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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

NESTA DATA NA HISTÓRIA - 12 DE OUTUBRO

Noticia a "Folha do Norte", edição nº 1631 de 12 de outubro de 1940. 


    1922 – Já se conhece, nesta cidade, o texto do 1º vol. Do “Diccionario Histórico, Geográphico e Ethnográphico do Brasil”, comemorativo do 1º centenário da independência e publicado pelo Instituto Histórico e Geographico Brasileiro.

    Há, nelle, as seguintes referencias à Feira de Sant’Anna e sua posição no systema ferroviário do Estado, bem como aos primeiros tempos de nossa vida economica, mal esboçada, indecisa na historia das fazendas da zona de criação irradiante do recôncavo, perto do caminho que buscava o baixo Paraguassú e para o qual convergiam as boiadas procedentes do Piauhy, do São Francisco, das Jacobinas, passando aqui, pela “boca do sertão”, rumo dos engenhos, do litoral e da cidade de Salvador.

Ponte D. Pedro II ligando Cahoiera a São Felix

            Vias de comunicação – A cidade de Santo Amaro está ligada à capital por via férrea, emquanto da cidade de São Felix parte a antiga Estrada de Ferro Central da Bahia, internando no Estado pelo valle do Paraguassú e da visinha Cachoeira, ligada a ella por uma magnifica ponte (foto acima), segue o ramal da Feira de Sant’Anna.

            História Geral centro e o loginquo Oeste, Gado e minas.  – Era natural que o primeiro centro de creação fosse o recôncavo. Effectivamente assim se deu, transformando-se com o tempo em foco de irradiação, especialmente para o norte e o oeste. Voltemos agora aos “caminhos”. Um delles, certamente dos mais antigos, cortava Itapicurú em Pomenciasbal, o Vasa-Barris em Geremoabo e ia topar com São Francisco acima da secção das quedas. Outro Passava pelo Juazeiro; um terceiro procurava o baixo Paraguassú alheio a sua abertura o plantio de fumo. Sendo a Bahia e Pernambuco os dois centros de convergência do commercio de gado, haviam de constituir dois systemas de estradas que se conjugariam facilmente...

            O ilustre jesuíta João Antonio Andreoni delinea na Cultura e Opulencia do Brasil, e do modo perfeito, a zona do gado vacum. Eis como se exprime: “Extenda-se o sertão da Bahia até a barra do rio São Francisco, 80 léguas por costa; indo para o rio acima até a barra que chamam de Água Grande, fica distante a Bahia da dita Barra 115 leguas; de Santumé, 150 leguas; de Rodellas por dentro, 80 leguas. E porque as fazendas e e os currais de gado se situam onde ha larguesa de campo, e agua sempre nascentes dos rios ou lagôas; por issoos curraes da parte da Bahia estão postos na borda do rio S, Francisco, na do rio das velhas, na do rio Porá-mirim, na do rio Jacuipe, na do rio Itapicurú, na do rio Real, na do rio Vasa-Barris, na do rio Sergipe...

            Os curraes desta parte hão de passar de 800 leguas; e de todos estes vão boiadas para Recife e Olinda e suas villas e para fornecimento das fabricas dos engenhos, desde o Piaui. Até a barra do Iguassú e de Paranaguá e Rio Preto, porque as boiadas destes rios vão quase todas para a Bahia, por lhes ficar melhor o caminho pelas Jacobinas por onde passam e descançam. As cabeças de gado da parte da Bahia se têm por certo que passam de meio milhão, e mais de 500.000 hão de ser as da parte de Pernambuco, ainda que desta se aproveitam mais os da Bahia, para onde vão muitas boiadas.   


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