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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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terça-feira, 6 de julho de 2021

ESMOLAS & EMPRÉSTIMOS

Franklin Maxado é bacharel em Direito e em Jornalismo, poeta, ex-Presidente da AFL-Academia de Letras de Feira de Santana e também do IHGFS- Instituto Histórico e Geográfico, ex-diretor dos museus Regional de Arte e Casa do Sertão, além de ter trabalhado em vários jornais da Bahia e de São Paulo

(franklinmaxado@gmail.com )



  As agências bancárias  estão se tornando as  portas de igreja de antigamente para os mendigos   após a Covid-19 e o Governo atual. A diferença é que os pedintes ficavam fora da igreja implorando a caridade pública sem ameaçar os fiéis, mesmo veladamente. Agora, eles vão para dento das agencias e exibem ameaçadoramente seus andrajos como sendo  uma via pública fechada.

   Aliás, nessas vias públicas em sinaleiras  movimentadas, um exército de garotos oferecem limpeza de  parabrisas, ás vezes, coagindo já com jatos de água  sem pedirem permissão principalmente quando o motorista é mulher.  Estão aprendendo a assaltar na falta de um serviço  de melhor remuneração e futuro.

    Ou, oferecerem drogas reservadamente. Costumeiramente, dormindo nas ruas, amadurecendo mais cedo sem escola e sem família, orientados por traficantes sem humanidade.

  A pobreza tornou-se miserável e a classe média  ficando empobrecida. Proliferam nas portas de lojas as  mocinhas que distribuem panfletos oferendo empréstimos de dinheiro em cartões bancários para serem descontados a prestações com os juros. Passam o dia em pé abordando gente e idosos para fazerem empréstimos a fim de ter uma comissaozinha para tapiar um pouco a barriga   vazia. As mais bonitinhas, arranjam cantadas e promessas sem se queixarem  de assédios.

   Há ainda aquelas que se viram oferecendo sorte em bilhetes de rifa  de  quantia em dinheiro. Ou, participação em quotas de participação em “caixas”. Afinal, todo mundo anda  duro nas ruas, sujeito à tentação de tomar um dinheirinho a juros que é difícil saldar.

   Fora esses, tem  gente ganhando dinheiro no país. São os hospitais, farmácias e funerárias  que  tratam diretamente com a saúde e a morte. Empresários ligados a políticos que compram insumos, aparelhos  e vacinas para a onda  de doenças, especificamenrte a Covid.  

   Também, supermercados que centralizam a venda dos alimentos dando facilidades de estacionamento a automóveis  em detrimento de feirinhas e mercadinhos  de bairro, deixando  verdureiros e ambulantes à  mercê de empurrar carrinhos  pelas ruas.

   Outros felizardos sãos os produtores de soja, algodão., bois, café, feijão, milho, trigo, arroz, cacau e produtos de exportação que usam o crédito para comprar máquinas e tratores modernos, diminuindo o emprego de mão de obra  e contabilizando lucros  que pouquíssimo sobra para a sociedade.

   Os  ricos saem em seus carrões blindados e com “capangas”  como altos políticos. Os donos de cervejarias, de bancos, se é que moram no pais.

    A classe média se refugia em condomínios com porteiros e com  a ilusão de que estão em segurança,  pagando mil boletos de prestações e pagamentos dos cartões de crédito.. Sonha em viver em outros países onde haja trabalho, saúde, educação., emprego, oportunidades e mais segurança. Fica frustrada pois esses países não querem estrangeiros  Somente deixam entrar quem tem dinheiro para lá gastar.

    E as igrejas proliferam com pastores interpretando as Bíblia pelas suas conveniências, prometendo milagres, curas e como ganhar dinheiro rápido.

 

  

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