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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sábado, 30 de janeiro de 2021

VIAGEM AO "SUL MARAVILHA" II.

Evandro J.S. Oliveira

  Continuação da viagem de férias ao sudoeste e sul do Brasil.

Eu, Baby e os compadres Wilson e Neusa Carneiro.

 Querendo ver a primeira parte: VIAGEM AO "SUL MARAVILHA I.¨


 


Aí poderemos dizer que São Paulo pelo seu dinamismo comercial, restaurantes, hotéis... e Rio de Janeiro, por tudo isso e mais sua beleza, aproximavam-se da ideia que tínhamos do “Sul Maravilha”.

Como não poderia deixa de ser, fomos ao Maracanã assistir Flamengo, Issinho como toda a família Carneiro era doente pelo Flamengo Futebol e Regatas (flamenguista doente é pleonasmo, como já se disse), não lembro o adversário, me parece que era um time pequeno.

Cinema, compras sempre chamando a atenção para o fusquinha, já lotado. Bons restaurantes...

Issinho lembrou de visitar Etinho, irmão mais velho que morava em Bangu que fica a 50 km. do Rio. (conto o motivo da ida de Etinho para Rio): Porque a ida de Etinho para o Rio de Janeiro 

Fomos muito bem recebidos, almoçamos, cervejamos, papeamos...

Etinho já estava estabilizado em Bangu, terminando a construção de um Posto de Gasolina, era comerciante bem sucedido. Contou quando chegou em Bangu, trabalhava na Manchete, acordava 4 horas para pegar o trem, chegando de volta à noite, como dizia, no início era uma vida muito dura. Era um vencedor. Constituiu uma bela família e ficou em Bangu até a sua morte.

Saímos do Rio com destino a Belo Horizonte. Na estrada, Issinho estava diferente, ficava macambuzio, falava sozinho, ria. Estava dirigindo e não prestava atenção na estrada, Neusa então chamou atenção dele. Resolveu contar o motivo do comportamento:

 “Martiniano fez um almoço de comemoração na inauguração de DECARNEIRO, grande loja de departamento, quatro pavimentos, na Marechal Deodoro. O prédio teve como arquiteto o Professor da Faculdade da UFBA, Aurelino o mesmo arquiteto do Cine Santanópolis[1].

Voltemos ao almoço de comemoração. Martiniano reuniu os seis filhos e relatou o objetivo principal desta comemoração, queria toda a família engajada no projeto empresarial que estavam inaugurando. Aí a esposa de Etinho cortou a palavra do velho e disse – o Sr. acha que vou sair do Rio de Janeiro para vir morar no interior da Bahia? – foi uma ducha de água fria nos planos de Martiniano.

Qualé Rio de Janeiro que nada, Bangu subúrbio do Rio, esnobando uma grande cidade como Feira de Santana... encerrou Issinho”.

Belo Horizonte, ficou muito a desejar como capital, ficamos poucos dias, poucas coisas para ver, em favor do fusquinha ninguém achou nada interessante para comprar, resolvemos antecipar nosso retorno à Bahia.

Pela manhã, olhamos o mapa de viagem consultamos e vimos uma estradinha que encurtava muito a viagem consultamos um caminhoneiro que fazia o percurso. Era o caminho para Governador Valadares via Monlevade, em construção, cheia de máquinas de terraplanagem, resolvemos arriscar.

Tivemos problemas, um trator gigante quase nos amassa, virando à esquerda, quase não conseguimos frear. Mais adiante batemos em uma pedra enterrada no chão furando o assoalho do fusquinha, passou a entrar uma poeira pelo buraco. Adiante estava dirigindo, quando o carrinho passou a ter força maior, estranhei, passei a mão onde estaria o bagajeiro, tinha desaparecido... Retornamos uns vinte quilômetros, lá estava ele intacto, veja a falta de movimento no caminho.

Ainda tivemos um pequeno problema que demonstra o tipo de estrada. Já era mais de 18 horas, quando nos deparamos no fim da estrada, em frente a uma casa de fazenda com um homem com a espingarda apontando para nós. Depois de esclarecido, tínhamos entrado em uma variante que era o caminho rural da propriedade dele. Depois de orientado retornamos até o desvio.

Chegamos em Governador encoberto de pó vermelho, assustando até os recepcionistas.

Passamos um dia na cidade, enquanto reparava o assoalho do fusca, corremos a cidade, um pouco menor que Feira de Santana.

Tudo ok, caímos na estrada de volta. Dormimos em Conquista.

Na última etapa da viagem, ainda tomamos um belo susto. Issinho estava dirigindo, o fusca não tinha torque, era um problema ultrapassar uma carreta naquelas retas, Issinho tentou a primeira, Neusa com receio advertiu que não dava pois vinha um veiculo no sentido contrário, Issinho recolheu, tentando mais duas vezes, eu no banco traseiro achei que pelo menos em duas das três tentativas, dava. Mas na quarta vez ele tentou, mas depois duvidou tirou o pé do acelerador e depois achou que dava, pisou fundo... não dava mais, felizmente fez a coisa errada, saiu pela esquerda, a carreta que vinha não foi para o acostamento e fomos direto para o um terreno plano ficamos um minuto todo mundo lívido, minha comadre que vinha advertindo-o, teve uma bela atitude não dizendo, tá vendo? Só Issinho querendo passar o volante, que logicamente não aceitei.

Chegamos em nossa cidade tendo terminado belas férias...



[1] Era o pináculo da evolução da obra da família Carneiro. Espero contar o caminho percorrido do empresário Martiniano em outra ocasião.

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