Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

quinta-feira, 21 de março de 2013

AO PODER PÚBLICO QUE INTERESSA POSSA

Carlos Pereira de Novaes


Bem, eu não sei a quem endereçar este questionamento, e, portanto, o farei ao poder público, que, ao que parece, viraram os donos desse nosso país e do povo que aqui vive, pois isto é o que parece. Por quê?
Bem, eu só vivo na Bahia há trinta anos e quando aqui cheguei, ia muito
em Salvador, que era uma cidade bonita e agradável, cheia de praias, onde o povo cantava, brincava, tomava banhos de mar, de ducha, na beira das praias, e uma série de atividades corriqueiras até que um dia, não sei quem, vai saber, provavelmente um mangangão, decidiu e acabou com as barracas das praias e acabou mesmo e pronto, por que era a lei e pronto e todo mundo teve que ficar quieto e daí em diante, praia é coisa de desocupado por que não restou nada. 
Pêra ai, a praia não é do estado, sei lá, para o povo usar e se distrair?
Qual é o problema das barracas, que inclusive mantinham a ordem?
Se elas eram feias, que as melhorem, botem mais chuveirinhos, plantem mais amendoeiras nas praias, que produzem sombra e parem com esta estória de coqueiros, que nem daqui é. Ou seja, melhorem sua infra-estrutura, para as pessoas possam andar de bicicleta e de vez enquanto tomar uma água.
Agora o tal poder público decidiu que beber é proibido, até por que eu não conheço ninguém que ande mais de jegue ou de cavalo, pois isto nem dá, só de carro e quem beber e dirigir é criminoso. Não se discute. É a lei.
Mas péra ai? Antigamente e até hoje, permanece aquela velha mania de pedir os documentos, a qualquer hora e a qualquer momento.
--- Seus documentos! E quando a gente não os tem, se o guarda não for lá muito educado, ele pode até passar o cacetete entre as pernas da gente.
Agora, com esta nova super-lei, e isto é o que parece, eles, além de nos constranger a qualquer hora e mesmo sem motivo, nos faz parar o carro e nos coage, este é o termo certo, a soprar um bafômetro para ver se existe vestígio de álcool, não importa a sua origem, se é remédio ou até um produto da nossa digestão, que em algumas pessoas é muito acentuado, e em caso positivo, a máquina indica e você, que até aquele momento era um cidadão conspícuo, vira vagabundo, vai em cana, tem pagar multa e ainda por cima é chamado de criminoso, isto sem julgamento algum e por um crime de presunção alcoólica.
Ora, coação é crime, eu já fui verificar, e se negar, é um direito que a lei nos permite, de não nos incriminar e tudo isto sem julgamento. Na tora.
Ora, se alguém cometeu um ato errado no trânsito, como matar alguém, isto sim é um crime. Peque-o, julgue-o, na forma da lei e cadeia nele.
Agora, incriminar milhões de pessoas que não pode nem tomar um chop com um pastel com leis arbitrárias, impostas na marra, de cima para baixo?
Se você não fez nada, o poder publico não o direito de ficar enchendo o saco das pessoas para ver se existe alguma presunção de um crime, que hoje, é o de uma suposta embriaguês, mas que amanha será com outros supostos tipos de crimes, observados com roubômetros, mentirômetros, maconhômetros e muitos outros ômetros, que nos fazem lembrar o escritor George Orwell.     
Ora! Pelo amor de Deus! Eu já ouvi comentários que estão prendendo até as mulheres por causa de teores ridículos de álcool no tal aparelho?  
Afinal, isto é que é a democracia que almejamos?      
Feira de Santana, 17 de março de 2013.
Professor Carlos Pereira de Novaes      carlospdenovaes@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme do Santanopolis dos anos 60