Ultimamente tenho visto alguns comportamentos de grandes conglomerados multinacionais que por mais que tenha colocado a cachola para funcionar não encaixa na lógica. Como são empresas com altos investimentos em tecnologia de controles, informática, executivos PHDs etc. chego à conclusão que minha rudeza é que não alcança os propósitos e objetivos das ditas. Portanto venho apelar para os leitores que certamente terão as respostas para estas questões, e que num favor especial clareará a minha tosca mente. Vamos aos casos:
1. C&A, BOMPREÇO, G.BARBOSA, olha que pesos pesados, não aceitam cheques de terceiro para pagamento de débito. Uma vez, estando viajando pelo interior e estando para vencer meu cartão de crédito do BOMPREÇO, pedi a um amigo que pagasse meu débito e depois acertaria as contas com ele. Para surpresa minha quando cheguei o amigo me contou que a referida empresa não aceitou o seu cheque por não ser o titular do débito, neste caso eu.
2. Meu irmão Juca foi pagar a mensalidade da faculdade de sua filha e o caixa recusou porque o Banco do Brasil – outra organização de ponta – não aceita pagamento de bloquete com cheque de terceiro. Juca argumentou que ele não era terceiro, no mínimo seria o segundo por ser pai e responsável econômico pela filha. Chamado o gerente, e este fez uma concessão especial, talvez pela gozação de terceiro para segundo ou por ser um senhor com aspecto responsável, como vale isto (gravata, bem trajado etc.). Obviamente o gerente violou as normas do BB.
Nos dois casos citados, os leitores certamente já vivenciaram situações idênticas, são exemplos típicos da minha incredulidade, e me lembra uma piada de português.
Dois portugueses resolveram roubar um carro forte de transferência de valores, e tiveram uma idéia genial – aí já é uma piada – eles combinaram que cada um pegaria a metade dos sacos e fugiriam em direções diferentes deixando a polícia tonta sem saber para aonde foram os assaltantes. Isto fizeram e deu tudo certo. 60 dias após o golpe, Manuel e Joaquim, nomes raros em Portugal, se encontraram e conversando sobre o que aconteceu depois, o primeiro relatou que dos três sacos levados por ele, um tinha correspondências e outros papéis, mas nos outros dois havia dinheiro e cheques a vista o que deu para ganhar bem. O segundo contou que deu muito azar pegou um saco com títulos a vencer e ele pagou o último a dois dias.
Veja se a piada não se encaixa bem na medida das organizações citadas. Pressupõe estas Mega-empresas que alguém vai pagar uma conta de terceiro com cheques falsificados, roubados ou sem fundos.
Um diretor de uma destas firmas me respondeu que era o Sistema. Ora isto não é resposta, a conclusão é que o sistema é burro. Um Gerente explicou que os caixas não podem aceitar o tal cheque de terceiro, eu redargui que se por acaso não se referia ao ato da compra, aí sim teria lógica, mas não para pagamento de cartão ou bloquete. Neste caso bastaria vincular o cheque ao recibo e este só seria realmente quitado depois de compensado, aliás, como também acontece com o cheque do titular.
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