Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O NATAL DA PREFEITURA

Hugo Navarro Silva
Surpreendentes os festejos natalinos realizados pela Prefeitura. Surpreendentes pela extensão. Foram vários dias de apresentações de artistas de diversas modalidades, do clássico ao popular, despertando intenso interesse do povo em várias partes da cidade, prendendo atenções e provocando aplausos não apenas da população local mas de  vários pontos do Estado, principalmente porque nunca tivemos nada semelhante na Bahia. As festividades ganharam aceitação e elogios jamais imaginados. Durante dias a população assistiu, meio embasbacada pela surpresa, à apresentação de orquestras, grupos teatrais, inclusive de ópera, bandas de música, camerata, grupos de balé e autos de Natal totalmente conquistada pela impecável organização das festas e pelo valor artístico das atrações que se apresentaram.
Apesar do sucesso e dos aplausos gerais, não faltaram críticas ao Natal da Prefeitura, poucas, é verdade, superficiais e precipitadas, até porque as festas desta cidade superaram, em muito, por seu cunho profundamente cultural, qualquer simples  sistema de iluminação que possa ter existido em outras localidades.
O Natal em Feira de Santana, se repetido, poderá dar, no futuro,  a esta cidade, importância que ela nunca teve no limitado conjunto dos sítios turísticos da Bahia.
É verdade que a religião luta para dominar o Natal,tentando restringi-lo ao conjunto de suas reservadas e particulares festividades,  afastando a figura de São Nicolau, o Santa Claus dos americanos, que dá nome a duas cidades dos Estados Unidos,  diminuindo a importância  do Bom Velhinho que há muito está roubando a cena não somente pela força do comércio, mas pela grandeza da ternura,  esperanças, felicidade e sonhos que desperta nas pessoas,  o que não se encontra facilmente em qualquer outra comemoração.
 A lenda do Papai Noel tem origem obscura. Segundo uns surgiu na antiguidade, na Grécia. Para outros teria sido inspirada na figura de um arcebispo da Turquia, Nicolau, santificado por sua vida de milagres e de dedicação ao próximo.   Teria dado lugar à lenda principalmente o seu hábito de tirar as pessoas de situações financeiras difíceis colocando sacos de moedas na chaminé de necessitados.
O Papai Noel que aparece, hoje, na televisão, nas lojas e festas natalinas começou vestido de verde, substituído, pelos marqueteiros da Coca-Cola, pelo vermelho que hoje ostenta, mais chamativo e atraente.
Desde o começo, entretanto, o Papai Noel é sempre um velhinho gordo, feliz, corado, saudável, com  ares de bondade  e aspecto de quem está bem alimentado, distribuindo presentes. Consta que tem morada no Polo Norte ou na Lapônia, onde sua casa foi construída e passou a abrigar enorme fábrica de brinquedos, sonhos, esperanças e doces, para onde milhares de cartas de crianças do mundo inteiro são endereçadas, todos os anos, e vale dizer que não são poucos os remetentes presenteados pelo Bom Velhinho.  A lenda do Papai Noel, uma das mais belas da humanidade, espalhando alegria, felicidade e esperanças, afasta da mente do povo, pelo menos por alguns dias, a soturna lembrança de esquálidas vítimas de traições, cárceres, tormentos, espancamentos e morte.

Muitos e importantes símbolos e normas, que tiveram nascimento ou se fortaleceram na religião, vão tomando, perante o mundo, caminhos próprios e independentes de qualquer ligação com a religiosidade. Não só a maravilhosa lenda do Papai Noel. Certas regras da conduta no meio social, por exemplo, originadas da religião, passaram aformar um código de obrigações longe de qualquer compromisso com a vida eterna.

Um comentário:

  1. É o q dá, colocar gente capaz e criativa como Secretário, Jailton Batista pelo segundo ano como Secretário da Cultura mostra sua capacidade.

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Filme do Santanopolis dos anos 60