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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PERFIL DE ROQUE ARAS

Nasceu em Monte Santo/Ba, no dia 26 de abril de 1932.
Filho de
José Soares Ferreira Aras e D. Maria Ferreira Aras.
Dividiu o seu curso ginasial entre o Colégio D. Bosco, em Petrolina/Pe, Ginásio de Juazeiro e Colégio Santanópolis, em Feira de Santana, (1949). Em 1950, completou o curso Clássico no Colégio da Bahia, em Salvador.
Bacharelou-se em Ciências Juridicas e Sociais, na Faculdade Católica de Direito do Salvador, sendo aluno dos eminentes mestres: Ministros Aliomar Baleeiro e Amarílio Benjamin, Prof. Calmon de Passos, Manoel Ribeiro, Dorival
Passos, Passos Porto, etc.
Em 1952, foi diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e o organizador da primeira greve do setor.
Iniciou sua lida profissional em advocacia em Feira de Santana, em 1962, encarregando-se de todas as causas de assistência judiciária, quando nessa época não havia Defensoria Pública.
Com a instalação da Justiça do Trabalho em Feira de Santana, em agosto de 1963, foi nomeado Juiz do Trabalho.
Iniciou sua vida política no antigo PDS (Partido Socialista Brasileiro), liderado por João Mangabeira, sendo candidato a deputado estadual em 1962, ficando na suplência. No início de 1963, foi convidado para integrar o governo de Chico Pinto, como Secretário de Governo, onde permaneceu por alguns meses.
Foi um dos fundadores do MDB, em 1965, com Eduardo Fróes da Motta, Francisco Pinto, Oscar Marques, José Falcão, Colbert Martins, Theódulo Carvalho, Antonio Manoel de Araújo e outros.
Em 1969, assumiu a presidência do Bahia de Feira, mudando seu nome para Feira Esporte Clube, formando uma das equipes mais poderosas do campeonato baiano.
Convidado a suprir vaga na chapa de vereadores do MDB, conseguiu a proeza, em 1970, de ter uma das maiores votações, fazendo uma campanha que durou apenas quinze dias. Assumiu a
presidência do MDB municipal em 1970.
Como vereador, foi o primeiro político feirense a desbravar o interior do município, antes comandado exclusivamente pelos coronéis de cada vila, sem nenhuma penetração da oposição. Percorria vilas e fazendas e em programa semanal da Rádio Sociedade, defendia os interesses de cada interiorano, encaminhando seus pleitos ao prefeito para o seu atendimento, enquanto tinha estafante trabalho parlamentar.
Foi pioneiro no Brasil de um projeto de lei defendendo o meio ambiente, ao propor, em 1971, a criação do Conselho Municipal de Preservação da Natureza. Como vereador sua luta teve ênfase no combate às doações ilegais de terras públicas, feitas por prefeitos, alcançando áreas verdes e áreas institucionais do Município e até ocupação ilegal de praças e jardins, incentivadas pela Prefeitura, deixando a cidade com um das menores áreas verdes urbanas e institucionais do mundo, além de perder glebas onde deveriam ser edificadas escolas, creches, bibliotecas, parques, etc.
Em 1974, elegeu-se deputado estadual e assumiu a presidência do MDB da Bahia. Promoveu a interiorização da oposição em todo o Estado, expandindo os 60 diretórios do MDB para atingir todos os municípios da Bahia. Foi um oposicionista ferrenho do governo de Roberto Santos.
Em 1978, elegeu-se deputado federal e continuou sua luta contra a ditadura e o “carlismo”. Foi o deputado baiano que mais apresentou projetos de lei e fez discursos na Câmara Federal, destacando o seu pronunciamento contra o Tribunal de Contas da União (TCU), por acobertar desmandos da ditadura. Dentre os seus projetos, destacaram-se os que transferiam para a Polícia Federal os crimes de mando, evitando interferências políticas na sua apuração
que não foi aprovado por motivos até então óbvios e o que obrigava o INSS a se utilizar dos correios para o pagamento de beneficios a aposentados.
Publicou, entre outras obras parlamentares, os livros:
“Estado de Direito” e “Ditadura de Fato”, no qual denunciava a violência do regime e a hipocrisia do sistema.
Em 1982, com a dissolução do MDB, foi candidato a reeleição pelo PMDB, não se reelegendo, embora tivesse quase o dobro de votos da eleição anterior. Com entrada de políticos do PP (antiga Arena), se afastou do PMDB, quando foi ali instalada a política das malas de dinheiro.
Em 1983, voltou à advocacia e se desligou do PMDB pela sua descaracterização ideológica. Convidado, aceitou em 1986 ser candidato a uma vaga do Senado, pelo PT, pois o partido objetivava eleger um deputado estadual que, até aquele ano, não o possuía na Bahia. O PT elegeu, então, o seu primeiro deputado estadual.
Retorna à advocacia, continuando na Justiça a luta em defesa das áreas verdes e institucionais do Município, invadidas pelo Planolar, formado com objetivos políticos. Na Justiça, ainda conseguiu liberar uma praça entre os conjuntos José Falcão da Silva e Centenário e outra no conjunto ACM (Feira V).
Em 1993, convidado pelo prefeito João Durval, assumiu a procuradoria-geral do Município de Feira, estruturando a defensoria pública municipal e impondo ao órgão critérios de eficiência, moralidade e legalidade.
Em 1995, tomou posse, por concurso, em cargo da advocacia-geral da União, ali permanecendo até 2001.
Em 2004, assumiu a Secretaria-Geral da Ordem dos Advogados do Brasil.
Voltando a advocacia, retornou à Feira de Santana, onde abriu um escritório.

No dia 18 de setembro de 2005, Dia da Cidade, recebeu a Medalha do Mérito, na classe de Oficiais, na área jurídica.

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