Tonheiro |
"Pipiu" como é cariosamnete conhecido |
Zé Olímpio |
Dega |
Isac |
Falando em “Pipiu”, não se deve olvidar que foi e ainda é um dos excelentes intérpretes de canções, marcou e ainda marca presença nos meios sociais que frequenta. Brincalhão, amigo, prestativo, honesto, solidário. Quem dele precisava era atendido. Não distinguia raça, cor, religião, condição social de ninguém, pois o seu objetivo era e é servir.
Por ser um piadista de marca maior, convém lembrar-se da afinidade que mantinha com uma figura chamada “Telesco”, até hoje os seus amigos e companheiros desconhecem a razão dessa afinidade só ele sabe.
Mário Lobo, outro destacado comerciante. Além do comércio, também era industrial; com tais características concorreu ao desenvolvimento de Feira de Santana, ofertando emprego a quem precisava, aumentando a renda do município, visava sempre o nosso progresso.
Celestino Gornes —“Seu Celé” - um líder ímpar soube conduzir sua numerosa família, educando todos os filhos, dando-lhes uma verdadeira noção do que representa o trabalho, a honestidade. Deixou como seus representantes os filhos: Francisco Suzarte Gomes — nosso saudoso Chicão de Celé — pessoa alegre, honesta, sincera, pai maravilhoso, respeitador e respeitado, brincalhão, dotado de uma invejável inspiração, “militar Caxias”, quando serviu ao Exército Brasileiro, amigo de todas as horas; de igual quilate, Celestino Filho — “Zinho”, trabalhador; sincero, resoluto; Isac Suzarte, um dos cabeças da Firma Café e Moinho Tabajara.
Certamente, porque, além de capaz adquiriu vasto conhecimento ao se formar em Contabilidade no Colégio Santanópolis. Além do comércio, entendia e entende do ramo de construção civil, bom administrador, íntegro, praticando esporte, saiu-se bem no basquetebol, foi um excelente jogador do Fluminense de Feira; por fim, este filho de Celé, Deraldo Suzarte Gomes, o Dega, que se distinguiu em todos os setores da vida dos quais participou e ainda participa: odontólogo incomparável, perfeito administrador de suas propriedades rurais e urbanas, sincero, ponderado, meticuloso; como esportista, ótimo jogador de futebol, de vôlei, de basquete, tendo oportunidade de se transformar em atleta profissional, mas não o quis. Deraldo, com o seu procedimento, concorre ao enaltecimento do nome de sua terra natal.
Profissionais liberais que se destacaram entre nós:
Médicos: Drs. Gastão Guimarães, Renato Silva, Welf Vital, Salústio Azevedo, Osvaldo Pirajá, Jackson do Amauri, Carlos Kruschewsky, além dos atuais: Sílvio Marques, Marcelo Carvalho, João Marinho Neto, Maria das Graças Melo (esta, a cardiologista Graça Melo), filha do ainda lembrado comerciante Milton Melo, esposo de D. Yolanda; a inesquecível Iraci Medrado, esposa do saudoso Valter Medrado. Doutora Iraci deixou seu nome gravado na história da nossa terra, pois muitas crianças, hoje adultas, continuam neste mundo graças à dedicação que dispensava a sua clientela. Uma grande figura!
Engenheiros e Arquitetos: Drs. Anápio Miranda, Marcus Miranda, João do Vale “Bolinha”, José Juracy Pereira, José Joaquim Lopes de Brito, José Monteiro Filho e outros.
Pessoas que também marcam suas presenças: José Francisco Boaventura Cerqueira “Zeca de Enésio”, o protótipo do verdadeiro trabalhador, foi um grande boâmio, não quis se tornar um profissional liberal, mas educou os filhos, todos em nível superior, muito prestativo, beneficente, de muitas qualidades; José Maria Vieira (“Zé Maria”), quem não o conhece considera-o apenas como um boêmio inveterado, todavia ao julgá-lo, deve-se levar em conta que foitambém um honesto comerciante, prestativo, cumpridor de suas obrigações, ex-proprietário da Serraria Triunfo. Jamais ludibriou sua clientela, um bom e sincero amigo. Everaldo Azevedo - “Vevé Pequeno”, esposo de D. Amanda. O que relatei sobre o caráter de Antônio Santana, aplica-se também a Vevé. Que pessoa amiga de todos, sincera, prestativa, competente! Inesquecível pessoa!
Advogados: Drs. Edelvito Campelo, Cícero Brito (também Promotor de Justiça), José Marinho das Neves, Antônio José Benevides, Talma Marques, Samuel Ántônio Oliveira, Fernando Pinto de Queiroz (esposo de D. Mariza, nascendo dessa união os filhos: Drs. Carlos Joaquim, Márcio Augusto, Hilmar Queiroz e Wladimir Queiroz, um profissional de invejável saber jurídico, consciente), Jorge Bastos Leal (esposo da verdadeira companheira e amiga, que muito o ajudou na vida, D. Marinete Leal, neta do Desembargador, jurista, poeta, escritor Filinto Justiniano Ferreira Bastos. Somente tal origem bastaria para traduzir quem foi Jorge Leal) e outros. Quanto a Jorge Leal, gostaria de expor minha opinião, retratando o que ele representou e representa para mim: foi um verdadeiro exemplo de como é possível trabalhar sem lesar ninguém; conhecedor profundo do Direito, muito modesto, deu lições a muita gente, principalmente aos “analfabetos em Direito”, pois indicava aos mesmos os caminhos que deveriam seguir e se não compreendessem, redigia para elas as necessárias ações. Profissional criterioso, honrou a profissão. Não se preocupava com a remuneração que deveria auferir por seus trabalhos, adorava prestar assistência aos menos favorecidos, advogava gratuitamente para os mesmos. Foi o genuíno professor do Direito. Indelével sua presença entre nós, principalmente nos meios jurídicos, o que muito me faz feliz. Jamais olvidarei das lições, dos conselhos, dos benefícios que dele auferi. Jorge Bastos Leal - um exemplo de vida! Tive a honra e o privilégio de exercer a profissão em seu escritório, o mesmo do Dr. Fernando Pinto de Queiroz. Ali também foi berço inicial de outros advogados, atualmente renomados representantes da Justiça do Estado, a saber: Desembargador Raimundo Antônio Carneiro Pinto, Desembargadora Silvia Carneiro Zariffe, Desembargadora Marama dos Santos Carneiro, Dr. Reinaldo Campelo de Cerqueira, o que serve para aumentar o meu orgulho.
Finalizando, cito estas frases:
“Ame tudo, confie em alguns, não faça mal a ninguém “.
(Wihiam Shakespeare).
“Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus escreva nela o que quiser “.
(Santo Agostinho)
Transcrito da revista
"História e Estórias dos Séculos XIX e XX (Escritas a cinquenta mãos).
Edição Especial do
Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana - 2015 p. 141, 142, 143.
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