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Evandro J.S. Oliveira |
Continuação da viagem de férias ao sudoeste e sul do Brasil.
Eu, Baby e os compadres Wilson e Neusa Carneiro.
Querendo ver a primeira parte: VIAGEM AO "SUL MARAVILHA I.¨
Aí poderemos
dizer que São Paulo pelo seu dinamismo comercial, restaurantes, hotéis... e Rio
de Janeiro, por tudo isso e mais sua beleza, aproximavam-se da ideia que
tínhamos do “Sul Maravilha”.
Como não
poderia deixa de ser, fomos ao Maracanã assistir Flamengo, Issinho como toda a
família Carneiro era doente pelo Flamengo Futebol e Regatas (flamenguista
doente é pleonasmo, como já se disse), não lembro o adversário, me parece que
era um time pequeno.
Cinema,
compras sempre chamando a atenção para o fusquinha, já lotado. Bons
restaurantes...
Issinho
lembrou de visitar Etinho, irmão mais velho que morava em Bangu que fica a 50
km. do Rio. (conto o motivo da ida de Etinho para Rio): Porque a ida de Etinho para o Rio de Janeiro
Fomos muito
bem recebidos, almoçamos, cervejamos, papeamos...
Etinho já
estava estabilizado em Bangu, terminando a construção de um Posto de Gasolina,
era comerciante bem sucedido. Contou quando chegou em Bangu, trabalhava na Manchete,
acordava 4 horas para pegar o trem, chegando de volta à noite, como dizia, no
início era uma vida muito dura. Era um vencedor. Constituiu uma bela família e
ficou em Bangu até a sua morte.
Saímos do
Rio com destino a Belo Horizonte. Na estrada, Issinho estava diferente, ficava
macambuzio, falava sozinho, ria. Estava dirigindo e não prestava atenção na
estrada, Neusa então chamou atenção dele. Resolveu contar o motivo do
comportamento:
“Martiniano fez um almoço de comemoração na
inauguração de DECARNEIRO, grande loja de departamento, quatro pavimentos, na
Marechal Deodoro. O prédio teve como arquiteto o Professor da Faculdade da
UFBA, Aurelino o mesmo arquiteto do Cine Santanópolis[1].
Voltemos ao
almoço de comemoração. Martiniano reuniu os seis filhos e relatou o objetivo
principal desta comemoração, queria toda a família engajada no projeto
empresarial que estavam inaugurando. Aí a esposa de Etinho cortou a palavra do
velho e disse – o Sr. acha que vou sair do Rio de Janeiro para vir morar no
interior da Bahia? – foi uma ducha de água fria nos planos de Martiniano.
Qualé Rio de Janeiro que nada, Bangu
subúrbio do Rio, esnobando uma grande cidade como Feira de Santana... encerrou
Issinho”.
Belo
Horizonte, ficou muito a desejar como capital, ficamos poucos dias, poucas
coisas para ver, em favor do fusquinha ninguém achou nada interessante para
comprar, resolvemos antecipar nosso retorno à Bahia.
Pela manhã,
olhamos o mapa de viagem consultamos e vimos uma
estradinha que encurtava muito a viagem consultamos um caminhoneiro que fazia o
percurso. Era o caminho para Governador Valadares via Monlevade, em construção,
cheia de máquinas de terraplanagem, resolvemos arriscar.
Tivemos
problemas, um trator gigante quase nos amassa, virando à esquerda, quase não
conseguimos frear. Mais adiante batemos em uma pedra enterrada no chão furando
o assoalho do fusquinha, passou a entrar uma poeira pelo buraco. Adiante estava
dirigindo, quando o carrinho passou a ter força maior, estranhei, passei a mão
onde estaria o bagajeiro, tinha desaparecido... Retornamos uns vinte
quilômetros, lá estava ele intacto, veja a falta de movimento no caminho.
Ainda
tivemos um pequeno problema que demonstra o tipo de estrada. Já era mais de 18
horas, quando nos deparamos no fim da estrada, em frente a uma casa de fazenda
com um homem com a espingarda apontando para nós. Depois de esclarecido,
tínhamos entrado em uma variante que era o caminho rural da propriedade dele.
Depois de orientado retornamos até o desvio.
Chegamos em
Governador encoberto de pó vermelho, assustando até os recepcionistas.
Passamos um
dia na cidade, enquanto reparava o assoalho do fusca, corremos a cidade, um
pouco menor que Feira de Santana.
Tudo ok,
caímos na estrada de volta. Dormimos em Conquista.
Na última
etapa da viagem, ainda tomamos um belo susto. Issinho estava dirigindo, o fusca
não tinha torque, era um problema ultrapassar uma carreta naquelas retas,
Issinho tentou a primeira, Neusa com receio advertiu que não dava pois vinha um
veiculo no sentido contrário, Issinho recolheu, tentando mais duas vezes, eu no
banco traseiro achei que pelo menos em duas das três tentativas, dava. Mas na
quarta vez ele tentou, mas depois duvidou tirou o pé do acelerador e depois
achou que dava, pisou fundo... não dava mais, felizmente fez a coisa errada,
saiu pela esquerda, a carreta que vinha não foi para o acostamento e fomos
direto para o um terreno plano ficamos um minuto todo mundo lívido, minha
comadre que vinha advertindo-o, teve uma bela atitude não dizendo, tá vendo?
Só Issinho querendo passar o volante, que logicamente não aceitei.
Chegamos em
nossa cidade tendo terminado belas férias...
[1] Era
o pináculo da evolução da obra da família Carneiro. Espero contar o caminho
percorrido do empresário Martiniano em outra ocasião.
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