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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO FATO

Hugo Navarro Silva

Machado de Assis, em crônica, disse que não tolerava que os fatos e os homens se lhe impusessem por si mesmos: “eu é que os hei de enfeitar com dois ou três adjetivos, uma reminiscência clássica, e os mais galões de estilo”.
Não há como negar, entretanto, a importância dos fatos sobre a vida dos indivíduos e dos povos, por eles não poucas vezes levados a grandes sucessos e profundas transformações por onde, às vezes, tem andado o mundo.
Não fossem as calmarias, que mudaram o roteiro do sr. Cabral e de sua frota, como antigamente ensinavam nas escolas, e o Brasil ou ainda seria selvagem, com índios fazendo guisados de costelas humanas, ou teria sido colonizado por gentes diversas da lusitana, certamente com alguma vantagem.
Fato que mudou o mundo teria sido a utilização da pólvora em canudos de metal, grandes ou pequenos, para matar o próximo com certa facilidade e à distância. Há quem assevere que os Estados Unidos da América ganharam força e sobreviveram  devido à fabricação de armas de fogo, pelos  Estados do norte, em escala industrial, fator relevante da derrocada dos Estados sulistas, rebelados e escravocratas, na guerra separatista que tantas vidas consumiu.
Outro acontecimento, que mudou a face do mundo, foi o da manipulação e relativo controle da energia atômica, que precipitou o fim da Segunda Guerra Mundial com a destruição de duas cidades japonesas, quando as estimativas eram do sacrifício de mais de um milhão somente de vidas americanas na invasão do território metropolitano do  Japão. O impacto da aplicação da energia tirada do átomo para  ampliar o progresso e os perigos a que está sujeita e humanidade, na produção da energia elétrica e na Medicina, somente pode ser comparado à descoberta dos raios-x, da vacina e da existência de seres microscópios, causadores de doenças e sofrimentos, que fazem parte da criação deste velho mundo sobre cuja origem e destino há somente palpites e teorias para efeitos variados.
Mas, não apenas os grandes fatos transformadores têm influência sobre a humanidade. Há, pequenos, que dentro de seus limites modificam destinos, criam caminhos, endireitam ou entortam pessoas e chegam a influir na trajetória das artes e ciências mundiais como o  da maçã, que caiu na cabeça de Isaac Newton e o levou a constatar a existência da Lei da Gravidade, como importante foi a criação de simples brinquedo, na Holanda, canudo com lentes de aproximação.  Caiu nas mãos de Galileu, que passou a examinar os astros e constatou que a Terra não era imóvel e, muito menos, o centro do nosso sistema planetário.  Incorreu na asneira de publicar suas constatações. Foi preso, processado, ameaçado de fogueira e humilhado. Teve a vida destruída, o que não aconteceu com Arquimedes, cientista da antiguidade, que ao tomar banho descobriu método para determinar o volume dos objetos de formato irregular. No entusiasmo da descoberta esqueceu as roupas e saiu nu pelas ruas gritando: “Eureca! Eureca!”.
Fato vastamente divulgado no começo da semana pode mudar radicalmente a vida desta cidade. Sabemos que o nosso povo sonha ter, á sua disposição, um aeroporto. É aspiração, incontido desejo e sonho reavivado pela última campanha eleitoral, em que aeroporto, com vibrante e barulhenta movimentação de aviões de todos os tamanhos  foi posto, como favas contadas e recontadas, à disposição do povo por figuras importantes da política. As esperanças   ressurgem, agora, com a notícia de que teria chegado, para o futuro e hipotético aeroporto, um carro de bombeiros. Quem sabe?  Será  feliz e promissor  começo  se ladrões não levaram  ou depenarem o veículo, ou se a ferrugem dele não der cabo.
Hugo Navarro Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida

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