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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sábado, 16 de fevereiro de 2013

A PRAÇA DA CACHAÇA

Hugo Navarro Silva


O jornalista Jair Onofre está a denunciar, no seu blog, o estado de abandono e decadência da “Praça de Alimentação” implantada durante o primeiro governo de José Ronaldo, transformada, hoje, na “Praça da Cachaça”, perigoso sítio onde menores praticam toda sorte de crimes e a maioria dos boxes abre somente à noite. A “Praça” abriga toda sorte  de pedintes, bêbados e desocupados, que do local fizerem asilo predileto e  perigoso, de onde deve sair  boa parte da criminalidade que se espalha, como praga, sobre toda a cidade.
Quando a Prefeitura criou a “Praça da Alimentação”, no centro comercial, inspirada, certamente, no que se faz, geralmente com ampla aceitação, nos modernos shoppings,  visou, principalmente, a facilitar a vida de quem trabalha no comércio, com a oferta de refeições rápidas e baratas, facilitar o relax após o trabalho e dar movimento e vida a uma parte central da cidade que se esvaziava rapidamente após as atividades cotidianas, além de favorecer a  criação de pequenos negócios e empregos e ampliar a possibilidade de renda. Não pretendia inventar um centro de bagunça, um dormitório de mendigos e vagabundos e um abrigo de criminosos.
A ideia, nos primeiros anos, funcionou. Na “Praça da Alimentação” houve palcos, espetáculos, variadas apresentações artísticas. O local tornou-se atraente, animado, principalmente à noite, como ponto de reunião de amigos e negociantes.
Aos poucos, entretanto, o panorama transformou-se, até chegar ao estado de degradação que apresenta nos dias de hoje, num tempo em que muita coisa murchou.
Poderíamos dizer que a Prefeitura, com a mudança de chefia, deixou de tomar as necessárias providências para preservar, da degradação, a “Praça”, conservando a natureza dos propósitos que nortearam a sua criação. Fato é que a Prefeitura tem culpa. Não foi apenas a “Praça da Alimentação” que decaiu. Culpa maior, entretanto, cabe à falta de policiamento da cidade, que tem afastado, das ruas, as pessoas honestas, obrigando-as a reforçar portas e janelas com grades de ferro e a evitar, tanto quanto possível, lugares públicos, que se tornam cada vez mais perigosos e inóspitos.
A polícia do Estado, por mais homens e veículos que tenha à disposição de seus serviços (inclusive, recentemente, telefone), conserva organização comprovadamente ineficaz diante do crescimento do crime, dividida em duas forças cujas funções nem sempre se completam e o povão dificilmente entende, cujos interesses nem sempre andam no mesmo trilho, muitas vezes perdidas em salamaleques que vêm dos tempos de Tomé de Souza.
 O fato é que se faltou interesse da Prefeitura em preservar a “Praça da Alimentação”, solicitando, entre outras providências, a atenção da Polícia para aquele local, os serviços da segurança pública, neste país, têm que passar, urgentemente, por total e completa reformulação, com o abandono das formulas tradicionais e ineficazes e a aceitação de reforma que lhes dê mais consistência, praticidade e eficiência.
Para tal, entretanto, seria necessário que a atitude do Papa (a da renúncia), contagiasse os principais governantes da República, que estão levando o país para o brejo mas permanecem agarrados aos cargos como carrapatos-estrela, os micuins, transmissores da perigosa febre maculosa, que pode matar  a vítima.

Hugo Navarro Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida
 

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