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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA CIDADE

Adilson Simas
Santanopolitano
"Blog por Simas"
Arlindo Pitombo
Santanopolitano
Aluno e Professor
 Professor, atleta, compositor, estudioso da vida feirense, primeiro diretor do Departamento de Turismo de Feira de Santana (1971/1972) quando ainda não existia na estrutura organizacional da prefeitura um órgão com status de secretaria, em 1976, há 40 anos Arlindo da Silva Pitombo deixou para os historiadores o que ele denominou “Subsídios para a História de Feira de Santana”. Vale a pena lembrar:

- A História de nossa Feira, tão cheia de lacunas e equívocos, está a merecer reparos inadiáveis a fim de que as gerações presentes possam ter uma visão ampla e profunda do nosso verdadeiro passado, para bem construírem o nosso presente, e estruturarem o futuro. 

De tais considerações concluo que ninguém tem o direito de guardar para si mesmo quaisquer elementos que possam contribuir para elucidar fatos relacionados com o nosso passado, sejam quais forem os motivos existentes. 

Estas são as razões que me animam a trazer esta modesta contribuição, na esperança de que outros possam seguir o meu exemplo, permitindo a sedimentação de um acervo de informações precisas e  suficientes para uma revisão fecunda da nossa historiografia.

Creio, entretanto, não ser necessariamente preciso começar aqui do princípio.isto é: informar quais foram exatamente os proprietários, habitantes brancos ou grupo indígena que antecederam a Ana Brandão na sua fazenda dos Olhos d’Água, pois estou certo que, muito breve, tais esclarecimentos virão.

Quero, apenas, neste primeiro esforço, situar informações de caráter genealógico sobre o casal Ana/Domingos, ela erroneamente, chamada de Brandoa, e ambos considerados, por muitos, portugueses.

Desde modo aqui vão, secamente, as informações colhidas nas fontes autorizadas e abaixo mencionadas, que diluem as dúvidas sobre a completa baianidade das famílias citadas, o verdadeiro nome  de Ana e, possivelmente, encerram elementos de relevante importância para o estudo genealógico da família feirense.

Ana Brandão era filha de Sebastião Brandão Coelho e Inês de Novais. Seus outros irmãos chamavam-se Francisco Brandão, Joana e Antonio Coelho Brandão. Foi batizada em 10 de janeiro de 1656 e casou-se com Domingos Barbosa de Araújo a 25 de fevereiro de 1706, contando, portanto, mais  de cinqüenta anos de idade.

O pai de Ana chamava-se Sebastião Brandão Costa; era filho de Belchior Brandão Coelho e Maria Pestana. Faleceu em 6 de abril de 1675.

Belchior, avô de Ana, além de Sebastião, teve, com Maria Pestana, mais três filhos: Miguel Brandão Coelho, Isabel Brandão e Francisco Brandão Coelho. Depois da morte de Maria Pestanha, em 8 de agosto de 1653, casou-se com outra mulher, chamada Ana Beltraite e teve mais uma filha que deu também o  nome de Ana Brandão – tia da nossa Ana – que se casou com Manoel da Rocha Rego.

O tio de Ana (a nossa Ana) Francisco Brandão Coelho casou-se com Antonia Soares e tiveram os seguintes: Miguel Ferreira Brandão, Belchior, Maria, Antonio, Izabel e Francisco Soares Brandão.

A tia, Izabel Brandão, casou-se com Brás Ribeiro Falcão, tendo os seguintes filhos: Vasco Marinho Falcão, Belchior Brandão Pereira, Francisca de  Miranda Brandão, Isabel Brandão, Maria Falcão e Tomé Pereira Falcão. Seu casamento ocorreu em 29 de setembro de 1659 e faleceu em novembro de 1680.

Domingos Barbosa de Araújo, esposa de nossa Ana, era filho de Pedro Correia e Margarida Barbosa deAraujo.

Todas as pessoas citadas aqui foram baianos natos e elementos distintos da sociedade soteropolitana.

Sabe-se que a nossa Ana era muito bondosa e trouxe para sua fazenda muitos parentes a quem doou terras. Não será difícil identificar através dos arquivos dos  serviços públicos ou religiosos desta cidade, de Cachoeira ou de Salvador os atuais descendentes de tais famílias.

Fontes históricas: Catálogo Genealógico – Frei Jaboatão ;  Achegas Genealógicas – Afonso Costa; Revista do Instituto Histórico da Bahia de nº 61, ano de 1935
(Adilson Simas)

Fazenda de Ana Brandão 

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