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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 10 de abril de 2015

SOBRE O TRABALHO DE ADOLESCENTES

Carlos Pereira de Novaes
Bem, no Brasil nada é estratégico, tudo é tático, resolvido na hora, sem levar em conta as vantagens e as desvantagens daquilo que se quer analisar e assim, uma solução esbarra na outra e uma coisa que estamos vendo agora é esta tentativa de diminuição da maioridade penal para 16 anos.
Antigamente as crianças começavam a trabalhar cedo, bem cedo, com 12 ou mesmo 13 anos e tudo funcionava bem. Agora, com o estado querendo se envolver demais na educação dos adolescentes, dar um emprego para um menor de 18 anos é um tremendo de um problema. O que acontece? O que acontece é que todo mundo se esquiva disto e o que era farto, antigamente, hoje é raro e os coitados dos adolescentes, a maioria, filhos de pobres, não tendo como ganhar dinheiro, por conta de uma legislação equivocada inibidora, pois trabalho nunca fez mal a ninguém, vai é se virar, como se diz por ai e, às vezes, este se virar acaba é o no crime mesmo, inexoravelmente. Qual deveria ser o dever do estado: examinar estrategicamente as causas do problema e as origens da criminalidade na adolescência e dar uma solução estratégica para o problema, mas não, caolhamente ele põe a culpa nos adolescentes infratores, em sua maioria, analfabetos, que não tem nem o que comer, com a sua família em frangalhos, que se não fosse este vale família, uma mixórdia tão criticada, teria é morrido de fome, pois ele não tem onde trabalhar, pois em nosso país trabalho infantil parece que é uma atividade criminosa.   
Quantas pessoas existem hoje que começaram a trabalhar bem cedo? Mas não, escaquetaram que criança não pode trabalhar e sem ter o que fazer os malandros põe logo o olho neles, pois a lei os protege, é claro.
Por que ao invés de reduzir a maioridade para 16 anos e depois para 14, se não funcionar bem, vai saber, o estado não incentiva o emprego para as crianças, para que elas desde pequenas soubessem o que é responsabilidade, tivessem uma bolsa alimentação que as estimulassem no trabalho?
Como? Mudando as leis trabalhistas, que hoje inibem o trabalho infantil e os patrões, é claro, pulam fora disto, pois ninguém quer contratar crianças e adolescentes, pois preferem os maiores, que são mais produtivos.
  Mas não, os nossos deputados e senadores, taticamente, sem analisar a estratégia do problema, ficam pensando em punir aqueles que nem tiveram a oportunidade de mostrar quem eles são, os pobres dos brasileiros menores e filhos de pobres, que não têm nem onde recorrer: ou caem na vida ou pedem esmolas nas ruas. Se correr o bicho pega, se parar o bicho come.
Alguns dizem: mas ele tem que estudar. Tem, mas não no expediente e assim, as nossas escolas teriam que se adaptar melhor ao ensino noturno. É obvio que o expediente de um menor que trabalha não poderia ser o mesmo de um maior, poderia ser um pouco menor, mas tudo isto poderia ser analisado com calma e sem punir os coitados que só entram para o crime por falta de opção. Ninguém vira bandido por que quer, pois vida de bandido é ruim.

 Tem menor bandido? Tem, os psicopatas, mas a maioria vira bandido é por falta de trabalho, de esporte, estudo sério, atividades musicais e assim vai. Ora, isto não é uma crítica, é constatação: o nosso ensino público deveria ser melhor analisado e melhor concatenado com uma atividade de trabalho. 

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