Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A MODERNIDADE DAS RELIGIÕES

Carlos Pereira de Novaes


A vida moderna esta cada vez mais independente, onde cada uma faz o que quer sem se importar muito com a vida do visinho e, nesse aspecto, é bom à gente observar o aspecto religioso das coisas, dos pensamentos. 
            Este professor por exemplo é católico, batizado, vai a missas de vez em quando, ma tem um pé no espiritismo e na figura mística de Say Baba, que foi um Guru que viveu na Índia e faleceu recentemente. Isto já o satisfaz.
            Ele tem um amigo que é agnóstico, odeia Jesus Cristo, mas, de vez em quando, vai beijar a mão do Preto Velho. Pode?
            Um outro conhecido seu é seguidor de Maomé, é muçulmano, gosta de alardear as verdades muçulmanas, mas gosta de uma cachacinha, só de vez em quando, pouquinha, mas a toda hora eu o vejo indo a um centro espírita, mas ele também reza lá para Maomé, que ele diz ser um espírito de luz, que já é coisa de espírita e não de muçulmano. E tome mistura.
            Tem um outro que não acredita em nada, nem nele mesmo, mas aceita a verdade da vida depois da morte e a reencarnação, como coisas biológicas do homem e das coisas que vivem, por que a vida é um grande mistério.
            --- Você acredita em reencarnação, professor, em alma?
            --- Ué! Sei lá. Eu não estou aqui? Eu pedi alguma coisa? Se eu vim, sem pedir e não me lembro de nada, como é que eu vou saber se já vim e esqueci?
            Eu não nasci uma vez? Agora? Por que não outras vezes, esquecidas?
            O esquecimento é uma regra. A gente acaba esquecendo de tudo. Por que não de vidas passadas? Portanto, são realidades pseudo-reais. Ou não?
            Ou seja, o fenômeno da vida é uma coisa que nos transcende, e muito, e não adianta querer entendê-la por que ele é realmente transcendental.
            Portanto, assim como as coisas da modernidade, as pessoas procuram são seus equilíbrios próprios naquilo que lhes trazem prazer, não na opinião do outro, ou seja, cada um procura à sua verdade e a seu jeito, se ajustando.
            O que está acontecendo, afinal? São religiões mais conscienciosas, que não olham só filosofias, que, afinal, não são nem filosofias, mas só opiniões e pouquíssimas abalizadas da vida, do que é a verdade. Mas o que é verdade?
            Vejam, dizem que até Ele se calou quando Pilatos lhe fez esta pergunta.
            Hoje, o que se vê são religiosos que se aturam sem se questionarem sobre as filosofias de seus interlocutores. O que isto importa afinal?
            Este professor, por exemplo, professor de hidrologia, acha que a morte é só uma mudança de estado do corpo semi-material, já que ele não é sólido e nem líquido, e a morte é só a elevação do seu corpo espiritual ou gasoso sobre o efeito do empuxo de Arquimedes. É correto? Sei, lá? Deve ser. Por que não? 
            Mas que interessa as verdades se às mentiras já nos comprazem?
            Invente lá a sua mentirinha e se ela lhe traz calma é por que você achou a paz, achou o seu caminho, não importando o que é a verdade, até por que a verdade, que nós tanto procuramos, pode ser aquela que você elegeu e nesse aspecto este professor tem que concordar com os budistas, que não falam de Deus por que reconhecem que este assunto é transcendental demais.  Será?
            Eu por exemplo, desculpe o uso da primeira pessoa, penso que Deus é o universo e que o universo que conhecemos, é apenas uma célula de Deus.
            Êta Deusinho grande, não é? É...! E por isto é que ele não aparece. Viu!           

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme do Santanopolis dos anos 60