Símbolos do Santanópolis

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

domingo, 22 de maio de 2022

HISTÓRIA DO FLUMINENSE DE FEIRA FUTEBOL CLUBE

ADNIL dias FALCÃO
Professora, licenciada pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Especialista em Métodologia do Ensino Superior pela Faculdade de Educação da Bahia e em Educação Brasileira pela Universidade Federal da Bahia. Diretora Acadêmica, Assessora de Planejamento e Assessora Especial da UEFS. Autora de Livros e de outras publicações acadêmico-administrativas e literárias.
 

   Newton Falcão fiel à sua paixão pelo futebol, criou inicialmente o Palestrinha, um time que formara, com os irmãos e amigos, lá pelos idos de 1936 -1937, e que haveria de se transformar no Fluminense de Feira Futebol Clube.

    O futebol era, então, o principal divertimento dos jovens feirenses. A criação de equipes e as disputas de babas, peladas e campeonatos, nos campos espalha­dos pelos espaços vazios da cidade, constituíam uma das poucas diversões da molecada. Natural, portanto, que Newton fundasse um time, para participar des­sas competições. Deu-lhe o nome de Palestrinha, em homenagem ao Palestra Itália (atual Palmeiras). Organizado e bem dirigido, logo ganharia prestígio entre os jovens. Convidava e era convidado - algumas vezes desafiado - para impor­tantes pelejas, que aconteciam nos amplos quintais do Casarão da Avenida Se­nhor dos Passos[i], um dos palcos das entusiasmadas disputas.
    Em 1940 Newton adiantaria uma equipe mais forte e aguerrida. Entrou em contato com outra agremiação  o Ipiranga - comandada pelos irmãos Suzarte Gomes, que também se destacava nesse universo futebolístico, com vistas a formar um grande time local.

O diálogo sobre a junção das duas equipes - a dos Falcão e a dos Suzarte Gomes. Decidiu-se que o Palestrínha incorporaria o Ipiranga. A escolha de outro nome para o grupo rendeu muitas discussões. Afinal, Palestrínha carregava uma conotação infantil, que "já não cabia num time de craques”. Além disso, o clima da Guerra provocava rejeição a qualquer coisa que lembrasse a Itália. Segundo Wilson Falcão, foi Newton quem sugeriu batizar a equipe de Fluminense Futebol Clube, um preito ao grémio carioca de mesmo nome, do qual a maioria era torcedora. Essa designação também teve uma justificativa de ordem prática: trabalhava, na firma Marinho Santos & Cia., um guarda-livros (contador), chamado Balalair de Castro, que era ligado ao time do Rio de Janeiro. Se a nova agremiação adotasse aquele nome, ele conseguiria, para ela, todo material timbrado necessário ao uso da secretaria. A proposta, vantajosa do ponto de vista económico, foi aceita sem delongas.

Nasceu, assim, o Fluminense de Feira Futebol Clube, cuja fundação foi oficializada no início de 1941. Coube a Antônio, irmão de Newton, a presidência. Newton, que gostava mesmo era de jogar futebol continuou defendendo as cores da equipe, como atleta.

Equipe do Palestrinha-Fluminense Futebol Clube. A começar da esquerda,

 Newton é o quinto, meio escondido.

Com a criação da Liga Feirense de Desportos Terrestre - hoje. Liga Feirense de Futebol - para dirigir o esporte amador em Feira de Santana, em 1942, o fluminense filiou-se à entidade e, a partir de 1944, começou a disputar os campeonatos feirenses, caminhando rapidamente para a profissionalização. Na sua trajetória como amador, conquistou os títulos de 1947, 1949, 1950 e 1953. O último título assegurou-lhe o ingresso no futebol profissional, em 1954, sob comando de Wilson da Costa Falcão, seu primeiro presidente.

Integravam, ainda, o quadro diretor do clube Osvaldo Coelho Torres (vice-presisidente), Laudelino Lacerda Pedreira e Otto Emanuel de Carvalho (secretários), Ariston Carvalho (diretor técnico), Simônidas Carneiro (assistente), Fernando Garcia (diretor de sede), Colbert Martins da Silva (orador), Adroaldo Dórea, Alberto Oliveira e Valter Mendonça (departamento médico), Humberto Luiz Portela e João da Costa Falcâo (departamento jurídico). Newton, Antônio e Walter da Costa Falcão, Isaac e José Suzarte Gomes, Arivaldo Gomes de Santana e outros passaram a compor o Conselho Deliberativo, encabeçado por Manoel Contreiras.

Texto do livro "Olhares Sobre Newton Falcão", da mesma autora.



[i] Antes foi o segundo Hipódromo de Feira de Santana, depois Campo da Vitória, hoje nas imediações da praça Jakson Amaury.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Filme do Santanopolis dos anos 60