Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 5 de novembro de 2013

PERFIL DE JOÃO OLIVEIRA CAMPOS

Filho de Elpídio Marques de Oliveira (Benzinho Campos) e D. Hercília de Oliveira Campos.
Estudou em Feira de Santana, no Colégio Santanópolis e o colegial no Ipiranga, em Salvador. Diplomou-se em Medicina na Faculdade Federal da Bahia, em dezembro de 1928, como Obstetra. Especializou-se em Cardiologia, na Faculdade de São Paulo, durante dois anos.
A convite de um familiar, logo que se formou, foi visitar o distrito de Tanquinho de Feira, atendeu a alguns pacientes e voltou outras vezes, fixando logo após como Médico e depois que se casou resolveu ir morar em Tanquinho.
Adquiriu uma fazenda em Riachão de Jacuípe e deu-lhe o nome de Ypueira. Comprou algumas terras em Santa Luz, a Fazenda Vargem, onde plantou 500 tarefas de sisal, em que a propriedade foi explorada, adquirindo maquinário próprio para o beneficiamento do sisal. Com isto ficou rico, exportando cordas para o exterior para atracamento de navios, etc. Pelo seu caráter empreendedor ficou muito conhecido em muitas partes do Brasil e até do exterior e no meio governamental, recebendo inclusive visitas de pessoas da Presidência da República. Expandiu o plantio a outros municípios
como Riachão de Jacuípe e Coité e terminou sendo uma cultura ao alcance de todos. Chegou a ganhar o Prêmio de Qualidade, estabelecido pelo Governo Interventor da Bahia, Pinto Aleixo e o Secretário de Agricultura, Landulpho Alves, que ganhou 10.000 contos de réis como prêmio (1945),
A partir daí fez medicina gratuita e com o passar do tempo se desfez de muitos bens para manter um atendimento sem ônus algum. Construiu uma maternidade em Tanquinho com a ajuda de seu povo, inaugurando-a em dezembro de 1949. Como ele era famoso e único na sua região, em seu tempo, atendia mais de 200.000 pessoas: de Santa Bárbara, Tanquinho, Riachão de Jacuípe, Coité, Santa Luz, Serra Preta, Feira de Santana, Pé de Serra, Nova Fátima, Ichu, Candeal, etc.
Chegou a tal ponto a sua fama, que durante a ditadura de Getúlio Vargas, ele foi nomeado Prefeito de Riachão de Jacuípe (1943 a 1945).
Por sua generosidade não tinha descanso, às vezes levava um mês sem retornar ao lar. Como não tinha estradas vicinais, a maioria dos percursos era feita em lombo de animais. Quando o transporte ficou mais fácil e maior número de estradas, Dr. João sofreu 11 acidentes de automóvel e o pior deles foi quando o carro em que viajava ficou preso nos trilhos da estrada de ferro e o trem o colheu com tanta violência que das 5 pessoas que viajavam no carro, 4 foram lançadas para fora e somente ele ficou no carro agarrado ao trem para logo adiante se chocar com um poste. Deste acidente sofreu algumas fraturas na cabeça, teve 13 costelas e uma clavícula fraturadas e cortes pelo corpo. Ficou desacordado e os médicos se empenharam muito ao saber que se tratava de um colega, senão fizesse isso teria sido considerado morto pela aparência. Permaneceu 30 dias sem recobrar os sentidos e só foi considerado salvo, quando os médicos perceberam que ele estava chorando.
Resolveu ingressar na política de Feira de Santana e foi eleito vereador, na 1ª Legislatura, pelo PSD, conquistando o 1° lugar com 699 votos.
Em 1962 a 1966, reelegeu-se prefeito de Riachão de Jacuípe. Pela 3ª
vez foi eleito de 1970 a 1972, apenas dois anos de mandato. Em 1982, foi mais uma vez reconduzido à Prefeitura, desta feita concorreu estrategicamente com o seu fiho Hervai Campos, que ganhou com 113 votos de frente. Foi o pioneiro na construção de açudes e no peixamento dos rios e açudes de Riachão. Construiu um hospital em Riachão que hoje tem o seu nome e o de Tanquinho, que também foi denominado com o seu nome numa justa homenagem pela sua medicina evangélica, que praticou. Há também uma Praça em Candeal e uma escola em Riachão de Jacuípe que levam o seu nome.
Foi casado com a Sra. Sílvia Teles de Lima Campos, que deste casamento nasceram os filhos: Maria Sílvia, Ana Margarida, Vilma, Herval (que foi prefeito de Riachão de Jacuípe), Silvio, Araci e João. Teve um outro filho: Enjolras.
Faleceu no dia 17 de junho de 1989, no mesmo dia e mês em que nasceu e os seus restos mortais se encontram em um Memorial, ao lado do Cemitério Eterna Lembrança, construído pelo seu filho Herval Campos e em seu túmulo está escrito o epitáfio: “Quem vive com o povo e para o povo, jamais morrerá
“. Ao lado do túmulo foi erguida uma cruz muito grande e no seu pedestal está escrito: “Ele esteve aqui. Por ele ser muito religioso deve estar feliz: Juntos em vários sentidos
J Cristo
J Campos
Um ao lado do outro, aqui na terra como no céu”.

Um comentário:

  1. Fiquei muito feliz hoje ao ver a imagem e a historia de meu tio muito querido e muito admirado por todos que o conheceram.
    Em homenagem a essa pessoa rara dei a meu filho caçula o seu nome numa justa homenagem.
    Romeu Pereira Campos

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