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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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domingo, 23 de janeiro de 2022

HISTÓRIA QUE O POVO CONTA - OLIVEIRA BRITO

Evandro J.S. Oliveira



Uma história sussurrada, contada em várias partes, cria uma lenda sem comprovação. Apenas com indícios ou coincidências. Relataremos a história após juntada as peças do disse me disse.

No governo militar do presidente Castelo Branco, Juracy Magalhães, político baiano de muito prestígio com a cúpula governante da época, ponderou que gostaria de que na Bahia não houvesse cassação por motivos políticos. Perdesse cargo, comando... não CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS.

Os processos de apuração de corrupção, ele não teria ingerência se chegasse ao ponto de cassação, ou qualquer outra penalidade.

        Dois casos conhecidos, que corroboram com esta versão: um adversário político com acesso a uma determinada lista de pessoas que seriam ouvidas no Comando Militar nos Aflitos em Salvador, colocou o nome do ex-prefeito, 1959-1963, de Itapetinga como Engenheiro José Vaz Sampaio Espinheira (foto), omitindo a principal atividade, a política. Esperança de que o processo não fosse descartado de antemão. Não por este artifício, mas foi aberto inquérito por irregularidades administrativas, quando no exercício do mandato de prefeito, juntamente com o tesoureiro Dário de Oliveira Freitas. A razão foi a construções de umas poucas casas populares com os recursos da prefeitura, coisa de comunista.

José Vaz Sampaio Espinheira

    Espinheira não foi cassado, voltou a ser prefeito por mais duas vezes 1967 a 1971 e inusitadamente em um período de seis anos, de 1977 a 1983.

Outro episódio comentado foi da mãe de um político que estava sendo processado por corrupção, ela muito amiga de Juracy apelou para mudar o processo de corrupção para processo político, que ele não atendeu, logicamente pelos, motivos acima.

Mas a questão mais emblemática que chancela um grau de verdade à história “de que na Bahia não houvesse cassação por motivos políticos”, é a de Oliveira Brito.

Antônio Ferreira de Oliveira Brito (foto). Era Ministro de Minas e Energia quando da queda do governo de João Goulart, em 1964.

Oliveira Brito

Estava no palanque (foto) no fatídico comício, gota d’água, do movimento político militar para derrubada do Governo João Goulart, a cúpula política. Na foto abaixo mostra o evento, e uma seta em vermelho, colocada pelo Blog, ressalta o palanque.

A linha dura militar, exigia de Castelo Branco, a cassação de todos presentes daquela foto, e Oliveira Brito estava lá, mas não foi cassado no governo de Castelo Branco.

Acima no canto direito da foto, o palanque do comício.


Em fins de 1968, eu estava me divertindo no clube “Filarmônica 25 de Março”, jogando um carteado, quando chegou Oliveira Brito. Sentou entre mim e o Deputado Wilson Falcão, no momento meu adversário no biriba. Aí ouvi o seguinte diálogo:

- É Brito, a situação está degradando muito...

- As informações que tenho, infelizmente corroboram com sua análise.

Em de 11 de setembro de 1969, ANTÔNIO FERREIRA OLIVEIRA BRITO, foi cassado seus Diretos Políticos.

Nota: nenhum processo num governo ditatorial, seja com a titulação política, ideológica, corrupção... não tem credibilidade.




    

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