O GUARDA!

Ismael S. Bastos

Anos trinta nesta querida Feira

Um Guarda municipal da Princesa

Era conhecido por sua enorme frieza

Esmirrado, o cabra era de ruim natureza

Ninguém avaliava que aquele baixinho

Tranquilo, tratava as pessoas com carinho

Se provocado Homem virava uma besta fera

Sacava revolver e atirava, seu adversário já era

Ele mandou para o outro mundo muita gente

Havendo problemas chamavam o guarda urgente

Durante anos foi segurança de quase todos prefeitos

Diziam homem direito! Mas como? Com tantos defeitos

Policiava a Cidade Princesa com mão de ferro

Ele não tirava da cintura uma peixeira e um berro

Ao se aproximar dos ambientes o silêncio era sepulcral

Respeitado na cidade inteira, tinha mais moral que general

Sei que para saber quem é, estão morendo de curiosidade

O que estou aqui narrando é a mais pura e cristalina verdade

Conhecí a história contada dentro de minha casa! Temia este senhor

Tudo que narrei acima, faz parte da história de Ismael Guarda, meu tio avô!