Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

sexta-feira, 5 de abril de 2019

A QUESTÃO DA PRODUTIVIDADE

Carlos P. Novaes
Bem, quem aqui escreve não é um economista, um especialista neste assunto, mas só um professor atento ao que se passa em sua volta.
O que é produtividade? É, resumindo, a melhor relação benefício/custo, e é assim que os nossos produtores pensam e logo existe uma tendência geral de automação de tudo. É o que se vê hoje em dia. É um processo gradativo de diminuição da mão-de-obra, dos custos. Por quê? É porque a mão-de-obra é custo e custo não é bom. É assim que se pensa. Gastar menos e pronto. O que é que mais se vê hoje em dia: automação, em todos os setores.
Com isto, gradativamente, fatalmente, vem a diminuição dos empregos, já que as fábricas e os setores produtivos preferem é um bom robô a um bom operário, que é dispendioso, além de ter problemas que a automação não tem.
Bem, este pensamento está certo? Sim, em parte sim, mas em parte,
não. Ele só seria bom se essa automação fosse feita para serviços essenciais e perigosos e não desempregado generalizadamente. No mundo já existem até empresas de segurança pensando em robôs para tomar conta dos quarteirões, com câmeras, gps, uma parafernália de equipamentos, só para substituírem o vigia, o guarda. Por quê? Diminuição do custo e outras vantagens.
Se você for a Europa, até as máquinas para extrair frutas dos pés estão automatizadas e o povo fica reclamando de emprego e da caída das vendas.
Ora, por que as vendas estão caindo? É por que, entre outras coisas, a tal produtividade por automação é um engodo, não é prudente.
Vocês já viram algum robô fazendo compras no shopping, no mercado?
Pois é, os robôs produzem por menor preço mas não pagam impostos e o que é pior, não compram nada, são muquiranas ao extremo.
Resultado, sem gente para comprar, os setores produtivos não têm para quem vender e ai vem à crise, que é fatal, é obvio, pois  ninguém tem dinheiro.
Ai o governo começa a criar uma série de maneiras artificiais para tentar minorar este problema, como bolsas e outros artifícios, que não resolvem este problema, pois duro não compra nada além de moer mais impostos.
Ora, quem lê história, vai ver que a crise dos anos vinte e nove, lá nos Estados Unidos, foi causada por excesso de produção, é o que dizem por ai, não é? Mas será que foi mesmo excesso de produção ou falta de consumo?
Mas será que não está na época das pessoas pararem com esta mania de gastar menos e investir um pouco mais na produção sem tanta automação, por que a periferia, o pobre, precisa trabalhar e é claro, consumir também.
Mas como fazer isto? Diminuindo os excessos da lei para empresas que empreguem mais, facilitando a criação de empresas que empregam mais e isto deve ser uma tendência mundial, por que, senão, em breve, nós veremos uma nova crise de vinte e nove, uma crise de produção que não é de produção, é de falta de consumo, causada, entre outras coisas, por excesso de automação nos setores que movem a nossa economia, que economizam dubiamente. Ou seja, nos perguntamos aos nossos economistas, nossos ministros:
será que não esta na época de uma revolução dos paradigmas? Será que este negócio de “maior produtividade” é mesmo a solução de nossas empresas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme do Santanopolis dos anos 60