com)partilhada, vencendo os entraves humanos: a inveja, a raiva, o egoísmo, a vingança, a intolerância (que tanto assola, ainda, as civilizações). Praticar a caridade, iluminando o seu olhar para o outro e para o mundo, autotransformando-se na comunidade da qual faz parte, numa busca de justiça e paz social, preparando-se para o futuro, conjugando o verbo AMAR: “O amor é o eterno fundamento da educação”(Pestalozzi). “Amar é uma tarefa de crescimento, é a razão básica da vida no planeta Terra, que é regido pela Lei do Amor” (Aídda Pustilnik). E como disse, de outra forma, Elda Prado: construir “um mundo muito mais igual onde todos entendam que viemos de uma mesma FONTE e por isso somos todos irmãos". A reforma social de que tanto se fala não é possível sem a reforma interior da criatura humana – educando-se, espraiando e vivenciando os ensinamentos científicos, tecnológicos, artísticos, sem abdicar da sabedoria popular, das tradições espirituais contidas nos livros sagrados da humanidade, nos quais o ensinamento espiritista está presente. O transcender, então, é algo interno do homem – de dentro para fora, numa postura (re)conciliadora, de (re)construção. Afinal, lembremos Tiago: “... assim como o corpo sem espírito é morto assim também a fé sem obras é morta”. Outubro 2001.

ANIVERSÁRIO DE EDMILSA

Comemora mais um ano de vida a santanopolitana, do signo de Leão e sob proteção de Xangô, Edmilsa Maria Aragão Guerra.

Nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.

 

sábado, 23 de julho de 2022

OSCAR ERUDILHO PREFEITO DE FEIRA DE SANTANA - 1939

    Oscar Erudilho, prefeito de Feira de Santana? 

Não consta na lista dos prefeitos de Feira, mandatários que ocuparam o cargo provisoriamente, exemplos: Wagner Mascarenhas, Sisnando Lima e de acordo com a nota do Jornal “Folha do Norte” edição de 22 de julho de 1939 ao lado, Oscar Erudilho.

    O inusitado é o prefeito Heráclito Dias de Carvalho, Sr. Lolô como era conhecido, não ter passado o cargo a o presidente da Câmara, o que seria natural.

    Supondo que tanto o prefeito como o jornal fossem adversários do presidente da Câmara, indicaria a razão da nota. 
 

ANIVERSÁRIO DE GILBERTO, ISAAC, ROSANGELA E VAL

Gilberto

Os aniversariantes de hoje são os  santanopolitanos, do signo de Leão e sob proteção de Xangô, Gilberto da Costa Lima, Isaac Suzart Gomes, 

Isaac

Rosangela Queiroz da Silva e Valtenice Marques da Silva (Val).

Val

Feliz aniversário! Este dia é sempre uma boa data para parar, refletir sobre tudo o que se passou e elaborar planos para o futuro.

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

PERFIL DE GILBERTO FERREIRA DE ALMEIDA

GILBERTO FERREIRA DE ALMEIDA (In memoriam) Nasceu na Fazenda Cocão, em São Gonçalo dos Campos/BA, no dia 10 de fevereiro de 1939. Filho de Aurino Ferreira de Almeida e D. Esmeralda Marques de Almeida.

Concluiu o Curso Técnico em Contabilidade, no Colégio Santanópolis, em Feira de Santana.

Iniciou sua atividade profissional na empresa FORD, em Jequié/BA. Saiu desta empresa e foi ser representante de Autopeças, nesta mesma cidade, onde conheceu sua esposa, casando-se com a Sr.a Aldair Martins Almeida, com quem teve quatro filhos: Carlos Alberto, comerciante; Gilberto júnior, comerciante; Cleyde Almeida Pereira, comerciante e Karla Almeida Mireles, residente cm Colorado, nos Estados Unidos. Dos filhos nasceram os netos: Alexandre, Rafael, Larissa, Gilberto Neto, lago, Victor, Philippe, Hugo, Zegilbcrto, Cleydean e Pablo.

Retornou à Feira de Santana, em 1964, onde montou uma casa comercial — FEBAPE Autopeças (Feira, Bateria e Peças), onde criou os filhos, deixando este legado, que continuaram com o mesmo tipo de negócio, só que hoje com a denominação de FS Autopeças.

Foi membro da Loja Harmonia Luz c Sigilo c fundador da Loja Templo de York, todos em Feira de Santana.

Era um viajor. Conheceu os Estados Unidos, Israel, Egito, uma boa parte da Europa: Itália, França, Rússia, Alemanha e no Brasil, visitou do Amazonas ao Rio Grande do Sul, com exceção de Mato Grosso.

Sua maior alegria era reunir a família em todas as oportunidades possíveis, para ter todos ao seu redor.

Era um leitor compulsivo. Deixou uma biblioteca considerável de obras, que lia constatemente ou por prazer ou para adqirir conhecimentos.

Faleceu no dia 14 de setembro de 2010.

Fonte: Lélia Vitor Fernandes de Oliveira

 

ANIVERSÁRIO DE MARIVONE E PAULO

Mais uma etapa da estrada da vida completa hoje  os santanopolitanos, do signo de Leão e sob proteção de Xangô, Marivone Cerqueira e Paulo Soares. 

Hoje é uma data especial, pois você completa mais um ano de vida. Feliz Aniversário e curta o dia com alegria!

 

quinta-feira, 21 de julho de 2022

SÃO JOÃO NÃO PASSOU POR AQUI, COM CERTEZA

FRANKLIN DE CERQUEIRA MAXADO 

(franklinmaxado@gmail.com)

As festas juninas voltaram com tudo após dois anos de Covid-19. E os trios de forró e artistas regionais estão faturando depois de sofrerem com as restrições a aglomerações.  Muitos Prefeitos espertos aproveitaram para superfaturar os espetáculos, fazendo os seus “arraiás” com dias de programação.

Agora, passados os festejos, é possível que o número de casos da Covid tenha aumentado com mortes e internações. E a corrupção também.

Antes, as festas de Santo Antonio, São João e São Pedro, as chamadas juninas, eram de cunho particular e familiar. Famílias enfeitavam suas casas com bandeirolas e flores e tinham prazer de receber vizinhos, parentes e visitantes com um licorzinho, um pedaço de bolo ou mesmo com as comidas típicas como cangica, mucunzá, arroz doce, milho assado, amendoim cozido, pé de moleque, batata assada, cocadas, aipim frito e frutas da época. A senha para os estranhos entrarem era a tradicional pergunta; São João passou por aqui?”

As crianças brincavam e soltavam fogos em volta da fogueira. E os jovens aproveitavam para paquerar e pular a fogueira fazendo seus compadrios e adivinhações.

As músicas eram mais inocentes e cantavam sempre as coisas da natureza, do sertão e do interior, A figura de Luiz Gonzaga imperava com o seu vozerio e sua sanfona.

Hoje, os políticos encamparam a alegria e faturam com a festa, trazendo atrações artísticas e enfeitando ruas e palcos. Aí, o comércio aproveita para vender bebidas variadas e industrializadas, especialmente a cerveja e refrigerantes, introduzindo novos hábitos de consumo. Os camelôs e vendedores pongam e montam barracas para vender churrasquinho, pastéis, doces, bolos, balas, e também as guloseimas apropriadas.

Os cantores contratados são artistas que mais aparecem nas televisões com ritmos até estrangeiros e com letras que retratam dramas pessoais. Predomina o que decidiram chamar “sertanejo”.

Nessas aglomerações, não há como não ver o traficante oferecendo as drogas, às vezes, até abertamente. E há ainda, o assalto e as brigas, destoando do antigo espírito junino de confraternização.

Essas festas juninas trazidas pelos colonos lusitanos marcavam o início do inverno com seu frio e chuvas e as fogueiras serviam para esquentarem o ambiente e as casas da roça uma vez que a maioria da população era rural. Como a cidade vai atraindo mais moradores, também os costumes vão mudando. Era um tempo de alegria pela colheita nos campos e de se irmanar com parentes e vizinhos.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

ANIVERSÁRIO DE GISA

Comemorando data natalícia hoje a santanopolitana, do signo de Câncer e sob proteção de Oxum, Adalgisa Passos Rodrigues (Gisa).

Parabéns!

Feliz aniversário!

Que o sol, a lua e as estrelas brilhem mais vezes por ti.

 

terça-feira, 19 de julho de 2022

PREÇO DA ARROBA DO BOI FEIRA DE SANTANA

Preço para a semana de 18/7 a 23/7


 

A "NOVINHA" DE MORTALHA.

CINTIA PORTUGAL - Escritora, Poetisa, Membro da Academia Feirense de Letras.

“Carnavalizou”! Clima de folia nas redes - ouço o “bater da rabeta no chão” - êta! E a batida segue: “chegou o momento, é agora, novinha...E faz o teu nome”? Imaginando os termos até encostar no dito vai "popozão": “o grave bateu a rabeta no chão, rabeta no chão!” O “solinho” arrastou-me para o tempo da novinha, da gatinha (que imitava a Patotinha e Gretchen, patinando, rebolando), dos bicos puxados por conta do traje, da fantasia. O bico não desmanchava desde a saída da Rua de Aurora, seguindo pela Euterpe, Rua Conselheiro Franco, Praça da Bandeira, João Pedreira, até o chão de estrelinhas e confetes da “Princesa do Sertão”.

 

O Carnaval da Bahia trouxe-me à Micareta da “novinha”, às máscaras de um tempo, à lembrança dum pássaro que rasga o vento, o rasga mortalha, seguido de um sinal de cruz credo. Um corpo coberto, uma silhueta imaginada, quase me sentindo uma afegã, não fossem os gritos da estampa, a maquiagem extravagante, as estrelinhas, purpurina, tererês.

 

Eis a mortalha desencarnada, desarranjada. O corte e o seu significado tanto podem enrolar o tabaco quanto envolver os mortos, logo, entendi que brincávamos de “egum”, alma e papel: “Atrás do trio... só não vai quem já morreu? Seguimos a música: o sol é seu, o som é meu, quero morrer, quero morrer já!” ...

 

Por um breve tempo enfestado eu tive a minha mortalha: morri! O tecido terrivelmente colorido se multiplicara, cobrira meus pais, irmãos e o mico: quando passava por um coleguinha mergulhava a cabeça feito um jabuti, uma alma penando.

 

No passeio da Avenida Senhor dos Passos, entre a Prefeitura e o Cine Timbira, ficávamos espiando o desfile dos foliões com outras gentes. Enquanto meus olhos corriam atrás do trio, a minha mão segurava a do meu pai: alguns puxões, olhos arregalados, cara feia, nada adiantava, presa no meio da rua, nenhum vacilo.

 

Já nas matinês do clube a “pequena Eva” pulava solta: “abraça-me no espaço de um instante...”. pulos, suor, e encharcava-me de soda limonada_ tem outro refrigerante? _ não. E a cena se repetia. A fantasia parecia não suportar a energia, pular, correr, cair. Algumas horinhas, embriagada de cansaço, tonta de sono: ajeitei-me, cabeça, braços, jaz um corpo, apenas uma mortalha debruçada na mesa.

 

O tempo espichou inaugurando a moda dos abadás, mamãe sacode, os bafos de Baco pipocavam no calor da Avenida Getúlio Vargas acordando um tempo glorioso das ruas, dos becos ardidos, das praças alegres, uma festa de encontros nos barracões. E a velha cantiga: _ Micareta! Era no meu tempo! Cantavam meus avós, meus pais... E me pego repetindo a mesma cantiga atualizada: do “meu tempo” ... Ah! Micareta...

 

No “meu” tempo, nem havia celular, uns raros tijolos... Pulávamos com os bolsos cheios de fichas telefônicas... tempo de filas nos orelhões, do namorar encabulado, romances “Muito barulho por nada”, de Shakespeare, coletâneas de poesia, contos de horror, tragédias, disk piadas, trotes, a ficha caiu... a festa continua...

Avenida Senhor dos Passos- acervo Antonio Moreira.



 

Filme do Santanopolis dos anos 60