Prof. Carlos Pereia de Novais |
É realmente muito triste o que
acontece em nossa sociedade, feita de forma bem velada: a gente não pode
opinar. È só dizer amém. AMÉM!!!!!
--- Mas por que isto meu professor?
É
simples, a gente vê um monte de besteiras em um monte de setores e não pode
dizer nada. Isto lá é democracia?
Vamos
citar como exemplo o nosso meio universitário, que é o meio que este professor
trabalha. Lá tem um monte de coisas e numa série de áreas que deveriam ser mais
discutidas mas ninguém pode nem falar, só no Shopping.
A
gente quer sugerir mas nem isto pode. Mas não pode por quê?
Por
exemplo, o tal do plá em matemática, que este
professor já viu uma pá e, no entanto, os matemáticos, não sei por que, dizem
que é um só. Um só?
Se
a gente diz que a lua não gira, as pessoas tergiversam. E ela gira?
Ora
aqui ninguém esta falando da verdade, é só uma opinião, que pode ser até que
seja verdade, pode ser que não. Mas qual é o problema? Ciência nenhuma é feita
de verdades, é só postulados. Mas não, o campo é fechado.
Fazem
uns seis anos este professor colocou um artigozinho filosófico no Portal da
UEFS e choveu impropérios. Resultado, ele já está dando cinco mil reais para o
gaiato que provar o tal teorema e nunca apareceu ninguém. Ué!!!
Mas
será que são só os matemáticos é que podem matematizar? Só os químicos é que
podem quimicar? Só os pedagogos é que podem pedagogizar? Só os físicos é que
podem fisicar? Só os jornalistas é que podem jornalizar? Ué, ninguém está
exercendo profissão, só emitindo a sua opinião. Chiando.
Mas
não, as pessoas não deixam que sua opinião flua, por que eles se julgam os
donos da matéria, da opinião e até da verdade.
E
isto não acontece só na universidade não, é nos jornais, com algumas exceções,
nas revistas. Em nenhum lugar a opinião dos leigos é bem recebida.
Mas
por que isto ocorre? É resquício do autoritarismo que nos persegue e que muitos
já utilizam e não percebem. Chama-se controle da opinião.
Ora,
uma universidade deveria se pautar em um diálogo claro e não na falta de
opinião, mesmo que esta seja contraditória ou até estapafúrdia.
Ora,
se a minha noção de p esta errada amanhã
aparecerá algum sábio, mais sábio que este professor e explicará este problema
e eu me calarei. Mas o direito de contestá-lo, eu tenho, se eu não concordo com
ele. E este tipo de problema já está se generalizando. O que se vê? É uma
universidade apática, sem discussão, a não ser trivialidades, triste, com alunos
que nem sabe o que é um p direito, já que um até me
perguntou o porquê da minha luta, que nem sabem o que é filosofia. Poxa, como
eu posso viver em um local com tantos p diferentes, com definições
matemáticas confusas e velhas?
Para
aquele que pensam que este tipo de ato não é reflexivo e bom, que se preparem,
pois a resposta virá, pois a maioria de nossos universitários não querem só comida,
como diz certa música, eles querem cultura, pensamento, música, teatro e não velhas
besteiras ditas sem um pensamento mais reflexivo.
E
outra coisa, isto não é discurso político, pois este professor já está à beira
de uma aposentadoria, pois já é bananeira que já deu cacho. Obrigado.
Feira de Santana, 11/ 07/2012. Carlos Pereira de Novaes. Professor da
UEFS.
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