Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

terça-feira, 7 de maio de 2013

A LUTA ELEITORAL

Hugo Navarro Silva


Colhido na armadilha das eleições de dois em dois anos, acossado de graves problemas como o da inflação e o do  encolhimento da economia, tudo agravado pelo intenso crescimento da criminalidade, o país não consegue sair da beira do abismo, apesar de todas as conquistas sociais dos últimos tempos.
A política, em muitos aspectos transformada em negócio, mal tomaram posse os novos prefeitos, já se movimenta para novo e importante pleito com sedutores apelos aos anseios à ambição e à cupidez de poucos que se dedicam, seriamente, ao trabalho em benefício da comunidade e à grande maioria daqueles para quem política não passa de caminho curto para ganhos fáceis.
Problemas gigantescos ameaçam o povo brasileiro, mas boa parte dos prefeitos, que em geral recebeu prefeituras depredadas, cheias de dívidas e de irregularidades, mal tem tempo de arrumar a casa, porque convocada a  nova batalha eleitoral para a escolha de presidente, governador e dos legisladores estaduais e federais, muitas vezes com envolvimento que lhe pode tolher  as atividades e comprometer o trabalho quando não a afasta dos cargos a que a conduziu a confiança e a esperança do eleitorado.
Prefeitos, muitos deles têm deixado a curul municipal picados pela mosca azul. Já tivemos um que se deu mal. Normalmente não seria mais nem fiscal de brega. Voltou, é certo, mas tangido pelo tsunami de Lula, que revolveu muita terra morta, produziu enxurradas, onde as porcarias boiam, e fez partos antes julgados impossíveis. Aventura semelhante agora seria tão perigosa quanto a anterior, pela impossibilidade de retorno à ativa em breve tempo.
O país se salva pela incrível capacidade de seu povo de lutar pela sobrevivência e pelo progresso, com governo marcado por tendência ideológica que o tem levado a enganos e duvidosos caminhos nas suas relações do comércio internacional e à tendência de crescimento do Estado, cuja despesa, crescente, mantém carga tributária altíssima, com setoriais e passageiras desonerações que somente conduzem as classes produtoras a mais incertezas diante da instabilidade jurídica que promovem.
A suposta luta contra a inflação, apregoada pelo governo, não apresenta resultados satisfatórios e os meios oficiais valem-se do discurso para tentar incutir na mente do povo que estamos no melhor dos mundos, ilusão que se vai desvanecendo pelas dificuldades impostas à população no seu cotidiano.
A situação do nordeste é exemplo. Os efeitos da seca são devastadores e vão nos atingir, por muito tempo, deixando sequelas, vítimas e danos irreversíveis.
Surge, agora, outro problema de difícil solução, a envolver o povo brasileiro, o da maioridade penal. Foi necessário que bandidos adolescentes queimassem, viva, uma dentista em São Paulo para que o país acordasse para o fato de que a delinquência dos chamados menores está se espalhando com enorme intensidade, mas ficando longe do Código Penal. São bandidos que podem votar para escolher o presidente da República mas não podem ser responsabilizados, criminalmente, pela prática de delitos que se tornam cada vez mais hediondos e cruéis, a abalar a opinião pública, havidos, na legislação vigente, como simples atos infracionais sujeitos apenas a medidas socioeducativas que na maior parte do território nacional não existem.
 O resultado de todo esse panamá que é o Brasil de hoje, em que o país se debate entre o chavismo de inspiração cubana, com a marca da corrupção, e a diminuição do Estado visando ao bem estar do povo, culpa do eleitorado brasileiro, está se tornando insuportável.


Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme do Santanopolis dos anos 60