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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quarta-feira, 26 de março de 2014

HISTÓRIA DA MICARETA - 5

EVOLUÇÃO
 
1938
Em 24 de abril de 1938, os foliões feirenses voltaram às ruas para comemorar a segunda micareta e assistir mais um belo préstito, com os artísticos carros alegóricos apresentados pelo Clube Flôr do Carnaval e pelo C. C. Melindrosas.
A Flor do Carnaval trazia 52 figuras representando as cartas dos quatro naipos e o seu Arauto era uma homenagem à heroína feirense Maria Quitéria de Jesus Medeiros.
O carro chefe da Flor do Carnaval era intitulado “A Vitória” e foi idéia do grande artista feirense Manuel da Costa Ferreira.
Um Arauto representado César, o imperador Romano, e um carro homenageando Vênus, constituíam o préstito das Melindrosas.
1939
Com as Garotas em Folia, Lira 35 de Abril, Bambas Feirenses, Cadetes do Amor, Batutas, Flor do Carnaval e, ainda o Cruz Vermelha de Salvador, animado a micareta, a festa foi realizada de 15 a 18 de abril.
Vestindo uniforme rosa e branco e artísticos diademas contendo as iniciais do conjunto, as Garotas em Folia brilharam intensamente nas ruas da cidade.
A Lira 35 de Abril, com fardas estampadas e bonitos Képis e os Bambas Feirenses, em uniforme verde-amarelo levaram, também, sua contribuição para a alegria do povo.
O Clube Carnavalesco Flor do Carnaval apresentava quatro beduínos, envergando o traje típico do cavaleiro verde do deserto em seda encarnada e branco, o Arauto vestindo prata e ouro, com capacete de plumas de suaves matizes.
1940
Neste ano, começou a cair um pouco a animação da micareta, pois a Feira de Santana sentia, também, os efeitos nefastos da II Grande Guerra Mundial. Mesmo assim, a Flor do Carnaval mandou às ruas um préstito com três carros alegóricos: No Mundo das Pérolas (de autoria de Manuel Ferreira), País da Glória e Mulata Velha, e a 31 de março as Melindrosas e as Garotas em Folia estavam nas ruas.
1941
Em 1941, o Prof. Antonio Garcia escrevia nota discordando da denominação de micareta e combatendo a mudança dos festejos para quinze dias após a páscoa, data que seria conservada na maioria das vezes.
O Prof. Garcia que foi, realmente, segundo depoimentos de contemporâneos seus, ainda vivos, o inspirador da micareta, não gostava dessa denominação, sugerindo segundo carnaval da Feira, não gostou, também, da transferência dos festejos do Domingo de Páscoa para duas semanas depois
Assim mesmo, de 19 a 22 de abril, a 25 de Março apresentou animados bailes micaretescos. Não houve micareta de rua.
1942
As festas deste ano foram bastante desanimadas, com as autoridades policiais proibindo o uso de máscaras, mas mesmo assim a 11 de abril as Milindrosas, as Garotas em Folia e o cordão Nega do Cabelo Duro estavam nas ruas para realizarem uma fraca micareta.
1943
No dia 1° de maio de 1943, apenas a Sociedade Filarmônica 25 de Março abria as suas portas para as festas de micareta.
1944
Em 1944, a 25 divulgava nota, que pela sua importância na História da Micareta, transcrevemos, na integra: A Sociedade Filarmônica
25
de Março continuará a festejar a Micareta desta cidade, a fim de não perder a sua marcha tradicional, oferecendo aos seus sócios e foliões três grandes bailes nas noites de 15, 16 e 18 de abril. “Era, ainda, a consequência da guerra”.
1945
Formou-se uma Comissão para realizar a micareta e alguns cordões e batucadas apareceram, tentando reviver a micareta de rua, no dia 7 de abril.
1946
Ressentida, há alguns anos, em consequência II Guerra Mundial, de uma animada micarela de rua, a cidade preparou-se para festejar, de forma especial,
as festas micaretescas de 1946, que foi denominada de “Micareta da Vitória”.
Naquele tempo a micareta ainda não tinha adquirido a fama, nem tampouco a animação que hoje reinam e presidem a festa. O comércio não cerrava as suas portas na terça-feira gorda, funcionando normalmente.
Para melhor brilhantismo, entretanto, da micareta da vitória, a comissão apelou aos poderes públicos, tendo a Prefeitura Municipal publicado nota oficial determinando o fechamento do comércio, no turno vespertino, apenas, na terça- feira da micareta de 1946.
Estas medidas, porém, não foram, suficientes para que a micareta alcançasse o êxito desejado, não tendo ela correspondido ao que se esperava.
Assim é que, noticiam os jornais de 1946, “houve muita luz, muito auto falante, o povo encheu as ruas mas sem nada pra ver”.
Via o povo, desta forma, frustradas as suas esperanças de ter uma animada micareta de rua, passando o recesso forçado com a realização da guerra que durante seis anos abalou o mundo.
Noticiam, ainda, os jornais, que as festas de clubes, decorreram animadíssimas, especialmente nas Sociedade Euterpe,
25
de Março e Vilória.
A comissão dos festejos, porém mostrou-se “empolgada pelo êxito da
referida festa” e publicou agradecimento a todos os que colaboraram pai
i realização da Micareta da Vitória.
1947
A micareta começou a 12 de abril de 1947, não decepcionou, chegou mesmo a agradar, quando os Guardas de Momo, Amantes da Flor, Sentinelas da Rua, Cadetes do Ritmo e Canto do Cancão estiveram desfilando pelas ruas.
1948
A micareta de 1948 foi a melhor depois do período da guerra e uma das melhores que a cidade já assistiu, realizada a 3 de abril. Notícias afirmam que foi o
caminho seguro para a reabilitação das festas populares.
Fato interessante desta micareta foi a batucada infantil Amantes do Ritmo, comandada por Emilson Falcão e da qual fazia parte, dentre outros: Evandro Oliveira, Unapetinga Guimarães e Ederval Falcão.1

1. Nota do Blog - faziam parte tembém: Guri, Beto Morais, Joca, Nêgo Bené, Yoiô Píula, Vaca Velha. O auge foi fazer uma apresentação na Rádio Sociedade de Seu Pedro Matos.
Fonte: Alencar, Helder “ 31 anos de micareta”

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