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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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segunda-feira, 21 de março de 2016

TENTATIVA DE REINVIDICAÇÃO BOVINA

Evandro J.S. Oliveira
A Praça do Nordestino, fim da Avenida Senhor dos Passos, onde era localizada a segunda feira de gado bovino de Feira de Santana até 1943, não tinha Currais de contenção das boiadas e sim algumas varas, em muitos casos nem varas existiam (ver foto). Nesta época a cidade já tinha se expandido e como a Avenida Senhor dos Passos era um dos caminhos de acesso a estrada do sertão, migrou mais rapidamente para este setor. Decorrente desta situação foi criado um corredor que atingia a feira livre nas Praças da Bandeira, João Pedreira, Marechal Deodoro e adjacências, o resultado que de vez em quando algumas reses desgarradas corriam para o centro da cidade. Era um Deus nos acuda, bois e vaqueiros em disparada invadiam a feira livre, o povo em correria, estragando as mercadorias, machucando pessoas. Um pandemônio.
Era criança quando contaram que um boi acuado tentou entrar em nossa casa, caindo na escadaria que dava acesso ao corredor. Morava na esquina da rua Marechal Deodoro com o beco que dava para av. Senhor dos Passos, hoje não existe mais o casarão e o beco atualmente é um calçadão.
Mas um caso de estouro de boiada que ficou marcado na cidade por algumas características, mereceu uma atenção especial.
Esta escada tem características
que vale a pena discorremos.
Foi feita na Europa montada em
 Feira de Santana, é toda de encaixe
 não tem pregos nem parafusos.
Em uma segunda-feira, algumas reses escaparam dos vaqueiros e parte delas correu em direção do centro da cidade pela avenida Senhor dos Passos, gritaria dos vaqueiros, o povo apavorado entrando nas casas abertas, outras espantado os animais com gritos, uma zorra total. Um dos bois atarantado, procurando uma brecha para escapulir chegou à porta da Prefeitura Municipal. chegando subir as escadas do passeio entrando até a bela escada de madeira (ver fotografia) tentando subir ao andar de cima, escorregando caiu e os vaqueiros laçaram é trouxeram de volta à Praça do Nordestino. A única vítima registrada foi de um heroico funcionário defensor do Palácio Público Municipal, Seu Moreira, quebrou o braço na tentativa de barrar o boi enlouquecido.
Como todas as questões se transformam em política partidária em nossas plagas o episódio teve várias versões irônicas. O Bovino foi reclamar das condições ruins da feira de gado, o boi estava querendo fazer parte da administração, a revolta de ser denominado boi, quando era um touro[1], e várias outras.



[1] Boi é uma classificação técnica definindo uma rês castrada.

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