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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

SOBRE OS NÚMEROS PSEUDO-REAIS

Carlos Pereira de Novaes


Esta vida é bem gozada. Em matemática tem várias classificações para os números. Números cardinais, ordinais, complexos, reais, irracionais e vários outros e como não sabíamos como solucionar certos problemas em álgebra, o jeito foi descobrirmos uma nova categoria de números, os pseudo-reais, que é um tipo de número bem diferente, que nós usamos numa álgebra também bem diferente, que ninguém conhece, e pelo que vimos, não querem conhecer, que é a álgebra pseudo-real, que é uma modesta contribuição deste professor para a matemática, fruto de décadas de estudos e pesquisas nossas.
            Esta talvez seja à nossa contribuição a esta calorosa e bela cidade que nos acolheu nestas últimas três décadas, a quem presenteamos com uma ode poética algébrica pouco entendida, mas que brotará em breve. 
            Foram anos de muita luta e labuta, de trabalhos caseiros, que iam noite à dentro, pois o ramo da matemática é muito árduo, e ás vezes, tão árduo, que mesmo depois de quase pronto, o trabalho nem sempre é entendido. 
            No fundo, nós entendemos, até por que a nossa sociedade em geral é impulsionada por forças de inércia enormes, centenárias, que arrastam de tudo em seu caminho, não deixando nem que a luz racional moderna venha mostrar um novo caminho a seguir, que, no fundo, já era velho, mas pouco conhecido, que é a álgebra hiperbólica, de Leonard Euler, que veio já faz três séculos mas era pouco conhecida. Assim, o nosso único mérito foi só mostrá-la, decifrá-la, já que o seu real criador não poderia em sua época desenvolvê-la, por falta de um aparato moderno que hoje é fácil de ser manipulado, que é a computação, já que todo o nosso trabalho foi feito com máquinas HP de bolso.     
            O que produzimos afinal. Foi um livro, a que chamamos de Memórias de um matematiqueiro- álgebra pseudo-real, onde mostramos, à nossa maneira, pseudo-real, que os números complexos podem ser vistos através de um novo tipo de metodologia mais moderna como números pseudo-reais, que parecem até serem reais mesmo, que para não nos chocarmos contra os matemáticos, nós os chamamos pseudo-reais. Eles são como os arco-íris, que no fundo, são apenas uma impressão ótica, ma se olhados frente a frente, parecem reais.
            Assim é a álgebra pseudo-real. Se ela é real mesmo ou não, isto não nos interessa mais, é problema dos matemáticos teóricos.
            Assim é a álgebra pseudo-real. Ela pode nem ser entendida direito, mas funciona maravilhosamente e ao contrário do que se pensa, é muito fácil. 
            Para entendê-la, nós temos que recordar até o próprio Euler, tentando, lá em seu tempo, dar uma aula sobre funções hiperbólicas. Imaginem. Deveria ser um trabalhão. Hoje é uma bobagem lidar com as funções hiperbólicas, mas naquele tempo, não, era uma dificuldade enorme, quase intransponível.
            Assim é a álgebra pseudo-real, que com a ajuda de uma simples Hp tipo científica, se for pré-programada, fica facílimo lidar com esta álgebra, que nós, vamos repetir e dizer, não é nossa, é apenas um avanço da ciência algébrica.            
            Ela poderia ter avanço? Sim, mas este professor gostaria de dizer que ele já está se aposentando e gostaria de mudar a sua atividade e ser também, quem sabe, um engenheiro consultor na área em que atua, que é a engenharia dos recursos hídricos, estatística e calculo numérico e não tem mais paciência de continuar nesta labuta hiperbólica infinda, como é esta álgebra. Obrigado.  
 Feira de Santana, 31/ 3/2013. Carlos Pereira de Novaes. Professor da UEFS.

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