Adilson Simas Santanopolitano "Blog por Simas" |
Arlindo Pitombo Santanopolitano Aluno e Professor |
- A História de nossa Feira, tão cheia de lacunas e equívocos, está a
merecer reparos inadiáveis a fim de que as gerações presentes possam ter uma
visão ampla e profunda do nosso verdadeiro passado, para bem construírem o
nosso presente, e estruturarem o futuro.
De tais considerações concluo que ninguém tem o direito de guardar para
si mesmo quaisquer elementos que possam contribuir para elucidar fatos
relacionados com o nosso passado, sejam quais forem os motivos
existentes.
Estas são as razões que me animam a trazer esta modesta contribuição, na
esperança de que outros possam seguir o meu exemplo, permitindo a sedimentação
de um acervo de informações precisas e suficientes para uma revisão
fecunda da nossa historiografia.
Creio, entretanto, não ser necessariamente preciso começar aqui do
princípio.isto é: informar quais foram exatamente os proprietários, habitantes
brancos ou grupo indígena que antecederam a Ana Brandão na sua fazenda dos
Olhos d’Água, pois estou certo que, muito breve, tais esclarecimentos virão.
Quero, apenas, neste primeiro esforço, situar informações de caráter
genealógico sobre o casal Ana/Domingos, ela erroneamente, chamada de Brandoa, e
ambos considerados, por muitos, portugueses.
Desde modo aqui vão, secamente, as informações colhidas nas fontes
autorizadas e abaixo mencionadas, que diluem as dúvidas sobre a completa
baianidade das famílias citadas, o verdadeiro nome de Ana e,
possivelmente, encerram elementos de relevante importância para o estudo
genealógico da família feirense.
Ana Brandão era filha de Sebastião Brandão Coelho e Inês de Novais. Seus
outros irmãos chamavam-se Francisco Brandão, Joana e Antonio Coelho Brandão.
Foi batizada em 10 de janeiro de 1656 e casou-se com Domingos Barbosa de Araújo
a 25 de fevereiro de 1706, contando, portanto, mais de cinqüenta anos de
idade.
O pai de Ana chamava-se Sebastião Brandão Costa; era filho de Belchior
Brandão Coelho e Maria Pestana. Faleceu em 6 de abril de 1675.
Belchior, avô de Ana, além de Sebastião, teve, com Maria Pestana, mais
três filhos: Miguel Brandão Coelho, Isabel Brandão e Francisco Brandão Coelho.
Depois da morte de Maria Pestanha, em 8 de agosto de 1653, casou-se com outra
mulher, chamada Ana Beltraite e teve mais uma filha que deu também o nome
de Ana Brandão – tia da nossa Ana – que se casou com Manoel da Rocha Rego.
O tio de Ana (a nossa Ana) Francisco Brandão Coelho casou-se com Antonia
Soares e tiveram os seguintes: Miguel Ferreira Brandão, Belchior, Maria,
Antonio, Izabel e Francisco Soares Brandão.
A tia, Izabel Brandão, casou-se com Brás Ribeiro Falcão, tendo os
seguintes filhos: Vasco Marinho Falcão, Belchior Brandão Pereira, Francisca de
Miranda Brandão, Isabel Brandão, Maria Falcão e Tomé Pereira Falcão. Seu
casamento ocorreu em 29 de setembro de 1659 e faleceu em novembro de 1680.
Domingos Barbosa de Araújo, esposa de nossa Ana, era filho de Pedro
Correia e Margarida Barbosa deAraujo.
Todas as pessoas citadas aqui foram baianos natos e elementos distintos
da sociedade soteropolitana.
Sabe-se que a nossa Ana era muito bondosa e trouxe para sua fazenda
muitos parentes a quem doou terras. Não será difícil identificar através dos
arquivos dos serviços públicos ou religiosos desta cidade, de Cachoeira
ou de Salvador os atuais descendentes de tais famílias.
Fontes históricas: Catálogo Genealógico – Frei Jaboatão ; Achegas
Genealógicas – Afonso Costa; Revista do Instituto Histórico da Bahia de nº 61,
ano de 1935
(Adilson Simas)
Fazenda de Ana Brandão |
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