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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 13 de junho de 2014

A SABINADA

Hugo Navarro Silva
Um fato que está merecer a atenção dos historiadores locais, que atualmente são muitos, é a Sabinada.
O presidente escolhido para governar o Estado Livre da Bahia, instituído pela revolução separatista e republicana que eclodiu em Salvador, em 1837 e passou à história com o nome de Sabinada era feirense, João Carneiro da Silva Rego, que na ocasião se encontrava ausente, em viagem pelo exterior.
O movimento armado contou com o apoio da Câmara, do povo e da tropa da Capital da Província. A Câmara, reunida em sessão, lançou as bases da nova república, em sete artigos, proclamando no primeiro: “A Província da Bahia fica inteira e perfeitamente desligada do governo denominado central, do Rio de Janeiro, e considerada Estado livre e independente pela maneira como for confeccionado o Pacto Fundamental que organizar a Assembléia Constituinte, que deverá ser desde já convocada, precedida de eleição de eleitores na capital e ao mesmo tempo proceder-se-á, por toda a Província, a eleição de eleitores que elegerão a nova Assembléia para desenvolver as bases apresentadas pela primeira. O número de deputados será de trinta e seis, conforme a declaração feita”.
A Sabinada recebeu tal nome porque um dos seus principais chefes era o Dr. Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira. Seus adeptos eram chamados de “raposas”.
O Dr. Sabino teve vida atribulada. No dia 7 de novembro de 1833 foi agredido pelo Alferes José Joaquim Ribeiro Moreira, na Praça do Palácio, quando se dirigia à Faculdade de Medicina onde lecionava. Foi chicoteado pelo agressor e o matou com um instrumento cirúrgico que levava na sua maleta de médico.
Preso, foi condenado pelo Tribunal do Júri, de Salvador, em 14 de junho de 1834, a doze anos de prisão com trabalhos forçados.
Apelou da sentença. Submetido a outro julgamento, conseguiu a absolvição.
O Estado Livre da Bahia a princípio foi dirigido pelo vice-presidente Honorato Paim, que tinha, por Comandante de Armas, Sérgio Veloso.
As forças revolucionárias, batidas em Salvador por tropas do governo imperial, os “perus” como eram conhecidas, após duros e sangrentos combates, refluíram para o interior, para o Recôncavo, e instalaram governo na Cachoeira, onde novas batalhas foram travadas. A cidade ficou quase destruída pelo canhoneio e pelos incêndios que se alastraram por todos os cantos.

Derrotados no Recôncavo, os soldados da Sabinada abrigaram-se em Feira de Santana, onde contavam com a ajuda de inúmeros adeptos. Os últimos combates foram travados em São José das Itapororocas, Humildes e São Gonçalo dos Campos. O movimento terminou com a dispersão das forças revolucionárias por falta de suporte bélico.
Hugo Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida

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