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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

FALSA PROPAGANDA E REALIDADE

Hugo Navarro da Silva

A campanha eleitoral, que outros méritos não exibisse, ajuda, pelo menos, a por em destaque verdades, às vezes dolorosas, úteis para esclarecer certos fatos acerca da pátria brasileira ao nosso heróico povo, que lutando contra tudo e contra todos, até contra os próprios erros,  já recolheu aos cofres públicos, neste exercício, mais de um bilhão de Reais, resultantes de conta em que só entram, naturalmente, os negócios perfeitamente legalizados.
Fosse possível juntar todas as transações e negócios, a soma provavelmente seria triplicada ou quadruplicada.
O esforço de população, que aprendeu a vencer, a superar dificuldades muitas vezes criadas pelos próprios governos, com infernal burocracia a tudo e a todos atravancar  e com sua imensa sede de tributos a devorar estímulos e possibilidades de lucros, tem impulsionado  o país gerando  tinturas  progressistas em algumas áreas e até sonhos de grandeza ultimamente estimuladas por publicações estrangeiras que destacam a nossa privilegiada posição na economia mundial, conquista reforçada   pela publicidade que se dá aos novos milionários brasileiros, quando não aos bilionários, como fez, recentemente, a revista “Forbes” ao apontar, em matéria de capa, o ex-presidente Lula como o mais novo bilionário destas terras havidas por dadivosas e férteis.
Todo esse progresso nacional, apregoado aos quatro cantos e que mostra o Brasil como promissor mercado para toda a tralha exportada pelos países mais “vivos”, simula desenvolvimento e induz à crença em abastança, que vem de fora e de certo modo   convence boa parte dos brasileiros de que vivemos no melhor dos mundos possível e, portanto, temos que partir da riqueza, ainda que falsa, para o luxo  e o aperfeiçoamento. Ninguém cuidou de criar regras rígidas, obrigatórias, para a construção de escolas, visando a segurança, o conforto e a saúde de professores e estudantes, condenando as arapucas, com a denominação de educandários, que se constroem e são inauguradas, com festas e grandes orçamentos, por este país afora, como ninguém cuida do professor e da escola como elementos propulsores de qualquer país que almeje o pleno desenvolvimento  econômico e cultural. Além de educar sua gente, os Estados Unidos abrigam, hoje, nas suas universidades, cerca de cem mil chineses e cem mil indianos e estudantes de outras partes do mundo. Essa gente vai ajudar a construir, em sua terra de origem, certamente, no futuro, bases seguras para sólido progresso, que hoje encerra não poucos requisitos que vão da segurança, em todos os sentidos, à construção de sistema capaz de dar tranquilidade ao cidadão para  trabalhar honestamente, educar os filhos e viver em paz.
Sonhamos, aqui, como boa parte dos que vivem nesta cidade, com um sistema de transporte de massa sobre trilhos, rápido e barato, semelhante aos que existem em algumas  partes do mundo.
Não há a possibilidade de crescimento urbano permanente e sustentável sem um sistema de transporte eficiente, rápido e seguro, que facilite o que se convencionou chamar de mobilidade urbana.
A implantação de um sistema de veículos leves sobre trilhos, em Feira, apareceu no programa eleitoral gratuito como promessa de candidatos a prefeito. O sistema nunca passou de projeto e cogitação de governos em várias capitais do nordeste e até  de cidades de São Paulo, a força sugadora da economia nacional. Jamais, entretanto, foi implantado, acreditamos, pelos altos e proibitivos custos envolvidos. No entanto foi prometido, nesta cidade, como realização certa e conquista garantida até com o aval de técnicos conhecidos. O TRI-VIA é o transporte ideal, em todos os sentidos, para cidades de médio e grande porte, mas está financeiramente além de nossas possibilidades.  Muito mais viável, pelo tempo de construção e altos custos, é o famoso metrô de Salvador, que de meio de mobilidade urbana transformou-se em cemitério.

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