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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sábado, 23 de junho de 2018

CLIMA DA REGIÃO DE FEIRA DE SANTANA - II

Carlos Pereira Novaes
Prof. de Hidrologia da
UEFS - aposentado
O que se pode observar é que a disposição dos dados não permite a utilização do método dos mínimos quadrados para variáveis múltiplas, já que o ajuste seria muito ruim, com grandes dispersões e baixas correlações. 

Por exemplo, se ajustássemos os dados de precipitações em função das latitudes e das longitudes através de um ajuste linear, nós teríamos, com coeficiente igual a 0,57 e um erro ou imprecisão média de ± 0,13 ou ± 13 % a equação 1, ou seja, imprecisa, pois uma precipitação ajustada de 1000 mm, por exemplo, poderia ficar, em média, entre 870 e 1130 mm. 
H=_1955+331*La3l,6*Lo 1
Assim, o que se pode e pretendemos mostrar, neste artigo, é a utilização da álgebra pseudo-real para esta análise e estabelecer-se uma equação algébrica, quase que perfeita, que defina uma equação que caracterize bem a variação das precipitações, em função das latitudes e das latitudes, na região, como se fosse uma equação de isoietas de precipitações, que são os métodos mais utilizados para a descrição de precipitações em mapas, em geografia. 
Por que o nome pseudo-real? E por que este tipo de ajuste tenta, na medida do possível, estabelecer uma distribuição parecida com a real, através de uma interpolação linear entre os dados, como veremos. 
RESULTADOS
Qual seria a equação que caracterizasse a climatologia desta região através de equações algébricas usando equações algébricas? Poderiam ser inúmeras. Apresentaremos somente uma, utilizando aquilo que nós chamamos de álgebra pseudo-real, que tenta trazer uma caracterização melhor da distribuição de chuvas na região analisando tanto o aspecto não linear com aleatório da amostra. 
Infelizmente não poderemos por aqui uma metodologia detalhada, mas podemos caracterizar o clima desta região através da equação pseudo-real: 
Hexp(-30,l (La-12,O38)2+6.2943)exp(asenh( 1 0000*(La_1 2.1 2))-9,2 1 03+10,256*(La12.48)2+6,5413) 
+exp((1 572,17_40,4885*Lo)*(Lo38,75)2+6,2925)+exp(asenh(1O0O0*(Lo_38,96))_9,2I 03-1 26,45*(Lo_39,042)2+7,7 165)
A equação 1 foi ajustada com um coeficiente de correlação igual a 0,99996 e apresenta um erro médio de estimativa de mais ou menos ± 0,0012 ou de ± 0,12 % e representa uma superficie hipotética no espaço (H, La, Lo). Na equação 1, II, é a precipitação média anual, em mm, La, é a longitude e, Lo, é a longitude, em graus decimais. Os simbolos, ln, exp, e asenh são de logaritmos e exponencial natural e de arco seno hiperbólico. 
DISCUSSÃO
Qual é a vantagem deste sistema? Ele define melhor a climatologia local, a sua variação geográfica. Por exemplo, qual seria a precipitação média para uma latitude de 12,2° e uma longitude é de 38,8°? Seria de 1036 mm. 
Porque fizemos esta apresentação utilizando apenas seis locais? E por que este pequeno artigo, exemplo de utilização de um método, tem finalidades didáticas e uma quantidade maior de pontos poderia confundir o leitor, com equações mais complexas que a equação 1, que, de certa maneira. já é uma equação complexa de se entender. 
CONCLUSÕES FINAIS 
Este tipo de ajuste pode ser utilizado para quaisquer variáveis. Por exemplo, quando alguém entrasse no site da prefeitura Municipal de Feira de Santana ou na intemet, ao invés de uma simples média, como é hoje em dia, o usuário teria uma equação de precipitações o município, que poderia ser a equação 1, em função da latitude e da longitude, interpolada não linearmente. 
A estes tipos de ajustes, de uma forma diferente dos ajustes gaussianos, feitos com o método dos mínimos quadrados. da estatística tradicional, que nós denominamos ajustes pseudo-reais ou estatística pseudo-real. Por quê? E por que estes ajustes descrevem melhor as variáveis analisadas, as suas variações geográfleas e não somente uma simples média de um só posto, como é em hidrologia, hoje em dia. 
Por exemplo, vejam a distribuição de precipitações com as longitudes para a latitude igual a 12,27°e a distribuição de precipitações com as latitudes, para longitude igual a 38,97°, que são as coordenadas geográficas de Feira de Santana, na figura 3 e os aspectos das duas distribuições não lineares. 
Ou seja, a álgebra pseudo-real faz do ajuste uma descrição quase que perfeita do micro clima da região.  

Figura 3 Variação das precipitações em função das latitudes e das longitudes
 SOBRE OS CAMPOS DE APLICAÇÕES DA ÁLGEBRA E DA ESTATÍSTICA PSEUDO-REAL 
Qualquer ajuste estatístico que for feito com o método dos mínimos quadrados, seja qual for o número de dimensões analisadas, pode ser feito através de um ajuste pseudo-real, embora neste exemplo, nós simplificamos, e muito, o ajuste da equação 1, para não conflmdir demais os leitores com um novo tipo de ajuste e uma equação final que fosse demais complexa, que foi feita para ser colocada em um computador ou máquina de cálculo moderna e ser utilizada, o que daria respostas instantâneas sobre as análises das variáveis requeridas. O mesmo também poderia ser utilizado cm ajustes de dados de modelos dinâmicos, ou seja, a sua utilização é irrestrita e a nossa intenção é somente trazer este ajuste para ser conhecido pelos colegas interessados nestes tipos de análises.
Um outro campo que ela poderia prestar um grande serviço seria na área de medicina e biologia, em suas várias modalidades, onde, muitas vezes, se tem que fazer diagnósticos que envolvem muitas variáveis e o técnico ou o responsável pelo laudo técnico fica confuso e comete imprecisões, por falta de uma equação mais precisa.

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