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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

PERFIL DE ESTEVAM PEDREIRA MOURA

 



ESTEVAM PEDREIRA MOURA, nasceu em Santo Estevão (BA), no dia 04 de agosto de 1909. Desde criança Estevam demonstrou pendores para a música. Um professor da cidade ensinou-lhe os primeiros rudimentos musi­cais, do que mais tarde tornou-se um grande musicista, compositor, professor e maestro. Fez parte da Filarmónica de Santo Estevão, onde tocava clarineta. Foi convidado para dirigir a Banda de Mú­sica de Bonfim de Feira, onde conheceu a jovem Regina Bastos de Carvalho, pertencente a uma família tradicional da cidade e se apai­xonou por ela, tal qual nos romances machadianos, casaram-se no ano de 1931, e deste matrimónio nasceram dois filhos: Olga Maria Moura Dórea e Ernani de Carvalho Moura.

Foi funcionário público, na função de Guarda Municipal por muitos anos.

Recebeu o convite para reger a Filarmónica de Conceição de Almeida. Depois veio para Feira de Santana, em 1935, onde fi­xou residência. Aqui exerceu a maestria da Filarmónica 25 de Mar­ço, no auge do seu funcionamento. Criou, juntamente com Georgina Erismann, Gerson Simões e Profª. Carmem, a Escola de Música para crianças, que ensinava piano, violão, flauta, etc.

         Foi professor de música no Ginásio Santanópolis. Era autodidata e lia muito, por isso tinha uma cultura muito profunda. (conhecia as biografias dos grandes compositores e musicistas do Brasil e também do mundo.

        Era considerado o homem dos sete instrumentos. Tocava órgão, clarineta, violão, piano, saxofone, flauta e violino. Era compositor de mão cheia. Compôs muitos dobrados, marchas, hinos, óperas, músicas populares e pela influência americana, compôs jazz, fox e músicas de ritmos espanhóis. Era perfeccionista. Lia. e relia as suas partituras, até ter certeza que estavam boas.

        Fez composições com João Barbosa de Carvalho, também musicista c compositor. Compôs ainda, em parceria com Gérson Simões, a melodia “Fascinação”, quando em viagem para a cidade de Santo Estevão.

        Gostava de homenagear pessoas, denominando as músicas com os seus nomes. Para o grande amigo Arnold Ferreira da Silva compôs um dobrado, a fim de homenageá-lo no dia do seu aniversário, que coincidentemente era o mesmo dia do seu.

        Homenageou o filho, que tinha por apelido “Tusca”, com um dobrado.

        Prof. Estevam Moura trajava-se elegantemente com ternos de linho diagonal branco, impecavelmente engomado e não dispensava o uso de um chapéu “Panamá”.

        Suas obras: “Hino da Padroeira Senhora Santana, “Ave Verum”, “Tantum Ergo”, “Hino da Vitória”, “Constelação”, que na opinião de sua filha Olga é o mais bonito e dezenas de outras músicas espalhadas por este Brasil inteiro.

        Teve uma vida breve. Morreu no auge da sua carreira, já consagrado pelo seu brilhante talento musical. Prof. Estevam Moura foi um dos grandes gênios, que a Feira conheceu.

Faleceu no dia 08 de maio de 1951.

Fonte: Lélia Vitor Fernandes de Oliveira


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