Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O MUNDO PEGA FOGO




Hugo Navarro da Silva
O povo brasileiro mostra-se perplexo diante do que está acontecendo no país, cujo futuro nunca foi tão incerto devido às dificuldades, embelecos, mistérios e incertezas da política nacional, que oferece lances dignos de romances policiais  agora com assassinatos e lances de filmes holiudianos a desafiar argúcias e proporcionar lances dramáticos.
O mundo parece pegar fogo. No Oriente Médio a matança continua a desafiar essa poética organização que é a ONU, porque matar em nome de Deus é sempre desculpável e o petróleo sempre justifica matanças.

O povo levanta-se, em demonstrações de violência, principalmente contra maus governos, aqueles que pretendem continuidade de governantes ou de partidos, que tudo resulta no mesmo, com violência em várias partes do mundo. Na Turquia, como no leste europeu as insurreições populares já causaram dezenas de mortes. O povo da Ucrânia quer se afastar da Rússia e se aproximar da União Européia, do sistema do Euro, mostrando que as lembranças do passado, as da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas não estão entre as melhores. Na Ucrânia multidões se lançam, desesperadamente, contra as forças do governo enfrentando toda sorte de perigos.
Há revoltas, barulhentas e manchadas de sangue, que se transformam em verdadeira guerra civil. Os acontecimentos da Síria são exemplos lamentáveis e amedrontadores. A marca da luta entre povo e governo quase sempre é a da insatisfação com os rumos da economia e outras ações o omissões governamentais. Quem assume a revolta quer mudanças contra ditaduras e a corrupção que parecem inarredáveis de mundo movido pela politicagem e pela roubalheira.
Na América do Sul a maior parceira comercial do Brasil, a Argentina, que sempre se pavoneou de seus ares europeus e de seu extraordinário progresso, ingressou no descompasso de crise econômica que lhe está corroendo a economia, restringindo o comércio com seus parceiros, atacando a liberdade de imprensa e levando o país à ruina por incompetência do governo e pela tentativa de seguir ultrapassadas e falidas doutrinas, tudo em nome da manutenção indefinida do poder.

Na Venezuela, as aventuras políticas do chavismo estão levando o povo às ruas, em protestos violentos, com o sacrifício de muitas vidas humanas. Cheia de petróleo, a Venezuela está levando o seu povo ao desespero, com as prateleiras dos supermercados vazias, com a subida incontrolável dos preços, que os tabelamentos oficiais não podem conter e a ameaça de guerra civil ou de golpe de estado. O chavismo, com seus delírios, inclusive o de perseguição, suas tropas de choque para prender, espancar e matar o povo, a exemplo do que houve na Alemanha Nazista, tem seguido todos os passos das ditaduras, inclusive o da eleição de inimigos que devem ser combatidos. Na Alemanha eram os judeus. Na Venezuela do chavismo ou do pomposo bolivarianismo, os adversários são os norte-americanos, no que segue o exemplo do castrismo da ilha de Cuba, que somente agora está começando a sair das carências impostas ao povo pela ditadura dos irmãos Castro.
O Brasil tem recebido a sua quota de revolta popular. Tudo começou nos meses de junho de julho de 2013, quando milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra medidas como a tarifa dos transportes coletivos e outras nem sempre demonstradas com clareza. No bojo dessas manifestações, a princípio pacíficas, explodiu a violência contra prédios e outros equipamentos públicos, mas, principalmente, contra bancos e diversos estabelecimentos comerciais. Foi quando surgiu a soturna, anônima, porque embuçada e criminosa organização conhecida como “black-bloks”, que deu início a verdadeira onda de vandalismo que  vem aterrorizando todo o país.
Ora, porque essas manifestações de violento desagrado e de repúdio, que já custaram a vida de um repórter de televisão, covardemente assassinado por dois que se dizem participantes dos “black-bloks”?
Segundo a propaganda oficial, vivemos no melhor dos mundos possível. O governo federal é maravilhoso, popular, voltado para os interesses da população e adorado pelos eleitores, que dariam, segundo pesquisas de encomenda, à atual presidente, vitória nas urnas de outubro, no primeiro turno e com enorme vantagem sobre os demais concorrentes à presidência da república.
O Brasil, hoje, segundo as pesquisas, é o paraíso terrestre.
Como entender, por exemplo, que partidos da base do governo estejam com suas bandeiras na violência das manifestações, dando-lhe suporte e apoio. Como entender que organização igualmente soturna, um tanto ou quanto hermética, de propósitos não inteiramente definidos, mas sustentada com o dinheiro do povo (milhões e milhões), o MST, faça passeata, tente invadir o Palácio do Planalto e termine por espancar e ferir  mais de trinta policiais, em Brasília, promovendo a desordem e aumentando a intranquilidade da população? O que parece é que houve briga simulada entre compadres, o que deixa o país cheio de dúvidas.
O mundo pega fogo. Mas o incêndio brasileiro pode ser obra de encomenda. Toda a violência e os crimes não se dirigem ao governo, que está liquidando a economia nacional. Pode ser obra de agentes pagos para promover baderna a justificar medidas legislativas que nos aproximem da ditadura de Cuba ou da Venezuela.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme do Santanopolis dos anos 60