Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

ANIVERSÁRIO DE ALMIR MIRANDA FERNANDES



Parabéns ao Santanopolitano, Almir, por esta data, estaremos torcendo pelo comparecimento 4ºEncontro em 23 agosto de 2014,

INTERNET, TERRA DE NINGUÉM

Carlos Pereira de Novaes


É muito gozado este nosso país. Toda vez que este professor faz uma crônica para um jornal. Ele se identifica, em sinal de respeito a quem lê.

            No entanto, um dia desses, ao pesquisar o nome de Vanusa, a cantora, que nos anos setenta fez muito sucesso, por sinal, uma excelente cantora, ele se deparou com uma cena deplorável, que é um filmezinho que mostra a falha desta cantora ao cantar o hino nacional em uma seção pública qualquer, pelo You Tube, o que realmente é uma falha da cantora, uma profissional, mas que não é um crime, pois este tipo de coisa pode acontecer com qualquer um, pois qualquer um pode falhar, como, por exemplo, um célebre maestro do passado, italiano, Arturo Toscanini, que já faleceu fazem décadas, cujo fato foi noticiado pelo mundo todo, mas não ele não ficou eternamente sendo noticiado, pois ele teve um lapso de memória ao reger uma orquestra, o que é normal, pois é uma coisa normal falhar. Qualquer um falha. Vejam, foi noticiado e pronto. Acabou.      

            Mas a cantora, coitada, que vive em um país de democracia flácida, tem que se sujeitar a este bulling eterno vendo o seu nome sendo vilipendiado por um irresponsável que nem ao menos se toca que esta atitude é ridícula e não é boa para ninguém. Quem a ridicularizou? Sei, lá! O filme está lá e pronto e a coitadinha certamente não sabe o que fazer.  Qual o seu crime? Errar a letra.

            Primeiro, errar é humano. Segundo, para que ferir alguém assim, só por que errou o hino nacional, numa terra que pouquíssimos o sabem cantar.

            O que se pode fazer? Nada, pois a internet é terra de ninguém num país que a justiça é muito precária e cara. Não é todo mundo que pode contratar um advogado para se defender contra pessoas que nem se identificam. A pessoa vai lá na internet, põe o que quer e pronto. Morreu Maria Preá. Ué? É assim? 

            Fazem anos que este professor fez uma pergunta pertinente a um certo núcleo de matemática e até hoje é gozado pela sua pergunta, fez um livro para mostrar o porquê da pergunta e ninguém ta nem ai, pois a maioria de nossas pessoas tem uma formação horrível em matemática e sequer entendem o que foi perguntado e, no entanto, o artigo continua lá e este professor, coitado, não tem direito a nada, pois tudo o que pode fazer, fez, e não deu em nada.

            Quem lê o artigo da internet pensa que este professor é matusquela e isto não é verdade, a pergunta procede, mas o artigo contestando a pergunta está lá, sem direito a nada, nem à réplica, contestação, nada, e ainda por cima ele ganhou até um apelido, horrível e injusto, pois ele paga para quem provar a besteira que existe em matemática e ninguém prova nada, já fazem anos, mas o contestante, apoiado na lei da maioria, acha que é isto mesmo e pronto.

            Pois é! Nós vamos aproveitar este espaço e de mão dada com a cantora Vanuza, vamos pedir as nossas autoridades um pouco de ética na internet, pois o nosso país precisa de um órgão que coe um pouco as besteiras que são colocadas lá por irresponsáveis e nos solidarizamos com a cantora, brilhante, que não pode ser ofendida a vida toda por causa de uma bobagem.

            Quanto a nossa pergunta, este professor gostaria de dizer que continua a dar os mesmos R$ 5000,00 reais para o Zé Mané que provar aquele teorema sem nexo, lamentando que no nosso país não se pode nem contestar nada.     

            Ora, se aquele limite é “e”, por que não há provas “cabais” disto?

            Quanto ao nosso livro, continuamos com a mesma opinião de sempre.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ANIVERSÁRIO DE BALDOMERO TRINDADE




Alegria e felicidade no seu aniversário. Esperamos você no 4º encontro, no dia 23 de agosto de 2014.

GÍRIAS DOS ANOS SESSENTA

Eliana Marques
Capturado no face  de Eliana Pinto Marques.
É difícil fazer um dicionário de gírias dos anos 60. Ainda mais por que boa parte das gírias usadas nos anos 60, continuaram sendo utilizadas na década seguinte. E o que é mais complicado: muitas gírias criadas nessa época são usadas até hoje. Ou não vai me dizer que nunca ouviu alguém usar expressões como "é de lascar" e "é fogo"?
QUAL DOS SANTANOPOLITANOS QUE NÃO FALOU UMA GÍRIA DESSAS ?

Bacana (bom, bonito)
Boa pinta (de boa aparência)
Boazuda (mulher bonita)
Bolinha (estimulante)
Cafona (brega e de mal gosto)
Calhambeque (carro velho)
Cara (indivíduo)
Carango (carro)
Certinha (mulher bonita)
Chapa (amigo)
Duca (ótimo)
Duvi-de-o-dó - Duvidar de algo.
É de lascar - Situação complicada.
É fogo! (é difícil)
É uma brasa, mora! (é espevitada, danada)
Esticada (passar por vários restaurantes e bares noturnos)
Fossa (depressão, crise existencial)
Gamar (namorar)
Gata (mulher bonita)
Grana (dinheiro)
Legal! (ótimo!)
Mancar (desrespeitar compromisso)
Minissaia (saia curta)
Paca (muito)
Pão (homem bonito)
Papo firme (conversa séria)
Papo furado (conversa boba)
Patota (turma de amigos)
Pé de chinelo (pessoa sem expressão)
Pelego (líder sindical "puxa-saco")
Pode vir quente que estou fervendo (excitada)
Pra frente (moderno)
Quadrado (conservador)
Sebo nas canelas (apresse-se, vamos rápido)
Sifu (deu-se mal)
Tremendão (rapaz bonito)
Ziriguidum (samba no pé, molejo de mulata)

QUEM SOUBER MAIS GIRIAS E EXPRESSÕES DA EPÓCA, COMENTE!!!
 

domingo, 25 de agosto de 2013

ANIVERSARIANTES DESTA DATA



Tereza no dia da formatura
Hoje é dia de festa para as Santanopolitanas, Alice Boaventura Fiuza, Neyde Luiza Pinho Aloisio Oliveira e Maria Terezinha dos Reis Souza.Parabéns, estamos esperando no dia 23 de agosto de 2014 no 4º Encontro.


Alice

sábado, 24 de agosto de 2013

A VERDADE

Hugo Navarro Silva


O antropólogo Roberto Da Matta, em artigo publicado em “O Globo” de quarta-feira última, disse que “o ministro Joaquim Barbosa tem sido tratado como um Drácula brasileiro por dizer o que sente e pensa”, com seu estio sincero e desabrido, acrescentando que no Brasil somos treinados a não dizer o que pensamos por diversos motivos.

Após o julgamento do processo do mensalão, que poucos acreditavam pudesse chegar à sentença, mas pôs à mostra, com a chancela da mais alta corte do país, as apodrecidas vísceras do poder, o ministro relator do processo e um dos principais responsáveis por sua viabilidade passou a sofrer solerte e meio disfarçada campanha de descrédito, chamado de truculento e acusado de atitudes ditatoriais a serviço de encobertos interesses políticos, quando de fato tratava-se, apenas, de juiz que cuidava da correta conclusão de um feito,  o que deve ter causado perplexidade a muitos que estavam apregoando  a existência de mais uma gigantesca pizza, obra de Poder que vai caindo em descrédito cada vez maior neste país: o Judiciário.

Os fatos se precipitaram quando Joaquim Barbosa, na discussão de protelatório recurso de um dos condenados, teria insinuado que um colega  fazia chicana.

A palavra chicana, que apareceu no Brasil com o sentido de brincadeira maldosa, ingressou na linguagem forense significando qualquer incidente inútil, medida protelatória, cavilosa, sem base jurídica, de uso de advogados, destinada apenas a protelar o andamento dos feitos. Há muito caiu em desuso mas foi,  de maneira até surpreendente,  revivida pelo ministro Barbosa contra o ministro Ricardo Lewandowski, que vinha, durante todo o transcurso do julgamento do mensalão, buscando amenizar a situação  de acusados. O episódio acirrou a campanha contra Joaquim, que de certo modo, usando das prerrogativas de membro do STF, vem restaurando a abalada crença popular no Judiciário brasileiro, ao demonstrar, pelo menos, em parte,  a prática de crimes graves  de mandões da República e do partido do governo. Nem todos, é verdade. Houve ausências lamentadas e sentidas. Mas atreveu-se a dizer verdades suficientes para fazer renascer a confiança de que nem tudo está perdido. Ainda há pessoas capazes de proclamar a verdade, neste país, verdade conhecida, amplamente divulgada por órgãos independentes da imprensa, mas destinada ao olvido a que normalmente são atirados os delitos praticados contra o erário, que envolvem a política partidária  em país que às vezes parece formado de moucos,  cegos e irresponsáveis.

O poeta Paul Valèry comparou a verdade ao fogo, coisas perigosas que devemos temer e evitar. Um dramaturgo célebre escreveu que vivemos tão envolvidos em farsas e dissimulações que a verdade se assemelha à loucura.

O povo acostumou-se a dar mais importância e crédito à ponte de Itaparica e ao trem bala do que às verdades publicadas a respeito da roubalheira que se disseminou no país.

A atuação do ministro Joaquim Barbosa ao proclamar verdades a respeito da conduta delituosa de pessoas ligadas intimamente ao poder, e não vamos esquecer o corajoso trabalho da Procuradoria Geral da República na meticulosa, cuidadosa e correta denúncia oferecida contra gente poderosa e forte dentro e fora do governo, deu ao povo a certeza de que a justiça criminal não existe apenas para punir pobres, pretos e desamparados.

O que falta é pôr na cadeia os condenados no processo do mensalão apesar de todo o esforço chicanista que possa existir. A efetiva punição dos culpados reforçará a certeza, que anda enfraquecida e anêmica, de que um dia seremos povo livre, vivendo um verdadeiro regime democrático.


Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida
 

Filme do Santanopolis dos anos 60