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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

AMAZÔNIA 10X2 “CIVILIZAÇÃO” II

Evandro J.S. Oliveira
Depois da Amazônia derrotar, George Church e empreiteira inglesa e outra americana;  irmãos americanos Philips e Thomas Collins, empreendimento Mamoré Railway Co.; Percival Farquar, americanpp; investidores ingleses e canadenses; Governo brasileiro, o Presidente Humberto Castelo Branco, sanciona a derrota.

SEGUNDO MEGALÔMANO PROJETO FRACASSADO

FORDLÂNDIA

Hemry Ford
  O grande visionário americano, fundador do "fordismo", isto é, a produção em grande quantidade de automóveis a baixo custo por meio da utilização do artifício conhecido como "linha de montagem", já cimentada a ideia do crescimento vertiginoso   da demanda por automóveis, com consequentemente necessidade de borracha para pneus, o Henry Ford tinha a intenção de usar Fordlândia para abastecer sua empresa de látex necessário a confecção de pneus para seus automóveis, então dependentes da borracha produzida na Malásia, na época colônia britânica. Os termos da concessão isentavam a Companhia Ford do pagamento de qualquer taxa de exportação de borracha, látex, pele, couro, petróleo, sementes, madeira e outros bens produzidos na gleba. Jorge Dumont Villares, representante do governador Dionísio Bentes, conduziu as negociações em visita a Henry Ford nos EUA. No Brasil O.Z. Ide e W.L. Reeves Blakeley representaram a Ford.
A terra era infértil e pedregosa e nenhum dos gerentes de Ford tinha experiência em agricultura equatorial, acarretando no plantio incorreto das seringueiras – árvores de onde se extrai o látex – plantadas muito próximas uma das outras, o oposto das naturalmente muito espaçadas na selva, foram presa fácil para pragas agrícolas, principalmente micro-organismos do gênero Microcyclus que dizimaram as plantações.
Os trabalhadores das plantações recebiam uma alimentação típica norte-americana, como hambúrgueres, instalados em habitações também ao estilo norte-americano, obrigados a usar crachás e comandados num estilo a que não estavam habituados, o que causava conflitos e baixa produtividade. Em 1930, os trabalhadores locais se revoltaram contra gerentes truculentos, que tiveram que se esconder na selva até o exército brasileiro intervir e restabelecer a ordem.
O governo brasileiro suspeitava dos investimentos estrangeiros, especialmente na Amazônia, e oferecia pouca ajuda. Ford ainda tentou realocar as plantações em Belterra, mais para o norte, onde as condições para a seringueira eram melhores mas, a partir de 1945, novas tecnologias permitiam fabricar pneus a partir de derivados de petróleo, o que tornou o empreendimento um total desastre, causando prejuízos de mais de vinte milhões de dólares.
Com o falecimento de Henry Ford, seu neto Henry Ford II assumiu o comando da empresa nos Estados Unidos e decidiu encerrar o projeto de plantação de seringueiras no Brasil. Através do Decreto 8 440 de 24 de dezembro de 1945, o governo federal brasileiro definiu as condições de compra do acervo da Companhia Ford Industrial do Brasil: a Ford foi indenizada em aproximadamente US$ 250 000, e o governo brasileiro assumiu as obrigações trabalhistas dos trabalhadores remanescentes, além de receber seis escolas (quatro em Belterra e duas em Fordlândia); dois hospitais; estações de captação, tratamento e distribuição de água nas duas cidades; usinas de força; mais de 70 quilômetros de estradas; dois portos fluviais; estação de rádio e telefonia; duas mil casas para trabalhadores; trinta galpões; centros de análise de doenças e autópsias; duas unidades de beneficiamento de látex; vilas de casas para a administração; departamento de pesquisa e análise de solo; plantação de 1 900 000 seringueiras em Fordlândia e 3 200 000 em Belterra..
Após a desativação do projeto, os antigos trabalhadores da Ford preferiram ficar estabelecidos na localidade, visto que era dotada de grande infraestrutura. Isso atraiu também moradores do entorno, que viram a oportunidade de fixar residência na localidade, após o abandono de muitas edificações em boas condições.
A economia de Fordlândia passou a depender, desde então, da agropecuária, do extrativismo e da pesca. O boom agropecuário ocorreu com maior intensidade com a abertura, na década de 1970, da rodovia Cuiabá-Santarém, que trouxe para a região uma nova fronteira agrícola. A fronteira atraiu para o entorno de Fordlândia, na década de 2000, as grandes áreas cultivadas de soja, transformando profundamente a economia local.[9]
Embora seja caracterizada na imprensa como "cidade fantasma", o distrito possui moradores fixos e permanentes. Em 2010 o IBGE contabilizou cerca de 1200 residentes somente na vila, números que somados ao território total do distrito chega a cerca de 2000 moradores em Fordlândia.
Forlândia não foi completamente esquecida. Músicos e escritores já destacaram a utopia de Ford em suas obras. A cantora e compositora Kate Campbell, por exemplo, imortalizou Fordlândia e sua decadência em seu álbum de 2008 "Save the Day". Ainda nesse ano, o compositor islandês Jóhann Jóhannsson lançou um álbum intitulado Fordlandia.
Na literatura, o historiador da Universidade de Nova Iorque Greg Grandin lançou o livro "Fordlandia – A ascensão e a queda da cidade perdida na selva de Henry Ford", considerado um dos cem melhores livros publicados em 2009 pela Amazon. Além disso, um documentário sobre a cidade também foi desenvolvido pelos brasileiros Marinho Andrade e Daniel Augusto. O escritor argentino Eduardo Sguiglia lançou o livro "Fordlândia" (Editora Iluminuras, 1997), escolhido como um dos quatro melhores trabalhos de ficção pela The Washington Post (2000).
Fonte: Wikipédia
 


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