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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

BREVE HISTÓRIA DOS ESPOTES NO SÉCULO XX

A Inglaterra era o berço da maioria dos esportes de destaque mundial, e os primeiros amadores ingleses apregoavam o culto à justiça. A disputa tinha de ser mais importante do que a vitória, e o espírito de competição sobrepunha-se ao placar final. Alguns dos mais conhecidos clubes ingleses de futebol da atualidade têm sua origem nas equipes das escolas dominicais, tendo sido formados de acordo com a ideologia do “cristianismo muscular” (Movimento da era vitoriana que enfatizava a necessidade de um ativismo cristão enérgico, combinado com um ideal de masculinidade vigorosa). Esporte e jogo limpo eram quase sinônimos. Se os campeões de 1900 tivessem a chance de testemunhar grandes disputas esportivas um século mais tarde, ficariam um tanto desapontados pela enorme ênfase dada à vitória.
No início do século, eram poucos os jogos que reuniam multidões. Esportes populares como a corrida de cavalos, a luta de touros, o críquete, o beisebol, o futebol e o boxe dificilmente atraíam competidores e espectadores estrangeiros. Mesmo os principais torneios de tênis que aconteciam a cada verão em Wimbledon contavam, em grande medida, com jogadores britânicos. Houve agitação quando May Sutton, uma norte-americana, apareceu: ela jogava com os antebraços desnudos, o que foi considerado indelicado e lhe rendeu o apelido de “lavadeira”.
Eventos esportivos internacionais se tornaram mais freqüentes nas duas décadas anteriores à Primeira Guerra Mundial. Os Jogos Olímpicos de Paris, em 1900, e St. Louis, em 1904, careceram de excelência, uma vez que os melhores atletas do mundo não tinham como pagar para ir até os locais dos jogos ou, por serem profissionais, não tinham permissão de participar —  as competições, renascidas em Atenas, em 1896, eram apenas para amadores. O futebol, inventado na Grã-Bretanha e, na época, o esporte mais popular do mundo, tinha pouca pretensão de ter fama internacional. No críquete, os únicos times que competiam regularmente eram os da Austrália e os da Inglaterra. O remo (individual) e o boxe eram esportes internacionais —  os remadores atraíam, provavelmente, os maiores públicos do mundo —  mas poucos países competiam. A Volta da França aconteceu pela primeira vez em 1903, e a maioria dos ciclistas era francesa. A Copa Davis teve sua primeira competição em 1900, e somente equipes Ing1esas foram até Boston para disputá-la.
Poucos arriscariam dizer que os esportes se tornariam uma arte tão importante da indústria do entretenimento. Mais tarde, a energia elétrica e os estádios cobertos permitiram que os jogos fossem dissputados também durante a noite; as partidas aos domingos, outrora tabu em países anglófonos, começaram a reunir grandes públicos, O rádio e a televisão aumentavam a audiência. Os benefícios que a mídia eletrônica poderia trazer para os esportes foram percebidos em New Jersev, em 1921, quando o boxeador Jack Dempsey, conhecido como “o Matador de Manassa’ lutou contra o francês Georges Carpentier. Cerca 80 mil pessoas pagaram caro para assistir ao combate, e milhares acompanharam pelo rádio —  uma novidade. É provável que o evento tenha sido o primeiro acontecimento esportivo a ser simultaneamente assistido por um público presente e por outro distante.
Os esportes aos poucos derrubavam barreiras de raça, sexo e classe. No começo, a maioria das modalidades era praticada apenas por h:mens; em 1900, nos Jogos Olímpicos de Paris, havia apenas duas práticas permitidas para mulheres —  tênis em quadra de grama e golfe. Passam-se quase trinta anos até que surgissem modalidades esportivas básicas e uma disputa de ginástica específicas para mulheres.
Os atletas do Terceiro Mundo —  raramente vistos nos importantes eventos esportivos dos primeiros tempos —  começaram a ganhar medalhas de ouro. Velocistas das ilhas caribenhas da Jamaica, Trinidad Cuba conquistaram seis medalhas de ouro entre 1948 e 1984. As montanhas da África Oriental tiveram seus primeiros campeões olímpicos na década de 1960, quando os etíopes venceram a maratona três vezes seguidas, enquanto os quenianos triunfavam em outras provas de resistência.
Fonte: "UMA BREVE HISTÓRIA DO SÉCULO XX - Blaney, Geoffrey

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