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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

PERFIL DE MILTON DA COSTA MARINHO

Milton da Costa Marinho
Milton da Costa Marinho, patrono da cadeira nº 02 da Academia de Medicina de Feira de Santana, nasceu na cidade do Salvador-Ba em 28 de junho de 1916, filho do Sr. Cyro Ferreira Marinho e da Srª Leonor da Costa Marinho. 

Fez o curso secundário no Colégio da Bahia (Colégio Central), no bairro de Nazaré, em Salvadora-Ba. Antes de ser médico foi funcionário dos Correios e Telégrafos, trabalhando no bairro do Comércio, em Salvador.

Formou-se em Medicina em 1941, na Faculdade de Medicina da Bahia, hoje da Universidade Federal da Bahia. Durante o ano de 1942 serviu ao Exército na capital baiana. Em 1943 mudou-se para a cidade de Rui Barbosa, no interior da Bahia, onde passou a exercer a profissão de médico. 

No final dos anos 40, ainda muito jovem, exerceu o cargo de prefeito de Rui Barbosa, tendo-se revelado um excelente administrador. Construiu o hospital da cidade, em atividade ainda hoje, pavimentou ruas, abriu estradas, expandiu o fornecimento de luz elétrica, etc. – muitas obras para os padrões da época, principalmente para uma cidade com poucos recursos financeiros, situada no sertão da Bahia.

Em 1955, o Dr. Milton da Costa Marinho transferiu-se para a cidade de Feira de Santana-Ba, onde atuou como Clínico Geral até Dr. Milton da Costa Marinho (1916 - 1999) Cadeira nº 02 Patrono Memória da Academia de Medicina de Feira de Santana Dr. Milton da Costa Marinho 1961. Neste ano, sentindo o crescimento da cidade e a falta de um médico cardiologista na região, foi para São Paulo onde fez o curso de cardiologia no Instituto de Cardiologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, tornando-se, então, o primeiro médico a exercer esta especialidade na cidade de Feira de Santana.

Durante o período em que clinicou em Feira de Santana, o Dr. Milton Marinho atendia aos seus pacientes em seu consultório localizado na Avenida Senhor dos Passos, no 1º andar do prédio onde ficava o antigo cinema Santanópolis (posteriormente Cine Timbira). Para lá convergiam pessoas das diversas camadas sociais em busca de alívio para seus males e eram recebidas, todas, com a mesma atenção e respeito que merecem os pacientes, conforme atestou o falecido articulista e advogado Dr. José Luiz Navarro, em artigo publicado no jornal “Folha do Norte”, em 11 de julho de 2003. Segundo ele, “Não era raro se encontrar com aquele tipo longilíneo, camisa calça e sapatos brancos, cabelos grisalhos, quase todas as tardes na esquina do Paço Municipal (vizinho ao seu consultório), sempre bem humorado, a dialogar com os mais moços, pobres ou ricos”. 

Além de médico respeitado na região de Feira de Santana, o Dr. Milton da Costa Marinho foi professor de Língua Portuguesa no conceituado Colégio Santanópolis, em Feira de Santana e durante anos publicou inúmeros artigos nos jornais “Folha do Norte” e na extinta“Gazeta do Povo”. 

O Dr. Milton da Costa Marinho foi Secretário Municipal de Desenvolvimento Comunitário de Feira de Santana no governo do prefeito Francisco Pinto. Àquela época esta secretaria englobava as funções das secretarias de Saúde e de Assistência Comunitária. Deixou o cargo alguns meses antes de Francisco Pinto ser deposto pela Revolução de 1964. 

Na década de 70 foi o coordenador médico do INPS (depois INAMPS) de Feira de Santana por um período de sete anos.

O Dr. Milton Marinho casou-se em 1943 com a Srª Judite Rocha de Alencar Marinho, com quem teve nove filhos, a saber: Milton José de Alencar Marinho, Cícero de Alencar Marinho, Antônio Carlos de Alencar Marinho, Leonor de Alencar Marinho Novaes, Maria Memória da Academia de Medicina de Feira de Santana Carmelita Marinho Costa, Maria de Fátima Marinho Santos, Maria das Graças Marinho Bacelar, Ciro de Alencar Marinho e Humberto de Alencar Marinho (in memoriam). 

Considerado por todos um pai sensível e um médico atencioso para com os seus pacientes, era homem de muita leitura. Segundo o Dr. José Luiz Navarro, “Ninguém nunca bateu à porta do Dr. Milton Marinho, a qualquer hora do dia ou da noite, que não fosse atendido e cercado de todos os cuidados que estivessem ao seu alcance”. 

Já àquela época, o inesquecível médico tinha por hábito manter assinatura das principais publicações, tanto na área das ciências médicas quanto da cultura geral. Procurou manter-se atualizado até o fim da vida, tendo por costume ler e anotar as principais publicações médicas. Era tido como um homem organizado, trabalhador incansável e articulista de estilo primoroso. De integridade nata, exasperava-se com as más administrações públicas. 

O Dr. Milton da Costa Marinho atendeu em seu consultório até bem perto da sua morte, em 10 de outubro de 1999, aos 83 anos de vida.


FONTE BIBLIOGRÁFICA: http://amefs.org/ficha_patrono.asp?id=4

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