MÁRIO GOMES MOREIRA nasceu em Feira de Santana, filho do comerciante Lídio Barros Moreira. Diplomou-se em Direito, na UESC - Ilhéus. Em Feira Trabalhou no escritório dos Drs. Jorge Bastos Leal e Fernando Pinto de Queiroz. Foi Consultor Jurídico da Santa Casa de Misericórdia, Associação Comercial de Feira de Santana, do Clube de Campo Cajueiro, Tênis Clube, aluno e professor do Colégio Santanópolis, professor do Joselito Amorim e Vereador do Município de Feira de Santana.
Ivanito Rocha |
Colber nesta Época |
João Durval |
Raymundo Pinto |
No início de 1940, as principais ruas centrais de Feira
de Santana eram: da Aurora, Direita, do Meio, Marechal Deodoro, do Sol,
Av. Senhor dos Passos, Av. Getúlio Vargas, além das Praças da Matriz, João Pedreira,
da Bandeira, Bernardino Bahia, Fróes da
Adroaldo Dórea |
Hèlio Dórea |
Mota.
Todavia, mais acolhedora e significativa dentre elas - a Rua da Aurora, onde imperava a solidariedade, sinceridade, fraternidade, porquanto seus moradores tudo faziam para agradar a quem ali passasse ou permanecesse, brincava-se despreocupadamente, os festejos nela realizados eram inesquecíveis.
Gratas lembranças das Trezenas de Santo Antônio
Estevam Moura |
Figuras importantes no cenário nacional marcaram presença, quer se divertindo, quer praticando esportes, principalmente o futebol, citando: o ex-Governador e ex- Senador da República, Dr. João Durval Carneiro; o saudoso ex-Prefeito, Dr. Colbert Martins; o ex-Deputado Estadual, Dr. Hugo Navarro Silva, respeitado, competente, honesto advogado, jornalista, escritor; seu irmão Dr. Antônio Navarro Silva, ex-Juiz de Direito da Justiça do Trabalho, ex-Delegado Regional, Defensor Público; Dr. Jairo Carneiro, Bel. em Direito, ex-Deputado Federal, atual Secretário do Governo Estadual, casado com a culta, prestigiada, competente e respeitada Desembargadora, Marama dos Santos Carneiro, ex-Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região; bem assim Dr. Raimundo Carneiro Pinto, Desembargador, Jurista, escritor nacionalmente conhecido, ex-Corregedor e ex-Presidente do anteriomente citado Tribunal, esposo de Shirley, isso ocorrendo quando frequentavam a residência do seu tio Luiz Carneiro; os filhos de Miguel Dórea - Seu Guezinho - dentre eles: Zeca, Adroaldo e Hélio; os filhos de Zezé de Aníbal; Danton; Antônio Carlos Pinto de Almeida - Tatai do Banco do Brasil - foi considerado por muitos como o “Gerente dos Gerentes” do aludido estabelecimento bancário, pois conhecia toda a clientela; os filhos do mecânico Miguel Souza, destacando-se dentre eles Clarival Souza - Dudinha - proprietário do SPR Constelação, dançarino de primeira, cantor, animador de programas radiofônicos, boêmio. Amigo de todos, um “bom vivedor”; do seu irmão Heitor, funcionário do DNER, craque do Fluminense de Feira; de Djalma — Didi da baiana - o intelectual da família - não esquecendo o Miguelito, o famoso “Quarentinha”. que se tornou campeão carioca, integrando a equipe profissional do América do Rio de Janeiro; do sempre lembrado Raimundo Borges, filho de Júlio Borges.
Incluo também nestas recordações, a Praça Dois de Julho - a Barroquinha. Nela situava-se a casa de Miguel Dórea - Seu Guezinho - fazendeiro, proprietário da fábrica de sabão; a de Estevam Moura, confeccionador de paletas destinadas a aparelhos musicais, renomado compositor, maestro da Filarmônica 25 de Março, nacionalmente conhecido, casado com D. Regina Carvalho, uma das pioneiras na comercialização de doces através de seus “baleiros” - estes davam proteção aos moradores do local, principalmente quando a “turma dos baderneiros” da Av. Sr. dos Passos resolvia tumultuar a tranquilidade reinante, não conseguia ante a intervenção dos referidos “baleiros”, que a reprimia, expurgando-a. A “vitória” sempre foi da nossa rua.
Foi no final da Rua da Aurora que residiu a minha saudosa e inesquecível mestra, Professora Eunira Boaventura, base principal dos meus modestos conhecimentos, casada com João Almeida.
Convém ressaltar as qualidades dessa verdadeira guerreira, também ali residente, D. Hilda Carneiro, filha do Sr. João Batista Carneiro, que prestou inúmeros benefícios aos necessitados, quer no campo financeiro, da moral, da honradez, que serve de exemplo para quem pretendeu trilhar pelo caminho da verdade, da compreensão, da solidariedade. Quanto à D. Hilda, representa uma das moradoras mais ilustres, porque apesar das inúmeras dificuldades que se deparou foi paciente, venceu todas as vicissitudes, educou sua numerosa prole, da qual faz parte sua criteriosa filha, a Desembargadora Sílvia Carneiro Zarife, ex-presidente do Tribunal de Justiça de nosso Estado, que no exercício daquela função, marcou e marca presença até hoje, quando demonstrou seu vasto conhecimento jurídico, trilhando sempre pelos bons caminhos, de uma competência ímpar, humana, compreensiva, consciente dos seus atos, enfim, sem mácula. Não se deve olvidar que a Desembargadora Sílvia, na sua adolescência, muito desfrutou dos folguedos que as demais adolescentes ali realizavam, juntamente com suas irmãs: Lene, lara, Lígia, Conceição, Flor e Sofia.
Também a residência do Sr. Antônio, genitor desta que honra o Judiciário de nosso Estado, a Juíza da 2ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Salvador, doutora Darilda Maier, esposa do capacitado mecânico Antônio Maier, filho do não menos competente e distinguido profissional Miguel Maier - alemão de nascimento e feirense de coração -, de Lídio Barros Moreira, comerciante e Vestina Gomes Moreira (D. Tita), onde criaram e educaram os filhos; residência do Sr. João Mascarenhas, comerciante e sua esposa D. Pequena, vizinhos e compadres de Lídio e Vestina, os quais mantinham entre si um vínculo sincero, como se fossem irmãos; o Professor Garcia, modesto e destacável nos meios educacionais da cidade, escrevia também artigos para a Folha do Norte; do Sr. Manoel, pai dos Drs. Divaldo, Ari, Deraldo, este, um dos mais competentes radiologista da cidade; D. Maninha e seus filhos Álvaro, Lourdes, Tereza; Marina de Bubu, ressaltando que D. Maninha fabricava uma inigualável cocada-puxa.
Antiga Rua Direita hoje Conselheiro Franco |
Igreja dos Frades Capuchinhos |
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Os destaques em azul se refere a Santanopolitanos
Transcrito da revista
"História e Estórias dos Séculos XIX e XX (Escritas a cinquenta mãos).
Edição Especial do
Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana - 2015 p. 137, 138
Hugo Navarro da Silva |
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