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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

ENEM E AS REDAÇÕES

Evandro J. S. Oliveira
Em 1972 houve grande reforma no ensino do Brasil (lei 5692, Diretrizes e Base da Educação), como sempre acontece cerca de 50% houve efetivação entre o disposto em lei e a prática dos educadores. Já tivemos nova reforma e a não concretização das intenções preconizadas na reforma anterior continua sem solução. Vamos reduzir o assunto desta matéria à disciplina de COMUNICAÇÃO, pela polemica criada com o baixo rendimento escolar, comprovado pelo ENEM, dos candidatos aos exames de redação. Este escrito não tem a intenção de trazer fórmulas prontas, e sim meter a colher para os Doutos repensarem sobre o assunto.
O objetivo da 5692 foi reconhecer a base da educação na fase do desenvolvimento da criança, unindo o antigo Cursos Primário e Ginásio em CURSO FUNDAMENTAL. Priorizou o raciocínio em detrimento da memória. No que tange à linguagem, transformou a disciplina Português em COMUNICAÇÃO, tendo indícios sérios da evolução tecnológica.
 Lembro de uma piada contada por um professor, não lembro o nome, mostrando a necessidade da comunicação por telegrama: O chefe do setor de compras de enorme importadora do Rio de Janeiro ordenou a um estagiário do escritório que passasse um telegrama pedindo uma remessa de Macacos, a uma firma da Inglaterra, podia ser em português eles entendiam. O estagiário prontamente fez a redação aprendida na escola: Nossa firma há muito tempo sendo cliente desta conceituada Empresa, precisa urgentemente que mande uma dúzia por mês, num total de uma grosa (12 dúzias), de macacos em perfeita condições de saúde, para podermos atender a demanda crescente na região etc...etc.
Passado um certo tempo o chefe chamou o estagiário e comentou, você teve dois erros fundamentais neste telegrama: primeiro os macacos não eram animais e sim um equipamento de suspender veículo; segundo telegrama é pago por palavra, tem que escrever só o essencial. Vou escrever um telegrama para você remeter e aprender: Não mande mais macacos. O estagiário leu e pensou, se tem que economizar vou cortar a palavra NÃO. Como óbvio a enxurrada de macacos, revoltou o chefe, questionando o subalterno, como é que você retira a principal palavra do texto que lhe dei, NÂO? Vou redigir outro para que remeta. Suspenda envio de macacos. O estagiário, ele deve ter esquecido a palavra fundamental e corrigiu: NÃO SUSPENDA ENVIU DE MACACOS.
Esta piada é um pequeno exemplo da comunicação, podemos citar dezenas. Não conheço nenhuma pesquisa sobre a quantidade de comunicação entre a redação clássica e as informatizadas SMS, WhatsApp, e-mail e tantos outros, hoje usados pelos jovens.
Em conversa com o Santanopolitano, Hugo Navarro da Silva, falecido recentemente, editor do Jornal Folha do Norte, o mais antigo do Estado da Bahia, questionei sobre o impacto que as publicações impressas teriam com o advento da informática, com sua verve respondeu: Os jornais impressos tendem deixar de priorizar as notícias pela falta de agilidade, objetivando matérias de comentários sobre os eventos noticiados pelas outras mídias. Atualmente o rádio, a informática e a televisão são muito mais rápidos que a mídia impressa. A evolução dos meios de comunicação é tão rápido que um dia vão noticiar antes do fato acontecer... kkkk.
Não estamos pretendendo que os educadores deixem de ensinar textos e a língua pátria correta, mas tem que encarar a modernidade, principalmente na educação fundamental, sempre ressaltando o raciocínio.

Respeitando o raciocínio acima, estou sendo prolixo para um BLOG.

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