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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

NOTA DE PÊSAMES

Prof. Carlos Pereia de Novais

             É realmente muito triste o que acontece em nossa sociedade, feita de forma bem velada: a gente não pode opinar. È só dizer amém. AMÉM!!!!!
            --- Mas por que isto meu professor?
            É simples, a gente vê um monte de besteiras em um monte de setores e não pode dizer nada. Isto lá é democracia?
         Vamos citar como exemplo o nosso meio universitário, que é o meio que este professor trabalha. Lá tem um monte de coisas e numa série de áreas que deveriam ser mais discutidas mas ninguém pode nem falar, só no Shopping.
            A gente quer sugerir mas nem isto pode. Mas não pode por quê?
            Por exemplo, o tal do plá em matemática, que este professor já viu uma pá e, no entanto, os matemáticos, não sei por que, dizem que é um só. Um só?
            Se a gente diz que a lua não gira, as pessoas tergiversam. E ela gira?
            Ora aqui ninguém esta falando da verdade, é só uma opinião, que pode ser até que seja verdade, pode ser que não. Mas qual é o problema? Ciência nenhuma é feita de verdades, é só postulados. Mas não, o campo é fechado.
            Fazem uns seis anos este professor colocou um artigozinho filosófico no Portal da UEFS e choveu impropérios. Resultado, ele já está dando cinco mil reais para o gaiato que provar o tal teorema e nunca apareceu ninguém. Ué!!!
            Mas será que são só os matemáticos é que podem matematizar? Só os químicos é que podem quimicar? Só os pedagogos é que podem pedagogizar? Só os físicos é que podem fisicar? Só os jornalistas é que podem jornalizar? Ué, ninguém está exercendo profissão, só emitindo a sua opinião. Chiando.
            Mas não, as pessoas não deixam que sua opinião flua, por que eles se julgam os donos da matéria, da opinião e até da verdade.
            E isto não acontece só na universidade não, é nos jornais, com algumas exceções, nas revistas. Em nenhum lugar a opinião dos leigos é bem recebida.
            Mas por que isto ocorre? É resquício do autoritarismo que nos persegue e que muitos já utilizam e não percebem. Chama-se controle da opinião.
            Ora, uma universidade deveria se pautar em um diálogo claro e não na falta de opinião, mesmo que esta seja contraditória ou até estapafúrdia.
            Ora, se a minha noção de p esta errada amanhã aparecerá algum sábio, mais sábio que este professor e explicará este problema e eu me calarei. Mas o direito de contestá-lo, eu tenho, se eu não concordo com ele. E este tipo de problema já está se generalizando. O que se vê? É uma universidade apática, sem discussão, a não ser trivialidades, triste, com alunos que nem sabe o que é um p direito, já que um até me perguntou o porquê da minha luta, que nem sabem o que é filosofia. Poxa, como eu posso viver em um local com tantos p diferentes, com definições matemáticas confusas e velhas?   
            Para aquele que pensam que este tipo de ato não é reflexivo e bom, que se preparem, pois a resposta virá, pois a maioria de nossos universitários não querem só comida, como diz certa música, eles querem cultura, pensamento, música, teatro e não velhas besteiras ditas sem um pensamento mais reflexivo.
            E outra coisa, isto não é discurso político, pois este professor já está à beira de uma aposentadoria, pois já é bananeira que já deu cacho. Obrigado.

Feira de Santana, 11/ 07/2012. Carlos Pereira de Novaes. Professor da UEFS.

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