Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

segunda-feira, 9 de julho de 2018

EDUCAÇÃO E A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO

Evandro J.S. Oliveira


        No ZAP do grupo do Colégio Santanópolis, foi postado uma crítica de forma irônica sobre o ensino moderno. Este texto já tinha sido publicado no Blog do Santanópolis em:


 SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2011


Em 1972, o Governo editou nova lei de Diretrizes e Base da Educação, nº 5692. Na Bahia o MEC organizou uma equipe itinerante para debater as novas Diretrizes nos lugares mais longínquos do Estado: Santa Maria da Vitória, Paulo Afonso e outras. Eram cerca de vinte educadores, professores, pedagogos, administradores de Educação, todos entusiasmado com os novos caminhos. O que mudava na essência para Educação FUNDAMENTAL[1], o ensino teria que mudar o foco da memorização para um entendimento racional na grade curricular: mudava o ensino de Português para Comunicação, Com o advento dos meios de comunicação TV, Cinema, Rádio, Revistas... era necessário dialogar, entender e se expressar, e ainda não tínhamos Internet; História e Geografia, substituir por Estudos Sociais, o aluno só podia entender história no contexto do espaço geográfico e no ambiente local, político, social e físico; Matemática por Matemática Moderna, a matemática não mudou, o ensino é que teria que mudar, tirar a memória do centro da educação, substituindo pelo raciocínio lógico. Nada de tabuada que era um reflexo do som, o Professor arguia 3x3 e aluno respondia 9, sem pensar, os amestradores de circo usando a teoria do reflexo condicionado do psicólogo Ivan Pavlov, anunciava um cavalo que sabia matemática, dizia 3x3 e o cavalo batia a pata nove vezes. Passou a insistir em lógica simbólica, > maior do que < menor do que, contem não contem....
Com o advento de equipamentos eletrônicos, o manuseio destes era puro raciocínio. Na época eu ensinava uma matéria na 3ª série do curso de contabilidade, pretendia que os alunos estivessem prontos para os novos equipamentos aplicáveis à contabilidade, minha fala inicial era perguntar qual era a base para saber matemática, uns diziam somar outros diminuir, replicava, era saber ler ou escrever um numeral. Toda a sala ria, chamava um voluntário à pedra e mandava fazer uma soma de duas parcelas 4 bilhões setecentos e quarenta e cinco milhões dez unidades mais 9 bilhões novecentos, sei milhões setecentos e um mil. Todos os alunos discutiam a pontuação depois a soma e depois liam o resultado. Levavam cerca de meia hora para depois de vários erros, chegarem a uma conclusão.  Não era um número registrado da memória. A intenção era mostrar que o raciocínio ainda não tem substituto.
Aqueles erros de aritmética demonstrados no artigo, com a exceção de algumas ironias forjadas são a prova da necessidade de reflexão. A evolução humana exige que seja acompanhada em todos os setores, principalmente na educação.                                                             

 

 QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2011

OS RANÇOS DA COLONIZAÇÃO


[1] Fundamentos da educação, o ensino nesta fase é um dos fundamentos, dos mais importantes, mas a educação é mais ampla, abrange a formação do indivíduo para ser um cidadão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme do Santanopolis dos anos 60