Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

quinta-feira, 31 de março de 2011

II ENCONTRO DE SANTANOPOLITANOS

ENVIADA POR:
LUDMILA O. CAVALCANTE
Na foto Célia Gabriel Lima, foi aluna e funcionária do Colégio Satanópolis.
Ao lodo seu espôso.

QUADRA POLIESPORTIVA

Quadra de esportes do Ginásio Santanópolis em 1934.

FALHA IMPERDOÁVEL


Este blog é mantido com postagens minhas e de Laura Alvim Nunes mas, a maior colaboradora com comentários inteligentes e envio de fotos é NEIDE SAMPAIO OLIVEIRA, aniversariante de ontem dia 30. Lamentando a falha, vai daqui o desejo para que nos próximos anos bloguemos no dia certo, encontrando a ativa santanopolitana com saúde e felicidade junto aos seus.

terça-feira, 29 de março de 2011

QUEM LEMBRA DO BRUCUTU?

Então; isto foi no ano de 1966 mais ou menos, era uma tarde de outono,  eu lendo uma revista da época,  precisamente a página de "mexericos da Candinha", quem lembra? Eu li que estava na maior onda em São Paulo e no Rio de janeiro a moda  lançada por Roberto Carlos,  de usar brucutu no pescoço. Tudo que se referia a ele eu queria saber... pois era apaixonada por ele. Paixão da minha vida com meus treze pra quatorze anos de minha adolescência!
 Procurei saber do que se tratava e descobrir que era uma pecinha,  pequena por onde saia água do limpador de para-brisa do carro,  precisamente o fusca da época.
Imediatamente testei e conseguir tirar do primeiro que me apareceu na frente,  facílimo de tirar ; não deu nenhum trabalho.
Foi o primeiro brucutu que eu roubei...me tornei o maior terror nesta cidade; não podia ver um fusca! todos eu tirava a pobre da peça.
Isto se  tornou uma epidemia,  a esta altura do campeonato eu havia formado uma verdadeira quadrilha. Só lá no colégio,  claro que eu era a chefa, tinha;  Marise, Rute, Telma, Socorrinho, etc.
Acho que Sheila também fazia parte, saíamos todas do colégio pra caçar brucutu  (roubar) a palavra certa. não sobrava nenhum.
Eu distribuía pra todo mundo a gente enfiava a pecinha numa corrente e pendurava no pescoço; uma gracinha! Eu lancei esta moda,  aqui em Feira todos os jovens usavam...
Ai! Ai! se minha mãe descobrisse eu ia levar uma surra...
Só minha irmã Célia sabia desta minha delinquência,  nesta época noiva de Expedito,  ele me dava conselhos; pare com isto cunhada pois é muito feio! Eu já tinha tirado o do carro dele também. o coitado não sabia.

Então, eu quero dizer uma coisa, isto ganhou repercussão nacional muito ampla, hoje a polícia Federal ia entrar em ação não sei, o que seria da minha vida.
Alguém lembra disto? talvez os mais velhos que eu... e que tinha um fusca não esqueceram não... tenho certeza.
Eu já levei cada carreira,  tropeços e quedas nas minhas fugas pois eu tinha que correr mesmo...só faltou cachorro valente pra me pegar ou polícia pra me prender.  Eu tinha uma coleção que não tinha tamanho. Tinha orgulho da caixa de sapato enorme... lotada de brucutu escondida debaixo da minha cama. Mais quanto mais eu tinha,  mais queria ...eu não vendia não... eu distribuía de graça.
 Quem diria? Lúcia Lago...ladrona de brucutu! Que cruel! meu Deus não podia ter duas Lúcias desta não; eu não valia nada...minha  mãe pensava que eu era uma santa! Nem imaginava a cretina que eu era...
Um dia! eu inventei de tirar dos carros diferentes: partir pra Aero Willis,  meu primeiro teste foi.. diga de quem foi? Dr.Pirajá.
Lá em frente a farmácia São Luiz,  na praça da Bandeira,  eu? na maior cara de pau parti  pra o ataque...as meninas me dando cobertura claro. Eu já tinha toda técnica pra efetuar a ocorrência cruel. Menina? não prestou não... o pessoal não percebeu, mas Dr. Pirajá apareceu e me pegou no ato. 
Me pegou pelas orelhas e me deu uma bronca terrível não teve perdão não! Então minha mãe e meu Pai tomaram conhecimento.
 Me deram corretivo, claro que muitas semanas sem mesadas, castigos,  tive que devolver os brucutus todos (de quem eu lembrava claro) e tive que jogar fora o meu adorado estoque.
Tomei uma surraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, ai ai.

Parei definitivamente com aquela onda quem ganhou, ganhou quem não ganhou adeus! 
Mais,  quero dizer uma coisa: Eu não já falei que tudo tem uma explicação em outros relatos anteriores?
Vejam...Deus é bom demais! A palavra do Senhor diz assim: " O meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" sei que ele perdoa o tempo da ignorância. Claro que eu já pedi perdão e sei que ele me perdoou.
Ai, Ai...
Eu tinha um namorado na época (um grande amor),  sabe de  uma coisa? Sem saber eu salvei a vida dele! Claro que eu havia dado um brucutu pra ele,  que não tirava do seu pescoço. Ele foi passar o fim de semana na chácara do pai pra caçar, levou sua espingarda! Numa determinada hora,  que foi dar um tiro; a arma disparou contra ele e atingiu seu peito,  bateu no brucutu e não entrou no seu coração. Ele não morreu por milagre! o brucutu ficou todo amassado salvou sua vida! Pode? Deus transformou a maldição em benção na minha vida!
Hoje eu agradeço pra Deus ter me poupado de tantas coisas!

Até eu fazendo algo errado,  ele me livrou e também a vida deste rapaz salvando sua vida! creio que ele deve lembrar deste fato.Com certeza! Valeu, Senhor! fiquei devendo esta pra ti! Obrigada! pelos seus grandes feitos.

Fica registrado aqui este relato, muito obrigada!
Lúcia Lago

LANÇAMENTO DE LIVRO



            No próximo dia 03 de abril, às 11 horas, no Boteco do Vital, vai acontecer o lançamento do livro Sempre Livre, reunindo crônicas do jornalista Cristóvam Aguiar. Para que o projeto fosse possível, ele contou com o apoio da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), através do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), e do Instituto de Hematologia de Feira de Santana (IHEF). O livro, de 84 páginas, tem apresentação do médico, poeta e compositor Outran Borges, capa de Leno Aguiar e comentário de Maura Sérgia.
            Combinando com o perfil de Cristóvam Aguiar, o evento foge aos tradicionais lançamentos de livros e será realizado no Boteco do Vital, no bairro Kalilândia, (cruzamento das ruas Boticário Moncorvo e Cmdte. Almiro) onde haverá música ao vivo com artistas feirenses, exposição e venda de livros de cordel e discos de artistas feirenses, além de contação de causos e atividades diversas. Também não estão sendo distribuídos convites formais. Estes são feitos de boca em boca, via telefone, email, ou mesmo através dos programas de radio, blogs e jornais. “Todos sintam-se convidados. Os meus amigos, desafetos, conhecidos, desconhecidos. Sem distinção. O espaço é aberto”, diz.
           O autor também inova nos autógrafos. “O livro estará à venda (R$ 15) numa mesa, mas eu não vou ficar sentado lá dando autógrafos. Eu quero sentar em cada mesa, conversar e beber com meus amigos e autografar os livros ali. Não me passa pela cabeça a idéia de ficar sentado sozinho dando autógrafos enquanto todo mundo está se divertindo. Acho isso um saco”, diz ele.
            O local escolhido para o evento não poderia ser outro. Cristóvam explica que o Boteco do Vital é o lugar que ele frequenta há mais de 50 anos, pois chegou ao bairro ainda menino e ia até lá comprar doces e refrigerantes. Depois de adulto continuou frequentando o lugar onde até hoje costuma se reunir com seus velhos amigos para beber e conversar.
            Sobre o livro o autor diz: “Creio que posso dizer o mesmo que o meu compadre Dr. Wilton Lima disse do primeiro (A Levada da Égua). É um saco de risadas. São histórias que eu vivenciei ou ouvi contadas por aí. Os personagens são pessoas do nosso cotidiano, mas nem sempre eu posso dar os nomes. A maioria das estórias são verdadeiras, embora eu tenha fantasiado um pouco para dar mais graça à coisa”, finaliza

CARTEIRA DE ESTUDANTE

ENVIADA POR:
EDMUNDO BORGES SOUZA
Mundinho, como é conhecido, guardou todas as carteiras de estudante durante seus três anos em que estudou no Santanópolis.

segunda-feira, 28 de março de 2011

ANTES E DEPOIS

 Fernando Risadinha em 1970 - Responsável pelo audio na posse dos candidatos eleitos no Estado Santanópolis

Fernando em 2010
Cuidando do audio no II Encontro

II ENCONTRO DOS SANTANOPOLITANOS



ENVIADA POR: MOEMA MIRANDA
Na foto Adauto e Erisvaldo Miranda



ALUNAS DO SANTANÓPOLIS

ENVIADA POR: MÉRCIA DE ARÚJO COSTA - Só reconheci Mércia, no centro da 2ª fila.

domingo, 27 de março de 2011

ANIVERSÁRIO DE ARLINDO VAGNER FRANCO SANTANA



 Mais um ano de vida para o santanopolitano Arlindinho, como é conhecido. Desejamos a repetição deste evento muitos anos, com muita saúde e felicidade

sábado, 26 de março de 2011

ALUNOS DO SANTANÓPOLIS

ENVIADAS POR: JOÃO FÉLIX MAGALHÃES
QUANDO - 1955
A foto à esquerda, Alda Torres já falecida,  esposa de João Félix, à direita.

sexta-feira, 25 de março de 2011

DESFILE DE SETE DE SETEMBRO

DESFILE DE SETE DE SETEMBRO - QUANDO: INÍCIO DA DÉCADA DE 40. Av. Senhor dos Passos, reparem que à direita a Igreja ainda estava sendo construida.


quinta-feira, 24 de março de 2011

ANIVERSÁRIO DE NÉLIA CAJAÍBA

Hoje é o aniversário da santanopolitana Nélia Suely Cajaíba Barbosa, nós do Blog Santanópolis nos juntamos a seus familiares na alegria deste evento, desejando que se repita por muitos anos, com saúde e felicidade.

ALUNOS DO SANTANÓPOLIS

ENVIADA POR: JOÃO FELIX

Só reconhecida a segunda da foto, Alda Torres.

quarta-feira, 23 de março de 2011

LÚCIA LAGO - SAUDADES

Recebi e-mail de Lúcia, com este texto, onde mudei para azul os nomes dos Santanopolitanos:

Hoje eu acordei mergulhada em lembranças, varrendo minha mente de uma forma tão viva e real que me deixou pensativa, sabia que em primeiro lugar, teria que agradecer ao meu Senhor! meu Deus que amo tanto...que me permitiu ter oportunidades, que tantos não puderam ter. Obrigada meu Jesus por tua presença em minha vida! Que permite que eu acorde com saúde física e mental, que me proporciona alegrias e que também me ajuda a ter sabedoria para aceitar e entender o que não posso mudar. Te amo tanto meu Deus lindo! tu és a razão do meu viver! tu me criaste para o louvor da tua glória Pai. Eu sei.
O que tenho pra dizer? Lembrei tão vivamente do meu querido colégio Santanópolis e comecei a passear...me lembrei do meu primeiro dia ali: menina ainda... magrinha, não sabia nada desta vida, fui me enturmando aos poucos, fazendo amizades e descobrindo um novo mundo que estava se descortinando diante dos meus olhos.Tudo era novo para mim. Tive um curso primário fantástico, tive a oportunidade de ser aluna de uma grande mestra, Professora Rita Viera (que saudade),ela era mãe, nos contava histórias dia de sábado, cortava nossas unhas, fazia vistorias em nossas cabeças (pra não ter piolhos), penteava nossos cabelos, mas também fazia sabatinas de aritmética com uma régua de madeira enorme...e aplicava bem quando não acertávamos a tabuada, puxava também nossas orelhas, literalmente eu apanhei na sala de aula, naquela época era assim...Mais ele era amiga, mãe zelosa nos disciplinava com amor! Sabe o que é, uma criança chegar na escola toda molhada de chuva? ela parou a aula que estava ministrando, atenta para minha necessidade, me levou pra dentro da sua casa, me envolveu com uma toalha felpuda, branquinha e cheirosa que até hoje sinto o perfume...me enxugando para eu não adoecer, passando ferro nas minhas roupas molhadas. Meu Deus eu nunca me esqueço deste amor! Rígida nas horas certas. Grande educadora, uma verdadeira heroína por saber conduzir com tanto bravura, uma turma de cinquenta alunos do maternal ao quinto ano(antigo admissão), meu Deus? tudo na mais perfeita harmonia, disciplina perfeita. Nossa escola, era na garagem da sua casa. Que exemplo de vida! Quem teve a oportunidade de tê-la como mestra, sabe do que estou falando. E olha que grandes Homens e mulheres na nossa sociedade passaram nesta escola, como Colbert Filho, Augusto Cézar Orrico, Sônia Torres, Paulo Cezar Bastos, Bebete Cohim, Marcelo Cohim e Roberto Cohim muitos e muitos que daria uma lista imensa. As nossas provinhas, elaboradas com tanto amor e carinho, ela fazia as capas de provas uma verdadeira obra de arte, nos estimulando a estudar com afinco e amor. Preciso homenageá-la, Professora Rita, mesmo sabendo que já partiu deste mundo. Agradeço a Deus inclusive, de ter tido oportunidade de conviver um pouco com ela, de estar presente em visitas ao hospital, antes de sua partida. Descanse em paz querida! obrigrada por ter feito parte da minha vida! Sempre vou te amar!
Bem, hoje é o dia das lembranças dos meu mestres que passaram pela minha vida! Talvez a experiência de ter tido uma professora tão especial...tivesse despertado na minha vida esta busca por algo perdido, com o rompimento daquele elo, do convívio intenso de todos os dias ali, dentro de uma salinha pequena e apertada mais tão aconchegante.

Mais um novo mundo se abriu para minha vida, chegou com muitos ruídos, de muitos colegas novos, com muitos professores cada um com sua performance, e começou uma nova etapa cheia de brilhos, de molho, de alegrias, de choros, descobertas e de responsabilidades, não tinha lugar para dengos.
E assim foi...aquela menina, desconcertada...arreliada cheia de sonhos! Tão descompreendida mais tão obesrvadora! Eu via em cada mestre uma característica peculiar.
Procurava minha professora em alguns deles...achei Noélia Simões, maravilhosa tão compreensiva ajudadora, nos ensinou a amar bíologia.
Professor Arlindo Pitombo meu professor de História...Nos fazia viajar com sua aulas fascinantes nos levava a viajar na história, que fascínio aprender história com ele.
Ah! professora Arminda Alencar, exemplo de vida e dignidade, linda exuberante, elegante, você mãezinha, com sua meiguice e bondade, nunca permitiu que aquela turma tão maluquinha te decepcionasse, conduzindo-a num aprendizado fantástico nas suas aulas maravilhosas de português, quem ousava te decepcionar? Você não merecia eu te amava muito também e a guardo nas minhas lembranças.
Professor Emídio meu professor preferido de matemática eu aprendi com voce.
Ah! Professor Hugo Navarro...Organização Social e Política eu lá queria saber nada disto? eu tão irreverente e desinteressada pela matéria mais eu estudava e as vezes me dava bem. Quem lembra? Prof. Hugo entrava com um cigarro nas mãos com seu jornal nos dias de provas e fazia de conta que nem estava ali...e assim passavam nossos "anos dourados" no nosso querido colégio Santanópolis.
Prof. Planzo sua aulas de estatística como foram valiosas para mim quando trabalhava na Receita Federal. Gente? nada acontece por acaso em nossas vidas, tudo tem um retorno!
Lembro das aulas de artes e desenhos com Professora Angelita Sangalo, e nossa tão temida e saudosa Hemengarda, eu era louca para vê-la sorrir um dia e terminei vendo.
Evandro! quero falar agora de você nosso ídolo, criativo, com sua aulas de Educação e Base, nos transportou para uma nova realidade, fazendo aquela turma tão insubordinada...se enquadrar, de uma maneira sábia sem precisar usar mão de ferro.
E você podia fazer isto, pois era nosso Diretor e nos levou a compreender coisas, que ninguém nos havia mostrado até então. Nos ensinou religião, sobre a primeira e segunda guerra mundial nos mostrou quem foi Hitler. Nos ensinou a ser empresários a ser políticos até nos ensinar a fazer um júri em sala de aula que maravilha? Evandro você foi inspirado por Deus pra nos dá responsabilidades mostrando e despertando sentidos e valores que até hoje guardo comigo. Eu te agradeço meu mestre acho até, que me tornei alguém de valor com suas referências. Você foi amigo de nossa turma , nos entendia, nos ajudava a melhorar quando precisávamos de conselhos você Evandro; Quando estávamos em nossa sala, naquele mundinho em que nos entocávamos um pouco perdidinhas um pouco naufragas, já no segundo e terceiro ano normal, você aparecia sempre na hora certa, acho que você sabia que precisávamos de compreensão e você nos entedia...e nos ajudava sempre de maneira sábia. Nos perdoe por termos sido tão irreverentes e rebeldes muitas vezes e talvez tenhamos trazido momentos difíceis pra vocês mestres queridos. Acho que nossa turma representou desafios para Secretaria e Diretoria naquela época, mais nós éramos tão indefesos e inocentes em relação as nossas dúvidas e incertezas de uma fase da nossa história brasileira, em que não podíamos ser o que queríamos, nem tínhamos o direito de nos expressar. Haviam olheiros em toda parte...Pra falar a verdade fomos rebeldes santos, hoje avalio assim.
Quero dizer que amo vocês, lembro de Baby ainda jovenzinha, grávida de Ludmila linda, esguia, elegante sóbria com Evandro José ainda e com seus tres anos de idade segurando sua mão, andando pelo colégio ainda lembro nitidamente. Lembro que foi minha primeira professora de português quando entrei no ginásio depois entrou uma substituta Dalva pois você foi ter criança lembra?
Quero salientar, que nunca tive oportunidade de expressar minha gratidão e apreço por vocês e que estou fazendo agora, muito obrigada por ter conhecido voces! Que o Senhor cubra vocês e toda a família com bênçãos sem medidas.
Lúcia Lago

terça-feira, 22 de março de 2011

SANTANOPOLITANOS TRISTES

Faleceu hoje Rosilda Bitencourt Portugal, esposa de Emanuel Brito Portugal (Noel), mãe de Elmano Portugal, Sérgio Portugal e Noel Portugal, todos santanopolitanos. nossos profundos sentimentos.

ANTES E DEPOIS

1970 - Final do curso Pedagógico
2010 - II Encontro

Maria Juçária Oliveira

EDUCAÇÃO RURAL

Texto da: Santanopolitna Ludmila Oliveira Holanda Cavalcante
Doutorado em Educação, Universidade Federal da Bahia (UFBA); Professora Adjunta da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). E-mail: ludmilaholanda@yahoo.com
Publicação SCIELO


Educação rural: contexto, história e construção de lugar

As relações de poder e produção do rural foram construídas sob a lógica de uma sociedade excludente, discriminatória, injusta que teve sua saga iniciada junto ao desequilibrado processo de divisão de terras do Brasil Colônia (PRADO JÚNIOR, 1979; MARTINS, 1985; OLIVEIRA, 2001).
É este rural, iniciado na sociedade agrária exportadora, que abriga as nuances de relações antagônicas entre o "dono" da terra e o que "habita" na terra, os que possuem a terra, e os que pertencem à terra. Nesse rural, as políticas educacionais delongaram-se, e pouco conseguiram alcançar de suas demandas e necessidades ao longo da história brasileira (CAVALCANTE, 2007).
A educação rura,l instituída no início do século XX, tem sua história, atrelada ao mundo da produção capitalista dos contextos urbanos. Tais "políticas", quando chegaram em doses residuais, traziam em sua essência socioeducacional o que restava de propostas do mundo dos escolarizados das cidades, em versões de projetos, campanhas e palavras de ordem que vinham com suas multifacetadas intenções demarcadas pelo desejo de conter a população rural nos seus lugares de origem, ainda que sem condições dignas de neles sobreviverem.
Entre efêmeras e casuais intervenções socioeducacionais para os adultos e adaptações equivocadas de escola urbana para as crianças, sutilmente delineava-se mediante a incompetência do estado, um perfil de estudante "possível" no rural: inadequado ao mundo urbano, despreparado para os potenciais do local.
Pode-se afirmar que a falta de uma política, foi a política educacional do rural em sua cor mais viva ao longo da história da educação brasileira. O século vinte trouxe a urbanização, a industrialização, o desejo de crescer e ao mesmo tempo a quase incontrolável e já conhecida, vontade de "guardar" para poucos os possíveis louros que o "desenvolvimento" poderia trazer. Para o rural, pouco restava senão fugir do determinismo da vida sem rumo, ou ficar para fixar-se nos rumos que este bicho moderno do "desenvolvimento urbano", delegava ao seu "quintal".
A escola rural representava o local onde se pretendia dizer que se estuda. De fato, pouco de escola poderíamos encontrar nos contextos dilapidados espalhados pelo interior do Brasil; escolas sem qualquer condição de abrigar suas crianças para o mínimo de ambiente qualitativo de aprendizagem. Aprende-se por conviver com o outro (esta riqueza que a relação com o outro nos proporciona), mas não por haver no contexto institucional, o primordial e necessário aparato que as escolas exigem para que o "ambiente educativo" (onde o saber elaborado ganha cenário para instalar-se como propriedade e função social da escola) esteja disponível aos seus educandos e educadores.
A quem interessava o sucesso, ou pelo menos o bom funcionamento das escolas no rural? Esta pergunta possibilita avaliar o que está por trás da história "das lacunas". O sujeito que se educa é o sujeito que conhece sua história de direitos e deveres sociais, é o sujeito que se pronuncia como um sujeito de direitos (TELLES, 1999). Na lógica do capital, da hegemonia entre os grupos, o sujeito de direitos não precisaria estar-se formando em qualquer canto do país de tamanho continental. O rural, sua história de equívocos sociais, ambientais, políticos e culturais precisaria ser contido. Basta, na lógica urbanocêntrica e consumista, ser o quintal que produz, que exporta, ou que alimenta o urbano e sua sede de possuir, ter e ser a referência de cultura e conhecimento socialmente reconhecido. O rural abriga a todos em sua quase "benevolente" abundância natural, a cidade o contempla de longe, tanto no olhar distante, como na construção simbólica de distantes mundos e privilégios.
Nos meados do século vinte, sopram-se os ventos da Educação Popular (EP) em contraposição ao que se institui como política educacional para todos. Da EP emerge o desejo da transformação da educação e questionamentos sobre a escola para a classe trabalhadora, esta instituição que não contempla seus sujeitos e ambientes, ou que os faz querer fugir do que possuem como sujeitos de mundos próprios, produtos e produtores da história da sociedade como um todo. A Educação Popular passa a enxergar estes sujeitos num processo encantador de criadores e criatura onde "educar e educar-se, na prática da liberdade, é tarefa daqueles que sabem que pouco sabem [...] (FREIRE, 1983, p. 25).
A educação popular de resistência, nos anos 60, nasce da labuta dos que percebem o potencial de transformação da educação. Dos educadores populares que questionavam o potencial pedagógico politizador da escola formalmente instituída e acreditavam que frequentá-la não garantia a qualidade de formação dos sujeitos desprivilegiados da sociedade capitalista brasileira.
Frequentar a escola e não se ver representado por esta escola, era o dilema de muitos. Não ter sequer acesso a esta escola, o dilema de tantos outros. A EP alcançava os jovens, os adultos, os filhos de muitos desses, no rural e no urbano. A educação popular, em seu viés por vezes assistencialista, militante ou evangelizador (PAIVA, 2003), trocava em miúdos os desencantos da sociedade que os explorava e que os queria guardados como população sob controle e vigília, avançando apenas quando necessário fosse, para a ordem do capital e poder.
É possível afirmar, que entre o mundo dos "mais" e "menos" privilegiados socialmente, reinava ainda os matizes discriminatórios de cor, de credo, de gênero, de escolarização [...] tudo isto em dose ampliada, quando no hiato territorial que sai do urbano e chega ao rural.
Mas é no final dos anos 50 e começo dos anos 60 que um rural combativo estaria por mostrar sua força e repercussão para além dos seus territórios invisíveis a olhos nus e quase indiferentes da sociedade brasileira (WANDERLEY, 1984; PAIVA, 2003; PALUDO, 2001)4. No cenário da educação popular dita "transformadora", os contextos de prática pedagógica nos quintais comunitários provavelmente ao redor da escola, traziam um novo referencial de educação para o povo do rural. A educação popular, entre a fé cristã de vida e de luta, inegavelmente trouxe para o contexto de mobilização social nos rurais do país, o potencial da educação de militância, inconformidade e rebeldia política.
Muitos movimentos populares dos anos 60 e 70 (PALUDO; 2001), sob o fogo cruzado da ditadura militar, conseguiram de forma admiravelmente brava, respirar e manter o fôlego da luta. Chegaram vivos e reconfigurados, quase letargicamente aos anos 80 (GOHN, 2002), e então com a Constituição de 88, após os deslumbramentos e acirradas batalhas políticas nas relações de poder readequadas ao momento de redemocratização, surgiu enfim a possibilidade indelével de se buscar a alma do sujeito de direitos, o "sujeito falante" (TELLES; 1999).
A Constituição de 88, entre processo (que a antecede) e produto, traz uma linha divisória para a discussão dos direitos sociais no Brasil. Simbolicamente falando, é a partir dela que um novo patamar de condição social, ou a percepção da sua necessidade, pôde instalar-se no universo das políticas públicas (FRIGOTTO, 2002). Para a educação no rural não foi diferente (FERNANDES, 2001).
Este processo democrático, pós ditadura militar no Brasil, tem muitas facetas: entre elas a participação dos movimentos sociais. Os movimentos populares das décadas anteriores trouxeram para a configuração teórica e de mundo, a nova faceta de Movimentos Sociais (GOHN, 2002; LEHER, 2001; SHERER-WARREN, 1996). Os movimentos populares em busca da terra no rural, da escola ou da creche no urbano, se articularam como plataformas mais consubstanciadas: terra com escola, trabalho com creche, ambiente com trabalho [...] qualidade de vida. Para alguns, os movimentos sociais (e o tardio debate acadêmico correndo atrás de sua dinâmica de vida e luta) nos 80 e 90 reivindicam um novo projeto de sociedade (TORAINE; 1998; SHERER- WARREN, 1998), embebidos da possibilidade dos direitos que a Carta Magna permitia anunciar.
Na gangorra política entre sociedade e estado (CAVALCANTE, 2007), os Movimentos Sociais do Campo ganharam protagonismo. Certos de que o rural, este lugar que representava a escravidão dos sujeitos ao capital do senhor, não os representava, queriam o campo, este lugar que pode ser o "rural em movimento", quando os sujeitos falantes se pronunciam em busca de um mundo melhor e possível ao longo das duas últimas décadas.
Nesta lógica, a escola rural subiu ao trono dos réus: que escola é esta que se encontra no campo? Porque não podiam ter a escola do campo no campo?
Na dinâmica do que temos e o que queremos, os sujeitos do rural em movimento construíram (não solitariamente) o percurso da Educação do Campo que se pronunciava de forma irrefutável e quase surpreendente no Brasil dos anos 90 e 2000, como veremos a seguir.

Educação do campo: contextos, histórias e percepção de ambientes
O Movimento de Articulação por uma Educação do Campo, surgiu nos meados dos anos 90 (ARROYO; CALDART; MOLINA, 2004), quando os movimentos sociais do campo, em especial o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), junto a entidades de organizações sociais como Organização das Nações Unidas pra Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Universidade de Brasília (UnB) e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), resolveram colocar na mesa de negociações com o estado, as demandas e prioridades educacionais do rural brasileiro.
Em decorrência desse processo, iniciou-se, como avanço para o diálogo entre estado e sociedade civil, o reconhecimento da necessidade de reconstrução do projeto político pedagógico para o campo brasileiro, carregado de idiossincrasias e diversidades na sua realidade plural, mas aparentemente unificado pelo mesmo princípio de equidade e justiça socioambiental em suas reivindicações e plataformas políticas5.
Segundo Caldart (2002, p. 15), a ideia da Conferência Nacional Por uma Educação Básica do Campo surgiu, durante o I Encontro Nacional de Educadoras e Educadores da Reforma Agrária (I ENERA) que, descentralizando as discussões nos estados e locais, colocavam na pauta das reflexões e práticas pedagógicas no rural, uma nova perspectiva de pensar a Educação do Campo.
Toda vez que houve alguma sinalização de política educacional ou de projeto pedagógico específico isto foi feito para o meio rural e muito poucas vezes com os sujeitos do campo. Além, de não reconhecer o povo do campo como sujeito da política e da pedagogia, sucessivos governos tentaram sujeita-lo a um tipo de educação domesticadora e atrelada a modelos econômicos perversos (CALDART, 2002, p. 28).
O desenrolar da Conferência consolida o Movimento de Articulação Por uma Educação do Campo, que colabora na construção do Seminário Nacional de Educação do Campo, em Brasília, em 2002.
Representantes do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais, Movimento dos Atingidos por Barragens, Movimento dos Pequenos Agricultores, Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, Movimentos Indígenas, Conselho Indigenista Missionário, Comunidades Quilombolas, Pastoral da Juventude Rural, Comissão Pastoral da Terra, Escolas-Famílias Agrícolas, Movimento de Organização Comunitária entre outras entidades e representações, seguraram o debate em torno do amadurecimento das discussões frente à constatação das nuances discriminatórias de gênero, credo, etnia que saltam aos olhos, quando na histórica ausência do estado no ambiente não urbano.
A pauta por Uma educação do Campo nasce de forma ampliada, revendo a concepção de sociedade e desenvolvimento, que põe no patamar das reflexões político- -pedagógicas a construção e história do país. Tamanha amplitude ao debate confere ao Seminário Nacional um caráter de vanguarda no debate da Educação do Campo, e culmina com o produto de encaminhamento político: as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, Parecer do CNE/CEB nº36 (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001). Em 2003, é criado o Grupo Permanente de Trabalho para tratar da questão da educação do campo (BRASIL, 2003), "cuja missão é reunir os movimentos sociais e as instâncias oficiais com o objetivo de discutir e definir as políticas que efetivamente atendam às necessidades educacionais e sejam um instrumento para o desenvolvimento sustentável do Brasil do campo" (INEP, 2003).
Com a Conferência de 2004, também em Luziânia, DF, em outra configuração de gestão governamental com notável entusiasmo popular, colocava-se na ordem do dia os processos de implantação das Diretrizes como política pública educacional para o campo brasileiro.
Em 2004, debates acirrados demonstraram a necessidade premente de pontuar o significado do termo "campo" como representativo de uma diversidade que se afina nos princípios políticos e éticos da sociedade, grupos e estilos de vida não urbanos do Brasil.
Inquestionavelmente, a participação das representações políticas de movimentos e entidades de reconhecida importância no cenário da educação e organização popular, foram impulsionadoras da legitimação das discussões da Conferência e da abrangência política que tais reflexões traziam para o debate educacional, de caráter surpreendentemente ousado.
Mas nos encaminhamentos da segunda Conferência, a tradução de tais reflexões e debates, estruturais e conjunturais, de remarcada força política para o universo da sala de aula, ainda parecia um cenário pouco claro para muitos que poderiam pensar no retorno aos seus cantos rurais. Entre lideranças, acadêmicos, militantes e entusiasmados, talvez restassem algumas confusas apreensões do papel da Conferência como um patamar de conquistas e (necessária) afirmação de políticas públicas e menos do significado destas no dia a dia de suas salas de aula.
Passados estes momentos de reconfiguração do desejo pela Educação do Campo, do grito e expressão de luta pelo direito de alcançá-la, resta, no decorrer destes últimos anos, avaliar em que sentido tais embates, avanços e repercussões educacionais e organizacionais alcançam o universo do rural que não presenciou este marco histórico dos movimentos sociais do campo. Ainda é preciso matutar com cuidado, como, no amanhecer de tantos outros dias, estas reflexões e construções político-pedagógicas, socioambientalmente tão importantes, alcançam o rural, o urbano (o entre lugar entre o urbano e rural), o lugar da escola fora da cidade, no meio da vida dos outros "campos" provavelmente nem sempre tão engajados.

A quem deve interessar a discussão da Educação do Campo?
É importante salientar que a discussão da Educação do Campo não deveria repousar no terreno das especificidades sem conjuntura e história que parecem contaminar as análises educacionais reduzindo-as em debates que concernem a poucos interessados. A necessidade de ampliação do debate se justifica na inegável relação campo/cidade que, na sua dinâmica de supremacia urbana, ofusca as fronteiras que delimitam as noções de exploração e superioridade sob a égide da proximidade e homogeneização cultural em tempos de tecnologias e expectativas globalizantes, as quais colocam-nos em constantes estados de perplexidade e falsos deslumbramentos (SANTOS, 2007) .
Existe sim, um mundo para além das cidades, sobrevivendo sob um ritmo diferenciado e único, ainda que respirando as lógicas urbanas que se entrecruzam nos cotidianos nem sempre longínquos.
A discussão da educação do campo precisa mesmo ultrapassar o perfil pedagógico da sala de aula, e situar esta vivência educacional no território da história do rural. Tal contexto pouco conhecido, que nos ensina via seus sujeitos em luta, como reivindicar seus direitos secularmente negados e violentados, pela quase sem consequência "ausência do estado".
A Educação do campo, longe de trazer como pauta o romantismo do ruralismo pedagógico dos anos 20 (NAGLE, 2001), coloca na mesa de negociações, o campo que se quer ter, a partir de condições de vida que se organiza no dia a dia das pessoas e suas formas de lidar com o ambiente, o trabalho no/do campo e ou a (possibilidade) de renda dele advinda. Esta luta precisa ser reconhecida pela escola como ponto de pauta e conteúdo escolar. È da história da exploração agrária que a educação do campo pode situar seus educandos e educadores. Na compreensão da sua diversidade socioambiental e organizacional, entre o "campo" dos ribeirinhos, sertanejos, indígenas, caiçaras, quilombolas, ou simples moradores do rural sem rótulos, muitas vezes situados nas zonas fronteiriças e tênues entre um rural e um urbano não tão longínquo, mas ainda assim quase inacessível em serviços e privilégios.
É na perspectiva de mudança destas relações de poder no rural que a educação pode colaborar com a construção de lugares menos inóspitos (na sua condição de vida "cidadã") e mais apropriados aos sujeitos e mundos.
A compreensão da educação rural que se transforma (em tese), na educação do campo, é inevitavelmente o resultado de um olhar politicamente referendado, que, na busca pelos direitos sociais, debruça-se na análise da trilogia educação, sociedade e desenvolvimento.
Inseridos ou não no rural do Brasil, as pessoas são cúmplices desta construção, correndo o risco de atuar, fortalecendo e reforçando os estereótipos, as imagens e simbologias que convenientemente transitam entre o mundo da gente e o mundo do outro, quando o ambiente é relacional, e faz sentido quando visto pelo olhar que se entrecruza. Os educadores estão diante de uma responsabilidade socioambiental: a de fazer valer a educação de qualidade para todos, nos cantos óbvios e campos não tão óbvios que se configuram no território do Brasil.

Conclusão
Desafios para implementação da Educação do Campo, um dever de casa a ser cumprido
Frente a todo este debate que se instala, é perceptível o quanto os movimentos sociais já alcançaram na sua busca por uma educação do/no campo que seja referendada. Muitos desses sujeitos são aqueles que não alcançaram a escola que hoje reivindicam para seus filhos.
Como contraponto, encontra-se uma outra lógica de manutenção de uma educação hegemônica e indiferente ao universo de lutas dos últimos vinte anos. Na Bahia, a contradição entre as escolas rurais espalhadas pelo estado e as escolas previstas nas Diretrizes Operacionais do Campo, é visível.
É necessário portanto que as lógicas societárias (TOURAINE, 1999) façam a sua parte colaborativa como, por exemplo, o Estado (em suas micro e macro instâncias de poder e gestão) e a academia, (dentro do seu tripé de reconhecida relevância e dilema social - o ensino, a pesquisa e a extensão).
Ainda neste texto, é pertinente provocar o leitor para a discussão dessa dinâmica acadêmica e suas formas de silenciamento sutis. Pode-se afirmar que a pesquisa acadêmica educacional ainda não trouxe para "o campo" a sua contribuição social, de forma significativa e relevante (DASMACENO; BESERRA, 2004).
Muito já foi feito nos últimos anos em torno do tema da educação do campo x educação rural, mas não necessariamente o suficiente para compensar o que de lá já foi extraído em suas veias, rios, cantos, desencantos e mundos longínquos ou não. A academia bebe do rural seus desassossegos há algum tempo, mas, proporcionalmente pouco retorna para que este rural saia do seu patamar de objeto de estudo entre o lamento e a excentricidade. O tema educação no rural é periférico, ainda que, a partir dos anos 80, a dinâmica de autonomia e inconformidade dos seus sujeitos, tenham tocado de forma singular o distanciamento acadêmico em torno de suas realidades (DASMACENO; BESERRA, 2004).
Assim como na pesquisa, o ensino (a formação docente na academia), também tem dificuldades de alcançar o rural. Cursos e especializações vão e vêm e pouco se sabe do mundo para além das cidades e suas zonas de conforto (precárias ou não). A formação docente se debruça sobre a pobreza; sobre a dilapidação da escola pública; sobre o universo violento da sociedade atual; sobre os dilemas psicopedagógicos e possíveis dramas familiares; sobre relações interpessoais no universo escolar; sobre o mundo midiático e seu potencial pedagógico qualitativo ou não. Mas a formação docente muitas vezes "esquece" de transitar entre os territórios para além do urbano, onde problemas semelhantes avançam, outros muitos mais tristes se consolidam. Os problemas no cenário não urbano (sim, existem estudantes e professores fora das cidades!) não são percebidos a olhos nus e ocupados, que apenas parecem tensos até a fronteira das suas zonas metropolitanas e depauperadas, talvez povoadas, dos habitantes do rural. Talvez, ao menos enquanto "imigrantes", tais jovens, crianças e adultos possam ter o olhar piedoso ou cético da grande maioria de professores, licenciandos e pesquisadores a postos.
Como tiro de misericórdia, a universidade resolve se render homeopaticamente, colaborando com o Estado, preenchendo editais específicos que, numa agenda compensatória, busca via a extensão universitaria, alcançar os contextos rurais em agendas pontuais e efêmeras.
Enquanto isto, as dificuldades nos contextos idiossincráticos dos rurais nordestinos (baianos especificamente), ainda são fraturas expostas: escolas ainda mal estruturadas, absortas em sua distância física e cultural. Aponta-se neste cenário, um mundo rural não totalmente formado por sujeitos de movimentos sociais (combativos, dispostos a provocar tensionamentos e enfrentamentos político-pedagógicos), onde as políticas públicas anunciam timidamente seus "avanços" permitidos, ainda que não efetivem suas ações, nem impulsione a capacidade de reinventar, nos locais, uma educação rural que se transforme em campo. E, sendo assim, ainda que exista a política de direitos, a cultura de direitos (TELLES, 1999) parece letárgica no que concerne a realidade educacional na abrangência e diversidade dos rurais baianos: exemplos de poder local, este não se apropria das discussões dos movimentos sociais que chegaram a Brasília, universidades que ainda engatinham na pertinência do debate educacional, formações docentes que recebem os reflexos desta indiferença ideológica. O rural desavisado corre então o risco de permanecer na história das lacunas.
A população do rural precisa saber da existência dos direitos de uma educação que colabore com a formação de seus sujeitos falantes, o diálogo dos poderes municipal, estadual e federal precisa ser alcançado, efetivado, qualificado e produtivo. A divisão de responsabilidades e recursos não deveria causar estranhamentos entre os poderes públicos. A sociedade civil precisa reconhecer a luta do campo como uma luta social sem fronteiras.
O embate é contínuo, aqui e ali ainda é possivel enxergar avanços e possibilidades, pois, por onde chega a luta, pode chegar a transformação da escola, rumo a uma plataforma socioambientalmente emancipatória. Se a escola rural adormecida não vê as chances, resta refletir nas possibilidades de colaborar com as provocações ao seu entorno. É possível afirmar, no entanto, que entre a luta e a labuta, o campo não é o mesmo rural de outrora e tem ensinado bastante.

ALUNAS DO SANTANÓPOLIS

ENVIADA POR: MARIA DE FÁTIMA SOUZA PORTUGAL
QUANDO- 1967
Na foto da esquerda para a direita: Ivone; Tecla; Fatinha; Baby; Terezinha Simões; Ana Lúcia; Marcy

segunda-feira, 21 de março de 2011

ANTES E DEPOIS

 WALTER CERQUEIRA CARNEIRO - A foto à direita, faz parte da capa de um CD que ele fez com bom humor ao completar 70 anos.

ANIVERSÁRIO DE CEZAR ORRICO FILHO

Aniversariante de hoje, Cezar Orrico, um dos santanopolitanos criadores do "Observatório Antares".
O Santanópolis na década de 60, criando motivação didática, promoveu durante um mês todas as disciplinas, cursos e séries, trabalhassem com o tema "TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO".
Cezar apaixonado pela a astronáutica junto com outros jovens santanopolitanos, conseguiram com o Consulado americano vários apetrechos de astronáuticas: modêlos de foguetes, roupas e alimentos de astronautas etc. Juntou-se à exposição havida no colégio sobre o tema.

PRIMEIRA BIBLIOTECA DO SANTANÓPOLIS

Primeira biblioteca do Santanópolis. Em 1934, 1ºano de funcionamento, já com uma belíssima estrutura: salas de aulas especializadas, laboratórios, quadra poliesportiva. Alguns destes equipamentos já foram postados, principalmente no Blog 1 (www.santanopolis.zip.net). Outros blogaremos no futuro.

domingo, 20 de março de 2011

NOSSOS ANOS DOURADOS

ENVIADO POR - LÚCIA LAGO

Lucía Lago, Marcia Santana e Márcia Stela Oliveira

Lúcia disse:  "Nossos anos dourados - Esta foto que foi tirada em frente ao prédio anexo ao nosso colégio, no gramado ali na frente. Eu, Márcia Santana e Márcia Stela , irmã de Gaspar da Academia da Praça."

Lúcia não informou o ano, mas como as tres foram minhas colegas no curso ginasial, deve ter sido entre 1964 e 1967.

Márcia Stela foi minha colega no curso primário na escola Anexa ao Gastão Guimarães e no Curso Ginasial no Santanópolis. É arquiteta e filha de Prfa Maria da Hora - Prfa Zeza foi professora de Ditática do Santanópolis e do Gastão (está na relação de professores da postagem do Blog 1 em 16.09.2009).

Lúcia era fã incondicional de Roberto Carlos. Na foto parece que as tres estão com albuns do ídolo.

sábado, 19 de março de 2011

AULA DE HISTÓRIA




ANIVERSARIANTES DESTA DATA

 
 ANIVERSARIANTES DO DIA: José Emanoel Moreira de Freitas; Ana Amélia de Oliveira Pimentel (foto do centro) e Maria José Gomes Boaventura, infelizmente não achamos foto. Nós do Blog Santanópolis, desejamos a maior felicidade para os três santanopolitanos.

ANTES E DEPOIS

 EDMUNDO BORGES SOUSA - foto tirada quando cursava contabilidade e atualmente.

sexta-feira, 18 de março de 2011

ANIVERSÁRIO DE RELMA SANTIAGO PINHO

 Relma a aniversariante do dia. Nós santanopolitanos desejamos que esta data se repita por muitos anos, cheios de felicidade e saúde.

MAIS PÉROLAS RARAS

Mais jóias raras enviada por santanopolitano fã do blog. 

ALUNAS DO SANTANÓPOLIS

ENVIADA POR: MÉRCIA DE ARAÚJO COSTA Turma do curso pedagógico na década de 70. Mércia, no centro não identificou as colegas, fica para quem reconhecer alguém, fazer comentário. 



quinta-feira, 17 de março de 2011

ANIVERSÁRIO DE MARIA EDNA COUTINHO

A aniversariante do dia, os nossos desejos de repetição da data por muitos anos, cheios de felicidades. 

PÉROLAS RARAS

 

 

 Estas jóias foram mandadas por e-mail de um santanopolitano.
1. este cheque é pré-datado com vencimento para 30 dias mas, não pediu para parcelar;
2. não mente, é uma coisa;
3. é mesmo tapado;
4. ecologicamente correto, aproveitamento do cartaz, é marqueting quente;
4. caxorro ferois mesmo.

ANIVERSÁRIO DE JOSEFA DA SILVA SOUZA

Aniversaria na data de hoje a santanopolitana Josefa da Silva Souza, nós do blog Santanópolis desejamos muitas felicidades.

quarta-feira, 16 de março de 2011

ALUNOS DO SANTANÓPOLIS

ENVIADA POR:
DENISE CARIBÉ FREITAS
QUANDO- 9/10/1949
Turma do Santanópolis, nesta época todo mundo andava de bicicleta, o colégio tinha um local apropriado para estacionar centenas delas.
Denise não mandou identificação, quem reconhecer alguém faça comentário.

terça-feira, 15 de março de 2011

ANIVERSÁRIO DE JANARY DOS SANTOS (COELHO)

O blog pede desculpa pela extemporanidade da data de aniversário do Santanopolitano COELHO. Foi dia 13 deste mês.

Filme do Santanopolis dos anos 60