Evandro J.S. Oliveira |
No ZAP do grupo do Colégio Santanópolis,
foi postado uma crítica de forma irônica sobre o ensino moderno. Este texto já
tinha sido publicado no Blog do Santanópolis em:
SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2011
Em 1972, o Governo
editou nova lei de Diretrizes e Base da Educação, nº 5692. Na Bahia o MEC organizou
uma equipe itinerante para debater as novas Diretrizes nos lugares mais longínquos
do Estado: Santa Maria da Vitória, Paulo Afonso e outras. Eram cerca de vinte
educadores, professores, pedagogos, administradores de Educação, todos
entusiasmado com os novos caminhos. O que mudava na essência para Educação
FUNDAMENTAL[1],
o ensino teria que mudar o foco da memorização para um entendimento racional na grade curricular: mudava o ensino de Português
para Comunicação, Com o advento dos
meios de comunicação TV, Cinema, Rádio, Revistas... era necessário dialogar,
entender e se expressar, e ainda não tínhamos Internet; História e Geografia, substituir por Estudos Sociais, o aluno só podia entender história no contexto do
espaço geográfico e no ambiente local, político, social e físico; Matemática por Matemática Moderna, a matemática não mudou, o ensino é que teria
que mudar, tirar a memória do centro da educação, substituindo pelo raciocínio
lógico. Nada de tabuada que era um reflexo do som, o Professor arguia 3x3 e aluno
respondia 9, sem pensar, os amestradores de circo usando a teoria do reflexo condicionado do psicólogo Ivan
Pavlov, anunciava um cavalo que sabia matemática, dizia 3x3 e o cavalo batia a
pata nove vezes. Passou a insistir em lógica simbólica, > maior do que <
menor do que, contem não contem....
Com o advento de
equipamentos eletrônicos, o manuseio destes era puro raciocínio. Na época eu
ensinava uma matéria na 3ª série do curso de contabilidade, pretendia que os
alunos estivessem prontos para os novos equipamentos aplicáveis à
contabilidade, minha fala inicial era perguntar qual era a base para saber
matemática, uns diziam somar outros diminuir, replicava, era saber ler ou
escrever um numeral. Toda a sala ria, chamava um voluntário à pedra e mandava
fazer uma soma de duas parcelas 4 bilhões setecentos e quarenta e cinco milhões
dez unidades mais 9 bilhões novecentos, sei milhões setecentos e um mil. Todos
os alunos discutiam a pontuação depois a soma e depois liam o resultado.
Levavam cerca de meia hora para depois de vários erros, chegarem a uma
conclusão. Não era um número registrado
da memória. A intenção era mostrar que o raciocínio ainda não tem substituto.
Aqueles erros de aritmética
demonstrados no artigo, com a exceção de algumas ironias forjadas são a prova
da necessidade de reflexão. A evolução humana exige que seja acompanhada em
todos os setores, principalmente na educação.
QUARTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2011
OS RANÇOS DA
COLONIZAÇÃO
[1]
Fundamentos da educação, o ensino nesta fase é um dos fundamentos, dos mais
importantes, mas a educação é mais ampla, abrange a formação do indivíduo para
ser um cidadão.
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