Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O DESANDAR DA POLÍTICA

Quem examina, com algum senso crítico, a atual política que se desenvolve em Feira de Santana e se vai acirrando com a aproximação de eleições, pode imaginar que retornamos ao sistema da República Velha, que a História diz ter encontrado fim com a deposição do presidente Washington Luiz, em 1930, e se caracterizava pelo controle dos votos  pelas oligarquias.
Na República Velha pessoas se apropriavam de certo número de votos, contados como se fossem cabeças de gado em curral, o que teria originado os cabos eleitorais que hoje estão em toda parte dispostos a qualquer negócio. O fato, decorrente da inesgotável capacidade humana para tirar proveito do próximo, com o tempo migrou do campo para a cidade e se disseminou, de tal maneira, que é difícil fazer política sem ter que enfrentar esses donos de vontades, que julgam poder transformar eleitorado em manada.
 Tão forte era o poder exercido por alguns sobre convicções alheias, antes do voto secreto e da urna eletrônica, que políticos, nos dias de hoje, ainda pensam em currais eleitorais.
Surgiu, nesta cidade, como fato natural e corriqueiro, a notícia de que vereador, por motivo de saúde, não mais concorrerá à vereança, mas seus votos, especialmente os da Queimadinha, onde conquistou, com trabalho, forte liderança, serão dados a candidato já apontado, ungido e sacramentado nas urnas de 2.012.
Na Câmara, que deveria servir à formação de líderes democráticos capazes de entender o funcionamento do regime para cuidar de sua defesa e aperfeiçoamento na certeza de que a democracia sustenta-se, principalmente, na livre manifestação do povo, não se registraram protestos, naturais onde se deve entender que não há proprietários de votos, que não se transferem pela simples vontade de chefes e não podem ser objetos de testamentos políticos.
Fatos dessa ordem conduzem à descrença em regime que ainda busca o respeito perante a opinião pública abalada, ultimamente, pelo descalabro e roubalheiras que atingem  a República e provocam a impressão de que partidos existem apenas para permitir o saque dos  cofres públicos por correligionários e apaniguados.
Outros fatos estão a enfraquecer o regime democrático em suas bases, os municípios, como as tentativas de demolir a Constituição da República e o restante da legislação vigente no país.
A Câmara local, por exemplo, insiste em legislar sobre os estacionamentos, que se vêm multiplicando na cidade devido a o enorme número de veículos que entopem nossas ruas, criando embaraços e problemas de toda ordem.
Permite, talvez desavisadamente, a tramitação de matérias da exclusiva competência do legislativo federal, sem atentar para o fato de que o empresário, ao oferecer vaga em estacionamento, celebra, com o cliente, autêntico contrato de depósito, pelo que pode ser responsabilizado por dano ou furto do veículo, provada a culpa “in vigilando”. Contrato é matéria de Direito Civil.
Não podemos vereadores, por outro lado, descer do alto de suas atribuições para se transformar em fiscais dos preços dos estacionamentos. Controle de preços, neste país, apenas existe em alguns casos. Não atinge os estacionamentos, o que não implica em obrigação de tolerar preços abusivos, coibidos em legislação de defesa do consumidor.
A luta pelo fortalecimento da democracia é responsabilidade de todos, mas, principalmente, dos políticos.
Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida
Obs: estive viajando e não postei na sexta-feira como deveria ser. Mas a coluna de Hugo é atemporal.
Evandro

terça-feira, 29 de novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ANIVERSÁRIO ZENILDA ALVIM BOAVENTURA



Mais um ano de vida para a santanopolitana Zenilda Alvim Boaventura
Nossos cumprimentos e votos de saúde e felicidade.
 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ESTÁGIO NA ESCOLA PRIMÁRIA SANTANÓPOLIS

ENVIADO POR - NEIDE SAMPAIO
QUANDO - 1970
Neide, lendo  estórias para os alunos do curso infantil...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ANIVERSÁRIO WILLY AZEVEDO

 24 denovembro

 
Willy, que neste dia todas as alegrias do mundo sejam suas. Parabéns!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ANIVERSÁRIO MARCIA ESTELA OLIVEIRA



Felicidade Márcia! Essa mensagem está repleta de carinho, porque é para alguém muito especial… VOCÊ!   Feliz Aniversário!!!
 

ENVIADA POR:
SHIRLEY
QUANDO: DÉCADA DE 60

Desfile de Sete de Setembro, Shirley é a porta-bandeira da direita, a da esquerda lembro do rosto, mas não do nome.Quem conhece nomine no comentário.

sábado, 19 de novembro de 2011

ANTES E DEPOIS


MÁRCIA BRANDÃO SANTANA

ANTES...
no curso ginasial do Colégio Santanópolis, período de 1964 a 1967.

 DEPOIS...
Cursou o  Técnico em Piano com Hilda Schunermann pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Graduou-se em Canto com a Professora Therezinha Schiavo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Atualmente é cantora lírica, integrante do Coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

COMENDA CONCEDIDA A JOSELITO FALCÃO AMORIM

Discurso do Santanopolitano Joselito Falcão Amorim por ocasião do recebimento da COMENDA MARIA QUITÉRIA, concedida pela Câmara de Vereadores de Feira de Santana.
Assista até o fim, uma das mais belas falas proferidas por um COMENDADOR, é histórico e emocionante. PARABENS AMORIM.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DOS LADRÕES

Grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul acaba de divulgar lista de dinossauros, que teriam vivido no Brasil, com imagens e vídeos criados em computador. Os bichos não mostram significativas semelhanças com os pré-históricos descobertos em outras partes do mundo e povoam livros, filmes e vídeo-games, ingressando no imaginário popular como o temível Tiranossauro Rex. A descoberta, sensacional, pode transformar-se em mais um motivo de orgulho e euforia nacional, ao demonstrar que não precisamos de monstros importados para a nossa literatura infantil e comédias da televisão, criando a possibilidade do surgimento de mais um patriótico slogan, que possa motivar grandes movimentos político-partidários, “o monstro é nosso!”, a ilustrar, em futuro breve, bandeiras, discursos, entrevistas, muros vadios, cartazes, outdoors e programas eleitorais gratuitos da televisão.
É algo de tamanha importância social, que  está a merecer furioso interesse de ministérios e ongs, devido às suas infinitas possibilidades de verbas e da criação de emprego e renda, porque vai demandar serviços de imensa gama de profissionais para dar corpo, forma, alma e movimentos aos  recém-descobertos e até agora  injustiçados habitantes do território brasileiro, nossos abandonados compatrícios, que muito acertadamente poderiam receber o tratamento de companheiros para ingressar na moderna linguagem política brasileira.
Não há, nos Estados Unidos, partido cujo símbolo é o elefante e, no Brasil, outro, que explora a imagem do tucano, bicho que faz barulho estridente e incômodo, sem outras ações de grande importância?
Nada impede, portanto, que partidos políticos (e há dúzias deles), adotem, como símbolo, monstruosidades patriótica e genuinamente brasileiras, para cujo desiderato poderiam usar imagens nacionalistas elaboradas no Rio Grande do Sul, amplamente divulgadas na mídia, e até, sem grande esforço, a  figura de militantes partidários, que os há, provavelmente, capazes de representar os patrióticos mastodontes com imensas vantagens sobre reconstituições até certo ponto baseadas em medidas incorretas e hipóteses de difícil verificação.
A época em que os brasileiríssimos animais pervagaram pagos brasileiros pode ser calculada cientificamente. A datação pelo carbono, dizem, é quase infalível. Mas, se é possível calcular a idade de dinossauros, a pergunta surge, inevitavelmente, no espírito de todos: há meios para determinar quando surgiu, na Terra, a respeitável  e crescente classe dos ladrões, usada, a palavra, no seu mais lato sentido, abrangendo  dos ladrões de galinhas aos honoráveis ladrões do erário?
A questão ainda é desafiadora. Não há notícias, nem de universidades, nem de pesquisadores dispostos a esmiuçar o momentoso assunto em país que em breve, poderá enfrentar campanhas de âmbito nacional pela regulamentação do ofício de ladrão, com direito a aposentadoria, pensões e outras vantagens de lei, sob a alegação de que ninguém merece o fim de Gino Amleto Maneghetti, o “gato de telhado”, o maior ladrão popular de São Paulo, que deu a vida inteira ao árduo e perigoso trabalho do roubo, e morreu velho, abandonado pelo poder público e praticamente na miséria.
Há um certo respeito pelos ladrões de tostões ou de milhões, mas as reverências e defesas maiores  dirigem-se aos que roubam os cofres públicos usando os partidos políticos ou sendo por eles usados.
Esse culto à ladroagem, que vem de longe (não esquecer o “bom ladrão”, o “hodie mecum eris in paradiso” e a casa de Zacheu, ladrão rico), poderia justificar o desinteresse do povo desta cidade para a “marcha contra a corrupção” do último dia quinze, ou foi o feriado arranjadamente prolongado?

Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

FALECIMENTO DE EDSON FIALHO

Faleceu ontem 13 de novembro o Santanopolitano Professor de Educação Física Fialho. Nossos sentimentos.
Mais sobre Edson Fialho no Blog Porsimas.

domingo, 13 de novembro de 2011

ANIVERSÁRIO MARIA DE FÁTIMA MORAES CASAES


Hoje é aniversário de Fátima. Desejamos que este evento se repita por muitos anos, com muita saúde e felicidade. Parabéns!!!

sábado, 12 de novembro de 2011

ALUNAS DO SANTANÓPOLIS

ENVIADA POR:
MARIA SHIRLEY DA SILVA FERREIRA.
QUANDO -1966
Formandas do curso pedagógico de 1966, da  esquerda para a direita: Eliana Mota, Nádia Dias, Odília, Beatriz, Prof. Isabel e Prof. Arminda, Sonia Franco, Shirley e a última não foi reconhecida.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

SONHOS E TOMBOS

O mundo acompanha, um tanto ou quanto assustado, o drama do Euro, agora envolvendo a Itália, país havido como a terceira potência econômica da Europa, que está a dever, sem possibilidade de socorro, quase setecentos bilhões, o que aponta para a inexorável queda da moeda e do sonho da união europeia, com prejuízos, mágoas e ressentimentos imprevisíveis. O que foi planejado e posto em prática para garantir a paz no velho continente pode rapidamente passar à condição de novo pomo de discórdias.
Da experiência, gigantesca e arrojada, fica a lição para todos os povos do mundo, mas, principalmente, para o Brasil, com o seu Mercosul, fruto, em grande parte, dos esforços de  megalômano que pretendeu  passar por líder mundial sem estofo e sem nenhum preparo para a empreitada.
O Euro, lançado para concorrer com o dólar, foi recebido com aplausos gerais, mas não faltou quem alertasse para o fato de que tentar unir, pela moeda, países desiguais, separados política, econômica e culturalmente por mais de mil anos e rivalidades inconciliáveis é tarefa insensata e perigosa.
Com o tempo o Euro transformou-se em moeda alemã, porque a diferença entre a capacidade de produção da Alemanha e a outros países da União é enorme, daí resultando que a Alemanha e a França enriqueceram com a venda de seus produtos, pagos com dinheiro  dos próprios produtores, gerando dívidas gigantescas que hoje afligem a Grécia, com seus monumentos históricos e sua filosofia, a Itália, com o seu Berlusconi prestes a desabar do poder, mas cujas fraquezas são as da carne (não enfrenta acusações de roubalheira como certos dirigentes brasileiros),  Irlanda, Espanha e Portugal, com seu Camões, que tiveram rápida, enganosa e passageira onda de prosperidade alimentada por dinheiro alheio que agora  pretendem pagar contraindo  outras dívidas, o que não é, exatamente, uma solução, mas fonte de novos problemas, e inviabiliza a existência do Euro com abalos e tsunamis que podem alcançar os pagos brasileiros, seguros e garantidos, conforme o governo, o que deve dar tranquilidade a sabe-se lá a quantas ongs e aos nossos quase quarenta ministros, certos de que dinheiro não faltará embora ninguém possa avalizar pelo bom sucesso de economia que se sustenta, praticamente, em duas grandes empresas  destinadas a vender, para o exterior, o que antigamente era chamado de riqueza do nosso subsolo,  entregues que estão à voracidade dos chineses, os novos ricos do mundo, que nenhuma obrigação têm de sentir pena dos nossos caboclos, mesmos dos que votam no governo.

Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

CARTEIRA DE ESTUDANTE - SHIRLEY

Carteira de estudante da Santanopolitana Maria Shirley da Silva Ferreira, esposa do também Santanopolitano Raymundo Pinto. Ela estudou no pedagógico e no curso de contabilidade.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ANIVERSÁRIO DE JACIRA ALMEIDA


Parabéns por esse dia tão especial Jacira, muita alegria, paz e harmonia.

ANIVERSÁRIO TEMISTOSCLES SANTANA (TECO)

 
Parabéns Teco! Aniversariante de 9 de novembro. Desejamos muita saúde, tranqüilidade e muitas alegrias junto aos seus. Um abraço.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Verbo For


João Ubaldo Ribeiro
 
Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário — evidentemente o condizente com a nossa condição provecta —, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).
O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha que se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruybarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Os textos em latim eram As Catilinárias ou a Eneida, dos quais até hoje sei o comecinho.
Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar de Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.
   Traduza aí quousque tandem, Catilina, patientia nostra — dizia ele ao entanguido vestibulando.
   "Catilina, quanta paciência tens?" — retrucava o infeliz.
   
Era o bastante para o mestre se levantar, pôr as mãos sobre o estômago, olhar para a platéia como quem pede solidariedade e dar uma carreirinha em direção à porta da sala.
   Ai, minha barriga! — exclamava ele. — Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice? Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi? Salvai essa alma de alimária. Senhor meu Pai!
Pode-se imaginar o resto do exame. Um amigo meu, que por sinal passou, chegou a enfiar, sem sentir, as unhas nas palmas das mãos, quando o mestre sentiu duas dores de barriga seguidas, na sua prova oral. Comigo, a coisa foi um pouco melhor, eu falava um latinzinho e ele me deu seis, nota do mais alto coturno em seu elenco.
O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo "dar um show". Eu dei show de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas:
   Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!
   As margens plácidas — respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara.
 
   Por que não é indeterminado, "ouviram, etc."?
   Porque o "as" de "as margens plácidas" não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. "Nem teme quem te adora a própria morte": sujeito: "quem te adora." Se pusermos na ordem direta...
   Chega! — berrou ele. — Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!
Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo "ser" quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.
   Esse "for" aí, que verbo é esse?
Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.
   Verbo for.
   Verbo o quê?
    — Verbo for.
   Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo
— Eu fonho, tu fões, ele fõe - recitou ele, impávido. — Nós fomos, vós fondes, eles fõem.
Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.
Esta crônica foi publicada no jornal "O Globo" (e em outros jornais) na edição de domingo, 13 de setembro de 1998 e integra o livro "O Conselheiro Come", Ed Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 2000, pág. 20.

ANIVERSÁRIO DE CARLOS ALBERTO O. BRITO E IRMA PORTUGAL BAHIA

Completam mais um ano de vida  hoje, 8 de novembro, os Santanopolitanos,  Irma Bahia e Carlos Alberto Brito.


Vida longa e cheia de felicidade, é o que deseja o Blog Sanatanópolis.

 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ANIVERSÁRIO DE DORALICE FERREIRA CARNEIRO

 

Hoje 7 de novembro, é o aniversário da santanopolitana Doralice Ferreira Carneiro.
Que neste dia todas as alegrias do mundo sejam suas. Parabéns.

domingo, 6 de novembro de 2011

I ENCONTRO FENARTEANO DO INTERIOR

    A Federação Nacional dos Radialistas (FENARTE) realiza, no período de 12 a 15 de novembro próximo, em Feira de Santana - BA, o I Encontro Fenarteano do Interior.
 Inscrição gratuita atráves do e-mail:sindicatodosradialistasfs@ig.com.br.  
Enviado pelo Santanopolitano Valter Vieira

Filme do Santanopolis dos anos 60