Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 28/02


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo.


1886 - Inauguração do novo edifício da Santa Casa de Misericórdia. Prega, ao Evangelho, na missa festiva, o cónego Dr. Emilio Lobo. À tarde por ocasião da quermesse realizada em benefício da instituição, recita versos de sua lavra o poeta João de Britto.

1901 - É nomeado Io. Suplente do juiz de direito desta comarca o maj. Cícero Carneiro da Silva

EXPECTATIVA DE VIDA DO BRASILEIRO NO PRINCÍPIO DO SÉC. XX

Antonio Edson
Santanopolitano

A expectativa de vida do brasileiro no início do séc. XX era tão baixa que  já se era velho aos 40 anos.
A nota do jornal abaixo, demonstra o dito.
Foto pescada no "ZAP", de A. Edson

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 27/02

“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.




Dia de hoje no tempo.


1890 - Estão concluídas as obras do Matadouro Público.

- O conselho municipal julga encerrado o incidente que o preocupou em sucessivas sessões, por motivo do intendente Mello Sampaio se ter julgado melindrado com uma declaração de voto do conselheiro Bernardo Martins Catharino.

ANIVERSÁRIO DE THEREZA


Hoje é festa na casa da santanopolitana, do signo de Peixes, sob proteção de Iemanjá, Thereza Cristina Almeida, aniversário não é apenas aumentar um número à idade, deve se alegrar e celebrar por completar mais um ano de vida. Feliz aniversário!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 26/02


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo.



1872 - Falecimento do capitalista coronel Joaquim Joaquim Pedreira de Cerqueira.

1886 - Assume a presidência da soc. filarmônica“Victoria” o Sr. Cícero Carneira de Silva.

1895 - Está na cidade, a passeio, com sua exma. família, o senador federal, Virgílio Damasio.

1899 - O padre Lacerda combate o protestantismo, realizando, na Praça de Sant’Anna, belíssima conferência.

HISTÓRIA SIMPLIFICADA DO NASCIMENTO DE FEIRA DE SANTANA

Lajedinho
ANTONIO MOREIRA FERREIRA - Poeta, escritor, memorialista e jornalista, autor de diversos livros, Membro da Academia Feirense de Letras e Vice-Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana.




Antiga Rua do Meio, depois Rua Conde D'Eu
posteriormente Rua Manoel Vitorino e atual
 Marechal Deodoro (Arquivo de Elnando Simões)

Não! Não vou contar a sua longa e deslumbrante história, pois isso já foi feito, com inusitada perfeição, por Rollie Poppino em uma monografia da sua graduação no Departamento de História da Universidade de Stanford, com o livro “Feira de Santana”, em 1950, quando pesquisou, profunda e incansavelmente, todos os arquivos da Bahia, deixando para o historiador Raimundo Antônio Pinto o encargo de prosseguir dos anos 1950 a 1971, com o livro “Pequena História de Feira de Santana”.
Hoje já contamos, que eu conheça, dois grandes trabalhos, ambos mais profundos nas pesquisas: originários de dissertação de mestrado, já mencionados, “Origens do Povoamento de Feira de Santana - Um Estudo de História Colonial”- da Profª Celeste Maria Pacheco de Andrade (UFBA1990) e “Nem Tanto ao Mar Nem Tanto à Terra - Agropecuária, Escravidão e Riqueza em Feira de Santana, 1850-1888”, de autoria do Prof. Luiz Cleber Moraes Freire, também oriundo de uma dissertação de mestrado defendida em 2007 no programa de Pós-Graduação em História Social da UFBA.

O Padre e Acadêmico Renato de Andrade Galvão trouxe, através de pesquisas pela porta principal da História, os Livros das Igrejas, fatos como a localização da Capela de Santa'Ana, a verdadeira data da emancipação política, além de deixar na Universidade Estadual de Feira de Santana um grande acervo histórico que confere, ao pesquisador e à UEFS, um altíssimo grau de singularidade e excelência.

Muitos são os historiadores que contribuíram, e contribuem, para enriquecer a História da Princesa, a exemplo das Professoras Neide Almeida da Cruz e Marília Queiroz da Silva que, a quatro mãos, escreveram o histórico movimento da educação a partir do ano de 1860.

Embora esteja certo de que vou cometer o erro da omissão involuntária, justificado pelo curto espaço de tempo que usarei, gostaria de citar alguns nomes dos muitos escritores, poetas e jornalistas que contaram, em prosa e verso, vários momentos da memória da Princesa, como Godofredo Filho, Franklin Maxado, Helder Alencar, Georgina de Mello Erismann, Alberto Alves Boaventura, Antônio Lopes, Amold Silva, Cesar Oliveira, Adilson Simas, Lélia Fernandes, Gastão Guimarães, Nilton Bellas Vieira, Godofredo Leite, José Carlos Pedreira, Oydema Ferreira, Eduardo Kruschewsky, Carlos Melo, Hugo Navarro, Dival Pitombo, Raimundo Gama, Floriano Melo, José Olympio Mascarenhas, Egberto Costa, Eurico Alves Boaventura, Milton Brito, Alpiniano Reis, Irma Caribé e dezenas de outros que falaram sobre a vida da majestosa Feira de Santana.

Sem nenhum demérito para os nossos escritores e poetas, que muito fizeram e continuam fazendo pela memória da Princesa, cabe aqui um destaque para o trabalho de pesquisa, verdadeira garimpagem cultural, que fizeram Carlos Brito e Arcênio Oliveira, trazendo ao acervo cultural de Feira a publicação, em um livro, com os jornais de 1877 a 85, que nos esclarece muitas dúvidas da história.

Também ao grande mestre Oscar Damião, de saudosa memória, que, após pesquisar, escrever e publicar várias edições do Dicionário Personativo, deixou-nos um legado de incomparável valor histórico, com a publicação do primeiro e único “Dicionário da Feira de Santana”.

Para não fugir ao assunto a que me propus falar, de maneira sucinta, começaremos por lembrar o ano de 1555, quando o pau Brasil da Mata Atlântica era insuficiente para exportação, os portugueses resolveram povoar a sua Colónia e, para tanto, determinaram que se tentasse produzir cana de açúcar e procurar minérios de grande valor.

Assim, cada desbravador foi em busca dos seus objetivos, sendo que, aqueles que optaram pela agricultura, tinham um caminho mais fácil de percorrer, por vias marítimas e fluviais.

Mas, para plantar cana, necessário se tornava encontrar o tipo de solo adequado, principalmente o massapé (ou massapé), tipo de solo argiloso e preto. Diogo Álvares Correia, a pedido do Imperador foi o cicerone.

Dentro da Baía de Todos os Santos estava a mais próxima estrada para a entrada no interior desconhecido: a foz do Rio Paraguaçu. E foi por ali que os desbravadores iniciaram a viagem que um dia chegariam às nossas terras.

Subiram o rio explorando minuciosamente os diversos tipos de solo, entre matas e manguezais, até chegarem a uma cachoeira (atual Pedra do Cavalo), que determinava o final da parte navegável. Descobriram que, até aquela cachoeira, o rio sofria os efeitos da maré, com boa profundidade, tomando o local um porto seguro, de onde podiam ir e vir a São Salvador para aquisição de alimentos e materiais de trabalho.

Dali partiram e encontraram as terras do recôncavo, onde deram início ao plantio de cana, cuja produção brasileira, 40 anos depois, iria substituir o uso do mel na Europa.

Exatamente em 1595, o fidalgo Paulo Dias Adorno adquiriu uma parte de terras, por sesmaria, doada por Martin Afonso de Souza, e implantou uma grande fazenda onde, consequentemente, nasceu uma povoação a qual, 73 anos depois, foi elevada à “Freguesia de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira”.

Após a descoberta da continuação navegável do Rio Paraguaçu, na parte posterior à cachoeira, ainda durante a povoação de Cachoeira e com grande parte do Recôncavo ocupado com o cultivo da cana, com muitos engenhos em franca produção, prosseguiram a exploração de mais terras. Assim, chegaram ao encontro dos rios Paraguaçu e Jacuípe, onde também encontraram uma grande área, divisora das matas com as caatingas: um tabuleiro em um planalto. Nesse extremo sul do tabuleiro, formou-se um acampamento onde, mais tarde seria a povoação de São Gonçalo da Cachoeira.

De acordo com o inventário sumário do Acervo Histórico da Cúria Diocesana de Feira de Santana, publicado pela UEFS em 1995, pag.85, “A primeira ocupação de terras ocorre em 1615. As sesmarias de João Peixoto datam de 1655 e o ato da concessão fala da Capela, casa forte, gado, plantações, sobrado e povoamento”. Isto comprova que o Distrito de Maria Quitéria tem quase 400 anos. Esperamos que, em 2015, se comemore.

Ali, conhecido pelos índios Tapuias e Paiaiás como ita- pororocas, pelas serras que se formam, ao fundo, em forma ondulada, tornou-se o primeiro entroncamento das estradas que se abriam pelos desbravadores, entre a cidade e o interior.

Ainda segundo o livro citado, em 1685, os livros da Igreja de São José das Itapororocas já registram celebração de casamentos e batismos na Muchila, Capela de Nossa Senhora dos Remédios e “Oratório de Santana”, com a presença do sertanista João Peixoto Viegas.

Com esses assentamentos, fica clara a existência de outras áreas nas proximidades, que certamente foram incluídas nas terras que estavam sendo vendidas a fazendeiros maiores
.
É oportuno esclarecer que as primeiras fazendas tinham suas sedes sempre próximas uma da outra, como prevenção de uma defesa coletiva, em caso de ataque dos índios, os quais, ao longo do tempo, foram quase extintos por João Viegas.

Entre 1705 a 1710, o casal Domingos Barbosa e Ana Brandoa encontraram nesse tabuleiro o local excelente para criatório, vez que havia muito capim nativo, hoje conhecido por “capim amargoso”, muitos minadouros, além de mais de dez lagoas, cujo local já era conhecido dos viajantes pelo nome de “Olhos D’Agua”.

Hoje, fazendeiros não mais criam gado com esse capim, (que continua abundante aqui no tabuleiro), porque não servem para a engorda do gado atual. Mas, naquela época, o gado era pequeno e rústico, e engordava tão bem quanto engordam hoje a raça zebuína em capins especiais. Aquele gado ficou conhecido como “pés-duros”.

Foi nesse local que eles adquiriram uma área de terras com seis quilómetros de comprimento por três de largura, e ali construíram uma casa sede da fazenda, uma capela em homenagem aos Santos Domingos e Ana, de acordo com a devoção do casal, além de algumas casas menores para abrigo de trabalhadores e vaqueiros.
A fim de encurtar caminho e ter mais pasto e água, indispensáveis aos boiadeiros, os viajantes que antes descansavam em São José das Itapororoca, mudaram de caminho, passando a fazer ponto de parada e descanso junto à Fazenda Olhos D’Agua.
Logo alguém construiu uma barraca de palha para vender cachaça e fumo de corda, outro o fez para vender caças, outro e mais outro para vender carne, farinha, enfim atender às necessidades dos viajantes que aumentavam dia após dia.

Já se encontrava tão povoado o local em torno da capela que, no dia 28 de setembro de 1732, no cartório da então Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, o casal Domingos Barbosa e Ana Brandoa fizeram a doação de 100 braças de terras, em quadro, para os Santos Domingos e Ana. Naquele ano, involuntariamente, com o ato da doação construíram o berço onde nasceria a Princesa do Sertão.

O tempo vai passando, o movimento para a “Bahia” cresce, os boiadeiros fazem do local o ponto estratégico para recuperação do gado, aproveitando a água e capim abundantes para melhorar o aspecto dos animais. Depois seguiam para Capuame (hoje Dias D’Ávila) onde se realizava a grande feira de gado da época.

Mas alguns comerciantes de Capuame começaram a antecipar as compras de gado, vindo para a povoação comprar mais barato, e vender mais caro na feira da atual Dias D‘Ávila. Ficaram conhecidos como atravessadores. Outros e mais outros também fizeram o mesmo trabalho, o que culminou com a troca da feira de gado de Capuame para a feira em Santana dos Olhos D’Água.

Faltando apenas poucos dias para o centenário de nascimento, eis que a Princesa é presenteada com um Decreto do Imperador D. Pedro II, elevando-a a vila, criando, destarte, o Município.

Foi assim que, após alguns problemas políticos, no dia 18 de setembro de 1833, quando a Princesa já contava com um século de nascimento, com um grande memorial, foi instalada a Vila e a primeira Câmara Legislativa, com a posse dos Vereadores.

Ainda de acordo com as professoras Neide e Marília, em 1860, vinte e sete anos após a sua elevação a Vila, a sede possuía apenas três escolas, sendo duas para abrigarem, separadamente, os sexos masculino e feminino, e a terceira se destinava ao ensino de gramática latina para rapazes, sendo esta fechada cinco anos depois.

No setor de saúde a situação não era diferente: até 1863, só se contava com algum médico, vindo de Salvador, que fazia consultas nos dias da feira livre. Somente vinte anos depois, por casualidade, tivemos o Dr. Joaquim Remédios residente na Vila. Mas a Santa Casa de Misericórdia, hoje Hospital D. Pedro II, começou a funcionar no citado ano de 1863.

Foi assim que nasceu e está crescendo a nossa Feira de Santana. Daqui para a frente os historiadores feirenses contarão sobre seu desenvolvimento, sua gente e os acontecimentos que os nossos descendentes irão conhecer.
Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana nº 16 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 25/02

“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.




Dia de hoje no tempo.


1900 - Passeio de recreio da filarmónica “Victoria” à cidade de Cachoeira.

1917 - Tendo de deixar esta cidade, por ter sido nomeado vigário da freguesia da Purificação, de Santo Amaro, recebe expressiva manifestação popular o padre Gomes Loureiro, capelão do Asilo de N. S. de Lourdes.

MICARETA DE FEIRA DE SANTANA BAHIA 1960

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 24/02

“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo.




1836 - A câmara pede ao governo estadual um auxílio de 8 contos para reforma da igreja de Sant'Anna que “existe apenas com um acanhado princípio já arruinado inteiramente fora das proporções que devem ter os templos sagrados”.

1909 - Em substituição ao alferes Julio Magno Stanchi, assume as funções de delegado de polícia do termo o tenente Antonio Bacellar Guimarães.

1910 - Desabam sobre a cidade, às 2 hs. da tarde, após rápida chuva de pedras, fortíssimos aguaceiros, acompanhados de violentas descargas elétricas. Um raio põe abaixo parte do telhado da casa n. 101, à Rua General Osório.

ANIVERSÁRIO DE NOEL E MARIAMELIA

 Comemorando mais uma etapa do caminho da vida santanopolitanos, do signo de Peixes, sob proteção de Iemanjá, Emanoel Brito Portugal (Noel) e Mariamelia Dórea Sena.
Parabéns por hoje, mas felicidades sempre.

domingo, 23 de fevereiro de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 23/02


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo.
 

1894 - Funda-se o clube carnavalesco “Netos da Lua”.

1913 - Morte do velho e estimado português Antonio Fernandes da Silva.

1919 - Festa da Padroeira. Prega, ao Evangelho, o cónego Christiano Muller.

ANIVERSÁRIO DE CID, GODOZINHO E MARIA TORRES

 Comemoram mais um ano de vida os santanopolitanos, do signo de Peixes, sob proteção de Iemanjá, Cid Daltro, Godofredo Navarro da Silva Filho (Godozinho) e em especial Maria Conceição Torres que de todos os santanopolitanos vivos, é a mais idosa, completando hoje 102 anos.Nosso desejo é a repetição deste evento por muitos anos com saúde.
Godozinho

Cid

sábado, 22 de fevereiro de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 22/02


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo.



1893 - Conferência de Ruy Barbosa, no teatro S. João, da capital, em benefício do Asilo N. S. de Lourdes.

1913 - Espetáculo do “Grémio Dramático Arthur Azevedo” no teatro SantAnna.

1914 - Passeio de recreio da ph. “25 de Março” à capital do Estado.

REGISTRO DE LEOPOLDO PIRES DA SILVA

Leopoldo foi aluno e professor de matemática

ANIVERSÁRIO DE MARGOT


Aniversário da santanopolitana, do signo de Peixes, sob proteção de Iemanjá, Margarida Jesus Valverde (Margot).
A vida é um milhão de novos começos movidos pelo desafio sempre novo de viver e fazer todo sonho brilhar. Feliz Aniversário!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

CONTEXTUALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA DE FEIRA DE SANTANA


Alpiniano Reis Oliveira Filho - Engenheiro Civil, servidor aposentado da EMBASA, é membro da academia Feirense de Letras.
     



Na década de cinquenta em Feira de Santana, com o sistema tubular de abastecimento público de água inexistente, duas imagens eram frequentes na cidade: o aguadeiro que captava água em fontes naturais, lagoas ou cisternas e atendia a população mais carente comercializando água em carotes transportados em lombo de animais, sendo diferenciado entre o fornecedor de água para beber, ao preço de 800 réis por carga de quatro carotes de 20 litros (foto 3) cada e o fornecedor da água para gastos, vendida por 400 réis, a metade do preço, e os cata-ventos sobre torres metálicas treliçadas que utilizavam a energia eólica no bombeio de água de poços nas residências dos mais abastados e em alguns órgãos públicos como mostra na foto 1 e 2, o existente na sede da Prefeitura Municipal. Para abastecimento também eram utilizadas as cisternas em algumas residências com disponibilidade de área, evitando-se a proximidade das fossas.
Foto 1 - Catavento da Prefeitura
 no 2º plano. atrás do
Colégio Santanópolis - 1933 
      Conforme noticiou o Jornal Folha do Norte na edição de 26 de janeiro de 1957, aconteceu a inauguração do primeiro serviço público de abastecimento de água da cidade de Feira de Santana, transportada através da rede tubular e atendendo a população do centro da cidade por meio de ligações domiciliares. Esta opção foi viabilizada mediante a utilização de três poços perfurados no entorno da Lagoa Grande em lugar da opção de utilização do rio Paraguaçu como manancial de superfície para captação, dado a extensão e o alto custo da rede adutora além da necessidade da instalação de uma unidade para tratamento da água bruta.
Foto 2 - Catavento em frente ao
antigo mercado do fato, atual
Secretaria de Habitação,
hoje a feirinha de verduras 
Foto - 3 Jegue carregado
com quatro carotes
Somente no ano de 1957 - ainda mantendo-se o projeto inicial - foi concluída e inaugurada a obra através do Serviço Especial de Saúde Pública - SESP com projeto elaborado para início de operação no ano de 1950, atenderia uma população de 27.000 habitantes.
Obviamente que, passados sete anos, o per capta diário calculado em 150 litros para cada habitante já estava defasado, não sendo possível atender sua respectiva população com a vazão de 17,5 litros por segundo de cada equipamento de bombeio instalado nos três poços, justificando assim a perfuração de poços à medida que fosse necessário, como diz o
mencionado jornal.
Foto 4 - Reservatório da rua
Cristovão Barreto esquina com
r. Castro Alves (acervo do autor)
Um gerador energizava as motobombas dos poços as quais operavam lançando diretamente na de distribuição, ou seja, considerando toda cidade satisfatoriamente atendida, a produção excedente de água seria acumulada em dois reservatórios para compensar o consumo nos horários de pico. Trabalhando como reservação de jusante, os dois reservatórios em estrutura metálica apoiadas e de formato cilíndrico com 20 metros de altura por 12 metros de diâmetro, reservando cada um aproximadamente 2.250 metros cúbicos de água, sendo um localizado no antigo Pilão sem tampa - atual Rua Cristóvão Barreto, numa antiga área situada na esquina com a Rua Castro Alves (foto 4)  e o outro no Jardim Cruzeiro, na área onde hoje se situa uma Escola Municipal (foto 5).
Foto - 5 Reservatório do Jardim
Cruzeiro próximo ao Estádio
Municipal -  (acervo do autor)
Morando nas imediações da Rua Cristóvão Barreto, lembro-me ainda da inscrição em letras pretas no alto do reservatório: RM.F.S. - S. A.M.A. - Cap. 2.250 M3 (Prefeitura Municipal de Feira de Santana Serviço Autónomo Municipal de Agua - Capacidade de 2.250 metros cúbicos de água). Estes reservatórios metálicos desativados em 1971 com a implantação do novo Sistema Integrado de Abastecimento de Água - SIAA de Feira de Santana através do Rio Paraguaçu, foram leiloados como sucata pela concessionária Embasa e demolidos por volta de 1982.
O sistema então dimensionado para uma população estimada em 60.000 habitantes para o fim do de 20 anos (1970) muito antes já obrigava a busca e o estudo de outro manancial            para abastecimento da cidade feirense diante a demanda exigida pelo crescimento populacional.
A existência da Barragem de Bananeiras, localizada a 13 km da cidade de São Felix, que foi construída em concreto armado no ano de 1930 no curso do Rio Paraguaçu com finalidade em aumentar a oferta de energia elétrica para as cidades de Salvador, Feira de Santana, Santo Amaro, Conceição da Feira, São Gonçalo, Cachoeira, Muritiba, Cruz das Almas e São Felix, anteriormente cogitada, foi eleita como opções para o abastecimento de água de Feira de Santana, sendo utilizado o barramento existente para a instalação da unidade de captação de água bruta.
O denominado Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Feira de Santana, Conceição da Feira e São Gonçalo inaugurado em 25 de fevereiro de 1971 (S1MAS, 2015) tinha capacidade máxima para tratamento de 320 litros de água por segundo, tendo uma Estação de Tratamento de Agua Convencional - ETA, três elevatórias de água sendo uma de captação de água bruta e duas de água tratada, aduzindo para um reservatório apoiado com capacidade de armazenamento de 3.500 metros cúbicos localizado na Serra da Conceição no município de Conceição de Feira. A partir da cota elevada do reservatório da Serra, a adução da água tratada dava-se por gravidade, com derivação em dois pontos para abastecimento das cidades de Conceição da Feira e São Gonçalo antes da chegada à cidade de Feira de Santana. A adutora, tanto no trecho por recalque quanto no trecho por gravidade, era constituída por tubulação em aço com diâmetro de 600 milímetros e extensão total de 32 km.
A vazão de chegada em Feira de Santana era regulada por uma Torre de Equilíbrio com aproximadamente 30 metros de altura, sendo mais conhecida como Chaminé do Tomba por sua localização no bairro do mesmo nome. Em estrutura metálica e formato cilíndrico de onde partiam três linhas troncos de distribuição de água com diâmetro de 550 milímetros e estendidas ao longo das artérias Papa João XXTÍI, Avenida Senador Quintino e a Avenida João Durval (antiga Avenida Anchieta). O referido sistema contemplou também a implantação de novas redes e ligações domiciliares, inclusive com o aproveitamento de parte da rede de distribuição de água do antigo sistema (1957) constituído em tubos de cimento amianto e existentes no centro da cidade de Feira de Santana. Este Sistema Integrado de Abastecimento de Água - SIAA teve sua gestão transferida para o estado, sob a responsabilidade da Companhia do Saneamento do Estado da Bahia - COSEB a qual diante o Programa Nacional de Saneamento - PLANAS A passou para a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. - EMBASA em 1975 através de uma concessão municipal.
No início da década de oitenta o SIAA Feira de Santana, Conceição da Feira e São Gonçalo já se encontrava subdimensionado para atendimento à população feirense, exigindo a utilização de manobras na rede de distribuição. Nesta época a cidade de Feira de Santana dispunha além do  SIAA do Paraguaçu o Sistema do Centro Industrial do Subaé, que fazia o atendimento as indústrias instaladas ao longo da BR-324 e bairro do Tomba e a distribuição nos bairros do 35 BI, Parque de Exposições e adjacências. Este sistema não mais existente era constituído de poços artesianos localizados nas proximidades da Lagoa Grande e recalcado para um reservatório elevado de 500 metros cúbicos, localizado nas imediações do viaduto da BR-324.
A consequente formação do lago com a construção da barragem de Pedra do Cavalo no ano de 1986 deixaria submersa a barragem de Bananeiras e as unidades de Captação, Estação de Tratamento de Água ETA e uma das Elevatórias de Água Tratada do SIAA de Feira de Santana. Consequentemente, no mesmo ano, já se encontrava concluída a prrimeira etapa das unidades do atual SIAA com capacidade inicial de tralamento da vazão de 1.000 litros de água por segundo. Com a relocação do ponto de captação de água bruta para às margens do Lago Pedra do Cavalo na mesma obra para atender o fim de plano de 1.500 litros por segundo, foram construídos em paralelo a adutora existente de 600 milímetros outra linha adutora em aço com diâmetro de 800 milímetros para o trecho de recalque e 900 milímetros de diâmetro no trecho de adutora por gravidade, dois reservatórios apoiados de 10.000 metros cúbicos de água cada, localizados na Serra da Conceição com cota mais elevada que o existente. A segunda etapa da Estação de tratamento deu-se em 1997, sendo atingida a vazão de 1.500 litros por segundo para atendimento além da cidade de Feira de Santana as sedes dos municípios de Conceição da Feira e São Gonçalo.
Digno de nota foi o período de enchimento do Lago Pedra do Cavalo em que o nível da água já havia submerso parte do antigo sistema, mas não havia atingido a nível mínimo das novas instalações de captação de água. Como alternativa técnica foi utilizado um sistema intermediário flutuante, onde as bombas instaladas sobre uma barcaça aduziam a água bruta por mangotes de borracha até a ETA. Certo dia, causado por uma rápida falta de energia, ocorreu o chamado golpe de aríete rompendo a voluta de uma das bombas, inundando o interior da barcaça e a fazendo submergir deixando todo sistema público de água completamente desabastecido. Uma equipe de mergulho especializada foi contratada para atuarem na abertura das comportas inferiores da nova unidade de captação que oportunamente já se encontravam submersas, ao tempo que fizeram recuperação da barcaça.
Um fato curioso foi também a construção do reservatório elevado de 3.900 metros cúbicos localizado no bairro do Tomba para recebimento da água para distribuição em Feira de Santana. A cuba de reservação com 30 metros de diâmetro por 10 metros de altura construído em concreto e apoiado ao solo, sendo toda essa estrutura içada por macacos hidráulicos para o alto do fuste de 30 metros que havia sido simultaneamente construído. (Foto 6).
Foto - 6 Caixa d'água do Tomba
 (acervo do autor)
Na concepção desse Sistema de Distribuição de Água da cidade de Feira de Santana foi também adotada a funcionalidade do reservatório elevado como sendo de compensação, similar ao primeiro sistema.
O que operacionalmente no início foi possível, ao longo do tempo foi perdendo sua eficiência por decorrência até mesmo da expansão do sistema atendendo localidades rurais no município de Feira de Santana, além do abastecimento de água das sedes dos municípios de Santanópolis, Santa Bárbara e Tanquinho (1988) e alguns dos gerando assim constantes despressurização nas redes de distribuição da cidade feirense.
Na busca de amenizar o problema do desabastecimento, várias alternativas foram postas em prática como a construção de elevatória intermediária no trecho de recalque de água tratada e o intenso combate a perdas com a implantação de zonas de abastecimentos dotadas de macro medidores e monitorados por telemetria.
Em setembro de 2016 foi inaugurado o Centro de Reservação Feira Norte formado por três reservatórios apoiados de 8.000 metros cúbicos cada, construídos emplacas pré-fabricadas em fibra de vidro adquiridos nos Estados Unidos. Visando agilização da obra, também curioso foi a instalação dos mesmos, que tiveram como técnica de construção no primeiro momento a execução da cobertura, sendo a mesma elevada à medida da montagem das paredes, iniciando com as placas superiores e sequenciando até a base de concreto, previamente preparada. (Foto - 7)
Foto - 7 Uma das células de reservação
de 8.000 metros cúbicos de água.
 (acervo do autor)
O Jornal da Embasa publicado em outubro de 2016 informa o início das obras de implantação do Centro de Reservação Feira Leste para atendimento a crescente demanda dessa região da cidade. Esses reservatórios, em número de dois, foram construídos em concreto com capacidade de 4.200 metros cúbicos cada e concluídos em 2018.
Até o presente o Governo do Estado tem informado sobre a ampliação da atual vazão de 1.500 litros por segundo no SIAA de Feira de Santana, que já deveria ter ocorrido desde 2005, - considerando o dimensionamento de 1985 para 20 anos. Até dezembro de 2018, estimava-se o atendimento de quase 267.000 economias para o SIAA de Feira de Santana, Conceição da Feira, São Gonçalo, Tanquinho, Santa Bárbara e Santanópolis, devendo atender uma população de aproximadamente 1,0 milhão de habitantes. Diante estas estimativas, espera-se com brevidade a construção de um novo Sistema.



Replicando: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana nº 16

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

REGISTROS HISTÓRICOS DE 20/02


“MEMÓRIAS DE ARNOLD FERREIRA DA SILVA"
Organizado pelos santanopolitanos, Carlos Alberto Almeida Mello e Carlos Alberto Oliveira Brito e editado "Fundação Senhor dos Passos". Núcleo de Preservação da Memória Feirense - Rollie E Poppino.



Dia de hoje no tempo.

Após 15 dias, Arnold Silva volta a registrar, "MEMÓRIAS".

1886 - O “Correio de Notícias” encerra e apura sua “eleição para homem mais feio da cidade”. Vence o farmacêutico Francisco Urbino da Cos­ta, obtendo votos, entre outros, Salles Barbosa, Cândido Pinto de Queiroz, Cícero Carneiro da Silva, Virgilio Fiúza Barreto e Dr. Jacintho Fer­reira da Silva.

1916 - Regressa a capital o Dr. Julio David, após sua permanência nesta cidade.

1842 - Sob a presidência do vereador Manoel Joaquim Pedreira Sampaio, a câmara organiza o orçamento da sua despesa para o exercício de Io de outubro de 1842 a 30 de setembro de 1843, o qual atinge a rs. 2:64-$, assim distribuídos: ordenado ao secretário 500$, ao porteiro 100$, ao continuo 80$, ao promotor público 200$, ao carcereiro 40$, ao médico ou cirurgião 100$; gratificação ao procurador 200$, despesas com o júri, serviço da justiça e hospedagem do Juiz de Direito 140$; limpeza, água e luz da cadeia 60$; aluguel das casas para cadeia, câmara e júri 260$; para calçadas 600$; eventuais 100$.

Filme do Santanopolis dos anos 60