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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

DEMOCRACIA É DIVERSIDADE

Hugo Navarro da Silva

A cidade, após a agitação das campanhas eleitorais, voltou à normalidade do reboliço costumeiro em busca do ganha-pão de cada dia, o que é tarefa nem sempre fácil para a maioria do povo, sempre acossado de dificuldades de toda ordem em cidade que cresce, cotidianamente, ampliando necessidades, que na maioria das vezes estão muito além das possibilidades dos governantes e do erário, fatores que a população não poucas vezes desconhece.

Velha e batida ameaça, que sempre volta para aumentar percalços, é a do  chamado “horário de verão”,  que se coloca, mais uma vez, contra a vontade do povo, como imposição de poderes que não podem ser contrariados. Haverá, fatalmente, tudo indica, na Bahia, o famigerado “horário de verão”, como uma das demonstrações mais evidentes das “benéficas” ligações políticas entre o governo do Estado e o da União, apontadas, durante a recente luta partidária, como única saída para a consolidação do progresso da comunidade e felicidade geral da Nação.

O argumento é velho, sebento e falso, com odor de ditadura,  de que teríamos, para poder avançar e conquistar a  felicidade popular, que realizar a proeza stalinista  e nazista do partido único e único pensamento nacional, embora, entre nós, fragmentados em siglas diversas para tapear a opinião pública e acolher   aqueles que fazem carreira política como boi velhaco, sempre à procura de buracos na cerca, de olho em pastos do governo, que lhes parecem verdes e ubérrimos, cheios de  grandes tetas para mamar à vontade e sem consequências.

O que se tentou passar para a população de Feira de Santana foi o absurdo de que o governo municipal, sem estar alinhado ao do Estado da Bahia e da União, deles politicamente dependente e incondicionalmente a eles submisso não anda, não deslancha, não faz coisa  alguma que dependa de ajuda financeira, o que significa que até pode nadar mas não chegará à praia. Isto foi o que de principal constou da propaganda de certo e arrogante partido, que ameaçou a população com a figura já meio desgastada porque destituída de valores, de um ex-presidente; com a atual presidente, que ainda não demonstrou a sua utilidade, e com governador desacreditado principalmente perante numerosa, influente, atuante e injustiçada parte da população. Tais figuras eram apresentadas como verdadeiros demônios vingativos e maus a exigir obediência sem limites sob pena de castigos bíblicos e males intermináveis, aparecendo, na melhor das hipóteses, como as crianças norte-americanas que no dia das bruxas surgem à porta das casas  a dizer: “ou guloseimas ou maldades”.

O resultado das urnas não poderia ser diferente do que foi, por todos os motivos, mas não há duvida de que a ameaça de retaliação exerceu grande influência no ânimo do eleitorado independente, que tem conhecimento das podridões do governo, graças à imprensa livre e independente, que ainda existe neste país,  e ao povo,  que não digeriu, por muito tempo, certos exageros decorrentes dos excessos da contra-revolução, causadores do aparecimento, na política,  de tipos humanos que de outra forma não teriam por onde  encontrar espaço, e hoje mandam, mentem, tapeiam e enganam, livremente, isto quando não se metem em elaboradas façanhas como a que resultou em ruidoso   processo, o do mensalão, que  funciona como exorcismo para afastar os maus espíritos que estão a ameaçar a democracia brasileira.
 A respeito de muitos dos   que mandam no Estado e na República, a enganar o povo, surgidos, às vezes, não se sabe de que brenhas, pode-se formular as perguntas feitas, não faz muito tempo, a respeito de candidato a uma prefeitura da Bahia: Quem é? Por que? P’ra que?

Navarro da Silva - Santanopolitano, foi aluno e professor do Colégio Santanópolis. Advogado, jornalista escreve para o "Jornal Folha do Norte". Gentilmente, a nosso pedido, envia semanalmente a matéria produzida

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