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FOTO OFICIAL DO ENCONTRO

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

LEMBRANÇAS (2) DE GRÓ - LÚCIA LAGO

De:lucia lago campos (lollyvo@hotmail.com)
Enviada:sexta-feira, 3 de setembro de 2010 2:01:31
Para:Laura Alvim B Nunes Alvim Boaventura Nunes (labnunes@hotmail.com)


Querida Laurinha,

Não poderia deixar de registrar novas.
Mais eternas lembranças de um passado distante... mais tão presentes no meu coração.
Ah!l lembrar de nossas travessuras, faz-me sentir tão feliz... e ao mesmo tempo viva, pois graças a Deus eu tenho a capacidade de reviver tão nitidamente, como se fosse agora.
Ai meu Deus, me recordo entrando na sala de aula eu, com sapato vulcabrás preto com uma bolsa tiracolo, atravessada na frente com ar de irresponsável fazendo tipo...na verdade era sempre assim. Provocativaaaaaaa que horror! Não sei como me suportavam? mais graças a Deus que fui assim, pois tenho hoje histórias pra contar. Lembro que sempre chegava atrasada pra variar (pois minha mãe me enchia de obrigações antes sair para o colégio) você nem imagina. Então eu chegava, de repente via Bebete e fingia que atirava pra ela com um revolver e dizia bang bang... Bebete se jogava para o lado se fingia de morta. E dai eu começava a cantar ping, pong, ping, pong, ping pong. Nosso chiclete bola, melhor do mundo sabor deliciosos ele temmmmm! Dai, Marise começava a cantar do outro lado sabor de tuti fruti, sabor de hortelã, mais é que faz bola legallllllllllllll e eu fingia que fazia uma bola e estourava na boca fazendo um ploc bem alto e dai, claro que todo mundo dava a maior gargalhada. Então o professor que estava dando aula falava pra mim! Palhaça... eu hem? tá falando comigo? e era sempre sempre assim de uma forma ou de outra, sempre novas palhaçadas, teve uma época em que sentava, e dizia amôorrrrrrrrrr e Marise falava bem alto vou te uma coladaaaa, era uma espécie de peça teatral que improvisamos sempre. Meu Deus! que capacidade de criar cenas pra chamar atenção, que tínhamos. Uma vez descobri que Macia Santana tinha pavor de gafanhoto, então consegui arranjar um enorme e levei pra escola e no meio da aula de prof. Emídio enfiei o danado do bicho na blusa de Márcia coitada. Ela deu um grito tão terrível, que chegou a tirar a blusa dentro da sala tamanho o pavor coitada (ela não merecia isto). Prof. Emídio nos colocou pra fora eu, Marise, Márcia, e falou assim: lugar de cavalo é na estrebaria, e ainda nos achamos no direito de nos sentirmos ofendidas pode? Coitado de Emídio, tão bom professor que me fez adorar matemática anos depois...e a pobre da Márcinha uma pessoa tão meiga e pura, eu realmente era terrível e insuportável. Me perdoa meu Deus!
Certa vez, dia de encerramento do ano letivo, e tínhamos aquele costume de sair pra fazer anarquia, Lembra de Rute? então, ela estava presente naquela manhã, um dia de sábado e tínhamos um pacote de rôxo terra, caixas de maizena, de café e assim, fomos pra rua imagina? dia de feira todo mundo que passava jogávamos aquelas coisas e ficávamos super felizes de ver as pessoas sujas de tudo que jogávamos. Menina... eu nunca me esqueço, passou um Homem todo vestido de branco com roupa da marinha, depois fiquei sabendo que o nome do dito cujo era um tal de ten. Ivan. Meu Deus foi eu mesma que fiz a bagaceira, enchi a mão de rôxo terra e sapequei nele, a roupa do homem ficou um terror! Depois saímos na maior loucura e tinha uma baiana vendendo acarajé na porta da loja Caldas ou loja Roma, tinha um pobre de um palhaço de perna de pau fazendo as propagandas da loja, eu dei uma rasteira em Marise que ela pra não cair, se agarrou nas pernas de pau do palhaço, que até hoje o pobre do homem ficou lá no maior malabarismo tentando se equilibrar pra não cair dentro do tacho de acarajé. que maldade...
Menina eu não te conto? quando cheguei na loja de meu pai na maior santidade, cara de pau mesmo...diga quem estava lá? o danado do tenente Ivan foi me canetar pra meu pai, não sei como ele descobriu? e claro que fiquei de castigo sem poder ir para o Cajueiro alguns dias de férias, sem mesada etc. e tive que pedir perdão pra o tenente. morta de vergonha.
Ah! e por falar no cajueiro... Lembram que eu fui campeã de natação? várias vezes defendendo o colégio Santanópolis? eu tinha meus quinze anos ou menos até. Eu, Kátia Dias, sempre na mesma categoria juvenil, enfrentávamos as alunas do Gastão, do Estadual e a garota aqui, Lúcia Lago, ganhava todas as competições das Olimpíadas inter colegiais de Feira de Santana, pois é, fui atleta do meu querido colégio e soube representá-lo muito bem, até hoje tenho todas as medalhas que venci, também nas provas de revezamento. todo ano eu vencia sempre em primeiro lugar, nado crawl.

Ah!Laurinha, foi tudo que neste momento consegui lembrar das loucuras que fizemos, meu Deus! como o Senhor é bom pra mim! pois me preservou e me alcançou, eu sendo uma menina tão maluquinha, o Senhor conseguiu me transformar numa pessoa tão equilibrada sensata.

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